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SBV (BLS)

Urgência e Emergência 1 - 9º período

Suporte Básico
de Vida
Basic Life Support (BLS)

Acadêmicos: Laura Pedrosa, Renan Afonso e Victor Dias


Professor: Eduardo Gonçalves
SBV (BLS) Caso clínico

Caso clínico

Identificação: M. J. P. S. Sexo feminino, 67 anos, proveniente da área rural de


Montes Claros.

Acompanhante: S. (filha)

QP: Desmaio.
SBV (BLS) Caso clínico

Caso clínico

HMA: Acompanhante relata que a paciente encontrava-se hígida, levantou-se


para pegar chá e evoluiu com síncope por volta das 8h. Por serem de zona rural
(Comunidade de Riachinho), só conseguiram chegar ao hospital por volta de 11h.
Filha informa que encontrou a mãe desacordada. Conta que a paciente fez
tratamento com amoxicilina há cerca de 1 mês para dor de garganta (sic) e
persistiu com tosse seca, dispneia aos esforços e dor epigástrica, queixando-se
de “empachamento". Informa, ainda, edema em MMII e perda da força do MSD,
com fala arrastada, há alguns meses (não se recorda da data de início). Não fez
seguimento neurológico ou em ESF por ser ESF rural (sic). Nega febre. Nega
outras queixas.
SBV (BLS) Caso clínico

Caso clínico

HP: Cardiopatia chagásica e HAS desde os 36 anos. Passado de 02 episódios de


AVE (não sabe especificar a data). Em tratamento de anemia (sulfato ferroso).
Acompanhante não sabe informar sobre outras medicações em uso. Nega
alergias. Nega etilismo ou tabagismo.
SBV (BLS) Caso clínico

Caso clínico

Ao exame físico: Recebo paciente em parada cardiorrespiratória, sendo


conduzida em sala vermelha. Mesmo após realização de manobras conforme
protocolo do ACLS por cerca de 40 minutos, paciente não retornou a circulação
espontânea. ECG constatando assistolia. Devido paciente ter chegado em parada
cardiorrespiratória há mais de 1 hora e não haver retorno à circulação
espontânea e não evidenciar definição de causa do óbito, encaminho ao IML
para avaliação de causas externas.
SBV (BLS) Caso PCR

Introdução

PCR
Cessação súbita da função mecânica cardíaca com consequente
Definição colapso hemodinâmico.

Anualmente --> 8 milhões de pessoas são vítimas de PCR no


mundo, metade delas com menos de 65 anos.
Epidemiologia 70% das PCR são extra-hospitalares e 80% apresentam
fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso.
A maioria das PCR intra-hospitalares se apresenta como
atividade elétrica sem pulso ou assistolia.
SBV (BLS) Caso PCR

Introdução

Danos cerebrais pela falta de oxigenação


SBV (BLS) Caso PCR

Introdução

Prognóstico intra e extra hospitalar


SBV (BLS) Caso PCR

Diagnosticando uma PCR

PCR
1. Ausência de resposta:
– Após chamado e toque vigoroso nos dois ombros.
2. Ausência de respiração ou respiração irregular (gasping):
Diagnóstico – O gasping pode durar vários minutos.
3. Ausência de pulso central:
– Checar pulso carotídeo ou femoral.
– Se houver dúvida ou o pulso não for detectado em até 10
segundos, a RCP deverá ser iniciada.
SBV (BLS) Caso PCR

Checagem de pulsos
SBV (BLS) Caso PCR

Quando iniciar a RCP?

Caso a vítima se encontre com pulso presente e respiração normal,


apenas aguarde o serviço médico de emergência.

Se a vítima se encontrar com pulso presente e respiração ausente ou


irregular, realize 1 ventilação de resgate a cada 6 segundos, cheque
pulso a cada 2 minutos, aguarde o serviço médico de emergência.

Diagnosticada a PCR, uma das primeiras providências é instalar um


monitor para obter o ritmo cardíaco, seja de maneira automática
(desfibrilador externo automático) ou não. O objetivo é identificar ritmos
que possam ser chocáveis.
SBV (BLS) Caso PCR

Ritmos cardíacos

Ritmo chocável: causa da PCR é cardíaca;


Ritmo não chocável: causa não cardíaca.
SBV (BLS) Caso PCR

Causas

Principais causas de parada cardiorrespiratória


(6H 6T)

Hipovolemia Tromboembolismo de coronária (IAM)


Hipóxia TEP
H+ (acidose) Toxinas
Hipo/hipercalemia Tamponamento cardíaco
Hipoglicemia Tórax (pneumo)
Hipotermia Trauma
SBV (BLS) Caso PCR

Causas
SBV (BLS) Caso PCR

Corrente de sobrevivência

A AHA criou o termo


“corrente da
sobrevivência” para
resumir as principais
atitudes diante da PCR.

SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Suporte Básico de Vida


Aspectos fundamentais

1. Reconhecimento imediato de parada cardiorrespiratória.


2. Ativação imediata do sistema de resposta a emergências.
3. Manuseio básico de vias aéreas.
4. RCP precoce e de alta qualidade.
5. Desfibrilação rápida com um desfibrilador externo automático.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Segurança da cena Checagem de pulso Chamar ajuda

A segurança do Deve ser realizada em Caso a vítima não


profissional e de sua até 10 segundos, tanto responda após
equipe sobrepuja a no atendimento inicial chamado vigoroso,
necessidade de para diagnóstico, como acione o serviço
atendimento de após 2 minutos ou 5 médico de emergência:
qualquer paciente. ciclos se houver ritmo no 192 – SAMU
monitor capaz de gerar 193 – Bombeiros
pulso.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Compressão torácica

"Bomba torácica” propõe que o


momento da descompressão, é o
mais importante por induzir o fluxo de
sangue para o coração, aumentando a
pré-carga e levando à perfusão das
artérias coronárias.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

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Compressão torácica

Local: 1/2 inferior do esterno, com a palma da


mão não dominante sobre o dorso da mão
dominante, dedos entrelaçados e braços
completamente estendidos, perpendiculares ao
tórax do paciente. Comprimir com região
hipotenar da mão dominante.
Velocidade: 100 a 120 compressões por minuto.
Profundidade: deprimir o tórax entre 5 e 6 cm.
Não se apoiar no tórax do paciente, permitindo a
expansão torácica após cada compressão.
Minimizar as interrupções entre as compressões.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

No atendimento pré-hospitalar, a desfibrilação é realizada


por desfibrilador externo automático, que é de fácil
Desfibrilação utilização, podendo ser aplicado por leigos.
No intra-hospitalar, os desfibriladores podem ser
monofásicos ou bifásicos. Nestes últimos, a energia
necessária para se desfibrilar com sucesso é menor,
diminuindo a chance de disfunção miocárdica pós-choque.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Desfibrilação Posição Anteroapical: Uma pá é colocada em


região ápice cardíaco e a outra em região
infraclavicular direita.
Posição Anteroposterior: Uma pá adesiva é
colocada em região paesternal esquerda e a outra
pá é colocada em região infraescapular esquerda.
Posição Posteroapical: Uma pá adesiva é
colocada em região precordial e a outra pá é
colocada em região infraescapular.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Precauções:
Desfibrilação Verificar se não há ninguém em contato com o paciente,
inclusive o profissional responsável pela desfibrilação.
Caso o paciente se encontre molhado, deve seca-lo
antes de entregar o choque.
Verificar o local onde será feito a manobra.
Retirar o fornecimento de oxigênio e os objetos
metálicos antes da desfibrilação.
Se o paciente tiver muitos pelos na região é necessária a
tricotomia antes da colocação das pás.
Pacientes com marca-passo é preciso manter pelo
menos 12,5 cm de distância das pás para o dispositivo.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

A sobrevida dos pacientes que recebem


Desfibrilação desfibrilação é TEMPO-DEPENDENTE
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Vias aéreas

Na avaliação da via aérea de um paciente em PCR


é necessário, primeiramente, realizar manobras
que possam abrir esta via de maneira adequada.
Trauma: é recomendado que se realize a manobra
jaw thrust (elevação da mandíbula), que se
consiste em elevar a mandíbula para frente pelo
ângulo da mandíbula.
Sem trauma: Pode ser realizada a manobra head
tilt-chin lift, que consiste na elevação do queixo e
extensão da cabeça.
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Vias aéreas

Técnicas de ventilação (via aérea não avançada):


Ventilação boca a boca/boca-máscara
Lateralmente à vitima, abra a via aérea com manobra de
"head tilt-chin lift" --> Oclua a cavidade nasal com o polegar
e o indicador em um movimento de pinça --> Após inspiração
profunda, coloque os lábios sobre os lábios da vitima e
expire vigorosamente --> Retire os lábios da vitima e permita
a expiração passiva do paciente
SBV (BLS) Caso PCR RCP

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

Vias aéreas

Técnicas de ventilação (via aérea não avançada):


Ventilação boca nariz
Lateralmente à vitima e com a via aérea aberta, levante a mandíbula da vitima e feche
a cavidade oral --> Após inspiração profunda, coloque os lábios ao redor do nariz e
expire --> Retire os lábios da vitima e permita a sua expiração

Ventilação pela traqueostomia


Lateralmente à vitima --> Após inspiração profunda, coloque os lábios ao redor do
orifício da traqueostomia, selando a região, e expire. Retire os lábios da
traqueostomia e permita a sua expiração passiva da vítima
SBV (BLS) Caso PCR RCP

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Vias aéreas

Técnicas de ventilação (via aérea não avançada)


Ventilação por bolsa-válvula-máscara (BVM)
Coloque-se atrás da vítima --> Com o indicador e o polegar,
forma-se um C sob a máscara, e com o restante dos dedos
abaixo da mandíbula, forma-se um E, acoplando a máscara ao
rosto --> Pressione a bolsa vagarosamente e permita o retorno
passivo à posição neutra inicial

VIA AÉREA AVANÇADA*


SBV (BLS) Caso PCR RCP

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Vias aéreas

AMBU
X
IOT

Gestantes*
SBV (BLS) Caso PCR RCP

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Vias aéreas
SBV (BLS) Caso PCR RCP Resumindo

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar


SBV (BLS) Caso PCR RCP Resumindo

Suporte Básico de Vida e Ressucitação Cardiopulmonar

SBV para profissionais de saúde


SBV (BLS) Caso PCR RCP Resumindo Referências

Referências bibliográficas

Referências utilizadas

MARTINS, H. NETO, R. Emergências Clínicas: abordagem prática; 16ª Ed. São


Paulo: Manole, 2022.
American Heart Association. Guidelines for Cardiopulmonary Ressuscitation
and Emergency Cardiovascular Care (ECC), 2020.

MARINO, P. Compêndio de UTI. 4ª Ed. São Paulo: ARTMED, 2015.

Obrigado!

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