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Anatomia

cardiovascular

Apostila teórico-prática – 2019.1


Sistema cardiovascular
Artérias: vasos que conduzem sangue do coração para a periferia corporal e, consequentemente, se
afastam do coração.
Veias: vasos que conduzem sangue da periferia corporal para o coração e, consequentemente, se
aproximam do coração.

1. Sangue:
É constituído pelo plasma, que é a parte líquida do sangue e por elementos figurados, como as plaquetas,
as hemácias (eritrócitos ou glóbulos vermelhos) e os glóbulos brancos (ou leucócitos).
Informação Adicional: uma artéria não necessariamente é um vaso que sempre leva sangue arterial
(rico em gás oxigênio), mas toda artéria sempre sai do coração. Já a veia não necessariamente é um
vaso que sempre leva sangue venoso (pobre em gás oxigênio), mas toda veia sempre chega ao
coração. Durante a vida adulta não há mistura de sangue venoso com arterial, pois o sangue venoso
estará localizado nas câmaras cardíacas direitas, enquanto o sangue arterial está localizado nas câmaras
cardíacas esquerdas. Na circulação fetal, entretanto, há comunicação entre as câmaras cardíacas e, por
conseguinte, mistura de sangue.
1.1 Funções do sangue:

• Transporte e perfusão de gases (CO2 e O2);


• Transporte e perfusão de nutrientes;
• Regulação da temperatura corporal: quando o fluxo sanguíneo aumenta em uma determinada
área, sua temperatura aumenta proporcionalmente.
• Transporte de células de defesa: leucócitos, células fagocitárias, anticorpos;
• Remoção de resíduos metabólicos, excretas celulares;
• Manutenção da pressão arterial;
• Transporte e perfusão de hormônios;
• Contenção de hemorragias através de agregações plaquetárias.

Informação adicional: algumas estruturas corporais são avasculares (não apresentam vasos
sanguíneos), a exemplo das unhas, dentina, epiderme, córnea e grande parte das cartilagens.
Hipóxia: falta de oxigenação;
Isquemia: falta de irrigação.
Toda isquemia incorre em hipóxia.

2. Estrutura dos vasos sanguíneos


2.1 Túnica interna: camada mais interna do vaso, formada por endotélio;
Informação adicional: O capilar sanguíneo é formado apenas por essa camada de endotélio, por isso
são os vasos sanguíneos mais finos, uma vez que a partir deles é que ocorre as trocas gasosas (perfusão
sanguínea). Além disso, apresentam como funções: conectar artérias e veias, trocas de nutrientes e
resíduos no interior dos tecidos.
2.2 Túnica média: formada por músculo liso (involuntário, controlado pelo SNA) e fibras elásticas
(servem para distender a artéria quando há aumento da pressão do sangue no vaso). É melhor
desenvolvida nas artérias do que nas veias, o que faz com que as artérias tenham maior
resistência para comportarem uma pressão sanguínea maior do que nas veias. Isso também
ajuda a distinguir uma artéria de uma veia na parte prática do sistema vascular.

2.3 Túnica adventícia: formada por tecido conjuntivo, constituindo a parte mais externa do vaso.

Comparação entre as túnicas médias


de uma pequena arteríola (esquerda) e
uma pequena vênula (direita). Compare
também o diâmetro de seus lúmens
(luzes).

Informação adicional: volume e pressão são grandezas inversamente proporcionais, portanto, quando
há aumento da pressão, ocorre diminuição do volume do vaso e vice-versa.
Quando o ser humano envelhece ocorre perda da elasticidade do vaso sanguíneo, em decorrência do
enrijecimento do tecido.
Uma vez que a pressão sanguínea na veia é menor do que na artéria e que as veias muitas vezes
carreiam sangue venoso contra a ação gravitacional, existe a necessidade das chamadas bombas
musculovenosas, as quais consistem em músculos que estão presentes nas proximidades de uma veia
e, quando contraem, ajudam a carrear o sangue contra a ação da gravidade.
DIFERENÇAS ENTRE ARTÉRIAS E VEIAS

ARTÉRIAS VEIAS
Maior espessura de músculo liso Menor espessura de músculo liso
Ausência de válvulas Presença de válvulas (maioria)
Muito tecido elástico Pouco tecido elástico
Podem contrair Não contraem
3. Tipos de circulação
3.1 Circulação pulmonar (pequena circulação): leva sangue do ventrículo direito para os pulmões
e dos pulmões para o átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio
para os pulmões através das artérias pulmonares, onde ele sofrerá o processo de hematose.
O sangue, agora oxigenado, retorna pelas veias pulmonares superiores e inferiores para as
câmaras cardíacas esquerdas para ser bombeado para todo o corpo.
Circuito da circulação pulmonar: ventrículo direito tronco pulmonar pulmões veias
pulmonares átrio esquerdo.
3.2 Circulação sistêmica (grande circulação): fornece suprimento sanguíneo para todo o corpo.
Carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, saindo do coração pelo ventrículo
esquerdo, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células, retornando ao coração pelo
átrio direito.
Circuito da circulação sistêmica: ventrículo esquerdo a. aorta grandes artérias artérias
médias pequenas artérias arteríolas capilares vênulas pequenas veias
veias médias grandes veias vv. cavas átrio direito.

