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PRIMEIROS SOCORROS

Unidade 3

OBJETIVOS:

 Descrever a importância em distinguir se uma vítima está em franca


PCP;
 Identificar as medidas passíveis de serem aplicadas a uma vítima e
PCP;
 Apontar as manobras mais pertinentes de serem aplicadas a uma vítima
de
 OVACE (Obstrução das vias aéreas por Corpo Estranho);
 Classificar uma lesão tegumentar em decorrência de queimaduras

Tópico 1 – Atendimento a vitimas de Parada Cardiopulmonar (PCP/PCR)

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) ou Parada Cardiopulmonar (PCP) é


uma síndrome clínica definida como a cessão da atividade mecânica cardíaca
(contratilidade) e confirmada pela ausência de sinais de circulação (ausência
de contratilidade).

A PCR/PCP é um problema de saúde pública, principalmente quando ocorrido


em ambiente extra-hospitalar. O determinante mais importante para a
sobrevivência da vítima é a presença de um indivíduo, leigo ou profissional
treinado em ações de Suporte Básico de Vida (SBV), sendo capaz de efetuar
manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Ademais é considerado
uma das mais importantes emergências do setor médico e exige atuação
rápida, eficaz e objetiva por parte daquele que presta cuidado.

As abreviações PCR ou PCP trazem o mesmo significado.

Dentre os principais sintomas que podem preceder uma PCR são:

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1. Dor torácica;
2. Sudorese;
3. Palpitações precordiais;
4. Vertigens;
5. Perda de consciência;
6. Alterações neurológicas;
7. Sinais de baixo débito cardíaco;
8. Parada de sangramento prévio.

Já em relação aos sinais clínicos, os mais comumente considerados em uma


PCR:

1. Inconsciência;
2. Ausência de movimentos respiratórios;
3. Ausência de pulsos em grandes artérias (femoral e carótidas);
4. Ausência de sinais de circulação;

A cadeia de sobrevivência é constituída por cinco passos principais no


atendimento da PCR intra-hospitalar:

1. vigília e prevenção;
2. reconhecimento e acionamento do serviço médico de
emergência;
3. RCP imediata e de alta qualidade;
4. rápida desfibrilação;
5. suporte avançado de vida e cuidados pós-PCP.

A cadeia de sobrevivência é constituída por cinco passos principais no


atendimento da PCR extra-hospitalar:

1. reconhecimento e acionamento do serviço médico de


emergência;
2. RCP imediata e de alta qualidade;
3. rápida desfibrilação;

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4. serviços médicos básicos e avançados de emergência;
5. suporte avançado de vida e cuidados pós-PCP.

O atendimento da PCR ou PCP pode ser dividido em duas etapas: a avaliação


primária e a secundária.

A avaliação primária (Basic Life Suport – BLS) envolve o suporte básico de


vida associado às manobras para reconhecimento da PCR e suporte
hemodinâmico e respiratório através da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).

A avaliação secundária (Advanced Life Suport – ALS) envolve a aplicação de


manobras para o suporte avançado de vida, como a utilização de dispositivos
invasivos por vias aéreas, estabelecimento de acesso venoso, utilização de
fármacos, desfibrilações elétricas e estabilização do paciente após a reversão
da PCR/PCP com o uso de vasopressores, por exemplo.

O Suporte Básico de Vida (SBV) é fundamental para impedir a deterioração


das condições da vítima e visa o reconhecimento e atendimento de situações
de emergência como obstrução aguda de via aérea, acidente vascular
cerebral e parada cardiorrespiratória. O objetivo destas manobras são
instituir as condições mínimas necessárias para a recuperação da
oxigenação e da perfusão cerebral, já que é viabilidade neurológica que na
grande maioria das vezes define os prognósticos da vítima. Os aspectos
fundamentais do Suporte Básico de Vida (SBV) no adulto incluem:
reconhecimento imediato da PCR, contato com o sistema de emergência, início
da RCP de alta qualidade e uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA),
assim que disponível.

Todo o atendimento do suporte básico de vida é sumarizado basicamente na


seguinte sequência (SBV):

1. ausência de movimento ou resposta;


2. chamar por ajuda/ativar o sistema de emergência.

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Ao deparar-se com a cena onde ocorreu um incidente, deve-se tomar o
controle para ter o maior número de informações disponíveis e para garantir a
sua segurança enquanto socorrista, o próximo passo será fazer uma breve
avaliação rápida, pontual e objetiva, a fim de determinar qual é a real situação
ou grau do dano.

Para avaliar o nível de consciência da vítima, é preciso chamá-la ao menos


por duas vezes (se possível, pelo nome), associando-se estímulo táctil em seu
ombro. Se o paciente responder ao chamado, ou apresentar movimentos
voluntários em resposta, isso significa que ele possui fluxo sanguíneo suficiente
para manter alguma atividade no Sistema Nervoso Central (mesmo que
parcialmente), tal situação afasta o diagnóstico de PCR. Caso contrário,
assume-se que a função do SNC está limitada por uma ou mais causas
possíveis como: hipóxia (como na parada respiratória) ou baixo
fluxosanguíneo cerebral (como no choque hipovolêmico, que é uma condição
clínica onde há perda significativa de fluidos corpóreos como sangue, ou
PCR/PCP).Em qualquer uma das duas condições (consciente ou inconsciente),
o passo seguinte deve ser o desencadeamento do sistema de emergência,
exceto nas situações de afogamento e a asfixia (obstrução de via aérea
em que o resgatista deve aplicar dois minutos de RCP antes e de acionar
o serviço de emergência.

O chamado de emergência, pedindo desfibrilador automático constitui passo


crucial no atendimento, pois não se pode definir de imediato o que aconteceu
com o paciente.

O desfibrilador automático é um aparelho eletrônico portátil que desencadeia


choque elétrico com corrente contínua sobre o tórax da vítima. O choque visa
determinar assistolia elétrica em todo o miocárdio, permitindo que o
sistema de condução elétrica intracardíaco possa reassumir de forma
organizada o ritmo cardíaco. Tal aparelho deve estar facilmente disponível
em ambientes de alto risco de eventos cardiovasculares súbitos como

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hospitais, aeroportos e locais de alta concentração de pessoas, pois o tempo
de chegada do desfibrilador até o paciente é determinante na sobrevida de
PCR. A chegada do aparelho e o seu correto emprego até o 3º ou 4º minutos
da PCR em Fibrilação Ventricular (FV), determina a reversão do quadro em
47-72% dos eventos, constituindo dessa forma um passo crucial no
atendimento, pois não se pode definir de imediato o que aconteceu com o
paciente dado a que a situação pode se tratar de um simples caso de
hipoglicemia ou de situação de extrema urgência, como na PCR/PCP.

Fibrilação ventricular é um ritmo cardíaco anormal e potencialmente fatal,


caracterizado pela contração superficial das câmaras inferiores do coração.

A posição correta da vítima durante atendimento é o decúbito dorsal


horizontal sobre superfície rígida. Se a vítima estiver na posição prona (de
bruços, decúbito ventral), deve ser colocada em posição supina (decúbito
dorsal).

Durante o posicionamento da vítima, devemos lembrar da necessidade de


manter sua coluna cervical sempre alinhada com o restante do tronco
durante a mobilização. A suspeita de lesão cervical deve sempre existir
quando a perda de consciência da vítima não foi presenciada ou quando a
vítima sofreu trauma de crânio ou cervical durante a queda.

O posicionamento correto do resgatista, em relação à vítima é ajoelhado na


linha dos ombros do paciente. Essa posição permite acesso rápido ao
segmento cefálico (via aérea) e ao tronco do indivíduo (massagem
cardíaca).

A abertura adequada de vias aéreas (VA) e a manutenção de ventilação têm


grande importância no tratamento da PCP, pois a hipóxia (diminuição das taxas
de oxigênio no ar, no sangue arterial ou nos tecidos, o que pode levar à anóxia)
é causa frequente da PCP. A abertura da via aérea pode ser feita através da
elevação de mandíbula e da hiperextensão da coluna cervical (head tilt /
chin lift) ou pela tração de mandíbula (jaw thrust).

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A forma de assistência ventilatória inicial da vítima depende do material
disponível (máscara facial, dispositivo bolsa-valva-máscara, cânula orofaríngea
etc.). Se a respiração estiver ausente, aplicam-se duas ventilações assistidas
durante um segundo cada, com volume suficiente para determinar a elevação
do tórax. Tais ventilações de resgate visam confirmar ausência de obstrução
das vias aéreas. A boa expansibilidade do tórax garante e confirma este dado.
A seguir, algumas orientações sobre a ventilação na PCP:

• aplicar as ventilações de resgate por um segundo;


• aplicar volume corrente suficiente para elevar o para o tórax;
• evitar ventilações rápidas ou forçadas;
• quando uma via aérea avançada estiver colocada, aplicar 8-10
ventilações por minuto não sintonizadas com as compressões
torácicas;
• um volume corrente de 6-7 ml/ kg é suficiente.

A procura pelo pulso não deve exceder o intervalo de 10 segundos. Frente a


essa colocação, podemos nos deparar com quatro tipos de público: recém-
nascidos – RN (0 – 28 dias de idade); lactentes (29 dias de vida até 3 anos
completos); pré-escolar (4 anos a 13 anos); e adolescentes e adultos. Os
locais mais adequados para a confirmação se há presença de pulso em recém-
nascidos e lactentes é na artéria braquial e femoral. Já em pré-escolares –
adultos: artéria carótida e femoral.

