Semiologia Cardiovascular

Exame Físico em Cardiologia

Camillo L.C.Junqueira
 Semiologia ou Propedêutica
Semiologia ou Propedêutica é a parte da medicina
relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças
humanas e animais. Vem do grego σημειολογία
(semeîon, sinal + lógos, tratado, estudo).

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Anatomia Cardíaca

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Anatomia da Irrigação do Miocárdio

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Circulação Fetal

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 Cardiopatias Congênitas
“Nascido com o indivíduo”

Acianóticas: Desvio E → D

Cianóticas: Desvio D → E
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Cardiopatias Congênitas mais freqüentes

Comunicação interventricular (CIV) 25-30 %

Comunicação interatrial (CIA) 10 %

Persistência do Canal Arterial (PCA) 10 %

Válvula Aórtica Bicúspide 7,5%

Tetralogia de Fallot 6-7%

Coarctação aórtica (CoA) 6%

Transposição de grandes artérias (TGA) 5%

 FLUXO NORMAL
O2
x
ad ae

ap ae
vd ve
x AP CP VP

ao
ap
Qp:Qs = 1:1
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Exame Físico do Precórdio

Inspeção
Palpação
Ausculta
Inspeção e Palpação

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Base cardíaca- 2º espaço intercostal à Direita e esquerda
Ápice cardíaco- extremidade inferior do ventrículo esquerdo
Vasos da base: aorta, artéria pulmonar, veia cava superior

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❖Ventrículo direito ocupa a maior parte da superfície anterior do coração

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 Ictus Cordis

Investigar:

Localização
Extensão
Mobilidade
Intensidade e forma de impulsão
Ritmo
Freqüência

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 Ictus Cordis

Localização: varia de acordo com o biótipo

• Normolíneos: linha hemiclavicular E com 5° EIC

• Brevilíneo: desloca-se 2 cm para fora e 4° EIC

• Longelíneo: desloca-se 1 ou 2 cm para dentro e 6° EIC

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 Ictus Cordis

Invisível e impalpável:

Portadores de enfisema
Obesidade
Musculatura muito desenvolvida
Grandes mamas

Deslocado: dilatação e/ou hipertrofia VE

Miocardiopatias
Insuficiência aórtica
Insuficiência mitral
Hipertensão arterial
Estenose aórtica
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a) Localização normal do ictus cordis
b) Hipertrofia ventricular direita – levantamento da região precordial, próximo ao
esterno, não corresponde ao ictus
c) Hipertrofia ventricular esquerda sem dilatação – deslocamento mínimo ictus ou
não aparece
d) Hipertrofia e dilatação ventricular esquerda – ictus desviado para baixo e fora
mais amplo
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 Tipos de Ictus do VE Patológicos

1. Ictus Propulsivo e Sustentado: HVE, E Ao e MCP Hipertrófica.

2. Ictus Hipercinético: Exercício, Febre, anemia, etc.
3. Ictus Hipercinético e Difuso: Sobrecarga de volume (Iao, IM e CIV)
4. Ictus Hipocinético e Difuso: Sobrecarga de volume com Insuf. sistólica.
5. Movimento Duplo: Pré-sistólico(B4) ou Protodiastólico(B3).
6. Retração Sistólica (Sinal de Broabent): Pericardite constrictiva.

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Ruídos Cardíacos
DIAGRAMA DE WIGGERS

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 BULHAS CARDÍACAS
Origem:
10 RUÍDO – a) fator valvular – fechamento M e T
(65 Hz) b) fator muscular – contração isométrica
c) fator vascular – distensão dos vasos
durante a ejeção
d) fator sangüíneo – turbulência do sangue
20 RUÍDO - fechamento da A e P (55 Hz)
30 RUÍDO – enchimento rápido ventrículo (início diástole)
40 RUÍDO - pré-sístole – Contração atrial

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Localização das Áreas Precordiais

