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Informações
Nesta versão o texto não sofreu modificações de conteúdo.
Propriedades
Código: PR-EPIDEM-0005
Versão: 7
Categoria: Protocolo - Epidemiologia
Revisor: Lediane Melo da Silva
Verificador: Juliana Torres
Aprovador: Lediane Melo da Silva
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Distribuidores: Administrador Documentos
Avaliador
Tina Urushima Higuchi
Adriana Ferreira Pires
Ana Carolina Coelho Duarte
Ivana Salles Cuba
Juliana Torres
Lediane Melo da Silva
Validade: 08/06/2022
Vigência: 08/06/2021
Estrutura: Apoio / Epidemiologia
Tipo: DOCX/PDF
Data Versão: 08/06/2021
Data Edição: 04/06/2021
Data Criação: 30/05/2014
Acessos: 5
Forma: REPOSITÓRIO
Status: Disponível
Anexos:
Publicação
Ação Responsável Data Limite Data Ação
Verificação Juliana Torres 04/06/2021 08/06/2021
Aprovação Lediane Melo da Silva 24/06/2021 08/06/2021
Índice
1.Introdução .................................................................................................................................... 2
2.Diagnósticos Diferenciais ............................................................................................................ 2
3.Exames Subsidiários ................................................................................................................... 4
3.1 Eletrocardiograma (ECG) ......................................................................................................... 4
3.2 Marcadores de Necrose Miocárdica ......................................................................................... 5
3.3 Radiografia de Tórax ................................................................................................................ 5
3.4 Ecocardiograma Transtorácico ................................................................................................. 5
3.5 Angiotomografia de Tórax ........................................................................................................ 6
3.6 Exames não invasivos .............................................................................................................. 6
3.7 Adendo de Exames subsidiários .............................................................................................. 6
4.Síndromes Coronarianas Agudas................................................................................................ 9
5.Angina Instável e IAM sem Supra de ST ..................................................................................... 9
5.1 Manuseio do Paciente ............................................................................................................ 11
5.2 Condutas nos pacientes de baixo risco .................................................................................. 12
5.3 Condutas nos pacientes de risco intermediário e alto ............................................................ 12
5.4 Investigação ............................................................................................................................ 16
6.Condutas no Infarto Agudo do Miocárdio com Supra Desnivelamento do segmento ST ......... 18
6.1 Manuseio do paciente ............................................................................................................. 18
6.2 Condutas iniciais ..................................................................................................................... 18
6.3 Critérios para indicação de terapêuticas de recanalização coronária .................................... 19
7. Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 26
8. Fluxo do atendimento em Dor Torácica para unidade de emergência .................................... 27
9. Fluxo do atendimento em Dor Torácica para UI/UCE .............................................................. 27
10. Indicadores de Dor Torácica ................................................................................................... 40
11. Revisão .................................................................................................................................... 40
1. Introdução
Existem condições clínicas que se manifestam por dor torácica sendo primordial a identificação de
situações que ofereçam risco iminente de morte. Como a síndrome coronariana aguda (SCA)
representa 1/5 das causas de dor torácica e possui significativa morbi-mortalidade, a abordagem
inicial objetiva a necessidade de internação para estratificação de risco e a alta hospitalar com
segurança para os pacientes de baixo risco.
2. Diagnósticos Diferenciais
Exames
Sintomas
Diagnóstico Localização Duração Particularidades Complementares
associados
se necessário
Melhora com
Retroesternal, SCA até ECG
Síndrome Náusea, nitrato,
queimação/peso 10 min Troponina e MB
Coronariana vômitos, associação com
irradiação: MSE e ECO
Aguda IAM>20 dispneia fatores de riscos
mandíbula. ECGE
min conhecidos
RX tórax
Pacientes
ECO
Embolia Torácica/pleurítica Dispneia e acamados,
Variável dímero D
Pulmonar de início súbito cianose fatores de risco
Tomo tórax
para TVP
Cintilografia V/Q
Sopro de
IAO, Sexo masculino
Torácica, súbita, RX tórax
assimetria Tabagistas
Dissecção tipo rasgando, ECO
Variável pulso/PA. Hipertensos,
de Aorta irradiação: Tomo de Tórax
Isquemia Sd. de Marfan e
mandíbula e dorso ECG
SNC ou trauma torácico
periférica
Torácica/pleurítica,
início variável,
ventilatório ECG
Pericardite Variável Febre Atrito pericárdico
dependente ECO
melhora inclinando
para frente
3. Exames Subsidiários
Lembrar: quando confirmada SCA repetir ECG nas primeiras 12 horas de 6/6 h para avaliar
componentes dinâmicos, após de 8/8 h naqueles que sofreram intervenção hemodinâmica/
medicamentosa, e de 12/12 h se o paciente evoluir estável por 48h, e após diariamente até a alta.
Todos os pacientes com suspeita de SCA devem realizar dosagem troponina.e CK-MB.
• Troponina: deve ser colhida na admissão, com uma hora e se necessário com 3 horas de
observação. Avaliar a qualidade da curva para confirmação diagnóstica.