Durante a RCP, os principais aspectos a serem observados em relação à


massagem cardíaca externa (MCE), são:

1. frequência (de 70 a 80 compressões por minuto e sequência de 30


compressões para cada duas ventilações assistidas);
2. profundidade (5 cm);
3. permitir o retorno do tórax a cada compressão;
4.interrupção mínima entre as compressões;

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5. revezamento entre os operadores a cada ciclo de dois minutos
para manutenção de alta performance na MCE (o que contribui para
perfusão cerebral mais efetiva).

As compressões são benéficas desde que bem aplicadas. O novo consenso


de sequência das intervenções orienta a valorizar tais etapas: C (Circulation –
circulação), A (Airways – via aérea) e B (Breathing – respiração).

Antes de identificar a localização ideal para se realizar a Massagem Cardíaca


Externa

(MCE), durante esse processo, você deverá:

• colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida;


• localizar o apêndice xifoide, desde criança de pequeno porte até
adultos.

Para iniciar massagem cardíaca em recém nascidos: localize o mamilo (D /


E) e trace uma linha imaginária entre eles e, no centro, (sobre o apêndice
xifoide) aplique compressões utilizando o dedo indicador e médio. Lembre-se
de que antes de iniciar as compressões, a via aérea da vítima deve estar livre
(sem resíduo por exemplo) e hiperestendida.

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Se a vítima for lactente, circunde o tórax dela com a palma das mãos, trace
uma linha imaginária entre eles e, no centro, (sobre o apêndice xifoide) aplique
compressões utilizando o polegar direito e esquerdo. Lembre-se de que antes
de iniciar as compressões, a via aérea da vítima deve estar livre (sem resíduo,
por exemplo) e hiperestendida.

Se a vítima estiver em fase escolar, localize o apêndice xifoide, delimite dois


dedos acima (na posição horizontal) da porção final, adicione a região
hipotenar(palma da mão) sobre a região delimitada, você deverá hiperestender
o braçodominante (aquele que você considera possuir maior força) mantendo-o
em (90°), após deverá iniciar a massagem (para vítimas em fase escolar que
não possuam grande estatura ou sejam obesos, deve ser aplicado massagem
apenas com a utilização de um braço. Lembre-se de que antes de iniciar as
compressões a via aérea da vítima deve estar livre (sem resíduo por exemplo)
e hiperestendida.

Se a vítima for adulta, localize o apêndice xifoide, delimite dois dedos acima
(na posição horizontal) da porção final, adicione a região hipotenar (palma da
mão) não dominante sobre a região delimitada, adicione a mão dominante
sobre ela e entrelace os dedos (cruze os dedos), você deverá hiperestender os
braços(direito e esquerdo) mantendo-o em (90°), após deverá iniciar a
massagem.Lembre-se de que antes de iniciar as compressões a via aérea da
vítima deve estar livre (sem resíduo, por exemplo) e hiperestendida.

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Para a oxigenação adequada dos tecidos (estruturas nobres tais como
coração, SNC e Sistema Gastrointestinal), torna-se essencial minimizar as
interrupções entre as compressões torácicas e maximizar a quantidade de
tempo em que as compressões torácicas s o aplicadas, primando pela geraç o
de fluxo sanguíneo para o Fraç o das ompressões orácicas F
ou proporções das compressões torácicas, esta etapa relaciona-se ao tempo
em que as compressões são aplicadas e/ou realizadas durante o atendimento
a uma PCP. Definida a presença de PCR, deve-se iniciar as compressões
torácicas o mais precocemente possível e de forma alternada com ventilações
assistidas.

Pessoas não treinadas em Suporte Básico de Vida (SBV), após


constatarem uma parada cardiorrespiratória devem realizar apenas
compressões torácicas, mantendo as compressões até a chegada do socorrista
especializado.

A colocação do desfibrilador automático e/ou semiautomático deve ser


realizada assim que o aparelho estiver disponível, interrompendo-se as
manobras de RCP somente quando o equipamento estiver devidamente
posicionado. Para este momento, daremos maior ênfase na utilização do
Desfibrilador Externo Automático (DEA) por este material tratar-se de primeiros
socorros, porém, cabe ressaltar que ao chegar a equipe de suporte avançado
de vida na cena, possivelmente utilizará de equipamento ainda mais
sofisticados.

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No momento do choque, o socorrista deve se certificar de que ninguém está
em contato com a vítima. Imediatamente após o choque, retorna-se a RCP por
dois minutos, quando o aparelho reavaliará a necessidade de novo choque,
novo disparo. Se indicado, aplica-se novo choque na mesma energia
empregada anteriormente, seguido de mais dois minutos de RCP e assim,
sucessivamente, até que o serviço de atendimento móvel chegue à cena ou a
vítima seja entregue ao sistema de emergência, deixando assim que estes se
encarreguem do atendimento ou, ainda, até que ocorra a mudança do ritmo,
conforme o aparelho acusar.

Outro fator importante a ser destacado refere-se à segurança durante a


desfibrilação, sendo de responsabilidade de quem manipula o aparelho. Dessa
forma, utilizando DEA ou cardiodesfibriladores, os operadores de tais
equipamentos devem estar atentos quanto ao momento dos disparos dos
joules (choque) e alertar os demais membros da equipe para que se afastem e
não mantenham contato com a vítima.

Vítimas que possuem muita pigmentação (pelos, por exemplo), devem ser
raspados assim que possível, pois na presença deles existe a possibilidade de
não fixação dos adesivos (pás descartáveis) (Figura 16). Apesar de haver uma
grande quantidade de marcas e modelos desses equipamentos, todos seguem
o mesmo padrão, vindo com orientações visuais quanto à posição que estes
dispositivos devem ser adaptados ao tórax da vítima.

Não havendo acesso a dispositivos médicos hospitalares como reanimadores


(Ambú®) por parte dos socorristas, estes devem utilizar dispositivos de
proteção para gerarem ventilação, evitando o contato boca-boca (socorrista-
vítima), pois uma vez havendo a aplicação dessa conduta, o socorrista poderá
colocar sua saúde em exposição pela possibilidade de contato com secreções
humanas (material biológico – saliva, sangue, dentre outros). Atualmente, estão
disponíveis alguns dispositivos, entretanto citaremos dois tipos neste material:

• Máscara para respiraç o/ventilaç o boca-a-boca, sendo esta


descartável.

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• Máscara de Bolso Pocket Mask , sendo esta reutilizável desde que
feita adequada higienização.

Através da identificação do ritmo cardíaco pelas pás, podemos dividir a PCR


em duas modalidades: ritmos chocáveis tais como Fibrilação Ventricular (FV)
ou Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP) (ritmos que merecem choque
imediato) ou ritmos não chocáveis como Assistolia ou Atividade Elétrica Sem
Pulso (AESP) (ritmos que não devem receber desfibrilação).

Caso ainda persista a FV/TV (sem pulso após o primeiro choque é necessária
a utilização de fármacos que melhoram a condição hemodinâmica da PCR e
auxilia na reversão da arritmia. Para aplicar tais fármacos são necessárias a
realização de punção venosa periférica, preferencialmente, ou punção
intraóssea, por profissional habilitado. Sendo essa conduta passiva de ser
aplicada após o 1° choque e se mantida a PCR, bem como será necessária a
colocação de via aérea definitiva para melhor oxigenação e a monitorização
cardíaca através de eletrodos do monitor.

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PARADA CARDIOPULMONAR EM RITMO NÃO PASSÍVEL
DE CHOQUE:

• O AESP (Atividade Elétrica Sem Pulso) caracteriza-se por um ritmo elétrico


que deveria estar associado a pulso central, ou seja, a certa estimulação
elétrica, porém não há batimento cardíaco. O tratamento da AESP, este nunca
deverá ser instituído
através do choque, pois existe uma atividade elétrica ventricular organizada
potencialmente capaz de gerar pulso central, apesar de não conseguir gerá-la.
Se houvesse a aplicação do choque, poderia desorganizá-la e/ou neutralizá-la,
conforme já mencionado nas citações anteriores, gerando um grave problema
durante o atendimento.

• A PCR em assistolia (quando há ausência de qualquer atividade elétrica


perceptível no monitor cardíaco) é considerada como a de pior prognóstico, por
caracterizar a ausência completa de qualquer atividade elétrica por parte do
coração. A equipe deve estar atenta a identificar corretamente tais ritmos, para
que não realizem definições de condutas errôneas, pois cerca de até 10% dos
ritmos identificados inicialmente em unidades de emergência, como assistolia
através das pás de cardiodesfibriladores apresentavam como ritmo de base
verdadeiro a FV (BERNOCHE et al., 2019).

Tópico 2 – OVACE e Primeiros Atendimentos à vítimas.

O socorrista deve ser cauteloso e um bom observador na cena do acidente.


Deve extrair informações da cena e complementar com a parte subjetiva de
perguntas aos que presenciaram o evento.

Podemos definir claramente que há dois tipos de lesões segundo os seus


sinais: aqueles ditos como visíveis e os nãos visíveis ou traumas
fechados.

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Para que não sejam cometidos eventuais erros é importante a aplicaç o da
avaliaç o quanto cinemática do trauma, ou seja, averiguar e/ou tentar
interpretar qual foi e provável energia que evento gerou o início do
atendimento antes mesmo de realizar o ABCDE.

