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Introdução á Enfermagem I

Trabalho apresentado Introdução á enfermagem I,


da escola Stella Maris.
Solicitante: Profª. Ercília.

Guarulhos
2023
Aline Dantas de Oliveira
Bianca Rocha de Santana
Gabriella Ciriaco da Cruz
Debora da Silva Brito
Denise Elias Ferreira
Sabrina França de Oliveira

Guarulhos
2023
SUMÁRIO

1. Sistema Cardiovascular …………………………………………………..1

2. Angina ………………………………………………………………………12

3. Comunicação Interatrial ………………………………………………....16

4. Dados estatísticos relativos a infecção hospitlar no Brasil ………..13

5. Conclusão ….………………………………………………………………14

6. Biografia ……………………………………………………………………..15

Sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular é formado pelo coração e vasos sanguíneos, sendo
responsável por bombear o sangue para o corpo, transportar nutrientes e oxigênio,
ajudar na eliminação de substâncias do metabolismo e transportar hormônios.

Principais funções
Bombear o sangue pelos vasos sanguíneos para todo o corpo;

Transportar oxigênio e nutrientes para os órgãos e tecidos;

Levar o gás carbônico e substâncias tóxicas dos tecidos para as partes do corpo onde
serão eliminadas, como pulmões e rins;

Ajudar a levar os glóbulos brancos, que são células de defesa do corpo, até o local
onde estão microrganismos invasores.

Anatomia do sistema cardiovascular


O sistema cardiovascular é formado por:

1. Coração

O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular e é caracterizado por um


músculo oco, localizado no centro do tórax, que funciona como uma bomba.

Ele é dividido em quatro câmaras:

• Dois átrios: por onde o sangue chega no coração vindo do pulmão através do
átrio esquerdo ou vindo do corpo através do átrio direito;

• Dois ventrículos: bombeiam o sangue para fora do coração, em direção ao


pulmão ou para o resto do corpo.
O lado direito do coração recebe o sangue rico em gás carbônico, também conhecido
como sangue venoso, e o leva para os pulmões, onde recebe oxigênio. Dos pulmões,
o sangue segue para o átrio esquerdo e desse, para o ventrículo esquerdo, de onde
sai a artéria aorta, que leva o sangue rico em oxigênio e nutrientes para todo corpo

2. Artérias e veias

Para circular por todo o corpo, o sangue flui dentro de vasos sanguíneos, que podem
ser classificados como:

• Artérias: são fortes e flexíveis pois precisam transportar o sangue do coração


e suportar pressões sanguíneas elevadas. Sua elasticidade ajuda na
manutenção da pressão arterial durante os batimentos cardíacos;
• Artérias menores e arteríolas: possuem paredes musculares que ajustam seu
diâmetro a fim de aumentar ou diminuir o fluxo sanguíneo em uma determinada
área;

• Capilares: são vasos sanguíneos pequenos e de paredes extremamente finas,


que atuam como pontes entre artérias. Isso permite que o oxigênio e os
nutrientes passem do sangue para os tecidos e que os resíduos metabólicos
passem dos tecidos para o sangue;

• Vênulas: possuem paredes finas e recebem o sangue dos capilares,


transportando para veias maiores;

• Veias: transportam o sangue de volta para o coração e geralmente não estão


sujeitas a grandes pressões, não precisando ser tão flexíveis como as artérias.

Todo o funcionamento do sistema cardiovascular está baseado no batimento do


coração, onde os átrios e ventrículos do coração relaxam e se contraem formando um
ciclo que garantirá toda a circulação do organismo.