• Troponina positiva
▪ Variação 20% confirma SCA
▪ Variação < 20% possível SCA
▪ Sem variações evolutivas: baixo risco de SCA
• Troponina negativa
▪ Variação risco de aumentado de SCA.
▪ Variação 30% e < 50%: possível SCA.
▪ Variação ausente ou < 30% baixo risco SCA.
Observação: exames adicionais que possam vir a auxiliar no preparo para exames invasivos como
ureia e creatinina, ou em situações de arritmias como eletrólitos (cálcio, potássio e magnésio), ou ainda
controle de coagulação (TP e TTPA), ficam a critério do médico avaliador.
Na suspeita clínica de dor torácica de origem cardíaca ou não, deverão ser realizadas a procura
de componentes para um diagnóstico diferencial.
Na suspeita de dor torácica cardíaca de origem coronária o exame contribui para avaliar
alterações da contração segmentar e nos casos de dor torácica de origem não coronária no diagnóstico
Para fins de diagnóstico, estratificação de risco e prognóstico em pacientes com dor torácica
com baixa ou média probabilidade de SCA. Devem ser realizados, a critério clínico, em até 12hs da
suspeita clínica desde que o paciente permaneça assintomático.
• Angiotomografia coronária com score de cálcio: para paciente de baixo risco e risco
intermediário.
Dor torácica
Idade tipo não anginosa Angina atípica Angina típica
(anos) Homen Mulher Homen Mulher Homen Mulher
45 9 -47 2 -22 21 – 70 5 – 43 51 – 92 20 – 79
55 23 -59 4 – 25 45 – 79 10 – 47 80 – 85 38 – 82
65 49 - 69 9 - 29 71 - 86 20 - 51 93 - 97 56 - 84
30 - 39 4 2 34 12 76 26
40 - 49 13 3 51 22 87 55
50 - 59 20 7 65 31 93 73
60 - 69 27 14 72 51 94 86
Fonte: Diretriz de Doença Coronariana Crônica – Angina Estável. Arquivo Bras de Cardiologia. V83,
Supl II, Set. 2004.
Introdução
As síndromes isquêmicas miocárdicas agudas compreendem: infarto agudo do miocárdio com
supra desnivelamento do segmento ST (IAMCSST) insuficiência coronária aguda, representada pela
angina instável de alto risco (AI) e o infarto agudo do miocárdio sem supradesnível do segmento ST
(IAMSST).
Definições
O termo Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) deve ser utilizado quando há evidência de necrose
miocárdica em um contexto clínico de isquemia com elevação de marcadores de necrose miocárdica
(preferencialmente troponina) acima do percentil 99 do limite máximo de referência e, pelo menos, um
dos seguintes parâmetros:
1) sintomas sugestivos de isquemia miocárdica;
2) desenvolvimento de novas ondas Q no ECG;
3) novas ou presumivelmente novas alterações significativas no segmento ST, onda T, ou BRE
novo;
4) evidência, em exame de imagem, de perda de miocárdio viável ou de nova alteração
segmentar de contratilidade ventricular
5) Identificação de trombo intracoronário por angiografia.
O diagnóstico diferencial entre IAMCSST ou IAMSST está relacionado exclusivamente ao
achado eletrocardiográfico e o diagnóstico diferencial do IAMSST e da AI depende da elevação
dos marcadores de necrose miocárdica.
Introdução
O reconhecimento e tratamento precoces da angina instável (AI) e do IAMSST, permite quando
conduzidos adequadamente, uma redução da progressão da disfunção ventricular e da mortalidade. É
fundamental uma estratificação de risco precoce com instituição imediata da melhor conduta, que deve
ser individualizada de acordo com as características do paciente e da apresentação clínica.
Definições
A estratificação do risco deve ser feita levando-se em conta a classificação de risco pontual e
os escore TIMI e HEART, e na tomada de decisão terapêutica deve ser levado em conta o risco maior
obtido nos dois métodos.
Deve ser lembrado que a estratificação é dinâmica, de acordo com a evolução clínica e
achados laboratoriais sequenciais.
Total
Cálculo total 0- 10 pontos, onde 0 a 3 baixo risco, 4 a 6 riscos intermediário e 7a 10 pontos alto risco,
Considerados fatores de risco: hipertensão, dislipidemia, diabetes melito, história familiar de doença
coronária, tabagismo ativo ou que parou há um mês, obesidade com IMC≥ a 30 kg/m2.
*Doença aterosclerótica: infarto do miocárdio, angioplastia, revascularização cirúrgica do miocárdio,
acidente vascular cerebral e doença arterial periférica.
Medidas gerais:
1 - Repouso no leito.
2 - Acesso venoso calibroso.
3 - Monitorização eletrocardiográfica em modo EASI (conforme fluxo e anexo) e oximetria contínuas.
4 - Analgesia com morfina (2 a 4 mg endovenoso, diluídos a cada cinco minutos até, no máximo, 25
mg) no controle da ansiedade do paciente e dos sintomas de dor desde que hemodinamicamente
estável.
