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1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 4
5 ELETROCARDIOGRAMA ......................................................................... 33
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7.9 Terapias elétricas ................................................................................ 48
8 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 56
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo
hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe
convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida
e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 A ANATOMIA DO CORAÇÃO
O coração é uma bomba muscular que produz a força necessária para o sangue
circular. Segundo VanPutte, Regan e Russo (2016), as funções do coração são as
seguintes:
1. Gerar pressão arterial: os movimentos de contração e relaxamento do
coração geram pressão, que possibilita ao sangue circular;
2. Garantir o fluxo unidirecional: as valvas cardíacas se abrem para a
passagem do sangue e se fecham para impedir o seu refluxo; assim, o sangue segue
em apenas uma direção (fluxo unidirecional);
3. Regular o fornecimento de sangue: a frequência com que ocorrem as
contrações cardíacas aumenta conforme a demanda dos tecidos e também depende do
estado em que a pessoa se encontra — em repouso ou realizando exercícios — e das
mudanças de posição do corpo (deitado, em pé ou sentado).
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Externamente, o coração é recoberto pelo pericárdio, uma membrana dupla
composta pelo pericárdio fibroso e pelo pericárdio seroso, o pericárdio fibroso tem a
função de manter o coração no lugar, já a função do pericárdio seroso é reduzir o atrito
do coração com as estruturas adjacentes durante os batimentos cardíacos, o pericárdio
seroso é composto por duas lâminas e um pequeno espaço entre elas, a cavidade
pericárdica, preenchida com o líquido pericárdico, a lâmina parietal é aquela que faz
limite com o pericárdio fibroso, e a lâmina visceral faz limite com a parede do coração.
(TORTORA E DERRICKSON 2017).
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Segundo VanPutte, Regan e Russo (2016) a parede do coração tem três camadas:
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O ciclo cardíaco envolve todos as etapas para a ocorrência de um batimento
cardíaco. Em um ciclo cardíaco normal, ocorre a contração dos dois átrios (sístole atrial)
enquanto os dois ventrículos relaxam (diástole ventricular), e, a seguir, os dois átrios
relaxam (diástole atrial), enquanto ocorre a contração dos ventrículos (sístole
ventricular). (TORTORA E DERRICKSON 2017).
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O ciclo cardíaco é composto pela sístole e pela diástole das câmaras cardíacas,
promovendo o bombeamento do sangue e, assim, a circulação. (DERRICKSON
2017).
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No primeiro momento, todas as câmaras estão relaxadas. No segundo
momento, ocorre a sístole dos átrios, levando ao enchimento dos ventrículos. O sangue
flui pelas valvas atrioventriculares que estão abertas. No terceiro momento, os átrios
relaxam e as valvas AV se fecham para impedir o retorno do sangue. Ocorre, então, a
sístole dos ventrículos, ejetando o sangue para fora do coração. Nesse momento, as
válvulas semilunares da artéria aorta e do tronco pulmonar estão abertas para permitir a
passagem do sangue. (TORTORA E DERRICKSON 2017).
Conforme Fox (2007), o sangue é composto por duas porções: uma célula,
também denominada elementos figurados, e outra líquida, conhecida como plasma. Os
elementos figurados são células transportadas pelo plasma. Entre as células mais
numerosas estão os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas. Os eritrócitos, também
chamados de hemácias, são as células vermelhas do sangue, que contêm hemoglobina
e transportam oxigênio.
Os leucócitos são as células brancas e atuam na defesa do corpo contra
microrganismos invasores. As plaquetas são fragmentos celulares que atuam na
coagulação sanguínea (STANFIELD, 2013).
Já o plasma é um líquido de cor palha constituído por água, proteínas e solutos
dissolvidos (FOX, 2007).
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O sangue é transportado em nosso corpo pelos vasos sanguíneos. Ele segue
um percurso circular, saindo do coração em direção aos mais diversos órgãos para
depois retornar ao coração. (FOX, 2007).
