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Universidade Nilton Lins

Curso de Medicina Veterinária

Anatomia funcional do coração de Mamíferos

Amazonas,2023
Anatomia funcional do coração de Mamíferos
Curso de Medicina Veterinária

Arthur Printes de Oliveira


João Victor Oliveira dos Santos
Saymon Gabriel Freitas de Sena
Sophia Vitoria Cabral de Oliveira
Vitória Dulce Martins Frota
Vitoria Kaylla Almeida Brelaz

Orientador: Marcello Soares Cruz

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Introdução
A angiologia estuda os vasos
sanguíneos (artérias, veias e capilares) e
linfáticos (capilares e ductos linfáticos),
incluindo também órgãos como o
coração baco e o timo, além dos
linfonodos.
Especialmente para ilustrar os vasos
sanguíneos, costuma-se colorir as
artérias em vermelho e as veias em azul,
pois assim fica didaticamente mais fácil
de compreender a função destas
estruturas. A cor vermelha representa
sangue arterial (rico em oxigênio) e a cor
azul representa sangue venoso (pobre
em oxigênio e rico em gás carbônico).

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Pericárdio, Miocárdio e Endocárdio
O pericárdio é constituído por duas
camadas: a camada visceral (espessa e
mais externa) e a camada parietal (fina e
mais interna). Todavia, a camada visceral
também pode ser chamada de epicárdio e,
por ser tão proximamente aderida à parede
do coração (ao miocárdio), pode ser
considerada um componente dela. O
endocárdio é o revestimento interno do
lúmen cardíaco. O miocárdio é a camada
média constituída por espesso músculo
cardíaco, que é uma variedade de músculo
estriado específica desse órgão. O epicárdio
é o revestimento externo da parede do
coração e também é conhecido como O coração (dentro do pericárdio) está incluso no mediastino, uma
pericárdio visceral. região da cavidade torácica separada pela cavidade pericárdica
direita e esquerda.
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Coração

O
o coração
através
consiste em é o
dos órgão central
vasos
quatro que bombeia
sanguíneos,
câmaras: átrio nele
direito,
átrio esquerdo,
ventrículo esquerdo.ventrículo direito e 5
A base do coração é formada pela
parede dos internados que é
visualmente delimitada por um sulco
coronário circundante. As artérias
coronárias são os vasos
responsáveis ​pelos suprimentos
sanguíneos ao próprio músculo
cardíaco (miocárdio). O ápice do
coração é formado pela parede dos
ventrículos, principalmente do
ventrículo esquerdo que é bem mais
espesso que o direito.

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A face direita do coração recebe
o sangue desoxigenado
(venoso) do corpo e envia o
tronco arterial pulmonar para a
reoxigenação. A face esquerda
do coração recebe o sangue
oxigenado dos pulmões através
das veias pulmonares e lança na
artéria aorta. Todos os vasos
que chegam ao coração são
chamados de veia e todos os
vasos que deixam o coração são
chamados de artéria.

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Fluxograma
O coração apresenta movimentação involuntária,
isto é, possui seu próprio gerador de energia
embutido em sua musculatura. Embora o sistema de
condução elétrica do coração não seja visível a olho
nu, ele tem importância fisiológica.

O ritmo do coração é controlado por um marca-


passo, um pequeno e ricamente inervado nodo
sinoatrial de fibras cardíacas modificadas que
constitui o tecido condutor. Este nodo localiza-se sob
o epicárdio da parede do direito, ventral à abertura da
veia cava cranial. O estímulo segue rapidamente por
todo o miocárdio ventricular via fascículo
atrioventricular, composto principalmente por fibras
de Purkinje.

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Com tudo isso, o coração juntamente com os
vasos sanguíneos periféricos forma dois
circuitos: a grande circulação ou circulação
sistêmica e a pequena circulação ou circulação
pulmonar.
A grande circulação inicia no ventrículo
esquerdo rumo à artéria aorta transportando
sangue oxigenado (arterial) a todos os tecidos
do corpo, exceto o tecido de troca gasosa dos
pulmões. O sangue se supre todas as partes
do corpo com oxigênio e recebe o gás
carbônico originado do metabolismo celular. O
sangue agora desoxigenado (venoso) de volta
ao coração pelas veias cavas cranial e caudal
que desembocam no direito.

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Por sua vez, a pequena circulação transporta o sangue desoxigenado do
ventrículo direito rumo ao tronco arterial pulmonar para o tecido de troca
gasosa dos pulmões, a fim do sangue passar pelo processo de hematose e ser
reoxigenado. Assim, sangue arterial pode retornar ao coração pelas veias
pulmonares que desembocam no átrio esquerdo.

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Sístole

Contração muscular: quando o


coração ejeta o sangue.
("bombeamento cardíaco")
Valvas atrioventriculares
(tricúspide e mitral) estão
fechadas enquanto valvas
semilunares (pulmonar e
aórtica) estão abertas.

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No momento da contração do coração ocorre a sístole ventricular e atrial,
que se dividem nas seguintes fases:

Contração isovolumétrica: é o momento inicial da contração ventricular,


resultando no aumento da pressão atrial e no fechamento das válvulas
atrioventriculares. O volume ventricular é constante nesta fase pois as
válvulas semilunares ainda estão fechadas.

Ejeção ventricular rápida: consiste no momento que as válvulas


semilunares se abrem, ocasionando o aumento da pressão ventricular. É
quando o sangue é ejetado dos ventrículos de maneira abrupta.

Ejeção ventricular lenta: é quando o sangue começa a ser ejetado,


diminuindo assim o volume do fluxo sanguíneo.