Como funciona o sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular funciona da seguinte forma:

1. O sangue vindo do corpo, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico flui


através das veias cavas até o átrio direito do coração;

2. Ao encher, o átrio direito envia o sangue até o ventrículo direito;

3. Quando o ventrículo direito fica cheio, ele bombeia o sangue através da válvula
pulmonar até as artérias pulmonares, que vão suprir os pulmões;

4. O sangue flui para os capilares nos pulmões, absorvendo o oxigênio e


eliminando gás carbônico;

5. O sangue rico em oxigênio, flui através das veias pulmonares até o átrio
esquerdo no coração;

6. Ao encher, o átrio esquerdo envia o sangue rico em oxigênio até o ventrículo


esquerdo;

7. Quando o ventrículo esquerdo fica cheio, ele bombeia o sangue através da


válvula aórtica e pela aorta, levando o sangue rico em oxigênio para todo o
corpo;

8. Depois que o sangue circulou pelos órgãos e tecidos do corpo, retorna para o
coração, dando início a todo o processo novamente.

A parte do sistema cardiovascular que leva o sangue do coração aos pulmões


e dos pulmões de volta ao coração é conhecida como circulação pulmonar ou
pequena circulação.
Definição de angina.

A angina, também chamada de angina de peito ou angina pectoris, é um tipo de dor


no peito de origem isquêmica que surge quando o miocárdio (músculo do coração)
recebe menos sangue que o necessário para o seu normal funcionamento.

Assim como qualquer músculo do organismo, o músculo cardíaco precisa de oxigênio


para poder desempenhar adequadamente suas funções, que nesse caso específico é
bombear o sangue para todo o corpo. Quando fazemos esforço, a demanda por
oxigênio do coração aumenta proporcionalmente à intensidade do exercício. Em
contrapartida, quando estamos em repouso, o coração pode bater mais lentamente e
a sua demanda por oxigênio fica mais baixa.

A angina de peito surge sempre que o suprimento de sangue ao coração não


corresponde à demanda. Por isso, o aparecimento da angina é muito mais comum em
situações de esforço. A dor anginosa surge tipicamente nos momentos de atividade
física e desaparece quando o paciente fica em repouso.

Pessoas jovens e saudáveis conseguem suprir a demanda cardíaca por oxigênio em


praticamente qualquer situação. Mesmo após vários minutos de atividade física
intensa. Por outro lado, pacientes idosos e/ou com doenças cardiovasculares podem
desenvolver angina após esforços pequenos, como subir um lance de escadas.

A angina pode ser considerada um pré-infarto do miocárdio. Não chega a ser um


infarto porque não há morte de tecido cardíaco. Há isquemia, mas não há necrose.

Definição de isquemia,

Isquemia é um termo médico que indica um suprimento inadequado de sangue para


determinado tecido. A isquemia pode surgir em qualquer área do corpo: pele,
membros, olhos, intestinos, cérebro, rins, fígado, etc. Um tecido ou órgão isquêmico é
aquele cujas células estão recebendo menos sangue e oxigênio que o necessário
para o seu funcionamento normal.

O aporte insuficiente de sangue faz com que as células tenham que mudar do
metabolismo aeróbico para o anaeróbico, o que acarreta em progressivo
comprometimento das funções metabólicas, mecânicas e elétricas do tecido em
sofrimento.

Definição de infarto?

O infarto é uma fase posterior à isquemia. Se a falta de sangue e oxigênio for grave
ou longa demais, as células que estão sofrendo isquemia começam a morrer e o
tecido acometido sofre necrose. A morte celular provocada pela falta de suprimento
sanguíneo é chamada de infarto. O infarto também pode surgir em qualquer parte do
corpo. Quando a morte de tecido ocorre no músculo cardíaco, dizemos que o
paciente sofreu um infarto do miocárdio.

Classificação de acordo com a gravidade:

A gravidade da angina pectoris pode ser graduada de acordo com o sistema de


classificação desenvolvido pela Canadian Cardiovascular Society (CCS). Esse
sistema divide o processo anginoso em 4 classes:
Classe 1: Atividades físicas comuns e leves, como andar e subir escadas, não
desencadeiam dor. A angina só surge com esforço extenuante, rápido ou prolongado.