Segundo Stanfield (2013, p. 421) os vasos sanguíneos “[...] se ramificam
repetidamente, tornando-se mais numerosos e de menor diâmetro, como os ramos de
uma árvore se tornam menores e mais numerosos ao se afastarem do tronco. ”
Os três principais tipos de vasos sanguíneos são os arteriais, os capilares e os
vênulas. O arterial é o vaso que recebe o sangue do coração e distribui para os demais
órgãos e leva o sangue até os vasos capilares. Nas paredes finas dos capilares ocorre
a difusão de gases e metabólitos. Em seguida, esse sangue irá para as vênulas, que
levam o sangue de volta ao coração (STANFIELD, 2013).
2.3 Coração
Segundo Vilela (2018) o coração se caracteriza por ser um órgão muscular oco,
localizado na parte central do tórax, levemente deslocado à esquerda. Em um adulto,
seu peso gira em torno de 400 g, tendo a dimensão aproximada de um punho fechado.
O coração chega a bombear cinco litros de sangue por minuto, mesmo tempo que leva
para o sangue circular por todo o corpo e voltar (FOX, 2007).
O coração é envolvido por um saco membranoso bastante resistente, chamado
de pericárdio, e é coberto pelo músculo cardíaco, chamado de miocárdio
(SILVERTHORN, 2017).
Stanfield (2013) afirma que a função do coração é gerar força, que move o
sangue ao longo dos vasos sanguíneos para chegar aos demais órgãos.
Ward e Linden (2014) apontam que o coração tem um marca-passo intrínseco,
que faz com que ele não necessite de estímulo nervoso para bater normalmente, embora
seja regulado pelo sistema nervoso autônomo.
A estrutura do coração é formada por quatro câmaras: duas superiores e duas
inferiores. As câmaras superiores são chamadas de átrios, e é nessa região que entra o
sangue que retorna ao coração pelos vasos. Nas câmaras inferiores, também
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denominadas ventrículos, o sangue chega dos átrios gerando a força que move o mesmo
do coração para os vasos (STANFIELD, 2013).
Além de ser dividido em câmaras, o coração também pode ser separado por
lado: metade direita e metade esquerda. O átrio e o ventrículo direito formam o coração
direito, enquanto o átrio e o ventrículo esquerdo formam o coração esquerdo. Essa
divisão é importante porque a comunicação entre as cavidades ocorre somente entre
átrios e ventrículos que estão do mesmo lado, não havendo outra forma de comunicação
no coração. O coração direito se comunica a partir da válvula tricúspide e o coração
esquerdo a partir da válvula bicúspide ou mitral. (FOX, 2007).
Os átrios e ventrículos de cada lado são separados por uma parede chamada de
septo. Essa parede tem a função de impedir a mistura do sangue do coração direito com
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o sangue do coração esquerdo. O septo interatrial separa os átrios e o septo
interventricular separa os ventrículos. Outros importantes elementos estruturais do
coração são o seu polo superior, chamado de base, e o seu polo inferior, que é mais
estreito, chamado de ápice. (FOX, 2007).
Percurso do fluxo sanguíneo Stanfield (2013) afirma que, embora o número de
vasos sanguíneos torne complexa a estrutura do sistema cardiovascular, a disposição
do sistema é conceitualmente simples. Essas vias por onde ocorre a circulação
sanguínea pode ser dividida em dois grandes sistemas: a grande circulação, ou
circulação sistêmica, e a pequena circulação, ou circulação pulmonar. A circulação
sistêmica leva o sangue oxigenado para órgãos e tecidos, enquanto a circulação
pulmonar leva o sangue para ser oxigenado pelos pulmões. Outra diferença entre os
circuitos são os lados: o coração direito vai enviar o sangue para a circulação pulmonar,
já o esquerdo para a sistêmica, sendo que o sangue de um lado nunca se mistura com
o outro (WARD; LINDEN, 2014). Em comum, ambos possuem uma densa rede de
capilares, onde vai ocorrer a troca de nutrientes e gases.
