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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Curso: Enfermagem
Disciplina: Assistência de enfermagem nas urgências e emergências
Professora: Jânia Oliveira Santos
Código: G Carga Horária T: 60 Carga Horária P: 60 Período: 6º
Eixo: Saberes e Práticas Específicas em Enfermagem

Ano letivo: 2021/2 Horário: 14 às 17:30 h Turno: Vespertino Local: Bloco J


Tema da Aula:
Aplicação da metodologia da assistência nas urgências respiratórias
Insuficiência respiratória aguda
Asma
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Pneumonia

1. Como deve ser a avaliação primária e secundária pré-hospitalar para pacientes clínicas segundo o
AMLS. (Capítulo em anexo).
A avaliação primária é um instrumento para identificar apresentações com risco de vida e
estabelecer estratégias imediatas de tratamento. Para determinar a gravidade do doente, é necessário
avaliar seu nível de consciência (NDC) e identificar qualquer problema com via aérea, ventilação
ou circulação. Se for identificado um risco à vida, é preciso iniciar uma intervenção imediata antes
de realizar outras avaliações. Obter o restante do histórico e fazer o exame físico podem ser tarefas
realizadas a caminho do hospital.
Se a avaliação não revelar um risco imediato à vida o doente pode ser avaliado quanto à existência
de condições críticas ou emergenciais. Um doente emergencial é aquele que causou má impressão
geral ou tem baixo NDC, não reage, apresenta sinais e sintomas de choque, queixa-se de dor forte,
tem várias lesões ou está com dificuldade para respirar, submeteu-se a um parto complicado,
manifesta dor no peito com pressão arterial sistólica menor do que 100 mmHg ou sangramento
incontrolável.
 Nível de Consciência
A avaliação do NDC envolve a avaliação da função cerebral, é preciso observar atentamente
evidências de seu NDC, aplicar os instrumentos como a Escala de Coma de Glasgow (ECG)
mnemônico AVDN (alerta, verbal, dor, não reativo) para avaliar a função neurológica. A avaliação
do NDC ajuda a determinar se o estado neurológico e de perfusão do doente está estável e permite
a identificação de condições com risco à vida para que possam ser tratadas precocemente.

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 Via Aérea
É preciso estabelecer e manter a permeabilidade da via aérea. O profissional precisa possibilitar um bom
fluxo de ar e verificar que está livre de fluidos, secreções, dentes e qualquer outro tipo de corpo estranho
que possam obstruir o fluxo de ar. Via aérea comprometida pode requerer aspiração ou remoção de um
corpo estranho.
 Ventilação
Avaliar a frequência, ritmo e esforço respiratórios durante a avaliação primária. Sons pulmonares podem
ser auscultados durante a avaliação, se for observada respiração difícil. O profissional deve buscar por
respiração rápida ou lenta demais. A simetria da elevação do tórax e o uso de músculos acessórios devem
ser observados. Batimento de asa de nariz, agitação e incapacidade de pronunciar várias palavras sem parar
para respirar indicam sofrimento e troca de ar comprometida.
A angústia respiratória pode resultar em hipóxia. Quando os sinais e sintomas do doente consistem em
angústia respiratória, outra síndrome possível é hiperventilação, que causa alcalose respiratória. A
hiperventilação pode estar compensando acidose metabólica, ansiedade, medo ou lesão do SNC. As
hipóteses diagnósticas podem incluir AVE e cetoacidose diabética. O nível elevado de dióxido de carbono
no sangue causado pela hipoventilação é chamado de hipercapnia. Ela ocorre quando o organismo não
consegue se livrar do dióxido de carbono, fazendo com que ele se acumule no fluxo sanguíneo causado
pela insuficiência respiratória. Deve-se pensar em hipercapnia em todos os doentes com rebaixamento do
NDC, principalmente se estiverem sonolentos ou muito fatigados.
Na avaliação primária, deve-se auscultar sons pulmonares na linha axilar 1nédia se o doente apresentar
rebaixamento do NDC, dificuldade para respirar ou má perfusão. Sons respiratórios audíveis, como chiados,
são achados clínicos importantes. O uso e a retração de músculos acessórios podem ser vistos na fúrcula
esternal, abaixo e entre as costelas. Se o trabalho respiratório está aumentado, o doente deve ser monitorado
em virtude do risco de insuficiência respiratória e colapso iminente.
 Circulação
Deve-se obter frequência, ritmo e qualidade do pulso do doente. É essencial palpar as artérias radial,
carótida ou femoral. Os indicadores da qualidade do pulso referem-se à sua força e são classificados como
ausente, fraco, filíforme, limitador ou forte. Um pulso fraco pode indicar má perfusão. Um pulso limitador
pode indicar aumento da pressão de pulso, como n a regurgitação aórtica, ou pressão arterial sistólica
aumentada. Fatores que poden1 reduzir a contratilidade miocárdica incluem hipóxia, hipercalemia e
hipercapnia. A identificação precoce de pulsos irregulares, fracos ou filiformes, na avaliação primária
indica má perfusão e pode alertar para a imediata aplicação e interpretação dos achados do ECG.
A avaliação secundária é iniciada depois de determinar o NDC e via aérea, ventilação, circulação e
perfusão do paciente. Em geral, obtêm-se os sinais vitais e o histórico do doente antes de fazer o exame
físico. Dependendo da gravidade da condição do doente, da disponibilidade de profissionais de saúde e do
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tempo estimado de transporte até o centro médico adequado, o exame físico pode ser feito no local ou a
caminho da instituição.
 Sinais Vitais
Incluem pulso (frequência, regularidade e qualidade), respiração (simetria, profundidade, frequência e
qualidade), temperatura corporal (oral, retal, timpânica ou axilar) e pressão arterial. Você deve medir esses
parâmetros de maneira frequente e contínua. Mesmo que os sinais e sintomas não sugiram uma ameaça
imediata à vida, as condições do doente podem deteriorar. Os sinais vitais devem fornecer informações
importantes para você estabelecer uma impressão mais detalhada da situação e das necessidades do doente.
 Anamnese
Para doentes com emergências médicas, as informações da história podem ser obtidas antes do exame físico.
Modificar a abordagem para obter informações da história antes do exame físico depende dos sinais e
sintomas do doente. O importante é que se faça uma avaliação minuciosa. Uma entrevista eficiente,
sistemática e abrangente pode, portanto, ajudá-lo a eliminar diagnósticos diferenciais, estabelecer um
diagnóstico e determinar intervenções de tratamento. Uma abordagem sensata para obter o histórico médico
do doente é seguir o mnemônico SAMPLER.
OPQRST: história atual