5- Administração de oxigênio (2 a 4 l/min) por 3 horas, ou por tempos maiores na presença de
dessaturação (< 90%) à critério médico.
1 - Repouso no leito.
2 – Seriar Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica: 1 e três horas da admissão
3 – Eletrocardiograma na chegada e após intervenção medicamentosa ou alteração dos sinais e
sintomas
4 - Ácido acetilsalicílico – 200 mg VO macerados como dose inicial, seguidos de 100 mg/dia.
5 - Considerar a administração de heparina de baixo peso molecular para pacientes com vários fatores
de risco.
6 - Considerar beta-bloqueador por via oral para pacientes hipertensos e/ou taquicárdicos.
Caso os marcadores séricos estejam normais em tempo hábil e o paciente permaneça estável,
deve-se considerar a alta hospitalar com encaminhamento para seguimento ambulatorial.
Em casos onde persista dúvida em relação ao quadro clínico/eletrocardiográfico, ou associação com
vários fatores de risco coronariano, apesar dos marcadores séricos permanecerem normais,
idealmente o paciente deve ser submetido a teste ergométrico, cintilografia miocárdica ou
ecocardiograma de estresse ainda durante a avaliação inicial. Opcionalmente nesta avaliação de risco
coronariano, a angiotomografia de coronárias também pode ser considerada. Caso não se detecte
isquemia ou obstrução coronária significativa, o paciente deve receber alta hospitalar com
recomendação para seguimento ambulatorial. Caso se demonstre a presença de isquemia ou
obstrução coronária grave, o paciente deve ser internado, seguindo as condutas recomendadas no
risco intermediário e alto.
menção específica, significa que as condutas seguintes devem ser adotadas tanto no risco
intermediário quanto alto, considerando que o paciente é individual. Esta observação alerta para as
variadas condições clínicas na admissão, a presença de múltiplos diagnósticos e faixas etárias mais
avançadas, exemplo disto é o uso novos anticoagulantes e pacientes com intervenção coronária
pregressa.
• Antiplaquetários orais
Ácido acetilsalicílico:
Deve ser administrado a todos os pacientes, o mais precocemente possível. A dose inicial deve ser de
200 mg macerados, por via oral, seguida de 100 mg/dia em dose única diária.
Ticagrelor (Brilinta®):
Deve ser utilizado em pacientes que evoluem com IAMSST na dose inicial de ataque de 180 mg,
seguida por 90 mg 12/12 h por 12 meses. Nos casos de indicação cirúrgica o medicamento deve ser
suspenso por 5 dias.
Clopidogrel (Plavix®):
Deve ser utilizado rotineiramente nos pacientes que evoluem com angina instável de moderado e alto
risco e nos paciente com IAMSST. Nos pacientes com idade abaixo de 75 anos, uma dose de ataque
deve ser guiada pela estratégia de reperfusão adotada: 600 mg naqueles que serão submetidos à
estratégia intervencionista e 300 mg quando a estratégia adotada é não invasiva ou trombólise. A dose
ideal para pacientes com idade maior do que 75 anos ainda não está definida, mas devem ser utilizados
entre 75 mg a 600 mg. É razoável administrar 300 mg para pacientes intolerantes ou em substituição
ao AAS.
Prassugrel (Effient®):
Droga com benefício adicional em pacientes com anatomia conhecida. Vale ressaltar, no entanto, o
aumento do risco de sangramento fatal e não fatal associado ao prasugrel. Seu uso não é recomendado
em pacientes com antecedente de AVC ou isquemia cerebral transitória, idosos (idade > 75 anos) ou
peso < 65 kg. Doses recomendadas: ataque 60 mg e manutenção 10 mg ao dia. Este antiagregante
tem seu uso indicado em sala de hemodinâmica.
Medicamentos de uso a critério do médico hemodinamicista e/ou do clínico responsável pelo paciente,
após conhecida a anatomia coronária. Pode ser utilizado o tirofiban (Agrastat®), na dose de 10 mg/kg
administrada em bolus em 3 min, seguida de 0,15 mg/kg/min por 24 h. As dosagens individuais são
tituladas de acordo com a finalidade.
• Heparina
Pacientes de alto risco, submetidos à estratégia invasiva precoce: heparina não fracionada (HNF) ou
enoxaparina.
Obs.: estudos sugerem que a utilização concomitante ou alternada de enoxaparina e HNF em pacientes
de alto risco submetidos a terapêutica invasiva precoce pode aumentar a chance de sangramento, sem
benefício adicional do ponto de vista de eficácia. Assim, uma vez optado por um tipo de heparina,
recomenda-se que esta deva ser utilizada até o final do tratamento.