4. Coração
O coração é um músculo oco com quatro câmaras e aproximadamente o tamanho de um punho fechado.
Tem a função de bombear o sangue nos vasos sanguíneos para todo o corpo. Está localizado na
cavidade torácica entre os pulmões, denominada de mediastino. O mediastino se divide em um inferior
e um superior. O inferior se subdivide em anterior, médio e posterior. O coração está localizado no
mediastino inferior médio e aproximadamente dois terços de seu volume estão localizados no lado
esquerdo da linha mediana, com seu ápice para baixo e para a esquerda repousando sobre o diafragma.
A base do coração é a extremidade superior larga onde se fixam os grandes vasos e está dirigida súpero-
posteriormente cima e para a direita.
O coração é revestido pelo pericárdio, saco fibrosseroso que separa o coração de outros órgãos. Essa
membrana possui uma parte fibrosa (externa) e uma parte serosa (interna). A serosa é dividida ainda em
uma lâmina parietal e uma lâmina visceral, essa última podendo também ser chamada de epicárdio.
Entre as lâminas parietal e visceral existe o espaço/cavidade pericárdico, o qual é um espaço virtual
preenchido pelo líquido pericárdico, o qual tem como função evitar e diminuir o atrito entre essas lâminas
para permitir que o coração se movimente e bata sem atrito.
Informação Adicional: quando a lâmina visceral está revestindo os principais vasos próximos ao
coração (tronco pulmonar, aorta ascendente e veias pulmonares) é denominada de mesocárdio venoso
(quando reveste veias) e mesocárdio arterial (quando reveste artérias).
4.1 Anatomia macroscópica do coração:
Base do coração; Sulcos interventriculares anterior e posterior;
Ápice do coração; Sulco coronário;
Cone arterial: dele emerge o tronco pulmonar; Átrios e ventrículos direitos e esquerdos;
Incisura do ápice do coração; Aurícula direita e aurícula esquerda.
A B

A: face esternocostal do coração


B: face diafragmática do coração

4.2 Faces do coração


• Face anterior (esternocostal): formada principalmente pelo ventrículo e átrio direitos.
• Face diafragmática (inferior): formada principalmente pelo ventrículo esquerdo, está relacionada
com o centro tendíneo do diafragma.
• Face pulmonar (esquerda): formada principalmente pelo ventrículo e átrio esquerdos, ocupando
a impressão cardíaca do pulmão esquerdo.

4.3 Margens do coração


• Margem direita: formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas superior e
inferior.
• Margem inferior: formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo
esquerdo. Pode-se localizar essa margem através da artéria marginal direita.
• Margem esquerda: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente pela
aurícula esquerda.
• Margem superior: formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista
anterior. A parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a
veia cava superior entra no seu lado direito.
4.4 Paredes do coração
As paredes do coração são formadas por três camadas distintas. A camada externa é o epicárdio,
também chamada lâmina visceral do pericárdio seroso. A camada mais espessa da parede do coração
é chamada de miocárdio, a qual é constituída de tecido muscular cardíaco e disposta de tal modo que a
contração dos feixes musculares resulta na compressão ou torção das câmaras cardíacas. A espessura
do miocárdio varia conforme a força necessária para ejetar o sangue de determinada câmara. Assim, a
porção mais espessa do miocárdio envolve o ventrículo esquerdo enquanto as paredes dos átrios são
relativamente finas. A camada interna da parede, chamada endocárdio, é contínua com o endotélio dos
vasos sanguíneos. O endocárdio também recobre as válvulas do coração.
4.5 Câmaras e valvas
O interior do coração é dividido em quatro câmaras: duas superiores, átrios direito e esquerdo, e duas
inferiores, ventrículos direito e esquerdo.
Os átrios se contraem e se esvaziam simultaneamente para o interior dos ventrículos, que também se
contraem conjuntamente. As paredes dos átrios são reforçadas pelos músculos pectíneos em forma de
treliça. A contração destes músculos cardíacos modificados lança o sangue dos átrios para os
ventrículos. Cada átrio tem um apêndice expandido em forma de orelha denominado de aurícula. Os
átrios estão separados um do outro por um fino septo interatrial, muscular; os ventrículos estão
separados um do outro pelo espesso septo interventricular, também muscular.
As valvas atrioventriculares encontram-se entre os átrios e os ventrículos, e as válvulas semilunares
estão localizadas nas bases das duas grandes artérias do coração (aorta e tronco pulmonar). As valvas
do coração mantêm o fluxo do sangue em uma só direção (valvas unidirecionais).
Depressões sulcadas na superfície do coração indicam as separações entre as câmaras e contêm os
vasos cardíacos que vascularizam as paredes musculares do coração. O sulco mais evidente é o sulco
coronário que contorna o coração e marca a divisão entre os átrios e ventrículos. A separação entre os
ventrículos direito e esquerdo é visível por dois sulcos interventriculares (anterior e posterior).