 Exame Físico
O exame físico pode ser um exame focado, um rápido exame da cabeça aos pés ou um exame completo e
minucioso. O profissional de saúde precisa determinar, com base na acuidade do doente, qual é o melhor
exame. Na maioria das situações de emergência, o exame focado é adequado para doentes conscientes. Um
rápido exame da cabeça aos pés é necessário em doentes inconscientes ou com NDC baixo e naquela cuja
apresentação sugere uso abusivo de substâncias tóxicas. Exan1es físicos detalhados são mais práticos no
hospital ou em outras situações clínicas, embora a equipe pré-hospitalar possa fazer um exame detalhado
se o tempo de transporte permitir.
 Exames diagnósticos

2. Defina cada uma das patologias a seguir e destaque seus sinais e sintomas.

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A. Insuficiência respiratória aguda: A insuficiência respiratória aguda (IRpA) pode ser definida
como a incapacidade do sistema respiratório em desempenhar sua principal função, ou seja,
promover adequadamente a oxigenação do sangue arterial e a eliminação do gás carbônico. Na
insuficiência respiratória aguda os pulmões são incapazes de realizar as trocas gasosas de forma
adequada, e há vários mecanismos envolvidos nesse processo. A troca gasosa adequada depende do
funcionamento de diferentes etapas relacionadas a diferentes componentes do sistema respiratório.
Sinais e sintomas associados são taquipneia, alteração do nível de consciência, saturação de
oxigênio inferior a 90°/o, presença de tiragens intercostais, batimentos de asas do nariz e a utilização
da musculatura acessória da respiração, cianose central e de extremidades, hipoxemia determina
alterações no sistema nervoso central, podendo ocorrer agitação, confusão mental, instabilidade dos
movimentos, já a hipercapnia determina progressivamente confusão mental, sonolência e coma.
B. Asma: A asma é uma inflamação crônica que envolve a contração do músculo liso dos brônquios,
resultando no estreitamento deles e em roncos e sibilos associados. A via aérea torna-se
excessivamente sensível a alérgenos, vírus e outros irritantes ambientais inalados- e até odores
muito fortes podem desencadear um episódio. Essa supersensibilidade é responsável pelo
componente reativo da via aérea da doença. A principal característica fisiopatogênica da asma é a
inflamação brônquica, resultante de um amplo e complexo espectro de interações entre células
inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas. Sinais e sintomas incluem roncos e
sibilos, dispneia e tosse, sinais de doença recente do trato respiratório superior, como rinorreia,
congestão, cefaleia, faringite e mialgia, sinais de exposição a agentes alérgenos, como rinorreia,
faringite, rouquidão e tosse, aperto, desconforto ou dor no tórax.
C. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): A DPOC é uma obstrução do fluxo de ar causada
por bronquite crônica ou perda da área de superfície alveolar associada ao enfisema. A doença
caracteriza-se por certo grau de roncos e sibilos e edema da via aérea e, apesar de seu mecanismo
ser levemente diferente daquele da asma, ambas são doenças dos pulmões envolvendo
aprisionamento de ar. Os sintomas incluem dispneia, tosse, intolerância de esforço, roncos e sibilos,
tosse produtiva, dor ou desconforto no tórax, diaforese e ortopneia. Os sinais são roncos e sibilos,