Second left
interspace

Third left
interspace

Fourth left
interspace

Fifth left
interspace

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BULHAS CARDÍACAS
Focos de auscultação – não correspondem à projeção
anatômica das válvulas, mas às zonas onde se ausculta
com maior freqüência os ruídos
- FOCO PULMONAR – 20. Espaço intercostal esquerdo
- FOCO AÓRTICO – 20. Espaço intercostal direito
-FOCO MITRAL - 50. Espaço intercostal c/ linha M
clavicular (ápice)
- FOCO TRICÚSPIDE – apêndice xifóide do esterno

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Desdobramento de Bulhas Cardíacas (B2)

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 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Bulhas e Estalidos
Ruídos Sistólicos
Protossistólicos
✓ Estalidos(Clicks) de ejeção
• Aórticos
• Pulmonares
✓ Ruídos de próteses valvares (mecânicas)
Meso/telessistólicos
• Atrito pericárdio
• Estalido(click) do PVM

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 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SONS MESO A TELESSISTÓLICOS
- MAIS COMUNS SÃO ASSOCIADOS AO
PVM(CLICK).
- ALTA FREQÜÊNCIA
 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Bulhas e Estalidos
Ruídos Diastólicos
Protodiastólicos
✓ Estalidos da válvulas A-V
• Ruídos de alta frequência
• 40 a 60 ms após A2
✓ Knock pericárdico (pericardite constrictiva)
• 90 a 120 ms após A2
✓ Tumor Plop (mixoma atrial)
✓ Próteses metálicas em posição mitral
Obs: Diferenciar de B3 (baixa frequência e ocorre após 120 ms de A2.
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 Ausculta - Sopros
Intensidade
• Grau I/6 - pouco percebido
• Grau II/6 - Sopro de pequena intensidade
• Grau III/6 - Sopro bem marcante mas não muito
intenso
• Grau IV/6 - Sopro intenso
• Grau V/6 - Sopro muito intenso
• Grau VI/6 – Sopro audível sem o estetoscópio
• Obs: Na presença de frêmito o sopro apresenta
intensidade IV, V ou VI/6.

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 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Sopros
Sopro de Austin Flint
O sopro de Austin Flint é um sopro
mesodiastólico de baixa freqüência, audível na
região do ápex, associado com regurgitação
aórtica, na ausência de estenose mitral
orgânica.

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 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Sopros

Sopro de Graham Steell

Regurgitação pulmonar resulta em um sopro
protodiastólico. Em pacientes adultos, a regurgitação
pulmonar é mais freqüentemente devida à hipertensão
arterial pulmonar.
– PSAP > 55mmHg.
– Dilatação do anel valvar
– Aumenta com a inspiração
– Diminui com manobra de Valsalva

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 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Sopros

Sopro de Carey Coombs

Valvulite mitral reumática, causada pela
febre reumática aguda, pode estar
associada com um ruflar diastólico curto
denominado sopro de Carey Coombs ou
sopro de atividade reumática.

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 Fenômeno de Gallavardin
(Década de 1920)

Se refere ao sopro da estenose aórtica que reflete no foco

mitral, simulando uma insuficiência mitral.

No entanto, um artigo publicado no ano de 1974 contesta a

descrição do pesquisador e atribui o ruído em questão à associação
de uma estenose aórtica com uma insuficiência mitral secundária a
uma disfunção do músculo papilar.

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• Patent ductus arteriosus
•Aortopulmonary window
•Arteriovenous fistulas
•Shunts
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 Sopros Inocentes ou Funcionais

• Ausência de anormalidades estruturais

• Diminuem com a posição sentada ou em pé e aumenta
na posição supina
• Tipos:
1. Sopro inocente da Criança
2. Sopro sistólico de ejeção
3. Sopro de esclerose aórtica do Idoso
4. Sopro inocente arterial
5. Sopro mamário
6. Zumbido venoso

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