Uma vez ciente da cinemática envolvida, o socorrista limitará as possibilidades


de erros e o agravamento da vítima. Além da energia existente nas lesões, é
fato que haverá uma grande possibilidade de ocorrer obstrução das vias
aéreas pela existência de sangramento. Dessa forma, ocorre o surgimento
de mais uma síndrome clínica à Obstrução das Vias Aéreas por Corpo
Estranho (OVACE).

Ingestão de corpos estranhos: Os acidentes com corpos estranhos no trato


digestivo alto são um fato frequente em ambientes extra-hospitalares e motivo
de grande procura por atendimento em prontos-socorros. Basicamente são
cinco tipos mais comuns de pacientes que mais se envolvem nesses acidentes:

1. Crianças: corpo estranho maior que o diâmetro do esôfago.


2. Idosos: o uso de próteses dentárias mal ajustadas diminui a
sensibilidade do palato no ato da mastigação e pode provocar a
deglutição de grandes fragmentos de alimentos.
3. Portadores de doenças benignas com subestenoses: cirurgias
esofágicas ou gástricas prévias, estenose cáustica, estenose
péptica (doença do refluxo complicada), estenose.
4. Portadores de doenças malignas: neoplasias no trato digestivo,
predominantes no esôfago e na cárdia.
5. Portadores de doenças psiquiátricas: ingestão intencional de
corpos estranhos.

Em crianças com ingestão de corpos estranhos como moedas situadas em


câmera gástrica, mas clinicamente assintomáticas, pode-se adotar conduta
expectante (realizar observação clínica e nunca induzir evacuação com
laxantes). Se não houver saída natural do corpo estranho, neste período ou se

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a vítima apresentar sintomas de dor ou vômitos (sintomas obstrutivos) durante
o período de observação, o exame se torna necessário. Se a localização do
objeto for no esôfago, a conduta não é recomendada.
A perfuração da parede esofágica pelo próprio corpo estranho impactado ou
pelas manobras durante a sua remoção, é a maior complicação do
procedimento, com chances de evolução de gravidade alta.

Dentre uma gama expressiva e variada de objetos, os que mais


frequentemente são aspirados são: sementes, objetos esféricos, moedas,
frutos secos, fragmentos de brinquedos, tampas ou tubetes de caneta, brincos,
balões vazios (estes últimos associados à mortalidade elevada), dentre outros.

Quanto à realização e definição de diagnóstico em decorrência de aspiração


por corpo estranho, baseia-se classicamente nas situações ou
apresentações clínicas de primeiro episódio, tais como:

1. sons de sibilância (sobretudo se sibilos localizados);


2. tosse persistente;
3. diminuição segmentar dos sons respiratórios; estridor laríngeo;
4. tosse tipo coqueluchoide (tosse de cachorro como é conhecida
popularmente);
5. início súbito de dificuldade respiratória (falta de ar) que pode se
iniciar discretamente (leve), intensificar-se gradativamente
(moderada) e trazendo maiores prejuízos (severa);
6. restrição para falar.

o Relacionado a condutas para a desobstrução das VAS (Vias


Aéreas), Manobra de Heimlich é atualmente a melhor estratégia
utilizada em ambientes extra-hospitalares e, até mesmo,
hospitalares para a remoção de corpo estranho.

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o Relacionado à aplicação da Manobra de Heimlich, podemos dizer
que existem algumas particularidades que devem ser levadas em
consideração para que as condutas do socorrista se tornem
efetivas, seguras e o sucesso do procedimento aconteça
eficazmente: levar em consideração a estatura da vítima; levar em
consideração o peso da vítima; averiguar há possibilidade de
acesso ao corpo estranho.

 De uma forma simples, mas com alto poder de solução, uma pessoa
aplicando a referida manobra, utiliza apenas as mãos para aplicar
pressão e compressão sobre a porção final do músculo diafragma,
visando comprimir tal estrutura, aumentando a pressão interna visceral
sobre os pulmões, os quais ampliaram a pressão sobre qualquer objeto
estranho existente na traqueia.

VARREDURA DIGITAL (VÍTIMA DE PEQUENO E GRANDE PORTE) EM


VÍTIMA DESACORDADAS:

1. lateralizar a cabeça da vítima e inspecionar;


2. elevar e/ou tracionar a mandíbula;
3. segurar a língua sob pressão com o polegar, utilizado a mão de maior
domínio, e com o dedo indicador da mão não dominante fazer
varredura;
4. o objeto estando visível, porém, profundo e passivo de ser removido,
deve ser aplicado técnica de pinça, em que você utilizará os dedos da
mão não dominante para elevar e/ou tracionar a mandíbula e, ainda,
pressionar suavemente a língua da vítima na base da boca, com os
dedos da mão dominante (polegar e indicador), você formará uma
pinça e direcionará ao objeto, visando removê-lo;
5. se o objeto estiver parcialmente acessível, você deverá hiperestender
a cabeça da vítima e proceder com a mesma técnica citada na etapa
d.; f) uma vez você tendo acesso ao objeto, a cabeça da vítima
deverá ser lateralizada e, então, proceder à remoção do corpo
estranho pinçando-o.

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EM VÍTIMAS DE PEQUENO PORTE:

1. manter o bebê de bruços, como mostra a Figura 35;


2. deitar a criança sobre seu braço não dominante, de bruços (tórax
para baixo), preferencialmente apoiado a sua perna (primando
pela estabilidade);
3. manter a cabeça da vítima mais baixa do que o tronco;
4. segurar o corpo da criança utilizando os dedos indicador e médio
da mão não dominante, através do pescoço e, ainda, retificando
(abrindo) as vias aéreas simultaneamente;
5. observar se há algum corpo estranho (objeto) na boca da vítima
que possa ser retirado com as mãos (repetir);
6. aplicado a conduta anterior e o objeto não se deslocou (se
moveu), você deverá aplicar cinco palmadas com a base da mão
(região hipotenar) firmemente no meio das costas,
preferencialmente entre as escápulas;
7. se o objeto não se mover, você deverá repetir tal conduta por até
três vezes sequencialmente. Se ainda assim não for suficiente,
você deverá virar a criança de frente, ainda sobre o braço
apoiado e efetuar compressões com os dedos indicador e médio
sobre o tórax da criança, na altura entre os mamilos (linha
intermamilar), conforme já descrito anteriormente em relação a
MCE;
8. caso ainda não seja possível visualizar e retirar o objeto, as
compressões torácicas deverão ser aplicadas continuamente até
a chegada do serviço móvel de emergência.

EM VÍTIMAS ACORDADAS:

1. O socorrista deverá avaliar a estatura e o peso da vítima. Tais


condutas primam pela segurança da vítima quanto ao risco de
queda, pois se a vítima possuir estatura ou peso superior ao do
socorrista, é possível que tais eventos ocorram.

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2. O socorrista deverá localizar a cicatriz umbilical (umbigo) e
delimitar de 2 a 3 cm acima deste ponto. Tal ponto de referência é
importante devido a existência de uma variedade expressiva de
estatura e peso das pessoas no mundo atual
3. O socorrista deve se posicionar atrás da vítima, abraçá-la
inicialmente com o braço dominante na altura de 2 a 3 cm acima
da cicatriz umbilical (umbigo), e, posteriormente levar o outro
braço de encontro ao braço dominante, formando, assim, um
arco.
4. Adotado a conduta anterior, o socorrista deverá colocar a perna
não dominante entre as pernas da vítima, para que esta sirva de
apoio.
5. Após ter se posicionado, o socorrista deverá fechar a mão e
entrelaçar os dedos, aplicando golpes firmes sobre o abdômen,
em direção à caixa torácica, ou seja, de baixo para cima (do
abdômen para a caixa torácica).
6. A conduta anterior deve ser com força, firme e sequencias, com o
abraço pressionando o abdômen, respeitando a sequência de
aplicação de golpes e relaxamento, com intervalos de 5 segundos
– tal conduta deverá ser aplicada até 5 golpes com intervalos de 5
segundos. Após, a vítima deve ser reavaliada.
7. Caso a conduta anterior seja inviável devido à estatura ou em
relação ao peso da vítima, é importante que você posicione a
vítima em plano horizontal (deitada) em locais não lesivos,
localize a cicatriz umbilical, posicione a palma da mão dominante
(região hipotenar) sobre a cicatriz umbilical, posicione a outra
mão na mesma região e entrelace os dedos da mão e aplique
golpes firmemente do abdômen em direção ao tórax.
8. Tal conduta (manobra) deve ser repetida por até cinco vezes
seguidas, sempre observar se o objeto já foi expelido e se a
vítima respira.

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EM VÍTIMAS DESACORDAS OU INCONSCIENTES:

1. Se o acidentado, por exemplo, tiver a sorte de ter um socorrista ou uma


pessoa dita como leiga, mas que possua instrução por perto, que possa
prestar-lhe os primeiros socorros, aumentam as suas chances de
recuperação e de minimização de possíveis sequelas. Frente a situações
em que a vítima se apresente acordada e confusa, ou mesmo, desacordada
ou inconsciente, o socorrista deve:
2. A vítima possivelmente estará deitada, se não estiver, deverá ser
posicionada como tal.
3. Inspecionar as VAS, conforme descrito anteriormente.
4. Remover o objeto se possível e acessível, conforme descrito anteriormente.
5. Adotada as condutas anteriores, você deverá se posicionar de fronte
(frente) para a vítima, ficando sobre sua bacia ou membros inferiores
(pernas).
6. Localizar a cicatriz umbilical, delimitando cerca de 2 a 3 cm acima da
cicatriz umbilical (umbigo).
7. O socorrista deverá posicionar a palma da mão dominante (região
hipotenar) (Figura 39) na área delimitada e entrelaçar os dedos, conforme já
mencionado anteriormente.
8. Aplicar pressão (forte e firmemente), gerando movimentos de baixo para
cima, utilizando o peso do corpo.
9. Respeitando a sequência de aplicação de golpes e relaxamento com
intervalos de 5 segundos – tal conduta deverá ser aplicada até 5 golpes
sequenciais com intervalos de 5 segundos entre cada. Após, a vítima deve
ser reavaliada.
10. Tal manobra deve ser repetida quantas vezes forem necessárias.

