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Documentação da Qualidade

Protocolo de atendimento de Dor Torácica

Informações
Nesta versão o texto não sofreu modificações de conteúdo.

Propriedades
Código: PR-EPIDEM-0005
Versão: 7
Categoria: Protocolo - Epidemiologia
Revisor: Lediane Melo da Silva
Verificador: Juliana Torres
Aprovador: Lediane Melo da Silva
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Distribuidores: Administrador Documentos
Avaliador
Tina Urushima Higuchi
Adriana Ferreira Pires
Ana Carolina Coelho Duarte
Ivana Salles Cuba
Juliana Torres
Lediane Melo da Silva
Validade: 08/06/2022
Vigência: 08/06/2021
Estrutura: Apoio / Epidemiologia
Tipo: DOCX/PDF
Data Versão: 08/06/2021
Data Edição: 04/06/2021
Data Criação: 30/05/2014
Acessos: 5
Forma: REPOSITÓRIO
Status: Disponível
Anexos:

Publicação
Ação Responsável Data Limite Data Ação
Verificação Juliana Torres 04/06/2021 08/06/2021
Aprovação Lediane Melo da Silva 24/06/2021 08/06/2021

Histórico de Versões do Documento


Versão Data Justificativa da Revisão Usuário(a)
6 01/10/2020 n/d Juliana Gonçalves
Leandro
Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 1
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Índice

1.Introdução .................................................................................................................................... 2
2.Diagnósticos Diferenciais ............................................................................................................ 2
3.Exames Subsidiários ................................................................................................................... 4
3.1 Eletrocardiograma (ECG) ......................................................................................................... 4
3.2 Marcadores de Necrose Miocárdica ......................................................................................... 5
3.3 Radiografia de Tórax ................................................................................................................ 5
3.4 Ecocardiograma Transtorácico ................................................................................................. 5
3.5 Angiotomografia de Tórax ........................................................................................................ 6
3.6 Exames não invasivos .............................................................................................................. 6
3.7 Adendo de Exames subsidiários .............................................................................................. 6
4.Síndromes Coronarianas Agudas................................................................................................ 9
5.Angina Instável e IAM sem Supra de ST ..................................................................................... 9
5.1 Manuseio do Paciente ............................................................................................................ 11
5.2 Condutas nos pacientes de baixo risco .................................................................................. 12
5.3 Condutas nos pacientes de risco intermediário e alto ............................................................ 12
5.4 Investigação ............................................................................................................................ 16
6.Condutas no Infarto Agudo do Miocárdio com Supra Desnivelamento do segmento ST ......... 18
6.1 Manuseio do paciente ............................................................................................................. 18
6.2 Condutas iniciais ..................................................................................................................... 18
6.3 Critérios para indicação de terapêuticas de recanalização coronária .................................... 19
7. Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 26
8. Fluxo do atendimento em Dor Torácica para unidade de emergência .................................... 27
9. Fluxo do atendimento em Dor Torácica para UI/UCE .............................................................. 27
10. Indicadores de Dor Torácica ................................................................................................... 40
11. Revisão .................................................................................................................................... 40

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 2
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

1. Introdução

Existem condições clínicas que se manifestam por dor torácica sendo primordial a identificação de
situações que ofereçam risco iminente de morte. Como a síndrome coronariana aguda (SCA)
representa 1/5 das causas de dor torácica e possui significativa morbi-mortalidade, a abordagem
inicial objetiva a necessidade de internação para estratificação de risco e a alta hospitalar com
segurança para os pacientes de baixo risco.

2. Diagnósticos Diferenciais

A. Sintomas: tipo de dor coronária

A Típica Diagnóstico de doença arterial Definitivamente anginosa.


coronária.

Não possui todas as A doença coronária é a Provavelmente anginosa: DM


características: principal suspeita diagnostica. ou DAC ou instabilidade clínica.
B
provavelmente
anginosa.
Não possui todas as Necessária à realização de Atípicas ou equivalente
características: exames complementares. isquêmico: alterações
C provavelmente não isquêmicas de ECG ou curva
anginosa. de troponina.