Sobre essa atividade, Stanfield (2013, p. 421) discorre:
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O sangue se torna desoxigenado nos capilares sistêmicos, retornando ao
coração pelas veias cavas; a veia cava superior conduz o sangue que está acima do
músculo diafragma, e a inferior, o sangue que está abaixo;
Do átrio direito, o sangue atravessa a válvula atrioventricular direita e entra
no ventrículo direito;
O ventrículo direito bombeia a partir da valva do tronco pulmonar em
direção ao tronco pulmonar, levando sangue desoxigenado aos pulmões;
O sangue se torna oxigenado nos pulmões, viajando ao átrio esquerdo
pelas veias pulmonares, que são as únicas veias que conduzem sangue oxigenado;
Do átrio esquerdo, o sangue atravessa a valva atrioventricular esquerda em
direção ao ventrículo esquerdo, seu ponto de partida, repetindo assim todo o ciclo.
O sangue na circulação sistêmica sai do coração pelo ventrículo esquerdo, vai
pela artéria aorta e é levado aos sistemas corporais, onde ocorre a troca gasosa (o
oxigênio fica nos tecidos e o dióxido de carbono é drenado), e volta ao coração pelas
veias cavas com dióxido de carbono, entrando no átrio direito (FOX, 2007).
Na circulação pulmonar, o sangue sai do coração pelo ventrículo direito pela
artéria pulmonar com dióxido de carbono, chega aos pulmões, onde ocorre a troca
gasosa (dióxido de carbono por oxigênio) e volta ao coração pelas veias pulmonares
com oxigênio, entrando pelo átrio esquerdo (FOX, 2007).
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2.4 Valvas cardíacas e semilunares
Para garantir que o sangue siga uma circulação unidirecional, sem retornos em
direção contrária, o coração possui quatro valvas, elas são constituídas de tecido
conectivo denso e recobertas por endotélio, as valvas atrioventriculares são aquelas que
fazem a comunicação dos átrios com os ventrículos, a valva tricúspide comunica o átrio
e o ventrículo direito, já a valva bicúspide (ou mitral) comunica o átrio e o ventrículo
esquerdo. As valvas semilunares se localizam na artéria aorta e no tronco da artéria
pulmonar (FOX, 2007).
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Os sons dos batimentos cardíacos não estão relacionados à contração do
músculo cardíaco na sístole, mas, sim, ao fechamento das valvas, o primeiro som, ou
seja, a primeira bulha cardíaca, deve-se ao fechamento das valvas AV. A segunda bulha
cardíaca é produzida pelo fechamento das valvas semilunares. Em algumas pessoas, é
possível auscultar uma terceira bulha, devido ao turbilhonamento do sangue no interior
dos ventrículos. (FOX, 2007).
3 ARRITMIAS CARDÍACAS
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3.1 Fisiopatologia
3.2 Taquiarritmias
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As taquiarritmias têm como característica o aumento da frequência cardíaca, que
fica acima de 100 por minuto. Subdividem-se em taquiarritmias atriais e ventriculares
(JUNG, C.F, 2004)
Taquiarritmias atriais: são classificadas em taquicardias atriais, flutter
atrial e fibrilação atrial. São identificadas pela onda P no eletrocardiograma, que se
apresenta com morfologia diferente da sinusal (JUNG, C.F, 2004).
Taquicardia atrial: é caracterizada por foco de ativação no átrio, fora do
nodo átrio ventricular (NAV), como deveria ocorrer normalmente (JUNG, C.F, 2004).
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Fibrilação atrial: caracteriza-se por atividade elétrica caótica, fazendo com
que as paredes atriais se estremeçam em vez de se contraírem. Como a contração dos
átrios não ocorre normalmente, eles deixam de auxiliar no bombeamento sangue para o
interior dos ventrículos (JUNG, C.F, 2004).