Classe 2: Ligeira limitação das atividades normais. A dor no peito pode surgir ao
andar ou subir escadas rapidamente, subir colinas, andar mais de dois quarteirões ou
caminhar ou subir escadas sob condições específicas, como após as refeições,
durante tempo frio ou no vento, sob estresse emocional ou nas primeiras horas da
manhã.

Classe 3: Limitação marcada da atividade física normal. A dor pode surgir ao andar
apenas um quarteirão em terreno plano ou subir um lance de escadas

Classe 4: Incapacidade de realizar qualquer atividade física ou surgimento da dor


mesmo em repouso.

Tipos de angina de peito:


A angina pectoris é habitualmente dividida em dois tipos: estável e instável.

O que é angina estável?


A angina estável é um quadro de dor no peito típica e previsível, que surge quando o
paciente faz alguma atividade física ou sofre algum estresse emocional. A dor
desaparece após alguns minutos em repouso ou quando o paciente utiliza um
medicamento dilatador das artérias coronarianas, como nitrato sublingual.
O que caracteriza uma angina como estável é o fato dela ter curta duração (menos de
20 minutos) e ser desencadeada sempre por esforços físicos de intensidade
semelhantes, mantendo-se na mesma classe por vários meses ou anos, de forma que
o paciente mais ou menos saiba o tipo de esforço que pode fazer sem desencadear
dor.
O que é angina instável?
A angina instável é um quadro de isquemia mais grave, que se caracteriza por:
-Angina de início recente já com classe 3 ou 4.
-Angina que surge em repouso.
-Dor anginosa que dura mais de 20 minutos.
-Dor anginosa que surge de forma imprevisível.
-Angina em crescendo, ou seja, angina previamente diagnosticada que apresenta
rápido agravamento, subindo de uma classe para outra em pouco tempo.
Distinguir clinicamente uma angina instável de um infarto agudo do miocárdio é muito
difícil, pois os sintomas são praticamente iguais. Para tal, costumam ser necessários o
eletrocardiograma e a dosagem das enzimas cardíacas (explicaremos as formas de
diagnóstico mais à frente).
Os pacientes com angina instável apresentam elevado risco de evoluírem para infarto
agudo do miocárdio a curto/médio prazo.
Como surge:
Como já referido, a isquemia cardíaca surge sempre que há um desequilíbrio entre a
quantidade de sangue que chega ao miocárdio e a demanda do mesmo por oxigênio.
O aporte insuficiente de sangue habitualmente surge em pacientes com aterosclerose,
quando uma ou mais artérias coronárias apresentam obstrução do fluxo por placas de
colesterol, também chamadas de ateromas.

O acúmulo de colestrol nas artérias coronárias reduz de forma significante o volume


de sangue que chega ao miocárdio. A angina estável costuma surgir quando pelo
menos 50% da luz da artéria encontra-se obstruída.

Além da própria obstrução mecânica ao fluxo de sangue, a doença ateromatosa


também torna as artérias mais rígidas, com menor capacidade de se dilatarem em
períodos de maior demanda de sangue. Uma artéria coronária saudável é capaz de
aumentar em até seis vezes o fluxo de sangue durante atividade física. Já uma artéria
com aterosclerose tem muito mais dificuldade de controlar o seu fluxo sanguíneo e
frequentemente é incapaz de atender às demandas do músculo cardíaco.

Fatores precipitantes:

Na maioria dos casos, o esforço físico é o gatilho para o surgimento da dor anginosa.
Nos casos mais graves, mesmo esforços mínimos, como tomar banho ou trocar de
roupa, podem ser suficientes para desencadear a dor.