Dor não coronariana. Pesquisar outros diagnósticos


D
possíveis.

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 3
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B. Quadro de diagnósticos diferenciais

Exames
Sintomas
Diagnóstico Localização Duração Particularidades Complementares
associados
se necessário
Melhora com
Retroesternal, SCA até ECG
Síndrome Náusea, nitrato,
queimação/peso 10 min Troponina e MB
Coronariana vômitos, associação com
irradiação: MSE e ECO
Aguda IAM>20 dispneia fatores de riscos
mandíbula. ECGE
min conhecidos
RX tórax
Pacientes
ECO
Embolia Torácica/pleurítica Dispneia e acamados,
Variável dímero D
Pulmonar de início súbito cianose fatores de risco
Tomo tórax
para TVP
Cintilografia V/Q
Sopro de
IAO, Sexo masculino
Torácica, súbita, RX tórax
assimetria Tabagistas
Dissecção tipo rasgando, ECO
Variável pulso/PA. Hipertensos,
de Aorta irradiação: Tomo de Tórax
Isquemia Sd. de Marfan e
mandíbula e dorso ECG
SNC ou trauma torácico
periférica
Torácica/pleurítica,
início variável,
ventilatório ECG
Pericardite Variável Febre Atrito pericárdico
dependente ECO
melhora inclinando
para frente

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 4
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Estenose Histórico familiar,


Aórtica, Queimação, peso, HAS, doença
Sopro ECG
Miocardiopatia pode ser Variável orovalvar.
ejetivo ECO
Hipertrófica, semelhante SCA Não afasta SCA
HVE concomitante
DPOC, trauma
Torácica/pleurítica,
torácico, RX tórax
Pneumotórax súbito, localizada, Variável Dispneia
passagem de CT tórax
piora com respiração
cateter central
Queimação, peso
Refluxo
Doença epigástrico, melhora
Variável gástrico, Antecedente EDA
Gastroesofágica sintomáticos, piora
Pirose.
com alimentação

3. Exames Subsidiários

3.1 Eletrocardiograma (ECG)

• O 1º ECG deverá ser realizado e interpretado em no máximo 10 minutos.


• Na suspeita clínica de SCA repetir ECG conforme necessidade ou no máximo em 3 horas.
• A elevação (supra) do segmento ST orienta o diagnóstico inicial de infarto com supra
desnivelamento do segmento ST (IAMCSST).
• Alterações do eletrocardiograma sugestivas de isquemia: estas poderão ser novas em relação
ao ECG prévio e assim sendo a presença de um componente dinâmico no exame deverá ser
considerado como evidência de isquemia, ou se obtidas no ECG da admissão poderão também
ser consideradas como agudas.
➢ Infra ST  0,5 mm Plus minus em parede anterior ST  1 mm na parede anterior
➢ Inversão de onda T  2 mm
➢ Outras alterações sugestivas de isquemia:
-Taquicardia ventricular sustentada e fibrilação ventricular
-Alterações dinâmicas do segmento ST

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 5
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Lembrar: ECG normal não afasta SCA

Lembrar: quando confirmada SCA repetir ECG nas primeiras 12 horas de 6/6 h para avaliar
componentes dinâmicos, após de 8/8 h naqueles que sofreram intervenção hemodinâmica/
medicamentosa, e de 12/12 h se o paciente evoluir estável por 48h, e após diariamente até a alta.

3.2 Marcadores de Necrose Miocárdica

Todos os pacientes com suspeita de SCA devem realizar dosagem troponina.e CK-MB.

• Troponina: deve ser colhida na admissão, com uma hora e se necessário com 3 horas de
observação. Avaliar a qualidade da curva para confirmação diagnóstica.