TRAUMAS E FRATURAS

Toda e qualquer causa externa pode ser considerada como evento


traumático. Por isso, durante o primeiro contato com a vítima, aplica-se o
ABCDE a fim de garantir sua estabilização, sendo que qualquer lesão maior

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deverá ser monitorada com a devida atenção até a chegada a uma unidade de
saúde que contemple atendimento apropriado.

O ABCDE do Advanced Trauma Life Support (ATLS) foi elaborado pelo


Colégio Americano de Cirurgiões no sentido de padronizar o atendimento ao
politraumatizado. Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais
ao indivíduo. Ele é aplicável a todos as vítimas com quadro crítico,
independentemente da idade. O mnemônico ABCDE foi padronizado de acordo
com as lesões de maior mortalidade. O seu significado é: A (airways) – vias
aéreas com controle dacoluna cervical; B (breathing) – respiração e ventilação;
C (circulation) – circulaçãocom controle da hemorragia; D (disability) – estado
neurológico; E (exposure) –exposição e controle da temperatura.

a. A letra A (Airway) ou via aérea sinaliza a importância de avaliar


as vias aéreas e a manutenção do controle cervical (da coluna
cervical). Nessa primeira fase de atendimento, a equipe deve
checar se o paciente está com as vias aéreas livre e/ou
desobstruídas. Torna-se importante averiguar se não há presença
de corpo estranho impedindo a passagem de ar e que esteja
comprometendo a respiração, bem como se há fraturas na face
ou qualquer outra lesão na ou próximo a coluna cervical.

b. Quanto à letra B (Breathing) ou respiração refere-se


exclusivamente à respiração (qualidade) e ventilação (se é ou
está efetiva). Após ter garantido a permeabilidade das vias
aéreas/respiratórias, é necessário aferir se a vítima está, de fato,
respirando adequadamente sem limitações ou impedimentos.
Nesta etapa, é necessário observar os movimentos do tórax
(expansão torácica), fazer ausculta (se possível) a fim de
identificar qualquer lesão torácica e, se necessário, intervir
utilizando métodos de ventilação artificial (máscara ou mecânica)
para reestabelecer essa função vital.

19
c. Referente à letra C (Circulation) ou circulação, esta etapa,
destaca a importância que o socorrista deve dar à condição
circulatória da vítima e identificar se possui algum sangramento
e/ou se há controle da hemorragia. Após os primeiros
procedimentos, faz-se necessário impedir que a vítima entre em
quadros significativos de instabilidade clínica como a hipovolemia
(diminuição anormal do volume sanguíneo), o qual pode trazer
como consequência o “choque hemorrágico” Dessa forma, o
socorrista deve apalpar e verificar o dorso, identificando de onde
pode ter surgido algum sangramento (hemorragia) e se encontra-
se contínua.

d. Referente à letra D (Disability) ou incapacidade, esta etapa na


visão de Rodrigues, Galvão e Santana (2017), deve instigar o
socorrista a ficar atento ao exame neurológico. A avaliação do
nível de consciência de uma vítima de trauma deve ser
determinada no momento do primeiro atendimento e classificada
por meio do uso de instrumentos como a Escala de Glasgow. Um
instrumento usado por profissionais da área da saúde. Já no caso
de leigos, estes deverão observar se a vítima esta acordada,
localizada (se sabe identificar onde está ou o que ocorreu), se
sabe quem é, onde mora, sua idade, se está com dor e onde é a
dor, dentre outras informações. Outra alternativa que pode ser
usada é a verificação por meio do método AVDI: Alerta, resposta
a estímulo Verbal, resposta a estímulo Doloroso e se, encontra-se
inconsciente aos estímulos. Depois da primeira classificação, o
paciente deve passar por um novo teste até chegar à unidade de
atendimento.

e. A letra E (Exposure) ou exposição refere-se ao controle de


temperatura, para evitar a presença da hipotermia (queda da
temperatura corpórea). Para identificar fraturas e hemorragias, a
vítima deve ser despida com cautela e evitar que haja exposição

20
da mesma, pois, princípios éticos devem ser instituídos nesta
fase.

Nesse procedimento é comum que a temperatura do corpo baixe, deixando


as vítimas mais suscetíveis à hipotermia. Com isso, outros problemas
podem surgir. Assim, antes da remoção da vítima para o atendimento, é
preciso garantir que sua temperatura esteja estável, mantenha a vítima
coberta, seja com lençóis/cobertores ou, preferencialmente, com mantas
térmicas se disponível.

TRAUMAS CERVICOTORÁCICOS PENETRANTES

Os traumas cervicotorácicos por mecanismo penetrante, ou seja, ferimentos


por armas brancas, lesões de orofaringe, valéculas, seios piriformes, músculo
cricofaríngeo e esôfago podem ser identificadas rapidamente porque são
visuais. Se nos deparássemos com tal situação, o recomendado seria
envolvermos a base do objeto perfurante a faca “metal que está em
contato/perfurando a pele, com atadura e/ou estrutura tecidual para manter o
objeto intacto (não permitir que o objeto se mova), até a chegada à unidade de
urgência e emergência de referência.

TRAUMA VASCULAR

A natureza e o impacto dos traumatismos vasculares sobre uma sociedade


variam conforme suas características de comportamento e seus hábitos. O
trauma vascular refere-se quanto à destruição dos vasos sanguíneos que
nutrem importantes áreas do organismo. Essa perda de integridade interrompe
abruptamente o suprimento de oxigênio para os tecidos, carreado pelo sangue,
levando à morte. Com relação aos ferimentos por um trauma fechado, as
lesões vasculares que se seguem a traumatismos fechados são causadas
pelos seguintes mecanismos:

 associados a fraturas e luxações;

21
 estiramento e torção;
 desaceleração;
 impacto direto.

Dentre outros estilos de lesões, encontram-se as ortopédicas, as quais são


associadas com maior risco de lesão vascular:

 fratura de terço distal do fêmur;


 luxação de joelho;
 fratura de tíbia;
 fratura de terço distal do úmero;
 luxação do cotovelo;
 fratura de arcos costais (costela);
 fratura do esterno;

As lesões cutâneas e vasculares do tórax por trauma fechado são mais


comuns em indivíduos com fratura do 1° arco costal (costela), da escápula e do
esterno.

Fraturas múltiplas da bacia associam-se às lesões vasculares pélvicas.

Já em relação às lesões vasculares por desaceleração no caso de acidentes


automobilísticos, as mais comuns são: ruptura traumática da aorta e trombose
ou dissecção traumática da carótida.

Os acidentes automobilísticos são a principal causa das lesões aórticas


nos traumatismos fechados. A relativa fixação da aorta descendente em
relação ao coração, ao arco aórtico e à mobilidade destes no momento de
desaceleração e o alto impacto nesses acidentes, justificam a lesão aórtica
próxima ao istmo.

Os ferimentos vasculares apresentam várias manifestações clínicas.


Ferimentos penetrantes associados a sinais evidentes de lesão arterial, tais
como: ausência de pulsos, sangramento pulsátil e ativo, hematoma em

22
expansão, dentre outros, devem ser explorados durante a avaliação (primeiro
contato com a vítima), esta etapa é basicamente avaliação física (exame
físico), não havendo necessidade de exames complementares.

Os ferimentos arteriais, particularmente os dos membros, apresentam-se sob


três formas clínicas, que podem ou não estar associadas: isquemia,
hemorragia e hematoma.

 Isquemia: É a manifestação clínica mais frequente,


caracterizando-se por dor, impotência funcional (limitação),
alterações de sensibilidade e ausência dos batimentos
arteriais distais à lesão. Algumas causas comuns são
exercícios extremos, exposição ao frio ou torniquete, bem
como, aquelas ditas como trombótica e por embolia.
Trombótica refere-se aquela gerada pelo entupimento por
um coágulo formado numa artéria que irriga o cérebro
devido à aterosclerose. Já a isquemia gerada por embolia
é aquela desencadeada por presença de coágulo o qual
pode impedir o suprimento de sangue a determinadas
estruturas, como, por exemplo,, levado a uma artéria do
cérebro pela circulação sanguínea e fazer com que a
vítima desenvolva AVC Isquêmico.
 Hemorragia: Nos traumatismos arteriais, a síndrome
hemorrágica é frequente e, em geral, facilmente
reconhecida através da perda abundante de sangue pelo
local do ferimento, a não ser que a hemorragia seja
intracavitária. Além das manifestações locais, há,
evidentemente, o quadro sistêmico caracterizado pelos
sinais de choque hemorrágico, podendo ser interpretado
com pulso distal débil, sonolência, confusão mental,
palidez cutânea (esta manifestação pode estar associada à
presença de dor), dentre outros.
 Hematoma: formado em decorrência da contenção da
hemorragia por estruturas musculoaponeuróticas tem
23
comunicação direta com a luz arterial. Sobre o hematoma,
pode ser que surjam mais frequentemente horas ou dias
após o trauma ou dependendo da energia aplicada na área
afetada, pode ser perceptível na hora do impacto.