taxa respiratória aumentada, saturação reduzida de oxigênio, uso de músculos acessórios, pulso
jugular elevado, edema periférico, pulmões hiperinflados, hiper-ressonância à percurssão, roncos
grosseiros e dispersos.
D. Pneumonia: A pneumonia é a infecção do pulmão que provoca coleção de fluido nos. A pneumonia
desenvolve-se mais usualmente por causa de um defeito no sistema imune do hospedeiro ou de uma
carga esmagadora de patógenos potentes. Os sinais e sintomas clínicos de pneumonia podem incluir
febre, calafrios, tosse, mal-estar, náusea e vômito, diarreia, mialgia, dor pleurítica no tórax, dor

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abdominal, anorexia, dispneia, taquicardia, taquipneia, hipóxia, sons respiratórios anormais,
incluidno estertores, roncos e até mesmo roncos e sibilos.

3. Diferencie a insuficiência respiratória tipo I da Tipo II.


Tipo I (falência de oxigenação, ou hipoxêmica): condições onde a ventilação é normal, sendo a
hipoxemia secundária a alteração ventilação/perfusão ou defeito de difusão. Gasometricamente há
hipoxemia, sem retenção de gás carbônico. A PaCO2 pode estar até mesmo baixa, pois há uma
tentativa de compensar a hipoxemia com hiperventilação. Já a Tipo II (falência de ventilação, ou
hipercápnica): condições onde as alterações nas trocas gasosas decorrem da hipoventilação.
Gasometricamente há hipoxemia e hipercapnia.
4. Responda a caso clínico a seguir.
Em um plantão na emergência você recebe a Sra. M.A., de 64 anos, com quadro de confusão mental,
sudorese intensa, taquipnéia e fazendo uso de musculatura acessória. Ela chega acompanhada da
filha, que informa que após o almoço a Sra. M.A. vomitou em grande quantidade. De qual patologia
respiratória estamos falando? Quais seriam as condutas de enfermagem para esta situação?
Insuficiência Respiratória Aguda, as condutas a tomar incluiriam:
1. Abertura das vias aéreas e posicionamento da paciente em decúbito dorsal horizontal.
2. Hiperextenção do pescoço.
3. Aspiração das vias aéreas superiores, se necessário.
4. Retirar prótese dentária, se houver.
5. Instale oxigenioterapia conforme prescrição.
6. Elevar o decúbito.
7. Instalar oximetria de pulso e acesso venoso.
8. Observar sinais de piora da hipoxemia precocemente, como diminuição do nível de
consciência, diminuição da saturação de oxigênio e cianose.
9. Verificar sinais vitais periodicamente.
10. Avalie padrão respiratório periodicamente

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Curso: Enfermagem
Disciplina: Assistência de enfermagem nas urgências e emergências
Professora: Jânia Oliveira Santos
Código: G Carga Horária T: 60 Carga Horária P: 60 Período: 6º
Eixo: Saberes e Práticas Específicas em Enfermagem

Ano letivo: 2018/1 Horário: 08 às 11 h Turno: Vespertino Local: Bloco J Sala 108
Tema da Aula:

Distúrbios acidobásicos
Gasometria

1. Defina gasometria.
A gasometria do sangue arterial consiste na análise dos gases sanguíneos permitindo a avaliação da
oxigenação, da adequação da troca gasosa nos pulmões e do o estado acidobásico. O exame se refere
à determinação de quatro parâmetros principais em amostras de sangue total arterial ou venoso: pH
(potencial hidrogeniônico), pO₂ (pressão parcial de oxigênio), pCO₂ (pressão parcial de gás
carbônico) e HCO₃- (concentração do ânion bicarbonato).
2. Quais são os gases sanguineos analisados na gasometria? com seus respectivos parâmetros
(sangue arterial).