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Diástole
Relaxamento muscular: quando
o coração se distende ao
receber o sangue.
("enchimento cardíaco")
Valvas atrioventriculares
(tricúspide e mitral) estão
abertas enquanto valvas
semilunares (pulmonar e aórtica)
estão fechadas.

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No relaxamento do músculo cardíaco ocorre a diástole ventricular e atrial, que se dividem nas
seguintes fases:

Relaxamento ventricular isovolumétrico: é o movimento inicial, onde tem-se o fechamento


das válvulas semilunares e que se estendem até a abertura das válvulas atrioventriculares.
Fase de enchimento ventricular rápido: é quando acontece a drenagem do sangue pelas
câmaras ventriculares. Nesta fase, o sangue que estava represado nos árticos chega de
forma muito rápida aos ventrículos.
Fase de enchimento ventricular lento: este é o momento em que a velocidade de
enchimento diminui, aumentando assim a pressão dentro dos ventrículos.
Fase da contração atrial: nesta fase, há um reforço no enchimento ventricular, fazendo que
o volume dos ventrículos aumente aproximadamente 25% e eleve a pressão diastólica.

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VASOS
Os capilares são reduzidos a estreitíssimos
SANGUíNEOS tubos endoteliais sustentados por um
revestimento de tecido conjuntivo muitíssimo
Artérias, veias e capilares delicado.
sanguíneos são responsáveis pelo
transporte do sangue pelo corpo
animal.

Artéria
As artérias levam sangue do
coração para todo o corpo.
As artérias ramificam-se em vasos Fluxograma das trocas gasosas que ocorrem nos
sanguíneos pequenos, as tecidos.
arteríolas; estas por sua vez
ramificam-se ainda mais em
minúsculos capilares sanguíneos.
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Veias
As veias levam ao coração o sangue As veias pulmonares transportam
sangue arterial aos pulmões com a
vindo de todo o corpo, com paredes mais fim de hematose. As veias
finas e frequentemente colabadas ou sistêmicas carregam sangue
obliteradas. Estas válvulas garantem um venoso para desintoxicar as partes
do corpo, coletando o gás carbônico
fluxo unidirecional e previnem o refluxo de e englobando as hemácias e
sangue quando a circulação é estagnada. resíduos metabólicos.
As veias ramificam-se em vasos
sanguíneos menores, as vênulas, e ainda
mais em minúsculos capilares
sanguíneos.

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Classificação Desenho esquemático Função

Transporta sangue do coração aos


Artéria tecidos do corpo. Possui parede
mais espessa que a veia.

Conecta arteríolas e vênulas aos


Capilar tecidos
transportando gases, nutrientes e
metabólitos entre esses pequenos
vasos sanguíneos e as células.

Transporta sangue do corpo ao


Veia coração. Possui parede bem fina

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Anatomia Comparada do coração
humano em animais
Os corações dos
animais vertebrados podem ser
diferenciados pela quantidade de
câmaras que apresentam

Peixes:
Coração apresenta duas câmaras (um
átrio e um ventrículo);

O sangue que passa pelo coração


dos peixes é rico em gás carbônico e A circulação dos peixes é, portanto,
é bombeado pelo coração até as simples, pois passa apenas uma vez por
brânquias para que ocorram as esse órgão para completar o circuito.
trocas gasosas.

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Anfíbios
Coração apresenta três câmaras
(dois átrios e um ventrículo),
sendo o septo atrial incompleto
em algumas espécies.
É importante salientar que, nos
anfíbios, em virtude da
respiração cutânea, o sangue
que realizou trocas gasosas na
pele e está rico em oxigênio
junta-se ao sangue rico em gás
carbônico no átrio direito.

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Répteis:
Coração apresenta quatro câmaras
(dois átrios e dois ventrículos), no
entanto, em algumas espécies, o
ventrículo é parcialmente dividido;

Sistema circulatório: Circulação


dupla. É uma característica dos
animais homeotérmicos e ocorre
quando o sangue passa duas vezes
pelo coração.

A- Réptil não crocodiliano


3 câmaras
B- Réptil crocodiliano
4 câmaras
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Aves

Coração apresenta quatro câmaras


(dois átrios e dois ventrículos) que
se encontram completamente
separadas; e suas hemácias são
nucleadas (apresentam núcleo) e
ovais, diferentemente dos mamíferos.

Sistema circulatório: Circulação


dupla

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Coração humano
O coração humano é formado
pelo músculo cardíaco
(miocárdio), revestido
externamente por uma membrana
denominada pericárdio e
internamente pelo endocárdio.
Está situado dentro da caixa
torácica, o que lhe confere maior
proteção. O coração humano
apresenta quatro câmaras, como
dos ventrículos e dos ventrículos.
Entre os orifícios e ventrículos se
comunicam, protegidos por
valvas, a valva atrioventricular
direita (ou tricúspide) e a valva
atrioventricular esquerda
(bicúspide ou mitral).
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Conclusão
A anatomia funcional do coração dos mamíferos é um tema fascinante e complexo.
O coração é o órgão responsável por bombear o sangue para todo o corpo, e é
composto por quatro câmaras - duas aurículas e dois ventrículos - que trabalham
em conjunto para manter o fluxo sanguíneo.

A compreensão da anatomia funcional do coração é importante para o diagnóstico


e tratamento de diversas doenças cardíacas

Em suma, a anatomia funcional do coração de mamíferos é um assunto


fundamental para a compreensão da saúde humana e animal e tem implicações
importantes para o tratamento de doenças cardíacas e para a melhoria da
qualidade de vida das pessoas.

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Referências Bibliográficas
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coração dos vertebrados. Desenvolvimento. Vol. acidentes ofídicos no Brasil. São Paulo:
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Revinter

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