TRAUMA DAS PARTES MOLE DA FACE:

A face é frequente sede de lesões em pacientes politraumatizados.


Cerca de 70% dos pacientes vítimas de trauma têm acometimento do
segmento cefálico se considerarmos os traumatismos cranioencefálicos e
faciais em sua totalidade.

Causas dos ferimentos faciais:

1. Acidentes automobilísticos
 Colisão de veículos;
 Colisão de motocicletas;
 Atropelamentos;

2. Violência interpessoal;
 Agressões;
 Ferimentos por arma branca;
 Ferimentos por arma de fogo;

3. Atividades esportiva;
 Quedas

Limpeza dos ferimentos: A limpeza dos ferimentos deve ser realizada de


imediato, ainda na cena do incidente, se possível, pois quanto mais cedo a
ferida estiver limpa ou os agentes forem removidos (ainda que parcialmente
removidos), comprometerão a lesão em menor intensidade. A limpeza
mecânica dos ferimentos é o principal fator na diminuição dos índices de
infecção local. Mais importante que a utilização de antissépticos tópicos, é a

24
limpeza mecânica da ferida com água potável, com soro fisiológico em grandes
quantidades e preferencialmente sob pressão, ou seja, em jato. Partículas
estranhas se não removidas precocemente causam reação tecidual e infecção.
Partículas de asfalto e pigmentos também devem ser removidas por completo
para evitar o efeito de tatuagem da pele.

TRAUMA ABDOMINAL

Cerca de 20 a 50% das mortes relacionadas ao trauma abdominal


poderiam ser evitadas e para outros, a demora no diagnóstico da lesão
abdominal é a maior vilã na causa de morte a ela relacionada. É sabido que
poucas intervenções poderão ser aplicadas em ambientes extra-hospitalares
em decorrência da escassez de recursos, porém, compreender tais
mecanismos se faz necessário, para que ao atender as referidas vítimas, suas
intervenções como a imobilização, hemostasia de um determinado ferimento e
interpretação do ocorrido não estimulem você a desencadear maior exposição
às vítimas frente às possibilidades de lesões preexistentes.

Para o diagnóstico e tratamento do trauma abdominal é de fundamental


importância que se valorize o(os) mecanismo(os) de trauma e sua cinemática,
bem como os aspectos anatômicos desse segmento corpóreo, além de
consideração constante da existência de uma lesão abdominal, até que se
prove o contrário.

25
TRAUMA CONTUSO

A compressão, o esmagamento, o cisalhamento e as lesões por desaceleração


compõem os mecanismos mais comuns responsáveis pelas lesões
abdominais. A compressão e o esmagamento produzem lesão direta em
órgãos parenquimatosos (baço e fígado, por exemplo). A compressão
abdominal também pode provocar aumento súbito da pressão abdominal,
levando à ruptura de vísceras ocas ou até ruptura de parede abdominal e
diafragma.

Com relação às condutas que devemos e/ou podemos aplicar em


vítimas de acidentes de trânsito ou aqueles que sofreram quedas e lesão
abdominal direta, inicia-se com um exame físico básico pela inspeção
(observação) do abdômen, procurando-se em todas as suas faces (anterior,
laterais, posterior) existem sinais sugestivos de trauma ou dano abdominal, ou
seja, se há escoriações, abrasões ou lacerações.
Outros sinais são hematomas, equimoses, abaulamentos ou retrações.
A palpação com a inspeção são recursos complementares mais úteis do exame
físico. A palpação pode revelar dor localizada ou difusa, superficial ou profunda
e evidenciar sinais de irritação peritoneal, servindo de orientação para você
informar o serviço móvel de urgência. Você deve orientar o paciente (se este
encontrar-se acordado), a ficar estático (imóvel) a fim de evitar deslocamento
visceral e estimular o sangramento interno.
A partir desse momento você também adotará como conduta, a não
oferta de líquidos e de sólidos a vítima, pois, ao chegar à unidade de saúde,
será submetida à realização de exames complementares e intervenção
cirúrgica se necessário.

TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE

Didaticamente, pode-se dividir o traumatismo abdominal em dois


grandes grupos: o traumatismo abdominal fechado (também chamado de
contusão abdominal) e o penetrante.

26
Devido ao grande número de estruturas intra-abdominais, como órgãos
parenquimatosos (fígado, baço, rim e pâncreas), órgãos ocos (esôfago distal,
estômago, intestino delgado e grosso, ureteres e bexiga), órgãos
retroperitoneais (duodeno, pâncreas e rins), vasos abdominais (aorta, cava e
vasos ilíacos), os pacientes traumatizados podem se apresentar tanto com
quadros hemorrágicos graves, em razão de lesão de órgãos parenquimatosos
(principalmente fígado e baço) ou de grandes vasos abdominais, quanto com
quadros de difícil diagnóstico como nas lesões de vísceras ocas e órgãos
retroperitoneais.
Frequentemente, as lesões de órgãos parenquimatosos como fígado e
baço são as mais encontradas e o paciente geralmente se apresenta com
alteração hemodinâmica. Ou seja, a vítima pode sinalizar pulso débil, relato de
sede, palidez cutânea significativa, sudorese, dentre outras manifestações.

TRAUMA ORTOPÉDICO

Contusão é o resultado do impacto direto do agente traumático contra a


região acometida, gerando uma compreensão dos tecidos moles contra o osso,
resultando em lesões musculares de pequenos vasos, de tendões e do tecido
subcutâneo em nível microscópico, sem gerar uma perda da continuidade
dessas estruturas e, consequentemente, sem incapacidade funcional, a não ser
pela dor.
Quando a energia do impacto é maior, ocorre uma fratura que é uma
solução de continuidade do tecido ósseo (SANTOS et al., 2016). De acordo
com a intensidade da energia do trauma, podemos ter diferentes
apresentações de lesão tecidual, desde uma fratura sem desvio dos
fragmentos até uma com perda total de contato entre as bordas óssea.

É importante identificar numa fratura qual parte e que tipo de osso foi
acometido, pois temos diferentes abordagens de urgência e objetivos no
tratamento. Os principais ossos longos (fêmur, tíbia, úmero, rádio e ulna),
quando fraturados, geram grande incapacidade, pois, são importantes
estruturas de sustentação e de inserção muscular, além de provocarem
grandes hemorragias e muita dor.

27
Os ossos curtos e chatos, exceto o anel pélvico, tendem a
apresentar fraturas com poucos sinais clínicos que, por essa razão, são
subdiagnosticadas algumas vezes. Os principais achados na semiologia das
lesões traumáticas musculoesqueléticas são: dor, edema (inchaço),
incapacidade ou limitação funcional, deformidade e lesão cutânea.

A dor localiza-se na estrutura ou área afetada, a qual é facilmente


identificada com a palpação (toque) ou em alguns casos, somente a
observação visual já é suficiente para identificar a presença de lesão.
Estruturas mais profunda levam à dor mais difusa e irradiada.

Para aquele que irá prestar o primeiro atendimento em ambientes extra-


hospitalar, a incapacidade funcional pode ser decorrente de dor intensa ou da
perda da integridade do osso ou da articulação. Um paciente pode não
conseguir elevar o braço porque o úmero está fraturado ou o ombro está
luxado, servindo como uma importante informação para o socorrista. Um
exemplo típico de fratura impactada é o do colo (cabeça) do fêmur, que permite
que alguns pacientes entrem andando no pronto-socorro e saiam sem o
diagnóstico feito. A ideia de que estou mexendo o membro acometido após
um evento traumático (queda, batida, dentre outros) e não quebrou, pode
ser falsa. Nem sempre a perda de movimento é evidente, uma vez que
existem vários tendões responsáveis por movimentos semelhantes e o
diagnóstico somente será feito com testes clínicos específicos.

É importante ressaltar que estruturas mais profunda, mesmo quando


completamente desviadas não produzem deformidade, como lesões da pelve e
da coluna.

FRATURAS
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. Existem dois
tipos de fratura:
• Fechadas: sem exposiç o óssea;
• Expostas: o osso está ou esteve exposto

28
As fraturas sem exposição óssea podem ser imobilizadas com tala ou material
rígido.

FRATURAS EXPOSTAS

As lesões cutâneas podem variar de simples escoriações até grandes


ferimentos com perda de tecidos moles (tecido cutâneo humano – pele,
músculo e tendões). Um sangramento contínuo, desproporcional ao tamanho
do ferimento de coloração escura e, principalmente, com gotículas de gordura,
é suficiente para determinar a continuidade do ferimento com o foco de fratura.

Os primeiros socorros diante de uma fratura exposta são cobrir o


ferimento com pano limpo, estancar o sangramento, prevenir contra estado de
choque.
Uma manobra inadequada pode provocar mais lesões que benefícios, e
a simples imobilização costuma ser a conduta mais adequada. Quando houver
uma deformidade grosseira, o membro deve apenas ser alinhado por meio de
manipulação cuidadosa e leve tração antes da imobilização, mas, certifique-se
de que você está apto para executar tal procedimento. As principais formas de
imobilização aplicadas são:

29
 Enfaixamento;
 Aplicação de talas (composto por material semirrígido ou
rígido);
 Talas gessadas;
 Tração cutânea ou esquelética.

Convém lembrar que os pacientes politraumatizados com fraturas dos


ossos longos normalmente não devem ser imobilizados com essas técnicas,
pois há necessidade de imobilizações mais eficientes (fixadores externos)
para controle da hemorragia.