Oxigênio, dióxido de carbono

 PaO₂ - 80 a 100 mmHg


 pCO₂ - 35 a 45 mmHg

3. Indique os parâmetros de PH e Bicarbonato para análise de sangue arterial.


 Bicarbonato - 22 a 26 mEq/L
 pH - 7,35 a 7,45

4. No que se refere a análise da gasometria arterial, como identificar se um paciente está


hiperventilando e hipoventilando? Explique.
É uma análise dos gases do sangue arterial que é essencial na avaliação e manuseio do estado de
oxigenação e equilíbrio acidobásico do paciente. Os gases do sangue arterial devem ser interpretados
sistematicamente. Primeiramente, avalia-se a oxigenação. Depois disso, é verificado o estado acidobásico.

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Em seguida, é identificado o distúrbio primário. Por último, a compensação, se ela existir.Se a
PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45,
ele está em Alcalose Respiratória. Se a PaCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando,
e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória.

5. Quais são os sistemas tampões do organismo que mantém o equilibrio acidobásico, explique cada
um destes.
A regulação do equilíbrio acidobásico ocorre por meio do sistema tampão, que pode ser descrito
como um mecanismo para neutralizar os ácidos. Três sistemas tampão existem para a manutenção do
equilíbrio acidobásico: o sistema tampão no sangue, no sistema respiratório e no sistema renal.
O sistema tampão do sangue: é ativado quando ocorrem mudanças na concentração de íons H+;
quando estes se elevam, o pH cai, resultando em acidose. O bicarbonato combina com o íons H+ para
formar ácido carbônico (H2CO3), que por sua vez quebra-se em CO2 (eliminado pelos pulmões) e água,
através da seguinte reação: H+ + HCO3 ↔ H2CO3 ↔ H2O + CO2.
O sistema tampão respiratório: atua através da eliminação do excesso de CO2 dos pulmões. Este
processo inicia-se assim que ocorre uma alteração ácido/básica.
O sistema tampão renal: funciona excretando o excesso de íons H+ e retendo bicarbonato. Este
sistema é ativado mais lentamente e pode levar mais de dois dias para regular o equilíbrio acidobásico.
6. Complete o quadro abaixo com seus devidos parâmetros.
7.
VALORES NORMAIS DE UMA GASOMETRIA
PH 7,35 a 7,45
PaO2 80 a 100 mmHg
PaCO2 35 a 45 mmHg
BE -2 a +2
HCO3 22 a 26 mEq/L
SaCO2 97%

LISTA DE EXERCÌCIOS
CASO 1.

Paciente de 30 anos chega ao Setor de Emergência em estado de coma, apenas respondendo


aos estímulos dolorosos. Sua respiração é superficial e com frequência normal. Familiares
encontraram próximo a ela diversas caixas de tranquilizantes vazias. Gasometria arterial: pH=
7,20; PaCO2= 80mmHg; BR= 23 mM/L; BE= -1,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s)
apresentado(s).

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Paciente apresentando quadro de acidose respiratória aguda, com quadro de insuficiência respiratória aguda
(hipoventilação) e a causa da depressão do centro respiratório é por excesso de tranquilizantes.
CASO 2.

Após 24 horas de tratamento no CTI, a paciente do caso 1 ainda se encontra torporosa e submetida a
ventilação artificial. Gasometria arterial: pH= 7,52; PaCO2= 26 mmHg; BR= 25,6 mM/L; BE= +1,2. Qual
(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

O paciente está com o pH maior que 7.45 com uma PaCO2 inferior a 35 mmHg. O BR normal
mostra não haver componente metabólico, nem tentativa de compensação. Em função disto o distúrbio
ácido-básico é alcalose respiratória O mecanismo mais provável nesse caso é que o paciente está
hiperventilando e isso ocorre quando o sistema respiratório elimina o CO2 mais rapidamente do que este é
produzido. A causa mais provável é a regulagem inadequada do ventilador mecânico, gerando ventilação
alveolar muito elevada.
CASO 3.