Existem quatro valvas no coração:


• Mitral/bicúspide/atrioventricular direita - Possui dois
válvulas/cúspides, lembrando o formato de uma mitra. IMPORTANTE!
Permite o fluxo sanguíneo entre o átrio esquerdo e o
Valva e válvula não são sinônimos.
ventrículo esquerdo.
Valvas são conjuntos de
• Tricúspide/atrioventricular esquerda - Possui três
válvulas/cúspides.
válvulas/cúspides. Permite o fluxo sanguíneo entre o átrio
direito e o ventrículo direito.
• Aórtica - Permite o fluxo sanguíneo de saída do ventrículo
esquerdo em direção à aorta.
• Pulmonar - Permite o fluxo sanguíneo de saída do
ventrículo direito em direção à artéria pulmonar.
As valvas pulmonar e aórtica (chamadas também de valvas semilunares) permitem que o sangue vá dos
ventrículos para o tronco pulmonar e aorta, respectivamente, mas não permitem que o sangue reflua no
sentido oposto. Caso isso ocorra, essa patologia é genericamente chamada de valvopatia (uma
patologia que atinja uma valva cardíaca), apesar de existirem vários tipos de valvopatias.
Durante a diástole o coração está relaxado, abrem-se as cavidades cardíacas, o sangue entra nos átrios
e depois nos ventrículos, mas não reflui, pois as valvas pulmonar e aórtica estão fechadas nesse
momento.
Durante a sístole o coração se contrai e o sangue deve ir dos ventrículos para as artérias, ocorrendo
abertura das valvas pulmonar e aórtica. O sangue não reflui para trás em direção aos átrios porque na
sístole ventricular as valvas tricúspide e mitral se fecham.
4.6 Átrio direito
O átrio direito recebe sangue venoso sistêmico da veia cava superior, que drena a parte superior do
corpo, e da veia cava inferior, que drena a parte inferior do corpo. O seio coronário é uma estrutura
vascular que conduz o sangue venoso do miocárdio do próprio coração, possuindo um óstio interno ao
átrio direito.
A parede posterior do átrio direito é formada pelo septo interatrial que divide o átrio direito do esquerdo.
Devido ao posicionamento do coração, o septo interatrial constitui a parede anterior do átrio esquerdo.
No septo interatrial, na parede posterior do átrio direito, existe uma fossa oval, que no período
embrionário constituía o forame oval. Uma vez que o feto não necessita respirar, o sangue só é
transportado em pequena quantidade para o pulmão. Por isso existe o forame oval, estrutura que permitia
que a maior parte do sangue passasse diretamente do átrio direito para o átrio esquerdo, ocorrendo
mistura de sangue.
Com a sístole do átrio direito e diástole do ventrículo direito, o sangue é enviado para o ventrículo direito
passando através do óstio atrioventricular direito, ocorrendo a abertura da valva tricúspide.
• A valva tricúspide é formada por três válvulas: anterior, posterior e septal;
• Óstios da veia cava superior, da veia cava inferior e do seio coronário;
• Músculos pectíneos na parede anterior e na parte interna da aurícula direita;
• Crista terminal;
• Fossa oval;
• Limbo/margem da fossa oval.
4.7 Ventrículo direito
O sangue do átrio direito passa através da valva atrioventricular direita (AV)/tricúspide para encher o
ventrículo direito. A valva AV direita se caracteriza por possuir três válvulas/cúspides (anterior, posterior
e septal). Cada cúspide é mantida em posição por resistentes filamentos tendinosos chamados de cordas
tendíneas. As cordas tendíneas estão presas às paredes ventriculares através dos músculos papilares
em forma de cones. Essas estruturas evitam a eversão das valvas, como um guarda-chuva em uma
ventania, quando os ventrículos se contraem e a pressão interventricular aumenta.
A contração ventricular leva a valva AV direita a se fechar e o sangue deixa o ventrículo direito através
do tronco pulmonar para entrar nos capilares dos pulmões através das artérias pulmonares direita e
esquerda. A valva do tronco pulmonar, formada por três válvulas semilunares (anterior, direita e
esquerda), encontra-se na base do tronco pulmonar, onde ela impede o refluxo do sangue ejetado pelo
ventrículo direito.
O tronco pulmonar divide-se em artéria pulmonar direita e esquerda.
O sangue dirige-se para o pulmão, o qual possui alvéolos que são circundados por capilares, ocorrendo
uma hematose. Sendo que o oxigênio passa do alvéolo ao capilar por uma diferença de pressão parcial.
O mesmo ocorre com o gás carbônico.
4.8 Átrio esquerdo
Após a troca de gases ter ocorrido no interior dos capilares pulmonares, o sangue oxigenado é
transportado para o átrio esquerdo através de duas veias pulmonares superiores e duas veias
pulmonares inferiores.
No septo interatrial (na parede anterior do átrio esquerdo) observa-se a válvula do antigo forame oval.
Óstios das veias: pulmonar superior direita, pulmonar inferior direita, pulmonar superior esquerda e
pulmonar inferior esquerda.
• Válvula do forame oval
O átrio esquerdo se contrai e envia o sangue para o ventrículo esquerdo. O sangue passa pelo óstio
atrioventricular, que possui uma valva bicúspide ou mitral, formado por duas válvulas, uma anterior e