LUXAÇÃO- DISTENÇÃO-ENTORSE:

Luxação é a perda total do contato entre as superfícies articulares. Para


que isto aconteça, ocorre ruptura completa dos ligamentos e da cápsula
articular. A cartilagem articular, que é nutrida pelo líquido sinovial, permanece
em situação de risco de dano permanente enquanto a articulação estiver
luxada. Toda articulação luxada deve ser reduzida o mais rápido possível e tal
conduta será realizada no ambiente de saúde devido à necessidade de a vítima
receber anestesia.
Distensão é o rompimento ou estiramento anormal de um músculo ou
tendão.
Entorse é a separação momentânea das superfícies ósseas articulares,
provocando o estiramento ou rompimento dos ligamentos.

Primeiros socorros:

• Manipular o mínimo possível o local afetado;


• o colocar o osso no lugar;
• Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas
lesões expostas;
• Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima;
• e possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
• Encaminhar para atendimento hospitalar
30
Sinais e sintomas:

• Dor local intensa;


• Dificuldade em movimentar a regi o afetada;
• Hematoma;
• Deformidade da articulaç o;
• Inchaço

LESÕES NA COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral é composta de 33 vértebras sobrepostas, localizada


do crânio ao cóccix, e no seu interior há a medula espinhal, que realiza a
condução dos impulsos nervosos.

As lesões da coluna vertebrais mal conduzidas podem produzir lesões


graves e irreversíveis de medula, com comprometimento neurológico definitivo
(tetraplegia ou paraplegia).

Todo o cuidado deverá ser tomado com estas vitimas para não
surgirem lesões adicionais.

Sinais e sintomas:
• Dor local intensa;
• Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência em membros
inferiores e/ou superiores;
• Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem abaixo da les o;
• Perda do controle esfincteriano urina e/ou fezes soltas
Nota: Todas as vitimas inconscientes deverão ser consideradas e
tratadas como portadoras de lesões na coluna.

Primeiros socorros:

• uidado especial com a vítima inconsciente;

31
• Imobilizar o pescoço antes do transporte, utilizando o colar cervical;
• Movimentar a vítima em bloco, impedindo particularmente movimentos
bruscos do pescoço e do tronco;
• olocar em prancha de madeira;
• Encaminhar para atendimento hospitalar

TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em


resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões,
provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios
próprios, nos casos onde não é possível contar com equipes especializadas em
resgate.

Uma pessoa - De Apoio:


Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da vítima ao
redor de seu pescoço

Uma pessoa - Nas costas


Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu
pescoço, incline-a para frente e levante-a.

Uma pessoa - Cadeirinha


Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da vítima ao redor
do seu pescoço e levante a vítima.

Duas pessoas - Segurando pelas extremidades


Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, segura pelas pernas
abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente.

Três pessoas

32
Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das
coxas. A terceira segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos
das três pessoas devem ser simultâneos, para impedir deslocamentos da
cabeça, coluna, coxas e pernas.

Quatro pessoas
Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da
vítima impedindo qualquer tipo de deslocamento.

FRATURAS DOS MEMBROS NO PACIENTE POLITRAUMATIZADO

O paciente não refere dor no local da fratura, seja por estar mascarada
por lesões maiores ou pelo fato de o doente estar inconsciente, e somente se
queixará de algum problema quando voltar e andar algumas semanas mais
tarde. Outras vezes, as condições gerais do paciente e complicações como
infecções nos vários sistemas, não permitem que o paciente seja submetido à
osteossíntese das fraturas dos membros no tempo adequado.
O fator de maior importância na gênese das sequelas das fraturas dos
membros é a perda do momento ideal para o tratamento cirúrgico destas
lesões. Isto pode acontecer por falta de diagnóstico, como é comum acontecer
nas fraturas dos ossos do pé.
Apesar de a maioria das fraturas dos ossos dos membros superiores e
inferiores não estar relacionada diretamente com a mortalidade do paciente
politraumatizado, exceção feita às fraturas da diáfise do fêmur, uma parcela
considerável dos pacientes sobreviventes terá sequelas funcionais importantes
e, muitas vezes, incapacitantes decorrentes das lesões “menos importantes”
dos membros.

Tópico 3 – Vítimas de queimaduras

O conceito de queimadura é amplo, mas basicamente compreende uma


lesão nos tecidos orgânicos causada por algum trauma gerado pela liberação
de calor proveniente de fontes térmica, elétrica, química e outras. Esse trauma
pode apresentar-se com lesões simples ou graves, isso dependerá de sua

33
profundidade, extensão e localização. Esses fatores determinarão as diversas
classificações das queimaduras.

Relacionado à queimadura, tais agravos podem ser classificados como


queimaduras de primeiro grau, de segundo grau, de terceiro grau ou
quarto grau.
A avaliação da extensão da queimadura, em conjunto com a
profundidade, a eventual lesão inalatória, o politrauma e outros fatores
determinarão a gravidade do paciente. O processo de reparação tecidual do
queimado dependerá de vários fatores, entre eles a extensão local e a
profundidade da lesão.
A queimadura também afeta o sistema imunológico da vítima, o que
acarreta repercussões sistêmicas importantes, com consequências sobre o
quadro clínico geral do paciente.
As causas mais comuns de queimaduras: escaldadura; contato com fogo
e objetos quentes; queimadura provocada por substâncias químicas;
queimadura por exposição à eletricidade; exposição excessiva ao sol.
As queimaduras de primeiro grau são aquelas mais superficiais,
afetando apenas a epiderme (camada superficial da pele). Como
características, geralmente são secas e não produzem vesículas (bolhas).
As queimaduras de segundo grau apresentam maior gravidade
quando comparadas a de primeiro grau porque os danos se estendem além da
camada superficial da pele. Essa classificação de queimaduras faz com que a
pele apresente vesículas (bolhas) associado à importante hiperemia local
(vermelhidão), bem como dor de moderada a intensa, a depender do agente
gerador da queimadura.
Lesões por queimaduras de terceiro grau são aquelas que apresentam
maiores riscos de complicações, dentre elas a infecções, perda de linfa e
sangue, deixando a vítima susceptível ao choque (instabilidade
hemodinâmica), e vulnerável à morte.
Cabe destacar, que todas as queimaduras ocasionam risco de infecções
pela migração de bactérias pela descontinuidade da pele, uma vez que a pele é
nosso maior veículo de proteção.

34
Queimaduras quando extensas e graves, trazem importante risco de
hipotermia (baixa da temperatura) e hipovolemia (perda de volume – linfa e
sangue).
Queimaduras de quarto grau são aquelas lesões que atingem a
epiderme, derme, tecido subcutâneo, estrutura óssea ou até os órgãos
internos. São lesões que ocasionam extremo prejuízo e exposição às vítimas
que experienciam tal evento. Essa classificação é relativamente nova, algumas
literaturas mencionam tal classificação em decorrência da profundidade e
extensão da queimadura. Ela atinge o tecido adiposo subjacente, músculos,
ossos e até órgãos internos.

QUEIMADURAS POR FOGO (EM CASO DE INCÊNDIOS E CHAMAS)

Para vítimas que tiveram contato com fogo, torna-se importante adotar
alguns cuidados conforme descrito a seguir:

 A vítima deve deitar no chão, cobrir o rosto e rolar de um lado


para o outro para extinguir as chamas, ou então, usar um casaco,
toalha ou cobertor para abafá-las. Durante o incêndio, arrastar-se
embaixo da fumaça evita intoxicação. Muitas das mortes são
causadas pela inalação da fumaça e de gases tóxicos.
 Pacientes vítimas de queimaduras em ambientes fechados (casa,
automóvel) têm risco de lesão de vias aéreas e inalação de
fumaça. Qualquer pessoa que apresentar queimaduras na face ou
lábios, com edema, rouquidão, tosse irritativa, dificuldade
respiratória, deve ter prioridade de atendimento devido ao risco de
obstrução respiratória.

QUEIMADURAS ELÉTRICAS

As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais como a energia


térmica, química ou elétrica) as quais são capazes de produzir calor excessivo
o que pode vir a danificar os tecidos corporais e acarreta a morte celular.
35
Ao se deparar com uma vítima que esteja próximo a fiações que tragam
indícios de que esta recebeu descarga elétrica, torna-se importante adotar
alguns cuidados para auxiliar a vítima, tal como:

O primeiro passo deve ser o corte da energia elétrica (chave geral).


Caso isso não seja possível pelo fato de que a pessoa que está prestando o
primeiros atendimentos não saber onde fica a chave geral, deve-se partir para
o segundo passo, que é remover a fonte de energia de perto da vítima.
Para isso é necessário que o responsável pelo primeiro atendimento
utilize luvas de borracha grossa ou objetos isolantes que sejam secos, como
um pedaço de madeira, jornal dobrado, cabo de vassoura ou tapete de
borracha. Em seguida, deve-se verificar se a vítima está respirando e se possui
pulso. Se estiver em parada cardiorrespiratória, inicie manobras de
ressuscitação e solicite ajuda imediatamente. Caso a vítima tenha pulso e
esteja respirando, comece a resfriar as lesões com água em temperatura
ambiente.