Paciente de 50 anos chega ao Setor de Emergência torporoso, desidratado, com respiração


profunda, pausa inspiratória e aumento da frequência respiratória. Ao exame clínico nota-se
hálito cetônico. Gasometria arterial: pH= 7,10; PaCO2= 20 mmHg; BR= 5 mM/L; BE= -18.
Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

A análise do pH menor que 7,35 sugere acidose. A paCO2 menor que 35 mmHg, exclui causa respiratória,
sugerindo o contrário. O BR muito baixo confirma a origem metabólica. O distúrbio, portanto, trata-se de
uma acidose metabólica com tentativa de compensação respiratória. Esse padrão gasométrico e o exame
clínico são típicos de pacientes diabéticos descompensados como a cetoacidose diabética.
CASO 4.

Atleta de 20 anos está sendo submetido a avaliação funcional respiratória em repouso. Após ser
colhida amostra de sangue arterial, verifica-se que o analisador de gases sanguíneos está com
defeito e leva-se a amostra a outro laboratório. Gasometria arterial: pH= 7,30; PaCO2= 50 mmHg;
BR= 19 mM/L; BE= -3,5. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 maior que 45 mmHg sugere componente respiratório. O
BR menor que 22 aponta para causa metabólica. O distúrbio ácido-básico é portanto uma acidose mista
(respiratória e metabólica). Podem ocorrer dois distúrbios simultaneamente. Geralmente um dos distúrbios
é considerado primário, enquanto o outro é chamado compensatório, pois tenta restaurar o equilíbrio
acidobásico.

CASO 5.

8
Paciente jovem chega ao Centro Cirúrgico com história de traumatismo abdominal há duas horas.
No local do acidente foi encontrado lúcido, hipocorado e com sinais de choque hipovolêmico. Foi
reposto rapidamente com solução fisiológica, albumina humana e bicarbonato de sódio. Chegou
à Emergência estável e equilibrado, o que permitiu avaliação adequada e pronta indicação
cirúrgica. Gasometria arterial: pH= 7,55; PaCO2= 35 mmHg; BR= 32 mM/L; BE= +5,8. Qual(is)
o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

O pH maior que 7,45 indica uma alcalose. PaCO2 normal. BR maior que 26. O distúrbio ácido-
básico trata-se de uma alcalose metabólica pura ou não compensada.

CASO 6.

Paciente de 23 anos está no CTI com quadro de choque sético consequente a peritonite e
insuficiência respiratória grave, tipo síndrome de angústia respiratória aguda (SARA) em fase
avançada. Suporte circulatório com aminas vasoativas, reposição de volume e suporte
respiratório com ventilador mecânico estão sendo empregados. Gasometria arterial: pH= 7,21;
PaCO2= 54 mmHg; BR= 19 mM/L; BE= -6,5. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s)
apresentado(s).

pH menor que 7,35 existe acidose, PaCO2 maior que 35 indica acidose respiratória, BR menor
que 22 indica acidose metabólica. O distúrbio ácido-básico é uma acidose respiratória e
metabólica (acidose mista).

CASO 7.

Paciente de 70 anos em pós-operatório de cirurgia abdominal queixa-se de caimbras e


prostração. Ao exame clínico minucioso observam-se abalos musculares e drenagem elevada
pela sonda nasogástrica (2.000mL/24 h). Gasometria arterial: pH= 7,62; PaCO2= 40 mmHg; BR=
36 mM/L; BE= +8,0. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

CASO 8.

Criança de 7 anos chega ao hospital com história de redução do volume urinário e edema de
membros inferiores. Há história prévia de vários episódios de amigdalite. Gasometria arterial:
pH= 7,30; PaCO2= 28 mmHg; BR= 18 mM/L; BE= -6,5. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s)
apresentado(s).

O Ph menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 menor que 35 sugere que a causa da acidose
não seja respiratória e que haja tentativa de compensação. O BR menor que 22 indica causa
metabólica. O distúrbio ácido-básico é acidose metabólica com tentativa de compensação.

CASO 9.

9
Paciente de 80 anos com septicemia secundária a pneumonia de aspiração está sendo ventilada
artificialmente. Ocorre queda súbita do nível de consciência sugestiva de acidente vascular
cerebral. Gasometria arterial: pH= 7,42; PaCO2= 36 mmHg; BR= 27,6 mM/L; BE= +1,3. Qual(is)
o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

CASO 10.