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Taquiarritmias ventriculares: batimentos ventriculares prematuros. Pode
ocorrer algumas vezes e retornar ao ritmo normal; durando mais de 30 segundos, é
chamada de taquicardia ventricular sustentada (JUNG, C.F, 2004)
Fonte: soces
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Fibrilação ventricular: é caracterizada por uma série potencialmente fatal
de contrações ventriculares descoordenada, ineficazes e muito rápidas, causadas por
múltiplos impulsos elétricos caóticos, fazendo com que os ventrículos vibrem em vez de
se contraírem de forma coordenada (JUNG, C.F, 2004).
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Segundo Jung, C.F, (2004) as manifestações clínicas
Dispneia;
Dor torácica;
Palpitações.
3.3 Bradiarritmias
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Bloqueio atrioventricular de segundo grau: caracteriza-se por somente
alguns impulsos chegarem aos ventrículos, fazendo com que o coração se contraia de
forma lenta (CAVALCANTI, 2009).
Manifestações clínicas
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Frequência cardíaca baixa, menos de 50 batimentos por minuto (devido
ao estímulo não se iniciar no marca-passo natural);
Cansaço;
Enjoo;
Desmaio (CAVALCANTI, 2009).
Cerca de 1% das células musculares cardíacas são diferentes das demais, pois
têm a característica de gerar potenciais de ação. Um potencial de ação é um evento
elétrico capaz de estimular células susceptíveis à estimulação pelo potencial de ação. A
geração desse estímulo elétrico de forma rítmica estimula o coração a bater (FOX, 2007).
Segundo Tortora e Derrickson (2017), essas células têm duas funções: atuam
como um marca-passo natural, emitindo um ritmo para todo o coração, e formam o
complexo estimulante do coração, que se trata do caminho percorrido pelos potenciais
de ação no músculo cardíaco. O complexo estimulante do coração é formado pelos
seguintes componentes:
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Fibras de Purkinje: por fim, o potencial de ação chega aos ramos
subendocárdicos das fibras de Purkinje. O estímulo elétrico atinge rapidamente toda a
parede dos ventrículos. Assim que acaba a sístole atrial, ocorre a sístole ventricular.
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Stanfield (2013) esclarece que, diferentemente do musculo esquelético, o
músculo cardíaco não necessita do comando do sistema nervoso central para se contrair,
pois, no coração, esse comendo é feito por sinais originados no interior do próprio
músculo, essa capacidade que o coração tem de gerar sinais que levam a sua contração
se chama autorritmicidade, e ela se deve à “[...] ação de uma pequena porcentagem de
células musculares, denominas células autorrítmicas, que geram pouca ou nenhuma
força contrátil, mas são críticas para a ação bombeadora do coração, porque promovem
o ritmo do batimento cardíaco” (STANFIELD, 2013, p. 428).
As células autorrítmicas são divididas em dois tipos: células marca-passo, que
iniciam a ação e estabelecem o ritmo do batimento; e fibras de condução, que transmitem
os potenciais de ação pelo coração. A união das ações de ambas estabelece os sinais
de condução (STANFIELD, 2013, p. 428).
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A propagação da excitação pelo músculo cardíaco segue um padrão ordenado,
como se fosse uma “onda de excitação”, essa onda começa no nó SA, indo em direção
aos átrios, depois se “afunila” no feixe atrioventricular por meio do nó AV, onde o impulso
sofre uma lentidão, em seguida, os impulsos chegam aos feixes, onde são conduzidos à
parte inferior dos ventrículos, espalhando-se a todo músculo ventricular, do ápice para a
base (STANFIELD, 2013).
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Segundo Stanfield, 2013 quem determina o ritmo dos batimentos cardíacos são
as células do nó SA, por terem maior capacidade de potencial de ação do que as demais
células em torno de 70 por minuto contra 50 do AV, por exemplo, embora as células do
nó AV e as fibras de Purkinje também tenham esse potencial de ação, elas só vão agir
como marca-passo em algumas condições, acompanhe:
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5 ELETROCARDIOGRAMA
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Derivação III: detecta o potencial no membro inferior esquerdo menos o
potencial no membro superior esquerdo.