O esforço físico, porém, não é a única causa de aumento de demanda de oxigênio


pelo coração. Qualquer situação que estimule o aumento do trabalho cardíaco pode
servir de gatilho. Alguns exemplos:

• Hipertireoidismo.
• Arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial.
• Febre.
• Dor.
• Estresse emocional.
• Medicamentos.
• Crise hipertensiva.
• Anemia.
A anemia pode desencadear episódios de angina não só porque aumenta o trabalho
cardíaco, mas também devido à redução da oxigenação do sangue pelo menor
número de hemácias circulantes.
Angina de Prinzmetal (angina variante)
A angina de Prinzmetal, também chamada de angina variante, é uma forma atípica de
dor no peito que ocorre em cerca de 2% dos pacientes com isquemia cardíaca.
Nesses casos, não há obstrução mecânica das coronárias, mas sim episódios súbitos
de espasmos da artéria, que provocam redução aguda do fluxo sanguíneo para o
miocárdio com duração média de 2 a 5 minutos.
Fatores de risco:
Os fatores de risco para angina são basicamente os mesmos da aterosclerose. Os
principais são:
• Obesidade.
• Diabetes mellitus.
• Colesterol alto.
• Sedentarismo.
• Tabagismo.
• Hipertensão arterial.
• Idade acima de 50 anos.
• História familiar de doença isquêmica cardíaca.

Sintomas:
A angina é tipicamente uma dor na região central ou à esquerda do tórax, que pode
irradiar para as costas, mandíbula ou para o braço esquerdo. A dor costuma ser
descrita como um aperto ou uma sensação de pressão no peito e é tipicamente
desencadeada por esforço ou emoção. Quando o paciente fica em repouso ou faz
uso de nitrato sublingual, a dor desaparece.
Já a angina instável é uma emergência médica, pois, nesse caso, a dor anginosa é
habitualmente indistinguível da dor do infarto agudo do miocárdio. Ela tem as mesmas
características da angina estável, mas é de longa duração, costuma ser mais intensa
e não melhora com repouso. O nitrato sublingual pode causar algum alívio, mas não
elimina a dor totalmente.
Nem todos os pacientes sentem dor durante um episódio de isquemia miocárdica,
especialmente os mais idosos e os diabéticos. Em algum casos, o paciente sente
desconforto, queimação no estômago, mal-estar, falta de ar, palpitação, cansaço
súbito ou sensação de desmaio. Esses sintomas são chamados de equivalentes
anginosos. São apresentações clínicas de isquemia cardíaca sem a dor anginosa
típica.
Também existem os episódios de isquemia miocárdica silenciosa, que ocorrem sem
que o paciente refira qualquer sintoma.
Sintomas da angina estável:
• Dor de curta duração, geralmente menor que 5 minutos.
• Previsível.
• Semelhante a outros episódios de angina estável.
• Desencadeada por esforço e aliviada com repouso ou nitrato sublingual.
Sintomas da angina instável:
• Dor que surge subitamente, mesmo em repouso.
• Imprevisível.
• Duração maior que 20 minutos.
• Diferente das crises anteriores de angina.
• Não desparece com nitratos.
-Apresenta outros sintomas associados, como falta de ar, sudorese e mal-estar.
Diagnóstico:
O diagnóstico da angina pode ser feito com base apenas nas características clínicas
da dor e no histórico pessoal do paciente. Estudos mostram que a taxa de acerto é de
93% quando o paciente tem múltiplos fatores de risco e apresenta sintomas típicos da
angina.
Porém, a investigação não acaba no momento do diagnóstico. A angina é um sinal de
isquemia cardíaca, sendo um forte fator de risco para o infarto do miocárdio. Por isso,
todo paciente com angina costuma ser avaliado inicialmente com eletrocardiograma,
prova de esforço e ecocardiograma, que servem para avaliar a gravidade da doença
isquêmica.
Se os testes citados acima sugerirem que o paciente apresenta elevado risco de
evoluir para infarto do miocárdio, ele deve ser submetido a um cateterismo cardíaco,
também chamado de cineangiocoronariografia.
Diagnóstico da angina instável:
Como já referido, a angina instável deve ser encarada como um infarto. O paciente
precisa ser atendido, de preferência, em um serviço de emergência. O diagnóstico
diferencial é feito através da dosagem das enzimas cardíacas, principalmente da
troponina, que é um marcador de necrose do tecido cardíaco. No caso de infarto, a
troponina costuma estar elevada, enquanto na angina instável ela encontra-se dentro
dos valores de referência.
Tratamento:
O tratamento dos pacientes com angina se baseia em um tripé: mudanças de estilo
de vida, medicamentos e procedimentos médicos.
Mudanças de estilo de vida:
O paciente com angina precisa controlar ao máximo os fatores de risco modificáveis.
Isso inclui perder peso, melhorar a dieta, praticar atividade física (com orientação do
cardiologista), controlar a pressão arterial e o diabetes, reduzir o consumo de bebidas
alcoólicas e evitar o estresse.
Parar de fumar é outra medida de suma importância, pois além do tabaco acelerar o
processo de aterosclerose, a nicotina tem ação direta sobre as artérias coronarianas,
induzindo a constrição das mesmas e aumentando o risco de evento isquêmico. Além
disso, o cigarro também reduz a oxigenação do sangue. O resultado é um aumento
de 20 vezes no risco de apresentar um episódio de angina quando comparamos
pacientes fumantes com não fumantes.
Medicação:
O tratamento farmacológico da angina é feito habitualmente com medicamentos
antianginosos, que atuam na prevenção e no controle das crises de dor, e com
inibidores da agregação plaquetária, que reduzem o risco de trombose e de infarto
agudo do miocárdio.
1. Nitratos
Nitratos são medicamentos antianginosos. Os mais utilizados são a nitroglicerina e os
nitratos sublinguais, principalmente o mononitrato de isossorbida e dinitrato de
isossorbida. Os nitratos são frequentemente usados na prevenção da dor e no
tratamento das crises agudas de angina, pois eles relaxam e dilatam os vasos
sanguíneo, permitindo que mais sangue flua para o músculo cardíaco. Já existem
nitratos em forma de adesivo transdérmico, que podem ser utilizados para prevenir as
crises de dor anginosa.