outra posterior.
4.9 Ventrículo esquerdo
O ventrículo esquerdo recebe o sangue do átrio esquerdo. Estas duas câmaras estão separadas pela
valva atrioventricular (AV) esquerda/bicúspide/mitral (válvulas anterior e posterior). Quando o ventrículo
esquerdo está relaxado, a valva está aberta, permitindo o fluxo do átrio para o ventrículo; quando o
ventrículo esquerdo se contrai, a valva se fecha. O fechamento da valva durante a contração ventricular
impede o refluxo do sangue para o átrio.
As paredes do ventrículo esquerdo são mais espessas do que as do ventrículo direito porque o ventrículo
esquerdo suporta uma carga maior de trabalho e bombeia sangue para o corpo inteiro. O endocárdio de
ambos os ventrículos se caracteriza por revestir saliências distintas chamadas trabéculas cárneas. O
sangue oxigenado deixa o ventrículo esquerdo através da aorta ascendente. A valva da aorta (formada
por três válvulas semilunares posterior, direita e esquerda), localizada na base da parte ascendente da
aorta, fecha em consequência da pressão do sangue quando o ventrículo esquerdo relaxo e, assim,
impede o refluxo do sangue para o interior do ventrículo relaxado.
5. Sons cardíacos
Os fechamentos das valvas AV e semilunares produzem sons que podem ser ouvidos na superfície do
tórax com um estetoscópio. Estes sons são verbalizados como “Tum – Tum”.
O primeiro som (primeira bulha cardíaca) é produzido pelo fechamento das válvulas das valvas
atrioventriculares.
O segundo som (segunda bulha cardíaca) é produzido pelo fechamento das válvulas das valvas da aorta
e do tronco pulmonar.
Assim sendo, o primeiro som é ouvido quando os ventrículos se contraem na sístole, e o segundo som
é ouvido quando os ventrículos se relaxam no começo da diástole.
O tronco pulmonar possui válvulas semilunares anterior, direita e esquerda. E a aorta possui válvulas
semilunares também: posterior, direita e esquerda. Estas se fecham quando o sangue tenta retornar ao
ventrículo já que tem formato de bolsas que são preenchidos por sangue, obstruindo a passagem.
Quando o sangue tenta voltar ao ventrículo e as válvulas semilunares se fecham, ouve-se a segunda
bulha cardíaca (segundo TUM).
Os sons cardíacos são de importância clínica porque eles proporcionam informações sobre as condições
das valvas do coração e podem indicar problemas no coração. Sons anormais são denominados sopros
cardíacos e são causados por vazamentos ou estreitamentos vasculares e pela subsequente turbulência
do sangue quando passa pelo coração. Em geral três condições causam sopros cardíacos:
• Insuficiência valvar: na qual as cúspides das valvas não se fecham adequadamente.
• Estenose valvar: na qual as paredes que circundam a valva estão endurecidas ou constringidas.
• Sopro funcional: frequente em crianças, é causado por turbulência do sangue que se movimenta através
do coração durante exercícios pesados. Estes não são patológicos e são considerados normais.
6. Focos de ausculta cardíaca
• Foco aórtico: encontra-se imediatamente à direita do esterno, no segundo espaço intercostal.
• Foco pulmonar: está à esquerda do esterno, quase na mesma direção do foco aórtico.
• Foco bicúspide (mitral): está no quinto espaço intercostal a esquerda do esterno, abaixo do mamilo.
• Foco tricúspide: quinto espaço intercostal a esquerda do esterno.
Informação Adicional: tanto o ventrículo esquerdo quanto o direito possuem músculos trabeculares e
músculos papilares. A cada músculo papilar está fixado uma corda tendínea que se liga às válvulas e
quando os ventrículos se contraem, fecham-se as valvas mitral e tricúspide (primeira bulha cardíaca).
A parede anterior do átrio direito e a aurícula direita possui músculos pectíneos. Já no átrio esquerdo
esses músculos pectíneos são encontrados apenas na aurícula esquerda.
7. Vascularização cardíaca:
As paredes do coração têm seu próprio suprimento de vasos sanguíneos para satisfazer suas
necessidades vitais. O miocárdio é suprido com sangue das artérias coronárias direita e esquerda. Estes
dois vasos originam-se da parte ascendente da aorta, no nível das válvulas semilunares da valva da
aorta. As artérias coronárias circundam o coração no interior do sulco coronário, a reentrância entre os
átrios e os ventrículos.
A artéria coronária direita lança os ramos: A artéria coronária esquerda lança os ramos:
• Artéria marginal direita • Artéria interventricular anterior
• Artéria interventricular posterior • Artéria circunflexa:
• Ramo para o nó sino-atrial • Artéria marginal esquerda
• Artéria posterior do ventrículo esquerdo
As veias do coração saem do miocárdio e seguem em direção ao seio coronário. O seio coronário é uma
estrutura venosa que percorre o sulco coronário posteriormente ao átrio esquerdo indo drenar no átrio
direito, trazendo sangue do próprio coração, uma vez que se o sangue entrasse diretamente pelas
paredes do coração haveria uma mistura de sangue venoso e arterial, o que não seria vantajoso.
Veias tributárias do seio coronário:

• Veia cardíaca magna/interventricular anterior.


• Veia marginal esquerda (tributária da cardíaca magna);
• Veia posterior do ventrículo esquerdo (por vezes tributária da cardíaca magna);
• Veia cardíaca média/veia interventricular posterior;
• Veia cardíaca parva;
• Veia marginal direita (tributária da cardíaca parva);
• Veia obliqua do átrio esquerdo;
• Veia posterior do ventrículo esquerdo.
8. Sistema de condução elétrica:
Nó sinoatrial: estabelece o ritmo cardíaco, sendo considerado o marca-passo do coração;
Nó átrio ventricular: pode manter os batimentos cardíacos em caso de falha do nó sinoatrial, mas com
ritmo menor;
Trato internodal (anterior, médio e posterior);
Feixe de His;
Ramo direito e ramo esquerdo;
Fibras de Purkinje.

Artérias
O principal vaso responsável por irrigar o corpo é a artéria aorta, sendo, portanto, a artéria mais calibrosa
do corpo. Divide-se em:
Aorta Ascendente: dela saem as artérias coronárias direita e esquerda;
Arco/cajado da aorta: Irriga cabeça, pescoço, membro superior e maior parte do tórax. Localizada no
mediastino superior.
Aorta descendente, a qual é subdividida em:
• Artéria aorta descendente torácica: parte superior ao hiato aórtico no diafragmático;
• Artéria aorta descendente abdominal: parte inferior do hiato aórtico no diafragma, a qual irá se bifurcar
a nível de L4 dando origem às artérias ilíacas comuns direita e esquerda;
Informação Adicional: a parte ascendente, o arco e a parte descendente são ramos colaterais da artéria
aorta, já as artérias ilíacas comuns (direita e esquerda) são ramos terminais.
1. Arco da aorta:
1º ramo: tronco braquiocefálico, vai estar à direita no arco, servindo de extensão para seus ramos que
vão para a direita, já que o arco da aorta fica à esquerda da linha mediana corporal. Bifurca-se na altura
do ligamento esternoclavicular. Ramos do tronco braquiocefálico:
• Artéria carótida comum direita; • Artéria subclávia esquerda;
2º ramo: artéria carótida comum esquerda; 3º ramo: artéria subclávia esquerda;
Ramos das artéria subclávias:
• Artéria vertebral: sobe em C6 ou C7, passando pelos forames dos processos transversários das
vertebras cervicais até chegar em C1, onde se dirige póstero-medialmente, adentrando ao crânio pelo
forame magno. Quando as artérias vertebrais direita e esquerda se unem forma-se a artéria basilar.
• Artéria torácica/mamária interna. Seus ramos são:
Pericardicofrênica (D e E): 1º ramo colateral, Musculofrênica (D e E): ramos terminais
irriga o pericárdio e o diafragma; localizado lateralmente.
Intercostais anteriores (D e E): ramos colaterais Epigástrica superior (D e E): ramo terminal
abaixo de cada costela; localizado medialmente.
QUANDO A ARTÉRIA SUBCLÁVIA PASSA PELA BORDA LATERAL DA PRIMEIRA COSTELA
PASSA A SER CHAMADA DE AXILAR.
• Artéria axilar, ramos:
Circunflexa anterior do úmero garantem a irrigação da cabeça do
Circunflexa posterior do úmero úmero (adjacentes ao colo cirúrgico).

QUANDO A ARTÉRIA AXILAR PASSA PELA BORDA INFERIOR DO MÚSCULO REDONDO


MENOR PASSA A SER CHAMADA DE BRAQUIAL.
• Artéria braquial, ramos:
Artéria braquial profunda; Artéria nutrícia do úmero;
Colaterais ulnares superior e inferior (ramos colaterais) e artérias radial e ulnar (ramos terminais);
Artéria braquial profunda lança um ramo que é a artéria radial colateral que é anastomosada com a artéria
recorrente radial (ramo da artéria radial). Caso ocorra uma obstrução distal na artéria braquial, essa
anastomose vai garantir que o antebraço receba sangue.
• Artéria nutrícia do úmero: irriga úmero por dentro
• Artéria colateral ulnar superior
• Artéria colateral ulnar inferior

Informação Adicional: a fossa cubital, apresenta como limite lateral a margem medial do musculo
braquiorradial e como limite medial a margem lateral do musculo pronador redondo. Contém o tendão do
musculo bíceps braquial, artéria braquial, veias braquiais, nervo mediano, artéria radial, veias radiais,
artéria ulnar, veias ulnares e veia intermédia do cotovelo (superficial).
Na fossa cubital a artéria braquial se bifurca, dando seus ramos terminais: artérias radial e ulnar.
• Artéria radial: artéria disposta na região radial(lateral) do antebraço, passando pela “tabaqueira
anatômica” (fossa radial). Ramos:
• Artéria recorrente radial;
Arco palmar profundo: a artéria radial vai passar por trás do 1º metacarpal e forma, juntamente da ulnar,
o arco palmar profundo, o qual lança os seguintes ramos:
• Principal do polegar; • Metacárpicas/metacarpais palmares.
• Radial do indicador;
• Artéria ulnar: artéria disposta na região ulnar (medial) do antebraço. Maior ramo da artéria braquial.
• Artéria recorrente ulnar palmar: anterior no antebraço e vai anastomosar com a artéria colateral ulnar
inferior;
• Artéria recorrente ulnar dorsal: posterior no antebraço e vai anastomosar com a artéria colateral ulnar
superior;
Essas anastomoses vão ser um mecanismo de segurança caso haja compressão da artéria braquial,
garantindo o suprimento sanguíneo do antebraço.
• Artéria interóssea comum; • Ramo palmar profundo;
• Interóssea palmar; • Ramo carpal palmar;
• Interóssea dorsal; • Arco palmar superficial;
• Ramo carpal dorsal; • Artérias digitais palmares comuns;