Cabe ressaltar ainda que a direção da onda (para cima ou para baixo) depende
de a diferença entre os dois eletrodos ser positiva ou negativa. (STANFIELD, 2013).
Fox (2007, p. 388) sublinha que o ciclo cardíaco produz três ondas
eletrocardiográficas distintas, segundo o autor “essas ondas representam alterações de
potencial entre duas regiões da superfície do coração que são produzidas pelo efeito
composto de potenciais de ação de numerosas células miocárdicas”.
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As três ondas eletrocardiográficas, que são a onda P, a onda QRS e a onda T.
A onda P é uma deflexão para cima, causada pela despolarização atrial, o complexo
QRS se caracteriza por ser uma série de deflexões agudas para cima e para baixo,
causada pela despolarização ventricular, já a onda T é uma deflexão para cima, causada
pela repolarização ventricular. Cabe ressaltar que a repolarização atrial, em geral, não é
detectada pelo ECG, pois ocorre simultaneamente ao complexo QRS (STANFIELD,
2013; FOX, 2007).
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6 FUNÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
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componentes, como o sangue e o coração, estão envolvidos nos mais variados
processos do corpo. Sendo assim, essas funções precisam ser realizadas com grande
eficiência para que tudo funcione corretamente na “máquina da vida”. (FOX, 2007).
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Além dessas três funções relacionadas ao transporte, há ainda a distribuição de
outras substâncias que, quando armazenadas ou produzidas, podem ser liberadas na
corrente sanguínea para serem utilizadas em outras regiões, como o caso da quebra de
glicogênio, que fica armazenado no fígado e, posteriormente, serve como fonte de
energia para o corpo. (FOX, 2007).
A segunda função do sistema cardiovascular é a regulação. Segundo Fox (2007),
esse sistema contribui para duas regulações do nosso corpo, conforme indicado a seguir.
Hormonal: os hormônios são produzidos pelo sistema endócrino e, para
chegarem aos órgãos-alvo, eles são distribuídos pelo sangue a esses tecidos distantes,
podendo assim desempenhar as funções reguladoras em nosso corpo.
Temperatura: a regulação da temperatura corporal é bastante auxiliada
pelo desvio do sangue dos vasos cutâneos mais profundos para os superficiais — e o
contrário também ocorre. Esse processo ocorre da seguinte maneira: quando a
temperatura do ambiente é alta, o desvio do sangue vai dos vasos mais profundos para
os mais superficiais, ajudando a resfriar o corpo. No entanto, quando a temperatura do
ambiente é baixa, o desvio ocorre de forma contrária, ou seja, dos vasos superficiais
para os profundos, ajudando a manter o corpo aquecido.
A terceira função do sistema cardiovascular pode ser identificada como a de
proteção. De acordo com Fox (2007), esse sistema protege contra a perda sanguínea
ocasionada por lesões e contra toxinas ou microrganismos estranhos ao corpo.
Veja, a seguir, suas funções (FOX, 2007; SILBERNAGL; DESPOPOULOS,
2009).
Coagulação: o processo de coagulação protege o corpo quando ocorre
uma lesão em algum vaso, que acarreta perda de sangue, esse processo também é
chamado de homeostasia, após o rompimento do vaso, ocorre a vasoconstrição, que é
a contração do vaso afetado, a seguir, as plaquetas formam uma espécie de tampão na
região lesada, impedindo um maior vazamento de sangue para fora da região, com a
coagulação ocorre a transformação de substâncias, sendo a trombina e a vitamina K as
principais responsáveis pela regeneração do vaso lesado, fechando a ruptura.
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Imunológica: esta função é igualmente realizada pelo sangue a partir de
sua função protetiva. Os leucócitos (também chamados de glóbulos brancos) são um
grupo de várias células, que protegem o nosso corpo dos agentes patogênicos, que nos
causam doenças. Além disso, as plaquetas participam ativamente do processo de
coagulação sanguínea anteriormente descrito.