Peso > 80 kg
Peso < 80 kg
Repetir o bolus
< 36 conforme 0 min + 2 cc/hr 6 hrs
descrito
36-49 0 0 min + 1 cc/hr 6 hrs
50-70 0 0 min 0 (no change) next AM
71-80 0 0 min - 1 cc/hr next AM
81-100 0 30 min - 2 cc/hr 6 hrs
101-130 0 60 min - 3 cc/hr 6 hrs
>130 0 60 min - 6 cc/hr 6 hrs
• Baseado numa concentração de 50 UI de heparina em 1 cc de fluido e TTPa de controle de
26-36
No paciente de risco intermediário e alto deve ser utilizada a enoxaparina. O seguinte esquema
terapêutico deverá ser seguido nesta população: 1mg/kg a cada 12 horas em pacientes <75 anos; em
pacientes >75anos deve-se utilizar a dose de 0,75 mg/kg a cada 12 horas, e naqueles com clearance
de creatinina <30, a dose de 1mg/dia a cada 24 horas. Caso disponível a dosagem do anti-Xa, o teste
poderá ser utilizado para guiar a terapêutica nessas populações com alto risco de sangramento.
Utilização da enoxaparina em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea: se a
última dose de enoxaparina tiver sido administrada em até 8 horas do início da ICP, não é necessária
dose adicional; se a última dose tiver sido administrada com > 8 horas, utilizar 0,3 mg/kg IV no início
do procedimento.
• Nitrato
Deve ser utilizada com cautela, nitroglicerina EV, na dose de 5 a 10 microgramas/min, titulada
para 10 microgramas/min a cada 5-10 minutos, até alívio dos sintomas, observando o surgimento de
efeitos colaterais que limitem seu uso (cefaleia ou hipotensão, com PA sistólica < 90 ou > 30% de
queda no paciente hipertenso), em infusão contínua por 24-48 horas. Seu uso deve ser considerado
com critério em pacientes com alterações eletrocardiográficas sugestivas de isquemia na parede
inferior pelo risco de acentuar hipotensão.
• Betabloqueador
• Hipolipemiantes orais
Iniciar tratamento farmacológico, de preferência com estatina, em todos os pacientes que não
tenham intolerância à medicação. Dose inicial de 40 a 80 mg de rosuvastatina ou atorvastatina cálcica.
Se o paciente já estiver em uso de estatina, o medicamento deve ser mantido, independentemente do
nível de LDL, e se necessário otimizada a dose.
5.4 Investigação
• Caso as duas venham normais, e o paciente não apresente nenhuma outra característica que
o inclua como de risco moderado ou alto, deve ser considerado de baixo risco.
• Caso se confirme o achado inicial (troponina elevada com CKMB normal) e preencha outro(s)
critério(s) diagnóstico (s) para IAM, o paciente será considerado como tendo IAM com CKMB
normal. Raciocínio similar se aplica à eventualidade de o paciente apresentar CKMB elevada
com troponina normal. Nesta situação, deve-se realizar curva de CKMB. Lembrar sempre, nos
casos de elevação isolada de um dos marcadores, de afastar outras causas de elevação que
não necrose miocárdica. Nestas situações, o marcador geralmente não faz curva, mas
permanece sempre em níveis similares.
- Eletrocardiograma
Deve ser realizado um primeiro ECG em todo paciente com suspeita de SCA em até 10
minutos.
1 - ECG inicial diagnóstico: achado de IAMCSST, fecha o diagnostico inicial se na presença de
dor típica ou de equivalente isquêmico (dispneia-sincope-arritmias)
2 - ECG inicial não-diagnóstico: devem-se realizar novos traçados na procura de componente
dinâmico no ECG, em três horas se o paciente permanecer assintomático ou assim que identificar
mudanças nos sinais e sintomas como melhora ou piora da dor ou equivalente isquêmico e alterações
hemodinâmicas.
- Ecocardiograma bidimensional
Deve ser realizado pelo menos um ecocardiograma durante a hospitalização, o mais próximo
possível da chegada do paciente ao hospital, e em não mais do que 12 horas.
- Outros exames de rotina: eletrólitos, glicemia, ureia, creatinina, hemograma, TP, TTPA, sódio,
potássio, troponina, CK-MB.
- Cineangiocoronariografia
Cuidado especial deve ser tomado com pacientes idosos e/ou diabéticos e/ou com disfunção
renal. Nestas situações deve-se, idealmente, fazer preparo do paciente por 24 h antes e 24 h após o
procedimento da seguinte forma: 1) hidratação venosa contínua (1 mL/kg/h); 2) N-acetilcisteína na dose
de 600 mg 12/12 h (4 doses).
- Isquemia persistente
- Instabilidade hemodinâmica
2. Urgência (realizado em até duas horas da admissão para aqueles que apresentarem sinais
clínicos de instabilidade):
- Isquemia recorrente
- Evidência eletro e/ou ecocardiográfica de extensa área em risco
- Presença de arritmia ventricular maligna
3. Eletivo: quando não houver nenhuma das complicações anteriormente referidas, o estudo
hemodinâmico deve ser realizado, de preferência, no dia útil subsequente à internação do
paciente.
Introdução
O IAMCSST permanece até os dias atuais como uma das maiores causas de morte no mundo
ocidental, em nosso país inclusive. O objetivo deste protocolo assistencial é padronizar os
procedimentos a serem adotados objetivando a terapia de reperfusão imediata.