2. Beta-bloqueadores
Os medicamentos da classe dos beta-bloqueadores também devem ser utilizados
pelos pacientes com angina. Os beta-bloqueadores atuam reduzindo a frequência
cardíaca, a contratilidade do coração e a pressão arterial, principalmente durante o
exercício. Todos os tipos de betabloqueadores parecem ser igualmente eficazes no
controle da angina de esforço.

3. Bloqueadores dos canais de cálcio


Em geral, os bloqueadores dos canais de cálcio são usados em combinação com
beta-bloqueadores ou como um substituto destes quando eles são contraindicados ou
causam efeitos colaterais intoleráveis. Os bloqueadores dos canais de cálcio
provocam vasodilatação coronária, reduzem a pressão arterial e a contratilidade
cardíaca. Os mais utilizados são diltiazem, verapamil, amlodipina e felodipina.

4. Ranolazina
A ranolazina é um antianginoso relativamente novo, que pode ser utilizado em
substituição ou em associação com os beta-bloqueadores.

5. Aspirina ou clopidogrel
A aspirina e o clopidogrel são medicamentos que inibem a agregação das plaquetas.
Esse efeito ajuda a reduzir o risco de infarto agudo do miocárdio, pois a agregação
plaquetária é o primeiro passo na formação de trombos que obstruem por completo a
artérias coronárias e provocam necrose miocárdica.

6. Estatinas
Estatinas são medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de colesterol. A longo
prazo, as estatinas previnem e reduzem a aterosclerose, tendo efeito positivo na
prevenção do infarto do miocárdio.