7 PARADA CARDIOPULMONAR
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maioria das vezes, ocorre fora do ambiente hospitalar e é geralmente presenciado pela
família, colegas de trabalho ou por pessoas desconhecidas, que não possuem
conhecimento sobre as ações básicas para manutenção da vida, que poderiam ser
aplicadas até a chegada do atendimento pré-hospitalar (VIEIRA.et al.,2013).
Situações com maior risco de evoluir para uma PCR: cardiopatias (destas, a
doença aterosclerótica coronária é a mais importante) hipertensão arterial, diabete,
antecedentes familiares de morte súbita, anóxia, afogamento, pneumotórax hipertensivo,
hemopericárdio, choque, obstrução das vias aéreas, broncoespasmo e reação anafilática
(HSL,2006).
Principais sinais e sintomas que precedem uma PCR: dor torácica, Sudorese,
Palpitação precordial, tontura, escurecimento visual, Perda de consciência, alterações
neurológicas, sinais de baixo débito cardíaco, parada de sangramento prévio
(HSL,2006).
Sinais clínicos de uma PCR: inconsciência, ausência de movimentos
respiratórios ausência de pulsos em grandes artérias (femoral e carótidas) ou ausência
de sinais de circulação para HSL (2006) o atendimento avançado na PCR, através do
algoritmo convencional, pretende racionalizar a Reanimação Cardiopulmonar (RCP), de
maneira que ela seja de alta qualidade.
O algoritmo convencional de SAVC para PCR foi simplificado e racionalizado
para enfatizar a importância da RCP de alta qualidade (incluindo compressões de
frequência e profundidade adequadas, permitindo retorno total do tórax após cada
compressão, minimizando interrupções nas compressões e evitando ventilação
excessiva) e o fato de que as ações de SAVC devem se organizar em torno de períodos
ininterruptos de RCP, um novo algoritmo circular também foi introduzido.
40
Fonte: medicina.ufmg.br
41
7.1 Diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar
Sabe-se que, a cada minuto transcorrido do início do evento arrítmico súbito sem
desfibrilação, a probabilidade de sobrevivência diminui em 7 a 10%. Programas de RCP
e com uso de Desfibrilador Externo Automático (DEA) precoce, realizados por leigos,
têm proporcionado taxas de sobrevivência muito otimistas, alcançando até 85%. Os
aspectos fundamentais do Suporte Básico de Vida (SBV) no adulto incluem:
reconhecimento imediato da PCR, contato com o sistema de emergência, início da RCP
de alta qualidade e uso do DEA (BERNOCHE et al., 2019).
Os aspectos principais a serem observados nas compressões são frequência,
profundidade, retorno do tórax a cada compressão e interrupção mínima. Para a
oxigenação adequada dos tecidos, é essencial minimizar as interrupções das
compressões torácicas e maximizar a quantidade de tempo em que as compressões
torácicas geram fluxo de sangue. A Fração das Compressões Torácicas (FCT) é a
proporção de tempo em que as compressões são realizadas durante uma
PCR (BERNOCHE et al., 2019).
Na opinião de Bernoche et al (2019) para maximizar a perfusão, recomenda-se
que as pausas das compressões torácicas sejam minimizadas, a fim de que a FCT seja
de, pelo menos, 60% e, idealmente, de 80%, para realização das compressões torácicas:
• Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância
um do outro, para que tenha melhor estabilidade.
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• Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma tesoura estiver disponível), para
deixar o tórax desnudo.
• Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da
vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a.
• Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º acima da vítima.
• Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/ minuto.
• Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (evitando compressões com
profundidade maior que 6 cm).
• Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, evitando apoiar-
se no tórax da vítima.
• Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10 segundos para
realização de duas ventilações. Considere obter uma fração de compressão torácica
maior possível, tendo como objetivo um mínimo de 60%.
• Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar o cansaço e
compressões de má qualidade.