• Troponina positiva
▪ Variação  20% confirma SCA
▪ Variação < 20% possível SCA
▪ Sem variações evolutivas: baixo risco de SCA
• Troponina negativa
▪ Variação  risco de aumentado de SCA.
▪ Variação  30% e < 50%: possível SCA.
▪ Variação ausente ou < 30% baixo risco SCA.

Observação: exames adicionais que possam vir a auxiliar no preparo para exames invasivos como
ureia e creatinina, ou em situações de arritmias como eletrólitos (cálcio, potássio e magnésio), ou ainda
controle de coagulação (TP e TTPA), ficam a critério do médico avaliador.

3.3 Radiografia de Tórax PA e Perfil

Na suspeita clínica de dor torácica de origem cardíaca ou não, deverão ser realizadas a procura
de componentes para um diagnóstico diferencial.

3.4 Ecocardiograma Transtorácico

Na suspeita de dor torácica cardíaca de origem coronária o exame contribui para avaliar
alterações da contração segmentar e nos casos de dor torácica de origem não coronária no diagnóstico

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 6
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
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diferencial, exemplos: doenças valvares, miocardiopatia hipertrófica, miopericardite, hipertensão


pulmonar e dissecção de aorta, entre outros.

3.5 Angiotomografia de Tórax

Na suspeita clínica de embolia pulmonar ou dissecção de aorta se faz necessário o uso de


contraste endovenoso. Para este grupo de pacientes procurar ativamente antecedentes de alergia e de
insuficiência renal. Recomenda- se avaliação da função renal, exceto nos casos de emergência.

3.6 Exames não invasivos

Para fins de diagnóstico, estratificação de risco e prognóstico em pacientes com dor torácica
com baixa ou média probabilidade de SCA. Devem ser realizados, a critério clínico, em até 12hs da
suspeita clínica desde que o paciente permaneça assintomático.

• Teste ergométrico: avalia sintomas, alterações eletrocardiográficas, ritmo, curva de pressão


arterial esforço induzidos.

• Ecocardiograma de estresse (farmacológico ou físico): Indicado para estratificação, limitado a


pacientes com sintomas há menos de 48 h pelo risco de desencadear angina, hipertensão não
controlada, presença de alterações eletrocardiográficas basais, como infradesnivelamentos e distúrbios
de condução, que possam comprometer a qualidade diagnóstica. Paciente com FC de base controlada
pelo uso de betabloqueadores e bloqueadores de canal de cálcio deverão ser discutidos coma a equipe
de ecocardiografia.

• Cintilografia miocárdica de perfusão associada ao estresse (farmacológico ou físico):


necessita de preparo com dieta sem xantinas.

• Angiotomografia coronária com score de cálcio: para paciente de baixo risco e risco
intermediário.

3.7 Adendo de Exames subsidiários

Indicações de Angiotomografia coronária com “score” de cálcio:


1. Pacientes sintomáticos com probabilidade pré-teste intermediaria de doença aterosclerótica
coronariana significativa definida como: probabilidade pré-teste entre 30% e 60%, calculada pelos
modelos de Diamond e Forrester ou da Universidade de Duke (Tabelas: I, II e III) e como alternativa ao
método provocativo de pesquisa de isquemia:

Tabela I - Classificação de dor torácica

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 7
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Angina típica (definitiva):


1) Desconforto ou dor retroesternal;
2) desencadeada pelo exercício ou estresse emocional;
3) e aliviada com o repouso ou uso de nitroglicerina

Angina atípica (provável):


Presença de somente dois dos fatores acima

Dor torácica não cardíaca:


Presença de somente um ou nenhum dos fatores acima.

Fonte: Modificado de Diamond, JACC, 1983. Diretriz de


Doença Coronariana
Crônica – Angina Estável. Arquivo Bras de Cardiologia. V83, Supl II, Set. 2004.

Tabela II – Probabilidade de DAC pré-teste em pacientes sintomáticos de baixo


risco e alto risco. (Duke Database).