Procedimentos médicos:
Nos pacientes com angina instável ou naqueles com angina estável que não
melhoram com o tratamento farmacológico, o cateterismo cardíaco está indicado. Se
durante o cateterismo o cardiologista identificar alguma artéria coronária gravemente
obstruída, ele pode fazer uma angioplastia, que é uma técnica que restabelece o fluxo
sanguíneo.
Nos pacientes com múltiplas lesões nas artérias coronárias, o tratamento mais
indicado é a cirurgia de revascularização miocárdica, conhecida popularmente como
ponte de safena.
Cuidados de enfermagem na angina:

1. Manter repouso absoluto no leito (nas primeiras 48 horas).


2. Realizar a monitoração cardíaca continua para visualizar continuadamente o
traçado eletrocardiográfico.
3. Verificar sinais vitais a cada 2 horas ou conforme prescrição de enfermagem.
4. Iniciar imediatamente a medicação prescrita; observar o padrão respiratório
(saturação de O2); controlar o débito urinário.
5. Observar e anotar aceitação alimentar e ingesta hídrica.
6. Valorizar queixas de precordialgia e lipotimia avisando imediatamente o enfermeiro.
7. Avaliar sinais de flebite e edema.

Aline Dantas
Comunicação Interatrial
Descrição
Cardiopatia congênita acianótica caracterizada por abertura entre átrios esquerdo e
direito, possibilitando que o sangue flu do átrio esquerdo para o direito, e resultando
no bombeamento ineficaz do coração, desse modo elevando o risco de insuficiência
cardíaca.
Três tipos:
O defeito do forame interatrial do tipo secundum, o tipo mais comum, ocorre na região
da fossa oval e, ocasionalmente, estende-se inferiormente, próximo à veia cava.
O defeito do seio venoso ocorre na porção súpero-pos-terior do septo interatrial, às
vezes estendendo-se para a veia cava, e quase sempre esta associado a drenagem
anormal das veias pulmonares no átrio direito. O defeito do forame interatrial do tipo
primum ocorre na porção interior do septo, e geralmente está associa- do a
anormalidades da valva atrioventricular (valva mi-tral em fenda) e a
defeitos de condução.
Fisiopatologia
Desvios sanguíneos do átrio esquerdo para o átrio direito porque a pressão atrial
esquerda normalmente é um pouco mais elevada do que a pressão atrial direita.
Essa diferença de pressão força grandes volumes de sangue através de um defeito.
Esse desvio acarreta sobrecarga de volume cardíaco direito, afetando o átrio direito, o
ventrículo direito e as artérias pulmonares.
Por fim, o átrio direito aumenta de tamanho, e o ventrícul direito se dilata para
acomodar o volume sanguíneo aumentado.
Se houver o desenvolvimento de hipertensão pulmonar, sucedem-se aumento da
resistência vascular pulmonar e hipertrofia ventricular direita. A hipertensão pulmonar
irreversível provoca a reversão da direção do desvio em alguns adultos, resultando
em sangue não-oxigenado ganhando a circulação sistêmica e provocando cianose.
Causas
Sem causa conhecida
A anomalia do forame interatrial do tipo primum costuma
ocorrer em clientes portadores da síndrome de Down.
Incidência
Essa anomalia representa cerca de 10% dos defeitos cardíacos congênitos
Ocorre duas vezes mais freqüentemente nas mulheres do que nos homens, com uma
forte tendência familiar.
Em geral constitui uma anomalia benigna durante a lactância e a infância. (O
desenvolvimento tardio de sintomas e complicações torna-o um dos defeitos
cardíacos congênitos mais comuns diagnosticados em adultos.)
Manifestações clínicas frequentes
Fadiga após esforço físico.
Sopro protossistólico no início da sístole até mesossistólico no segundo ou no terceiro
espaço intercostal esquerdo.
Sopro diastólico de tom baixo na borda esternal inferior; mais pronunciado durante a
inspiração
Desdobramento amplo e fixo de B, Clique sistólico ou sopro telessistólico apical