Fonte: cardiol
7.2 Ventilação
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inerentes às tentativas de ventilações adequadas. Além disso, se a vítima possui uma
via aérea patente, ocorre a chamada ventilação passiva durante as compressões
torácicas (BERNOCHE et al., 2019, p. 1)
Fonte: cardiol
45
convencional mostrou benefício adicional, em comparação à RCP somente com as
compressões.
O uso da BVM requer considerável prática e deve ser feito na presença de dois
socorristas: um responsável pelas compressões e outro por aplicar as ventilações com
o dispositivo, se disponível oxigênio complementar, conecte-o na BVM, assim que
possível, de modo a oferecer maior porcentagem de oxigênio para a vítima (BERNOCHE
et al., 2019).
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Fonte: Fonte: cardiol
Quando uma via aérea avançada por exemplo, intubação endotraqueal, estiver
instalada, o primeiro socorrista deve administrar compressões torácicas contínuas e o
segundo socorrista, aplicar uma ventilação a cada 6 segundos cerca de 10 ventilações
por minuto, não se devem pausar as compressões para aplicar as ventilações, em caso
de via aérea avançada instalada (BERNOCHE et al., 2019).
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7.8 Ventilação em Vítima em Parada Respiratória
Vítima que não respira ou respira de forma ineficaz (gasping), porém apresenta
pulso palpável, encontra-se em parada respiratória, nesses casos, realize uma
ventilação a cada 5 a 6 segundos (aproximadamente 10 a 12 ventilações por minuto)
para vítimas adultas, o pulso deve ser checado a cada 2 minutos, com a finalidade de
verificar se a parada respiratória progrediu para uma PCR, necessitando de RCP
(BERNOCHE et al., 2019, p. 1).
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ser usada para a energia de desfibrilação inicial; desde que não excedam 10 J/kg ou a
carga máxima para adultos (AHA, 2010).
Em cliente portador de marca-passo ou cardioversor-desfibrilador implantado
(CDI), as pás autoadesivas devem ser colocadas distantes do dispositivo implantado,
porém a preocupação com o posicionamento preciso das pás em relação a um
dispositivo médico implantado não deve retardar a tentativa de desfibrilação. Em clientes
que utilizam adesivo de medicação, removê-lo e limpar o local. (VIEIRA, 2013).
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preditores de RCE. A obtenção de acesso venoso central é contraindicada relativamente
para administração de trombolíticos e requer treinamento específico. (VIEIRA, 2013).
Estudos relatam que drogas como lidocaína, adrenalina, atropina, naloxone e
vasopressina podem ser absorvidas por via endotraqueal, a administração dessas
drogas pela via endotraqueal, durante a RCP, resulta em menores concentrações
plasmáticas quando comparadas com as mesmas doses administradas por via IV.
Estudos sugerem que baixas concentrações plasmáticas de adrenalina, após
administração endotraqueal, podem produzir efeitos beta-adrenérgicos, resultando em
vasodilatação. Esses efeitos podem provocar hipotensão, pressão de perfusão
coronariana (PPC) baixa e menor RCE. Dessa forma, embora seja possível a
administração de medicamentos pelo acesso endotraqueal, os acessos IV e IO devem
ser sempre preferidos durante a RCP. Diante da impossibilidade da obtenção de acessos
IV ou IO, adrenalina, lidocaína e vasopressina podem ser administradas pela via
endotraqueal (Classe IIb, Nível de Evidência B). As doses recomendadas são de 2 a 2,5
vezes maiores que as doses administradas por via IV. As medicações devem ser diluídas
em 5 a 10ml de solução salina ou água estéril. (GONZALEZ, M. M. et al. 2013).