QUEIMADURAS QUÍMICAS

O socorrista deve evitar contato com o agente químico. As queimaduras


ocasionadas por agentes químicos da pele geralmente causam sintomas
semelhantes aos de queimaduras de primeiro grau. A área atingida fica
hiperemiada (vermelha), edemaciada (inchada) e sensível (dolorosa), mas
geralmente não se formam bolhas com líquido no seu interior. Às vezes, as
queimaduras são mais profundas, com bolhas e dor intensa. Raramente, um
ácido ou álcalis forte irá causar uma queimadura de espessura total (terceiro
grau), que lesiona a pele por inteiro. Ao se deparar com uma vítima que entrou
em contato com substância químicas, devemos adotar as seguintes condutas:

É preciso, incialmente, frisar que durante um atendimento emergencial


no qual a vítima entrou em contato com agentes danosos que lhe provocaram
queimaduras químicas, o socorrista deverá primeiramente adotar precauções
que garantam a própria segurança, na finalidade de evitar mais um incidente.
Diante disso, é importante observar se a vestimenta do acidentado está

36
contaminada com a substância e retirá-la com cuidado, em seguida remover o
excesso com água corrente. Em casos no quais os olhos do paciente tenham
sido atingidos, será preciso mantê-los molhados até o hospital. Em face da
suspeita de ingestão de substância corrosiva (ocorrência comum em crianças)
deve ser considerada uma urgência, mesmo que a vítima não apresente
sintomas, nesse caso também é recomendado que a face e a boca sejam
lavadas na tentativa de livrar a vítima de qualquer partícula cáustica residual.
Por fim, é relevante identificar o agente químico que causou a lesão, o tempo
de contato da vítima como o produto e o volume e concentração de
substâncias. Além disso, deve-se manter a vítima em jejum e em hipótese
nenhuma é recomendado oferecer líquidos ou alimentos às vítimas ou provocar
vômitos antes que seja avaliada por um médico, pois pode ser necessária a
realização de endoscopia digestiva.

ATIVIDADES:

1. No caso de um acidente com queda de aproximadamente três metros


de altura, ao socorrer o acidentado, identifica-se que ele está
inconsciente, em decúbito ventral (de bruços), sem sangramentos
visíveis. Que conduta se faz necessária, precedendo qualquer outra?

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––.
2. Os traumatismos de tórax são responsáveis por aproximadamente
25% das mortes nos pacientes politraumatizados, sendo que 60% dos
politraumatizados se desenvolvem para o óbito. Sobre os tipos de
lesões características no trauma de tórax, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:

37
( ) Fratura de costelas. Entre as causas (etiologia) de IRA (INSUFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA) relacionada ao tórax, pleura e restrição, destacam-se:
trauma: costelas, tórax instável; queimadura extensa.

( ) Tórax instável. O tórax instável (retalho costal móvel) ocorre quando um


segmento da parede torácica não tem mais continuidade óssea com o resto
da caixa torácica, havendo duas ou mais fraturas em uma ou mais costelas
adjacentes.

( ) Contusão pulmonar. A contusão pulmonar é definida como lesão nas


quais ocorre dano intersticial e alveolar, com a presença de sangue e
edema, sem haver, no entanto, ruptura significativa das paredes alveolares.
A contusão pulmonar é a lesão parenquimatosa traumática mais comum.

( ) Pneumotórax hipertensivo. Uma das complicações mais comuns do


trauma torácico é o pneumotórax. A incidência de pneumotórax oculto entre
vítimas de trauma torácico fechado pode chegar a 55% em paciente
submetidos a topografia computadorizada de tórax. É essencial, portanto,
que o clínico saiba identificar e tratar um caso de pneumotórax com
segurança.

3. No que diz respeito as noções de primeiros socorros em casos de


fraturas, analise as afirmativas a seguir e identifique as CORRETAS:

 Em casos de fraturas expostas, a vítima deve ser coberta com um


pano limpo e o membro afetado deve ser imobilizado.
 É necessário ofertar alimentos e líquidos para as vítimas.
 É importante evitar movimentos desnecessários, pois a fratura pode
ser agravada.

4. São os tipos mais comuns de trauma torácico, ocorrendo em mais de


60% dos pacientes admitidos com lesão fechada de tórax.

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A que estamos nos referindo?

A) Lesão na coluna.
B) Lesão nos pulmões.
C) Fratura nas costelas.
D) Fratura na coluna.

5. Em um diagnóstico de uma fratura exposta, quais são os sintomas:


Assinale a alternativa correta:

A) Estiramento e torção
B) Dor, edema, incapacidade funcional, deformidade, lesão cutânea
C) Luxação do cotovelo
D) Impacto direto

6. Nos ....... por mecanismo penetrante, ou seja, ferimentos por armas


brancas, lesões de orofaringe, valéculas, seios piriformes, músculo
cricofaríngeo e esôfago podem ser identificadas rapidamente
porque são visuais, uma vez que o diagnóstico precoce melhora a
morbimortalidade no tratamento efetivo desses tipos de traumas. O
texto acima se refere ao qual tipo de trauma:

A) TRAUMAS CERVICOTORÁCICOS PENETRANTES


B) TRAUMA VASCULAR
C) Isquemia
D) Nenhuma das alternativas

7. O edema agudo de pulmão constitui urgência clínica e motivo


frequente de internação hospitalar. O paciente apresenta-se
extremamente dispneico, cianótico e agitado, evoluindo com rápida
deterioração para torpor, depressão respiratória e, eventualmente,
apneia com parada cardíaca. Devido a esse quadro, justifica-se a
criação de um protocolo específico para que as equipes que atuam
nas unidades do pré-atendimento móvel possa tomar atitudes visando

39
à melhora do quadro clínico do paciente, estando respaldadas
legalmente para a realização de suas atividades. Quais são os
primeiros socorros que devem ser prestados para as vítimas do edema
agudo de pulmão?

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8. Ao verificar um acidente de trânsito numa BR, um órgão fiscalizador


deve ser acionado imediatamente. Que órgão é esse?

A) Polícia Rodoviária.
B) DNIT.
C) Polícia Civil.
D) SAMU.

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9. Na ocorrência de um acidente e na condição de primeiros socorros, a
metodologia de transporte do acidentado exige a adoção de
procedimentos.

Considerando que há apenas uma pessoa socorrendo essa vítima de


vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou pequenas perturbações
que não os tornem inconscientes e que lhes permitam caminhar, assinale
a alternativa CORRETA:

A) Colocar-se por trás, passando as mãos sob as axilas do acidentado,


segurando um de seus braços de encontro ao seu tórax e a arrastando-
o para fora do veículo, apoiando suas costas nas coxas.

B) Primeiro coloca-se o acidentado em decúbito ventral. Em seguida,


ajoelha-se com um só joelho e, com as mãos passando sob as axilas do
acidentado, o levanta, ficando agora de pé, de frente para ele. A pessoa
que está prestando os primeiros socorros coloca uma de suas mãos na
cintura do acidentado e com a outra toma o punho, colocando o braço
dela em torno de seu pescoço. Abaixa-se, então, para frente, deixando
que o corpo do acidentado caia sobre os seus ombros. A mão que
segurava a cintura do acidentado passa agora por entre as coxas, na
altura da dobra do joelho, e segura um dos punhos do acidentado,
ficando com a outra mão livre.

C) Colocar um braço debaixo dos joelhos do acidentado e o outro, bem


firme, em torno de suas costas, inclinando o corpo um pouco para trás.

D) Passar o braço do acidentado por trás da sua nuca, segurando-a com


um de seus braços, passando seu outro braço por trás das costas do
acidentado, em diagonal.

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10. Na ocorrência de um acidente automobilístico, a metodologia de
transporte do acidentado exige a adoção de procedimentos.

Considerando que há apenas uma pessoa socorrendo a vítima com


suspeita de fratura da coluna ocasionada por um acidente na região
metropolitana, assinale a alternativa CORRETA:

A) Passa-se o braço do acidentado por trás da sua nuca, segurando-a


com um de seus braços, passando seu outro braço por trás das costas
do acidentado, em diagonal.

B) Passar o braço do acidentado por trás da nuca das duas pessoas que
estão socorrendo, segurando-a com um dos braços, passando o outro
braço por trás das costas do acidentado, em diagonal.

C) Primeiro coloca-se o acidentado em decúbito ventral. Em seguida,


ajoelha-se com um só joelho e, com as mãos passando sob as axilas
do acidentado, o levanta, ficando agora de pé, de frente para ele. A
pessoa que está prestando os primeiros socorros coloca uma de suas
mãos na cintura do acidentado e com a outra toma o punho,
colocando o braço dela em torno de seu pescoço. Abaixa-se, então,
para frente, deixando que o corpo do acidentado caia sobre os seus
ombros. A mão que segurava a cintura do acidentado passa agora por
entre as coxas, na altura da dobra do joelho, e segura um dos punhos
do acidentado, ficando com a outra mão livre.

D) Colocando-se por trás, passar as mãos sob as axilas do acidentado,


segurando um de seus braços de encontro ao seu tórax, e a arrastar
para fora do veículo, apoiando suas costas nas coxas. Observação
importante: essa manobra deve ser feita apenas em situações de
extrema urgência.

11. Antes de qualquer outra atitude no atendimento às vítimas, deve-se


obedecer a uma sequência padronizada de procedimentos que

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permitirá determinar qual o principal problema associado com a lesão
ou doença e quais serão as medidas para corrigi-lo. Quanto aos
procedimentos de primeiros socorros em um acidente de trânsito,
assinale a alternativa CORRETA:

A) Será necessário retirar a vítima do local do acidente e/ou carro.


B) Devemos conversar com a vítima e oferecer água para acalmá-la.
C) Devemos manter a calma e tentar acalmar a vítima, caso esteja
consciente.
D) Devemos apenas verificar o local e deixá-lo sem prestar socorro.