Baqueteamento e cianose, se houver desenvolvimento de desvio da direita para a
esquerda D-Alerta. Um lactente pode estar cianótico por ter um distúrbio cardíaco ou
pulmonar. A cianose que se agrava com o choro mais provavelmente tem causa
cardíaca, porque o choro aumenta a resistência pulmonar ao fluxo sanguíneo,
resultando em aumento do desvio da direita para a esquerda. A cianose que melhora
com o choro mais provavelment tem causa pulmonar, porque a respiração profunda
melhorao volume corrente.
Complicações
• Atraso no desenvolvimento físico
• Infecções respiratórias
• Insuficiência cardíaca
• Arritmias atriais
• Prolapso da valva mitral
• Avaliação
Anamnese
• Aumento da fadiga
• Dor torácica
• Dispnéia
• Tosse
• Tontura ou síncope
Achados físicos
• Sopro protossistólico a mesossistólico no segundo ou no
• terceiro espaço intercostal esquerdo
• Sopro diastólico de tom baixo na borda esternal inferior
• esquerda, mais pronunciado durante a inspiração
• Desdobramento amplo e fixo de B,
• Clique sistólico ou sopro telessistólico apical
• Edema periférico
• Cianose
• Veias jugulares distendidas
Resultados de exames
- Técnicas de imagem
A radiografia de tórax revela aumento do átrio direito e do ventrículo direito, artéria
pulmonar proeminente e aumento da trama vascular pulmonar.
Exames diagnósticos.
O ECG pode ser normal, porém com freqüência exibem desvio do eixo elétrico para a
direita, intervalo PR prolongado, graus variáveis de bloqueio de ramo direito,
hipertrofia ventricular direita, fibrilação atrial (particularmente em casos graves em
pacientes de menos de 30 anos) e, no defeito do forame interatrial do tipo primum,
desvio do eixo elétrico para a esquerda.
A ecocardiografia determina o aumento ventricular direito, pode localizar a anomalia e
revela sobrecarga de volume no lado direito do coração. Pode mostrar dilataçao
ventricular direita e da artéria pulmonar. A ecocardiografia bidimensional com fluxo
colorido de Doppler, a ecocardiografia com contraste ou ambas têm suplantado o
cateterismo cardíaco para fins de diagnóstico de comunicação interatrial (CIA). O
cateterismo cardíaco é usado se houver inconsistências nos dados clínicos ou se
houver suspeita de hipertensão pulmonar significativa.
Tratamento
Geral
Atividade, conforme a tolerância.
Dieta com baixo teor de gordura e de colesterol
Medicação
• Diuréticos
• Antibióticos
• Analgésicos
Cirurgia
Cirugia cardíaca minimamente invasiva deve ser necessária para o cliente que tem
CIA não complicada e evidências de desvio significativo da esquerda para a direita.
Um defeito grande pode precisar ser fechado cirurgicamente de imediato por meio de
suturas ou de enxerto. Pode ser realizado o fechamento por cateterismo cardiaco,
inserindo-se um enxerto semelhante a um guarda-chuva ou um oclusor septal através
de um cateter cardíaco.
Procedimentos técnico de enfermagem.
• Desfechos esperados para o cliente.
• cliente deverá manter débito cardíaco ideal:
• manter estabilidade hemodinâmica;
• não apresentar arritmias cardíacas.
Intervenções de enfermagem.
• Estimule a criança a envolver-se em qualquer atividade que ela consiga tolerar.
• Administre os fármacos prescritos.
• Monitoração
• Sinais vitais
• Pressão venosa central e pressão intra-arterial
• Balanço hídrico
• Ritmo cardíaco
• Oxigenação
Orientações ao cliente
Aborde os procedimentos, antes e depois dos exames, com a criança e os pais.
(Se possível, utilize desenhos ou outros recursos visuais para explicar o problema à
criança.) Os procedimentos pós-cirúrgicos, tubos, curativos e equipamento de
monitoração profilaxia antibiótica para evitar endocardite infecciosa.
Terminologias Científica
Defeito do septo atrial.

Bianca Rocha
Biografia

Sistema cardiovascular: funções, anatomia e doenças comuns (tuasaude.com)

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