7.12 Vasopressores
7.13 Antiarrítmicos
51
Amiodarona prolonga o potencial de ação e o período refratário. Inibe o
estimulo adrenérgico, retarda o ritmo sinusal, aumenta os intervalos PR e QT e diminui
a resistência periférica. Sua apresentação ampolas. 150 mg/ 3 ml. Recomendada para
FV/TVSP que não responde à RCP, desfibrilação e terapêutica vasopressora (classe IIb,
nível de evidência B). A dose inicial deve ser de 300mg IV/IO e pode ser administrada
uma dose adicional de 150mg IV/IO, intercalada com vasopressor Fora da PCR - 150
mg diluídos em 100 ml, infundidos em 15 min; pode se repetir a cada 15 min até
conversão do ritmo. (VIEIRA, 2013).
Lidocaína ou xilocaína, e um medicamento de segunda escolha
(subgrupo 1B) e anestésico local, bloqueia reversivelmente a propagação de impulso ao
longo das fibras nervosas. Pode ter efeito similar em membranas excitáveis no cérebro
e miocárdio. Sua apresentação ampolas 20ml 1 a 2% (com ou sem vaso constritor).
Recomendada, arritmias ventriculares causadas por IAM, taquicardia ventricular. A dose
inicial é de 1-1,5mg/Kg (5mL = 100mg). Se a FV/TVSP persistem ou são recorrentes,
doses adicionais de 0,5-0,75mg/kg podem ser administradas a cada 5 - 10 minutos, até
uma dose máxima de 3mg/kg. (VIEIRA, 2013).
Sulfato de magnésio anticonvulsivante e repositor, essencial para
contração muscular, o sistema enzimático e a neurotransmissor. Apresentação:
ampolas10 ml (50%)ou 20ml (25%).Recomendada Suspeita de hipomagnesemia, TV
com padrão eletrocardiográfico de torção das pontas. Não se recomenda seu uso
rotineiro na RCP (classe III, nível de evidência). A dose deve ser 1 a 2g, diluído em 10ml
de soro glicosado 5%. (AME 2009).
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Não há evidências definitivas quanto à administração rotineira de fluidos
intravenosos durante a PCR. Considerar infusão quando houver suspeita de PCR por
hipovolemia. (GONZALEZ, M. M. et al.2013).
Sulfato de atropina anticolinérgico que inibe a acetilcolina na junção do
sistema parassimpático atua bloqueando o efeito do nódulo sinoatrial que aumenta a
condução através do nódulo atrioventricular e consequentemente o batimento cardíaco.
Apresentação: ampolas de 0,25mg/1ml (0,5 e 1mg). Recomendada na Assistolia,
atividade elétrica sem pulso com ritmos bradicárdicos (FC < 60bpm). A dose 1mg a cada
3 a 5 min, fora da PCR - 0,5 a 1 mg a cada 3 a 5 min. Dose máxima - 0,03 a 0,04 mg/kg.
Inicio do efeito é de 2 a 5 minutos após infusão. No entanto diversos estudos mostraram
que a atropina não esteve associada com benefícios consistentes no manuseio da PCR
intra ou extra-hospitalar, essa droga não é, portanto, mais recomendada no tratamento
da PCR. (VIEIRA, 2013).
Bicarbonato de sódio atua como um agente alcalizastes através da
liberação de íons bicarbonato, apresentação ampola de 10ml (8,4% e
10%).Recomendada quando a FV/TV sem pulso é decorrente de hipercalemia ou de
intoxicação por cocaína ou por antidepressivos tricíclicos usada na assistolia ou AESP,
Parada cardíaca, acidose metabólica. Dose de ataque,1mEq/ kg IV em
seguida0,5mEq/kg cada 10 min posteriormente. (AME,2009).
Monitoração Respiratória:
Abrir vias aéreas, usando manobra de inclinação da cabeça (elevação da
mandíbula); (CALIL, 2007).
Monitorar o padrão ventilatório; (CALIL, 2007).
Observar mudanças de SaO2e CO2 na gasometria arterial. (CALIL, 2007).
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Avaliar pulsos periféricos, edemas, enchimento capilar e temperatura.
Manter hidratação adequada para reduzir a viscosidade sanguínea. (CALIL,
2007).
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8 REFERÊNCIAS
MARIEB, E. N.; KATJA, H. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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SILVERTHORN, D. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2017.
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