Paciente de 65 anos, fumante, procura o ambulatório queixando-se de dispnéia, cansaço e tosse


acompanhada por secreção clara. O exame clínico revela aumento do diâmetro ântero-posterior
do tórax, baqueteamento digital e alguns sibilos esparsos. Gasometria arterial: pH= 7,40;
PaCO2= 58 mmHg; BR= 34 mM/L; BE= +7,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s)
apresentado(s).

pH normal. PaCO2 maior que 35 indica acidose respiratória e BR maior que 26. O paciente
apresenta acidose respiratória com compensação metabólica completa.

CASO 11.

O paciente anterior (caso 10) apresentou, após dois meses, quadro de tosse produtiva, secreção
amarelada e febre. A dispnéia piorou, fazendo com que fosse levado à Emergência. Gasometria
arterial: pH= 7,20; PaCO2= 75 mmHg; BR= 30 mM/L; BE= +5,0. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-
básico(s).

pH menos que 7,35 existe acidose. PaCO2 maior que 35 indica acidose respiratória. BR maior
que 26 indica alcalose metabólica. Se trata de um distúrbio de acidose respiratória com
compensação metabólica parcial.

CASO 12.

Paciente em pós-operatório de cirurgia de aneurisma de aorta abdominal desenvolveu


insuficiência renal aguda. Embora estável do ponto de vista hemodinâmico e respiratório, está
dependente de hemodiálise em dias alternados. Avaliações ácido-básicas diárias mostram
acidose metabólica compensada. A última gasometria arterial foi: pH= 7,14; PaCO2= 30 mmHg;
BR= 19 mM/L; BE= -2,5. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

Acidose metabólica com tentativa de compensação respiratória.

CASO 13.

Paciente de 55 anos com infarto agudo do miocárdio está na Unidade Coronariana em choque
cardiogênico. Apesar de suporte farmacológico com dobutamina, dopamina e adrenalina, a
perfusão é inadequada, apresentando extremidades frias, cianose periférica, anúria e
sonolência. Gasometria arterial: pH= 7,10; PaCO2= 35 mmHg; BR= 12 mM/L; BE= -15. Qual(is)
o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2, está normal, sem alteração respiratória. BR
menor que 22 indica um distúrbio metabólico. Dessa forma o paciente apresenta uma acidose
metabólica sem tentativa de compensação.
10
CASO 14.

Paciente de 17 anos chega à Emergência sem falar, apresentando batimento palpebral e frequência
respiratória de 50 incursões por minuto. Gasometria arterial: pH= 7,63; PaCO2= 18 mmHg; BR= 26 mM/L;
BE= -5,9. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s).

Alcalose respiratória descompensada

Exercícios de fixação

Exemplo
pH 7.28 Acidose
pCO2 (mmHg) 22 Baixa (indicando tentativa de compensação respiratória)
HCO3 (mEq/L) 9 Baixa
Resposta Acidose metabólica com tentativa de compensação
respiratória

pH 7.05 Acidose
pCO2 37.6 Normal
(mmHg)
HCO3 10 Baixa
(mEq/L)
Acidose metabólica sem tentativa de compensação

pH 7.33 Acidose
pCO2 21.6 Baixa (tentativa de compensação respiratória)
(mmHg)
HCO3 12 Baixa
(mEq/L)
Acidose respiratória com tentativa de compensação metabólica

pH 7.31 Acidose

11
pCO2 75 Alto (acidose respiratória)
(mmHg)
HCO3 36.3 Alto (alcalose metabólica)
(mEq/L)
Acidose respiratória com compensação metabólica

pH 7.05
pCO2 62
(mmHg)
HCO3 26.7
(mEq/L)

pH 7.30
pCO2 50
(mmHg)
HCO3 32.5
(mEq/L)

pH 7.48
pCO2 44.2
(mmHg)
HCO3 31
(mEq/L)

pH 7.52
pCO2 37.4
(mmHg)
HCO3 28
(mEq/L)

12
pH 7.47
pCO2 48
(mmHg)
HCO3 29
(mEq/L)

pH 7.52
pCO2 28
(mmHg)
HCO3 18
(mEq/L)

pH 7.45
pCO2 39
(mmHg)
HCO3 25
(mEq/L)
.

pH 7.58
pCO2 20
(mmHg)
HCO3 19
(mEq/L)

pH 7.46
pCO2 30
(mmHg)

13
HCO3 14
(mEq/L)

pH 7.40
pCO2 40
(mmHg)
HCO3 24
(mEq/L)

Bons Estudos

14

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