Paciente com suspeita de Insuficiência coronária aguda deve ser avaliado o mais rapidamente
possível, obtendo um ECG nos primeiros 10 minutos. Confirmando-se IAMCSST as seguintes medidas
deverão ser instituídas, considerando que cada paciente é individual e que as recomendações a seguir
devem ser empregadas de acordo com a condição clínica na admissão.
O paciente com suspeita de IAM deve ser monitorizado na derivação com maior supradesnível do
segmento ST, ter um acesso venoso calibroso que permita infusão de volume e drogas vasoativas caso
instabilize, e receber imediatamente:
Cuidados: as medidas acima são simultâneas à realização do ECG, momento no qual o paciente
deverá ser abordado quanto a questões como sangramentos, cirurgias recentes, alergias e
intolerâncias a medicamentos, com a finalidade de definir as ações a seguir, como uso de contraste
iodado endovenoso, anticoagulação, antiagregação, entre outros.
- Solicitar os seguintes exames: troponina, CK-MB, eletrólitos, glicemia, ureia, creatinina,
hemograma, sódio, potássio, TP e TTPA, Rx de tórax.
Observação: exames adicionais que possam vir a auxiliar no preparo para exames invasivos (como
ureia e creatinina), ou em situações de arritmias como eletrólitos (cálcio, potássio e magnésio), ou ainda
controle de coagulação (TP e TTPA), ficam a critério do médico avaliador.
- Caso haja suspeita de dissecção aguda da aorta, Rx de tórax e um exame de alto poder
diagnostico deve ser solicitado como emergência: angiotomografia da aorta toracoabdominal ou
Ecocardiograma transesofágico, considerando a disponibilidade imediata de um ou outro. Considerar
possíveis limitações como: limitações ao uso de contraste e ao fato que o ecocardiograma
transesofágico necessita de jejum.
- Clínicos
Dor ou desconforto precordial, com duração mínima de 10 a 20 min, e máxima de 12 horas,
ressalvando-se que quanto mais precoce a recanalização, maior o benefício, em pacientes
selecionados, que se apresentem com evolução entre 12 e 24 h e dor persistente.
Obs.: a presença de dor, quando da chegada ao hospital, NÃO é obrigatória para a indicação
de terapêuticas de recanalização.
- Eletrocardiográficos
1. Elevação do segmento ST > 1 mm em pelo menos duas derivações da mesma parede e/ou
2. Bloqueios de ramo que dificultem a interpretação do ECG (fundamentalmente BRE, já que o BRD
atrapalha pouco a análise do ECG).
Obs.: O ECG de 12 derivações deve ser realizado imediatamente após as medidas iniciais, e deve
conter precordiais direitas, V3R, V4R, V7 e V8, se o IAM for de parede inferior.
- Angioplastia de resgate
Pacientes com sinais/sintomas de disfunção ventricular esquerda, e/ou com grande área em
risco, e que não apresentem diminuição de mais de 50% na derivação de maior supradesnivelamento
em até 90 minutos do início da infusão do fibrinolítico. A recorrência ou manutenção da dor pode ser
usada como critério para indicação de angioplastia de resgate.
- Condutas Adjuvantes
Devem ser implementadas para todos os pacientes, independente de terem sido tratados de
maneira tradicional, submetidos à terapia fibrinolítica ou a angioplastia primária.
- Medidas gerais
1. Repouso no leito.
2. Monitorização eletrocardiográfica contínua
3. Oxímetria contínua.
4. Exames laboratoriais gerais
5. Controle pressórico
6. Obtenção de radiografia de tórax
7. Obtenção de ecocardiograma
- Tratamento medicamentoso
São indicados de rotina, salvo contraindicação os seguintes medicamentos:
• Antiagregação:
Ácido Acetilsalicílico:
Deve ser administrado a todos os pacientes, o mais precocemente possível. A dose inicial deve ser de
200 mg macerados, por via oral, seguida de 100 mg/dia em dose única diária.
Ticagrelor (Brilinta®):
Deve ser utilizado rotineiramente nos pacientes com IAM com supra com indicação de angioplastia
primária, com dose de ataque de 180 mg seguida de 90 mg 12/12 h.
Nos casos de indicação cirúrgica o medicamento deve ser suspenso por 5 dias.
Clopidogrel (Plavix®):
Pode ser utilizado nos pacientes com IAMCSST na dose de 600 mg de ataque. Nos pacientes com
idade abaixo de 75 anos, uma dose de ataque deve ser guiada pela estratégia de reperfusão adotada:
600 mg naqueles que serão submetidos à estratégia intervencionista e 300 mg quando a estratégia
adotada é não invasiva ou trombólise. A dose ideal para pacientes com idade acima de 75 anos ainda
não está definida, mas devem ser utilizados entre 75 mg a 600 mg. É razoável administrar 300 mg para
pacientes intolerantes ou em substituição ao AAS.
Prasugrel (Effient®):
Droga com benefício adicional em pacientes com anatomia conhecida. Vale ressaltar, no entanto, o
aumento do risco de sangramento fatal e não fatal associado ao Prasugrel. Seu uso não é recomendado
em pacientes com antecedente de AVC ou isquemia cerebral transitória, idosos (idade > 75 anos) ou
peso < 65 kg. Doses recomendadas: ataque 60 mg e manutenção 10 mg ao dia. Este antiagregante
tem seu uso indicado em sala de hemodinâmica.