2. Artérias da cabeça e do pescoço:


A cabeça e o pescoço serão irrigados pelas artérias carótidas comuns, além das artérias vertebrais. A
artéria carótida comum esquerda é ramo direto do arco da aorta e a carótida comum direita é ramo do
tronco braquiocefálico.
A nível de C4 encontra-se o seio carotídeo/carótico, estrutura que marca a divisão da artéria carótida
comum em carótidas interna e externa. Além disso, é um barorreceptor (pressorreceptor), reagindo a
alterações na pressão arterial. Na face medial do seio carótico, existe o glomo carótico, o qual é um
quimiorreceptor e mantém uma íntima relação com o seio carotídeo. O glomo carótico é estimulado por
baixos níveis de oxigênio e inicia um reflexo que aumenta a frequência e a profundidade da respiração,
a frequência cardíaca e a pressão arterial.
• Artéria carótida interna: posterior a artéria carótida externa na bifurcação da artéria carótida comum.
Entra no crânio através do canal carótico no osso temporal indo irrigar o encéfalo.
• Artéria carótida externa: começa na bifurcação da artéria carótida comum e termina no processo
condilar da mandíbula quando lança seus ramos terminais. Ramos da artéria carótida externa:
• Artéria tireóidea superior, (ramo colateral);
• Artéria faríngea ascendente, (ramo colateral);
• Artéria lingual, (ramo colateral);
• Artéria facial (ramo colateral): • Artérias alveolares superiores anterior e
posterior;
• Artéria labial superior;
• Artéria esfenopalatina;
• Artéria labial inferior;
• Artéria infraorbital (ramo terminal).
• Artéria submentual;
• Artéria auricular posterior (ramo colateral);
• Artéria angular: irriga a raiz do nariz;
• Artéria occipital (ramo colateral);
• Artéria maxilar (ramo terminal):
• Artéria temporal superficial (ramo terminal):
• Artéria meníngea média: passa pelo forame
espinhoso; • Ramo frontal;
• Artéria alveolar inferior; • Ramo parietal;
• Artéria bucal; • Ramo médio.

3. Artéria aorta descendente torácica


• Artérias pericárdicas: ramos colaterais;
• Artérias esofágicas: ramos colaterais;
• Artérias intercostais posteriores: ramos colaterais que percorrem os sulcos costais e sofrem
anastomose com as artérias intercostais anteriores;
• Artérias subcostais: ramos colaterais que irrigam as últimas costelas.
• Artérias frênicas superiores: ramos colaterais.

4. Artéria aorta descendente abdominal


• Artérias frênicas inferiores: ramos colaterais;
• Tronco celíaco: ramo colateral. Ramos:
• Artéria gástrica esquerda: irriga a metade esquerda da curvatura gástrica menor e vai sofrer
anastomose com a artéria gástrica direita.
• Artéria esplênica/lienal:
a) Artérias gástricas curtas: irrigam o fundo do estômago;
b) Artéria gastroomental/gastroepiplóica esquerda: irriga a metade esquerda da curvatura gástrica
maior e se anastomosa com a gastroomental direita;
c) Ramos esplênicos: irrigam o baço;
d) Ramos pancreáticos: irrigam o pâncreas.
• Artéria hepática comum:
a) Artéria gastroduodenal:
• Artéria gastroomental/gastroepiplóica direita: irriga a metade direita da curvatura gástrica maior.
• Artéria pancreaticoduodenal superior (ramos anterior e posterior): irriga a cabeça do pâncreas
e a segunda parte do duodeno.
b) Artéria gástrica direita: irriga a metade direita da curvatura gástrica menor e se anastomosa com
a artéria gástrica esquerda.
c) Artéria hepática própria
• Artéria hepática direita: irriga o fígado e possui como ramo a artéria cística, a qual irá irrigar a
vesícula biliar.
• Artéria hepática esquerda: irriga o fígado;
• Artéria hepática média: irriga o fígado. Pode ser ramo da artéria hepática própria ou da hepática
média.
• Artéria mesentérica superior: ramos colaterais;
a) Artéria pancreaticoduodenal inferior (ramos anterior e posterior): irriga a cabeça do pâncreas e a
segunda metade do duodeno, anastomosando-se com a artéria pancreaticoduodenal superior a
nível da cabeça do pâncreas;
b) Artérias intestinais (jejunais e ileais);