12. A preferência no atendimento é determinada pela gravidade, se há


risco de vida imediato e o que acompanha tais condições, pois seu
objetivo inicial é o de preservação da vida. Quanto à sequência de
ações do socorrista, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Devemos garantir a segurança.


B) Devemos fazer uma análise da situação das vítimas, desconsiderando
a gravidade geral do acidente.
C) É necessário manter a calma, não fazer nada por instinto ou por
impulso.
D) Devemos controlar a situação e isolar a área.

13. Quando o socorrista se depara com um caso de acidente, as primeiras


atitudes a serem realizadas no local é analisar possíveis riscos à
pessoa que prestará os procedimentos de primeiros socorros. Dessa
forma, em casos de insuficiência respiratória, quais devem ser os
procedimentos de primeiros socorros?

A) Afrouxar as roupas e transmitir segurança.

B) Posicionar na maca, com prancha, em decúbito dorsal com cabeceira


rebaixada.

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C) Posicionar na ambulância, com prancha, em decúbito dorsal com
cabeceira rebaixada.

D) Levantar a vítima, para a verificação de lesões.

14. Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas de maneira
rápida, logo após o acidente. Dessa forma, qual deve ser o primeiro
procedimento a fazer ao chegar num vitima?

A) Avaliar á vítima.
B) Fazer RCP e Respiração boca a boca.
C) Avaliar a cena.
D) Fazer RCP.

15. Quadro grave, de origem imprevista, caracterizado por uma falência no


sistema circulatório, o qual possui a função de compartilhar sangue
com oxigênio e nutrientes para as partes do corpo. Assinale a
alternativa CORRETA que denomina tal situação:

A) Gangrena.
B) Arritmia.
C) Estado de choque.
D) Hemorragia.

16. É sempre o primeiro passo do socorrista. Após a verifiação das


condições de segurança do local do acidente, o socorrista deve
proceder a análise das condições clínicas que possam resultar no
risco eminente da vida.De qual procedimento estamos falando?

A) Avaliação da vitíma.
B) Avaliação secundária.
C) Avaliação primária.
D) Avaliação da cena.

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17. A Avaliação do local de acidente é a primeira condição básica na
prestação dos primeiros socorros. Ao chegar no local de um acidente
(ou onde se encontra o acidentado), deve-se assumir o controle da
situação e proceder numa rápida e segura avaliação da ocorrência.
Diante do exposto, assinale a alternativa CORRETA:

A) Deve-se tentar obter o máximo de informações possíveis sobre o


ocorrido e, dependendo das circunstâncias de cada acidente, é
importante também: a) evitar o pânico e procurar a colaboração de
outras pessoas, dando ordens breves, claras, objetivas e concisas; b)
manter afastados os curiosos, para evitar confusão e para ter espaço
em que se possa trabalhar da melhor maneira possível. Ser ágil e
decidido, observando rapidamente se existem perigos para o
acidentado e para quem estiver prestando o socorro.
B) Deve-se tentar obter o mínimo de informações possíveis sobre o
ocorrido e, dependendo das circunstâncias de cada acidente, é
importante também: a) espalhar o pânico e aguardar a colaboração de
outras pessoas, assim como aguardar ordens, claras, subjetivas e
concisas; b) manter próximo os curiosos, para evitar confusão e para
ter espaço em que se possa trabalhar da melhor maneira possível. Ser
ágil e decidido, observando rapidamente se existem perigos para o
acidentado e para quem estiver prestando o socorro.
C) Deve-se tentar obter o mínimo de informações possíveis sobre o
ocorrido e de acordo com as circunstâncias de cada acidente é
importante também: a) evitar o pânico e procurar a colaboração de
outras pessoas, dando ordens breves, claras, objetivas e concisas; b)
manter próximos os curiosos, para evitar confusão e para ter espaço
em que se possa trabalhar da melhor maneira possível. Ser ágil e
decidido, observando rapidamente se existem perigos para os
curiosos.
D) Deve-se tentar obter o máximo de informações possíveis sobre o
ocorrido e, de acordo com as circunstâncias de cada acidente, é
importante também: a) evitar o pânico e aguardar a colaboração de
outras pessoas, recebendo ordens longas, claras, subjetivas e

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concisas; b) aproximar os curiosos, para evitar confusão e para ter
menor espaço para trabalhar da melhor maneira possível. Ser ágil e
decidido, observando rapidamente se existem perigos para quem
presta o socorro.

18. A fim de estimar a extensão das queimaduras, foi instituída a


chamada "regra dos nove", que é uma técnica muito benéfica para a
estimativa aproximada da área da superfície corpórea afetada. Através
da imagem anexa, calcule a extensão das queimaduras de uma pessoa
adulta que teve a parte da frente de um membro superior e a parte da
frente dos dois membros inferiores queimados e apresente o cálculo.

19. As lesões cerebrais podem ser causadas por acidentes. Alguns sinais
e sintomas podem auxiliar na identificação da vítima que sofreu este
tipo de lesão. Sobre os tipos de lesão cerebral, os sinais e os
sintomas, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as
falsas:
( ) A comoção cerebral, compressão cerebral e a fratura craniana são
tipos de lesões cerebrais.
( ) O sinais e sintomas de compressão são: confusão, vômitos em jato e
rosto azul avermelhado.

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( ) As pupilas desiguais e possível estado de inconsciência são alguns
sinais de fratura craniana.
( ) A laceração do couro cabeludo não é considerada um tipo de lesão na
cabeça.
a) V-F-V-F
b) F-F-V-F
c) V-V-V-F
d) F-V-F-V

20. João, 45 anos de idade, pedreiro e hipertenso, nunca procurou


atendimento clínico. Deu entrada na unidade de pronto tratamento em
crise hipertensiva. Apresenta tontura, hemiplegia direita, agnosia,
afasia, sinais e sintomas característicos de acidente vascular cerebral
(AVC), analise as sentenças a seguir:

I- O AVC se desenvolve rapidamente e pode prejudicar um ou mais vasos


sanguíneos que fornecem oxigênio e nutrientes a alguma região do
cérebro.
II- O AVC Isquêmico produz lesões estruturais irreversíveis devido a um
infarto cerebral ocasionado pelo bloqueio do fluxo sanguíneo.
III- Uma vez detectada a presença do AVC, avalie a situação, proceda ao
exame da vítima e chame a emergência.
IV- Ao solicitar a uma pessoa acometida com um AVC para sorrir, ela não
sorrirá completamente, ou seja um dos lados do rosto não sorrirá.

Assinale a alternativa CORRETA:

a) As sentenças I, II, III e IV estão corretas.


b) Somente a sentença III está correta.
c) Somente a sentença II está correta.
d) Somente a sentença I está correta.

21. Que fatores devem ficar em evidência acerca da massagem cardíaca,


para que esta intervenção se torne efetiva?

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22. Qual a sequência de intervenção instituída pela American Heart


Association (AHA)?

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23. Qual a correlação entre compressão torácica e ventilação preconizada
pelos consensos de atendimento à vítima de parada cardiopulmonar?

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24. Sobre a necessidade de aplicar ventilação à vítima, é importante que o


socorrista se proteja utilizando de dispositivos protetores, que servem
como barreira para evitar o conto com secreções que possam ser
liberadas pela cavidade oral da vítima. Sabendo disso, descreva quais
os dispositivos são passíveis de serem utilizados nesses casos:

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25. Ao se deparar com uma vítima com obstrução das vias aéreas com
corpo estranho, que manobra podemos aplicar? Descreva-a e
conceitue-a.

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_______________________________________________________________
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26. Qual o significado das abreviações AVDI e quando são utilizadas?


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27. Quais são as particularidades que devem ser levadas em consideração


antes da aplicação da Manobra de Heimlich?
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28. Toda vítima que sofre qualquer evento externo, pode ser considerada
como um evento traumático. Baseado nesta informação, descreva o
mnemônico utilizado para estes casos.

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29. Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com alguma
fonte de calor ou frio, produtos químicos, corrente elétricos, radiação,
ou mesmo alguns animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga),
entre outros. As ações a serem tomadas e os primeiros socorros que
devem ser adotados em relação a classificação das queimaduras
quanto a profundidade dos danos ao corpo humano são diferentes e
os cuidados devem ser tratados como de suma importância para com
o salvamento da vítima, sua recuperação e o seu respectivo conforto
pós-trauma Nesse sentido assinale a alternativa INCORRETA que não
condiz com a devida classificação dos efeitos das queimaduras de
pele/corpo quanto a sua profundidade do dano:

A) Queimadura de 2º grau: atingem as camadas mais profundas da pele.


Apresentam bolhas, pele avermelhada, manchada ou com coloração
variável, dor, inchaço, desprendimento de camadas da pele e possível
estado de choque.
B) Queimadura de 3º grau: atingem todas as camadas da pele e podem
chegar aos ossos. Apresentam pouca ou nenhuma dor e a pele branca
ou carbonizada
C) Queimadura de 4º grau: Morte
D) Queimadura de 1º grau: atingem as camadas superficiais da pele.
Apresentam vermelhidão, inchaço e dor local suportável, sem a
formação de bolhas.

30. Como se caracterizam as queimaduras de primeiro grau?

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31. Além das estruturas teciduais, qual sistema é influenciado pela


ocorrência de queimaduras?

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32. Qual o significado das queimaduras de quarto grau?

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33. Qual a maior complicação relacionada ao evento da queimadura?

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