• Heparinas
No caso da ICP primária, recomenda-se a utilização de heparina IV apenas durante o
procedimento, controlando-se o TCa para mantê-lo entre 300 e 350 segundos durante o mesmo.
As heparinas estão indicadas de forma rotineira em pacientes submetidos a tratamento fibrinolítico.
Nessa situação, deve ser utilizada na dose de 5.000 UI HNF IV em bolus seguido de 1 mg/kg
enoxaparina SC de 12/12 horas durante a fase de internação hospitalar. Em pacientes com mais de 75
anos, o bolus não deve ser utilizado, diminuindo- se a dose de manutenção para 0,75 mg/kg de 12/12
horas; nos pacientes com clearence de creatinina estimado menor do que 30 mL/min devem receber
apenas metade da dose diária, ou seja, 1 mg/kg 1x/ dia. Pode-se dosar o anti-Xa para acompanhar o
efeito da enoxaparina nessas populações de alto risco de sangramento. A forma ideal de se solicitar o
nível sérico de anti Xa é 4 horas após a última dosagem a partir da segunda dose.
• Nitrato
Deve ser utilizada com cautela, nitroglicerina EV, na dose de 5 a 10 microgramas/min, titulada
para 10 microgramas/min a cada 5-10 minutos, até alívio dos sintomas, observando o surgimento de
efeitos colaterais que limitem seu uso (cefaleia ou hipotensão, com PA sistólica < 90 ou > 30% de
queda no paciente hipertenso), em infusão contínua por 24-48 horas. Seu uso deve ser considerado
com critério em pacientes com alterações eletrocardiográficas sugestivas de infarto da parede inferior
pelo risco de acentuar hipotensão.
• Beta-bloqueador
Beta-bloqueador VO deve ser avaliado rotineiramente nos pacientes sem contraindicação.
Deve- se iniciar progressivamente, com o paciente estável, aumentando-se as mesmas
progressivamente com o objetivo de manter a frequência cardíaca em torno de 60 bpm.
No caso de pacientes com dor isquêmica persistente e/ou taquicardia, pode ser utilizado o
metoprolol: 5 mg EV lento, administrado na presença do médico, repetido a cada 10 minutos se
necessário até a dose máxima 15 mg.
Sugere-se ainda que cuidados adicionais devam ser tomados com a introdução precoce (dias
0-1) do medicamento, principalmente em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Além disso,
na utilização dos betabloqueadores EV, deve-se identificar também características de maior risco que
possam facilitar ocorrência de choque cardiogênico: infarto extensão, pacientes com congestão
pulmonar sugestivos de classificação de Killip > 1, pressão sistólica <120 mmHg.
• Hipolipemiantes orais
Iniciar tratamento farmacológico, de preferência com estatina, em todos os pacientes que não
tenham intolerância a medicação. Dose inicial de 40 a 80 mg de rosuvastatina ou atorvastatina cálcica.
Se o paciente já estiver em uso de estatina, o medicamento deve ser mantido, independentemente do
nível de LDL, e se necessário otimizada a dose.
• Inibidor da ECA
O inibidor da ECA deve ser iniciado de imediato em pacientes com sinais clínicos e/ou radiológicos
de disfunção ventricular esquerda. Nos restantes, só não deve ser introduzido naqueles em que se
demonstrar IAM pequeno sem disfunção sistólica do VE. Monitorar pressão arterial e função renal em
todos quando iniciado.
• Bloqueador da aldosterona
Deve ser introduzido na fase hospitalar e mantido indefinidamente em pacientes com disfunção
ventricular esquerda (FE < 40%) e sintomas de ICC ou diabetes, na ausência de disfunção renal
(creatinina < 2,5 mg/dL em homens e < 2,0 mg/dL em mulheres) e/ou hipercalemia (K >5,0mEq/L).
• Contraindicações absolutas:
1. Doença terminal.
2. Lesão ou neoplasia do sistema nervoso central
3. História prévia de coagulopatia hemorrágica.
4. AVC hemorrágico em qualquer tempo, ou AVC isquêmico < 6 meses.
5. Trauma importante, cirurgia ou injúria cranial no último mês.
6. Sangramento gastrointestinal no último mês.
7. Dissecção aguda da aorta.
• Contraindicações relativas:
1. Idade funcional >75 anos.
2. Gravidez ou < 1 mês pós-parto.
3. Punção de vaso não compressível.
4. Hipertensão arterial: 180/110 mm Hg, não responsiva.
5. Uso de anticoagulante oral.
6. Ressuscitação traumática.
7. Doença hepática avançada.
8. Endocardite infecciosa.
9. Úlcera péptica ativa.
10. AVC transitório nos últimos 6 meses.
11. Para estreptoquinase: exposição prévia (principalmente entre 5 dias e 2 anos) ou reação
alérgica.