c) Artéria ileocólica: irriga a parte terminal do íleo, apêndice vermiforme, ceco e um pouco do colo
ascendente do intestino grosso;
d) Artéria cólica direita: divide-se em ramos ascendentes e descendentes para irrigar o colo
ascendente do intestino grosso;
e) Artéria cólica média: irriga a metade direita do colo transverso do intestino grosso:
• Alças anastomóticas (artérias arcadas);
• Artérias retas;
• Artérias supra-renais médias: ramos colaterais que irrigam a glândula supra-renal (adrenal) junto
com as artérias supra-renais superiores e inferiores. Podem ser ramos das frênicas inferiores
• Artérias renais: ramos colaterais que suprem os rins. São posteriores às veias renais;
• Artérias supra-renais inferiores;
• Artérias gonadais: ramos colaterais que irrigam as gônadas. Podem ser testiculares (em homens) ou
ováricas (em mulheres). Ventrais ao músculo psoas maior. Possuem ramos para irrigar o ureter.
• Artéria mesentérica inferior: ramo colateral que irriga o intestino delgado:
• Artéria cólica esquerda: irriga a metade esquerda do colo transverso e o colo descendente do intestino
grosso.
• Artérias sigmoideas: irrigam o colo sigmoide do intestino grosso;
• Artérias retais superiores: irrigam a parte superior do reto.
• Artérias lombares: ramos colaterais que irrigam os músculos da parede abdominal posterior na região
lombar;
• Artéria sacral mediana: irriga a face anterior do sacro;
• Artérias ilíacas comuns: ramos terminais da aorta descendente abdominal, em nível de L4. As artérias
ilíacas comuns vão se dividir em artérias ilíacas externas e internas.
• Artéria ilíaca externa
a) Artéria epigástrica inferior;
b) Artéria circunflexa ilíaca profunda.
• Artéria ilíaca interna.
Exercício de fixação: denomine as artérias discriminadas
A ARTÉRIA ILÍACA EXTERNA, AO PASSAR POSTERIORMENTE AO LIGAMENTO INGUINAL, É
CHAMADA DE ARTÉRIA FEMORAL (RESPONSÁVEL POR IRRIGAR O MEMBRO INFERIOR).
• Artéria femoral: Começa quando a artéria ilíaca externa passa dorsalmente ao ligamento inguinal.
Percorre a coxa anteriormente, passando pelo trígono femoral onde envia seu ramo: a artéria profunda
da coxa, passando por seguinte no canal dos adutores (vasto medial, sartório, adutor longo e magno)
se dirigindo posteriormente passando pelo hiato do adutor (magno) onde vira a artéria poplítea.
Informação Adicional: o trígono femoral é formado pelo nervo femoral, artéria femoral e veia femoral.
Seus limites são: ligamento inguinal (limite superior), bordo medial do músculo sartório (limite lateral) e
bordo lateral do músculo adutor longo (limite medial), o assoalho é formado pelos músculos iliopsoas,
pectíneo, adutor magno e o teto é a fáscia lata.
• Artéria profunda da coxa: dirige-se posteriormente no trígono femoral a fim de irrigar os músculos
posteriores da coxa.
QUANDO A ARTÉRIA FEMORAL PASSA PELO HIATO DO ADUTOR É CHAMADA DE ARTÉRIA
POPLÍTEA.
• Artéria poplítea: começa após a artéria femoral. Ramos:
• Artéria superior medial do joelho: ramo colateral;
• Artéria superior lateral do joelho: ramo colateral;
• Artéria inferior medial do joelho: ramo colateral;
• Artéria inferior lateral do joelho: ramo colateral;
• Artéria tibial anterior: ramo terminal;
• Artéria tibial posterior: ramo terminal.
Informação Adicional: região poplítea:
Limite súpero-lateral: bordo medial do musculo bíceps femoral;
Limite súpero-medial: bordo lateral do musculo semimembranáceo;
Limite ínfero-lateral: bordo medial da cabeça lateral do musculo gastrocnêmico.
Limite ínfero-medial: bordo lateral da cabeça medial do musculo gastrocnêmico.
Na região poplítea a posição da artéria e da veia é o inverso da que ocorre no trígono femoral: artéria
poplítea (medial), veia poplítea (intermédia) e nervo tibial (lateral).
• Artéria tibial anterior: anterioriza-se perfurando a membrana interóssea. Quando a artéria tibial
anterior cruza a articulação do tornozelo denomina-se de artéria dorsal do pé.