1 - Eletrocardiograma
Em pacientes submetidos a terapêutica de reperfusão, realizar ECG de 12 derivações imediatamente
pré e pós-terapêutica, 60 minutos após o término da terapêutica, e de 12/12 h nas 24 h seguintes.
6 - Pesquisa de Trombofilia
A pesquisa de trombofilia deve ser realizada de rotina nos seguintes casos:
• Pacientes jovens, fundamentalmente aqueles com idade < 45 anos,
independentemente do aspecto angiográfico detectado.
• Pacientes sem coronariopatia obstrutiva ou com coronariopatia obstrutiva discreta, nos
quais se imagina que o trombo deve ter tido papel preponderante no desenvolvimento
do IAM, independentemente da idade.
• A pesquisa deve ser realizada, preferencialmente, já na fase crônica da doença (2-3
meses após o episódio agudo). Recomenda se colheita de: anticoagulante lúpico,
anticorpos anticardiolipina, anti beta2 glicoproteina 1, antitrombina, proteína C, proteína
S, Fator V de Leiden, anticorpos anticomplemento, Fator reumatoide, FAN, TTPA e
pesquisa de mutação do gen da protombina.
7. Referências Bibliográficas
NICOLAU, Jc et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto
Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST (II Edição, 2007) - Atualização
2013/2014. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s.l.], v. 102, n. 3, p.1-61, mar. 2014. Sociedade
LACESAR, et al. Guideline For Stable Coronary Artery Disease. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, [s.l.], v. 103, n. 2, p.1-59, ago. 2014. Sociedade Brasileira de Cardiologia.
http://dx.doi.org/10.5935/abc.2014s004. Disponível em:
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2014/Diretriz%20de%20Doen%C3%A7a%20Coron%C3%
A1ria%20Est%C3%A1vel.pdf. Acesso em: 19 mar. 2020.
. Segurança ou Porteiro
Aciona a campainha de emergência ou do auxiliar de transporte.
a) Acionada a campainha de emergência – a Equipe multiprofissional encaminha o paciente
para a Sala de Emergência e inicia o atendimento. OU
I) Constatada uma dor típica: encaminha o paciente para a Sala de Emergência ou para
a Sala de Observação Adulto, dependendo do quadro clínico.
II) Não constatada uma dor típica: encaminha o paciente:
1) 1ª opção – Sala de Eletrocardiograma;
2) 2ª opção - Sala de Observação Adulto;
3) 3ª opção - Sala de Emergência.
Realiza o exame:
4) 1ª opção - o auxiliar de enfermagem de transporte do acolhimento (10h às
22h);
5) 2ª opção – do auxiliar/técnico de enfermagem da triagem de enfermagem/
pré-consulta ou
6) 3ª opção – do auxiliar de enfermagem de transporte da sala de observação
adulto.
Mostra o eletrocardiograma para o médico supervisor da Sala de Observação
Adulto. Na ausência deste profissional, o exame deverá ser avaliado pelo
plantonista clínico que atende prioridade de nível 3 e nível 4. O médico avalia
o exame, e se verificar que há alteração, o paciente é encaminhado
imediatamente para o atendimento médico na Sala de Observação Adulto. Na
ausência de alteração no eletrocardiograma, o paciente é encaminhado para a
Triagem de Enfermagem/Pré-consulta seus sinais e sintomas são informados
para o enfermeiro.
. Recepcionista
Triagem de Enfermagem/Pré-consulta
• Enfermeiro
b) Não constatado uma dor típica: classifica o paciente como prioridade já implantada no Pronto
Socorro, de acordo com a Escala Canadense Nível 4 ou Nível 5.
e) Caso não sejam detectadas alterações eletrocardiográficas, ele deve ser encaminhado para a
Sala de espera; e aguardar consulta médica.
III) Recepção
Recepcionista
Solicita avaliação:
Enfermeiro
Verifica a presença dos sinais e sintomas que caracterizam uma dor típica.
a) Constatada uma dor típica: encaminha o paciente para a Sala de Emergência ou para a Sala de
Observação Adulto, dependendo do quadro clínico.
b) Não constatada uma dor típica: encaminha o paciente para a Sala de Eletrocardiograma, equipe
de enfermagem realiza o exame e mostra para o médico supervisor da Sala de Observação, na
ausência deste profissional, o exame deverá ser avaliado pelo plantonista clínico que atende
prioridade de nível 3 e nível 4. O médico avalia o exame, na presença de alteração, o paciente é
encaminhado imediatamente para o atendimento médico na Sala de Observação Adulto e na
ausência de alteração no eletrocardiograma, o paciente é encaminhado para a Classificação de
Risco/ Triagem, e seus sinais e sintomas são informados para avaliação do enfermeiro, diante
disso, terá seu atendimento priorizado e a classificação conforme a escala de classificação de risco.
Sala de Observação
Equipe de enfermagem
• Inicia o atendimento do paciente com monitorização e ECG, caso não tenha sido
realizado anteriormente.