• Artéria tibial posterior. Ramos:


• Artéria plantar medial
• Artéria plantar lateral
Informação Adicional: Algumas artérias vão lançar ramos para irrigar os músculos, chamados de artéria
musculares (ou perfurantes) que vão perfurar o musculo a fim de irrigá-lo. Algumas artérias que lançam
esses ramos são as artérias braquial e femoral.
Veias
1. Tipos de veias:
• Veia superficial: superficial em relação à fáscia muscular;
• Veia profunda: profunda em relação à fáscia muscular;
• Veia comunicante: interliga duas veias superficiais, sendo de menor calibre.
• Veia perfurante: interliga veia superficial a veia profunda, perfurando a fáscia muscular.
2. Veias da face:
• Veias superficiais da face:
• Veia temporal superficial; • Veia retromandibular;
• Veia occipital; • Veia facial: drena na jugular interna;
• Veias profundas da face:
• Veia maxilar;
• Plexo pterigoideo (vai para a veia maxilar);
3. Veias do crânio:
• Veias do crânio
• Veias do encéfalo: drenam o encéfalo. Uma das mais importantes é a veia cerebral magna (de Galeno).
• Seios venosos durais: sagital superior, sagital inferior, reto, occipital, esfenoparietal, cavernosos,
intercavernosos, sigmoide, petroso superior, petroso inferior e o plexo basilar.
• Veias diploicas: percorrem e drenam a díploe óssea.
• Veias emissárias: atravessam o crânio, comunicando veias extra e intracranianas. Exemplo: veia nasal
que passa pelo forame cego do osso frontal.
4. Veias do pescoço:
• Veia jugular interna: desce pelo pescoço, profunda ao músculo esternocleidomastóideo, envolvida
pela bainha carótica (junto com a artéria carótida comum e o nervo vago). Drena sangue do interior do
crânio – inclusive do encéfalo.
Informação Adicional: A junção das veias jugular interna com a subclávia forma a veia braquiocefálica.
• Veia jugular externa: desce pelo pescoço, profunda ao musculo platisma e superficial ao músculo
esternocleidomastóideo.
Informação Adicional: a veia jugular externa drena na veia subclávia, antes da veia subclávia se unir
com a veia jugular interna e formar a veia braquiocefálica.
• Veias vertebrais: drenam o sangue do encéfalo, passando pelos forames dos processos transversos
das vértebras cervicais.
Informação Adicional: quando a veia braquiocefálica direita se une com a veia braquiocefálica esquerda
forma-se a veia cava superior. A veia braquiocefálica esquerda é maior do que a veia braquiocefálica
direita.
5. Veias dos membros superiores
• Veias superficiais
• Veia cefálica: delimita o músculo deltóide do músculo peitoral maior, percorrendo o sulco deltopeitoral.
Lateral no antebraço e braço, passando pela “tabaqueira anatômica” (fossa radial) e pela fossa cubital.
Após passar no sulco deltopeitoral, tributária da veia axilar.
• Veia basílica: medial no antebraço e braço, tributária das veias braquiais;
• Veia mediana/intermédia do cotovelo: comunica as veias cefálica e basílica;
• Veia mediana/intermédia do antebraço.
• Rede venosa dorsal da mão: sua drenagem é feita pelas veias cefálica e basílica.
• Veias profundas
• Veias ulnares: mediais no antebraço
• Veias radiais: laterais no antebraço
• Veias braquiais: formadas na fossa cubital com a união das veias ulnares e radiais. Recebem a veia
basílica.
• Veia axilar: formada pela união das veias braquiais no bordo inferior do musculo redondo maior. Recebe
a veia cefálica.
• Veia subclávia: formada quando a veia axilar passa pelo bordo externo da primeira costela. Recebe a
veia jugular externa e depois se une à veia jugular interna para formar a veia braquiocefálica.
6. Veias do tórax
• Veia cava superior: formada pela convergência das veias braquiocefálicas direita e esquerda. Carreia
o sangue venoso da cabeça, pescoço, membros superiores e parte do tórax para o átrio direito do
coração.
• Veia ázigos: tributária da veia cava superior. Drena o sangue das veias torácicas posteriores do
hemicorpo direito (na parte posterior da parede torácica). Suas tributárias são:
• Veia hemiázigos acessória: drena as veias intercostais posteriores do hemicorpo esquerdo superior;
• Veia hemiázigos: drena as veias intercostais posteriores do hemicorpo esquerdo inferior;
• Veias intercostais posteriores do lado direito;
• Veias lombares ascendentes: drena região lombar e sacral;
• Veias braquiocefálicas: formadas bilateralmente pelas uniões das veias subclávias e jugulares
internas ipsilaterais, suas tributárias são:
• Veia torácica interna (drena as veias intercostais anteriores);
• Veias vertebrais;
7. Veias do abdome e pelve
• Veia cava inferior: formada pela união das veias ilíacas comuns direita e esquerda. Suas tributárias
são:
• Veias lombares: drenam a musculatura abdominal posterior,
• Veias gonadais: a veia gonadal esquerda drena na veia renal esquerda, ao passo que a veia gonadal
direita drena diretamente na veia cava inferior;
• Veias renais: a veia renal esquerda passa anteriormente pela artéria aorta descendente abdominal;
• Veias supra-renais médias;
• Veias frênicas inferiores;
• Veias hepáticas: saem do fígado e vão para a veia cava inferior;
• Veias do sistema porta: suas tributárias são:
• Veia esplênica (lienal): drena o baço. Tributárias:
• Veia mesentérica inferior: suas tributárias são:
a) Veias cólicas esquerdas;
b) Veias sigmoideas;
c) Veia retal superior;
• Veia mesentérica superior: suas tributárias são:
• Veia cólica direita;
• Veia ileocólica;
• Veia cólica média (ramos direito e esquerdo);
• Veias jejunais e ileais;
• Veia pancreaticoduodenal;
• Veia gastroomental direita;
• Veia gástrica esquerda;
• Veia gástrica direita;
• Veia cística;
• Veias para-umbilicais.
Informação Adicional: As veias esplênicas e mesentéricas superioras vão se unir e formar a veia porta.
A veia porta depois de formada se bifurca e entra no fígado. No fígado o sangue é limpo e sai do fígado
para a veia cava inferior pelas veias hepáticas. A veia porta é formada posteriormente ao colo do
pâncreas.
• Veias da pelve e períneo:
• Veias ilíacas externas: formada quando a veia femoral passa pelo ligamento inguinal.
• Veias ilíacas internas
• Veia sacral mediana;
8. Veias dos membros inferiores:
Informação Adicional: O músculo tríceps sural (junção dos músculos gastrocnêmio e sóleo) serve como
uma bomba musculovenosa, contraindo suas fibras musculares e comprimindo as veias adjacentes,
auxiliando o sangue venoso a retornar dos membros inferiores para o coração contra a ação
gravitacional.
• Veias superficiais:
• Veia safena magna: vaso mais longo do corpo. Vem da veia marginal medial do pé e drena na veia
femoral, ao atravessar o hiato safeno. Na perna e na coxa é ântero-medial, mas no joelho passa para
trás voltando para a frente. No passado era muito utilizada para cirurgias de revascularização do
miocárdio (“pontes de safena”). Tributárias:
• Veias safenas acessórias lateral e medial
• Veia epigástrica superficial;
• Veia safena parva: vem da veia marginal lateral do pé, sendo posterior na perna e drenando na veia
poplítea;
• Veias profundas:
• Veias tibiais anteriores;
• Veias tibiais posteriores;
Informação Adicional: ambas as veias se unem na região poplítea formando a veia poplítea, a qual
recebe a veia safena parva, atravessando o hiato do adutor e virando a veia femoral. A veia femoral, por
sua vez, recebe a veia safena magna e a veia profunda da coxa. A veia femoral, ao passar pelo ligamento
inguinal e se superiorizar, é denominada de veia ilíaca externa.

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