• Paciente com suspeita de SCA sem Supra de ST monitorar com o modo EASI (seguir os
passos conforme ANEXO pg.40), que utiliza um conjunto padrão de 5 eletrodos em
posicionamento (colocação) EASI. Ele monitora em tempo real e continuamente as 12
derivações de ECG. Este modo permite uma análise completa de arritmias e verifica as
alterações dinâmicas do segmento ST, sendo útil nestes pacientes que estão
aguardando a dosagem de marcadores para estratificação de risco.
a) Solicitado Exames
Enfermeiro
Técnico de laboratório
• Coleta a amostra do paciente, identifica os tubos de amostras clínicas com adesivo circular
verde e encaminha ao Laboratório.
• Libera o resultado do marcador de necrose miocárdica em até 45 minutos conforme
contrato.
Outros exames
Auxiliar Administrativo
Médico
Enfermeiro
Auxiliar Administrativo
Enfermeiro
• Caso não consiga contato, telefona para o chefe da equipe. Todas as tentativas devem
ser registradas no impresso de anotação de enfermagem com data e horário.
• Caso o paciente seja transferido para UTI, comunicar ao enfermeiro as tentativas sem
sucesso.
Enfermeiro
Equipe multiprofissional
• Caso não tenha vaga na UTI, continua a assistência do paciente, conforme protocolo no
PS.
Enfermeiro do PS
• Retorna com o paciente para o Pronto Socorro, caso não tenha vaga na UTI.
Hemodinâmica
Técnico de Enfermagem/Enfermeiro
• Entra em contato com o enfermeiro do Pronto Socorro para passagem de plantão, após
o término do procedimento.
II) No caso do paciente ser encaminhado à UTI sem Intervenção coronariana percutânea
(Hemodinâmica)
Gerenciamento de Leitos
Enfermeiro Administrativo
• Disponibiliza o leito.
Realiza a passagem do caso para o médico intensivista. Eventualmente, ele pode realizar
contato prévio para confirmar a indicação de transferência para a UTI.
Médico Intensivista
Enfermeiro solicita ou delega para a equipe do andar solicitar o aparelho de ECG, em caráter de
emergência, através de contato telefônico nos ramais 9120, ou 9121. O aparelho de ECG NA UI fica
no posto de enfermagem do 4° andar bloco C, mediante esta solicitação telefônica, a equipe de
enfermagem
ou administrativo levará ao andar solicitante. Na UCE o aparelho fica fixo no andar. Na UI o
equipamento deve permanecer durante todo o atendimento deste paciente na unidade de internação
no quarto do paciente, sendo devolvido para o local de origem higienizado após o paciente ter sido
transferido para a unidade de tratamento (Hemodinâmica) ou de destino (Unidade de Terapia intensiva),
ou ainda finalização do protocolo. A partir da evidência de sinais e sintomas o ECG deve ser realizado
e interpretado em um tempo igual ou inferior a 10 minutos. O exame deve ser realizado por Enfermeiro
e/ou Técnico de Enfermagem habilitado através de capacitação interna, promovida pelo Treinamento
e Desenvolvimento.
-Equipe de enfermagem
Viabiliza 2 acessos venosos calibrosos n°18 ou n°20 (caso seja necessário reposição volêmica ou
hipotensor). Para pacientes com acesso venoso central, seja de inserção periférica (PICC e/ou
semelhante) ou não (CVC e/ou semelhante) não é necessário acesso venoso periférico adicional -
Suporte de oxigênio (2 a 4 l/min) se saturação menor ou igual à 90%.
• Se paciente com ECG com supra do segmento ST maior que 1mm em duas derivações
consecutivas da mesma parede, ou bloqueio de ramo esquerdo novo, na presença de
dor precordial típica, encaminha o paciente para hemodinâmica se médico e sala
disponível. Caso contrário encaminha o paciente para UTI e já faz a solicitação de sala
de hemodinâmica, prescrevendo no sistema, e indicando o tipo de tratamento:
Cineangiocoronariografia (protocolo IAM).
• Se paciente sem alteração eletrocardiográfica com dor típica encaminhar para UTI;
• Se paciente sem alteração eletrocardiográfica com dor atípica, médico aplica a escala
HEART. Interpretação do resultado da escala:
Importante: Os resultados de troponina ou CKMB não são fatores de decisão já que eles podem estar
normais na fase aguda da isquemia miocárdica.
Enfermeiro
Importante: caso o Intensivista que tenha realizado o atendimento do acionamento do TRR na UCE
não seja o mesmo que assumirá o caso na UTI de destino, quando o paciente foi transferido, este
deverá realizar a passagem de plantão para o médico intensivista que assumirá.
-Solicitado Hemodinâmica
Enfermeiro da UI/UCE
Médico Intensivista
-Hemodinâmica
Técnico de Enfermagem/Enfermeiro
• Realiza o procedimento e entra em contato com o médico da UTI / Titular para passagem do
plantão.
Médico Anestesista
Meta: 10 minutos
11. Revisão
12. Anexos
PACIENTE:
MONITOR:
Passo a passo:
OBSERVAÇÃO
No menu através das setas (clicar 1 vez), selecione a opção “capturar 12 Drvs” , logo em seguida
as 12 derivações irão aparecer na tela.