Dor torácica
Idade tipo não anginosa Angina atípica Angina típica
(anos) Homen Mulher Homen Mulher Homen Mulher

35 3-35 1 -19 8 -59 2 -39 30 – 88 10 -78

45 9 -47 2 -22 21 – 70 5 – 43 51 – 92 20 – 79

55 23 -59 4 – 25 45 – 79 10 – 47 80 – 85 38 – 82

65 49 - 69 9 - 29 71 - 86 20 - 51 93 - 97 56 - 84

Cada valor representa % de DAC significante. O 1o representa o baixo risco (sem


diabetes, tabagismo ou hiperlipidemia). O 2o o alto risco (diabetes, tabagismoe
hiperlipidemia). Ambos os grupos têm ECG repouso normais. Modificado de Gibbons e
cols. 2002. ACC/AHA Practice Guidelines.
Fonte: Diretriz de Doença Coronariana Crônica – Angina Estável. Arquivo Bras de Cardiologia. V83,
Supl II, Set. 2004.

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 8
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Tabela III – Probabilidade de DAC pré-teste em pacientes sintomáticos


de acordo com idade e sexo. (Diamond/Forrester e Cass Data).
Dor torácica
Idade não anginosa Angina atípica Angina típica
(anos) Homem Homen Homen
Mulher Mulher Mulher

30 - 39 4 2 34 12 76 26

40 - 49 13 3 51 22 87 55

50 - 59 20 7 65 31 93 73

60 - 69 27 14 72 51 94 86

Modificado de Gibbons e cols. 2002. ACC/AHA Practice Guidelines.

Fonte: Diretriz de Doença Coronariana Crônica – Angina Estável. Arquivo Bras de Cardiologia. V83,
Supl II, Set. 2004.

2. Em pacientes com suspeita de coronárias anômalas.

Condições clinicas ideais para a realização do exame:

1. Paciente em ritmo sinusal


2. Tolerância ao uso de beta bloqueador para obtenção, se
necessário, de FC ≤ a 65 bpm.
3. Tolerância ao uso de nitratos.
4. Capacidade de prender a respiração (apneia) por 10 segundos
(paciente orientados e aptos a atender comandos)
5. Capacidade de manter os braços estendidos por sobre a cabeça
durante o exame.
6. Níveis séricos de ureia e creatinina que permitam o uso de
contraste iodado : ureia 15 a 45 mg/dl e creatinina 0,6 a 1,3
7. mg/dl.
8. Não ter alergia conhecida ao contraste iodado.

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 9
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

4. Síndromes Coronarianas Agudas

Introdução
As síndromes isquêmicas miocárdicas agudas compreendem: infarto agudo do miocárdio com
supra desnivelamento do segmento ST (IAMCSST) insuficiência coronária aguda, representada pela
angina instável de alto risco (AI) e o infarto agudo do miocárdio sem supradesnível do segmento ST
(IAMSST).

Definições
O termo Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) deve ser utilizado quando há evidência de necrose
miocárdica em um contexto clínico de isquemia com elevação de marcadores de necrose miocárdica
(preferencialmente troponina) acima do percentil 99 do limite máximo de referência e, pelo menos, um
dos seguintes parâmetros:
1) sintomas sugestivos de isquemia miocárdica;
2) desenvolvimento de novas ondas Q no ECG;
3) novas ou presumivelmente novas alterações significativas no segmento ST, onda T, ou BRE
novo;
4) evidência, em exame de imagem, de perda de miocárdio viável ou de nova alteração
segmentar de contratilidade ventricular
5) Identificação de trombo intracoronário por angiografia.
O diagnóstico diferencial entre IAMCSST ou IAMSST está relacionado exclusivamente ao
achado eletrocardiográfico e o diagnóstico diferencial do IAMSST e da AI depende da elevação
dos marcadores de necrose miocárdica.

5. Angina Instável e IAMSST

Introdução
O reconhecimento e tratamento precoces da angina instável (AI) e do IAMSST, permite quando
conduzidos adequadamente, uma redução da progressão da disfunção ventricular e da mortalidade. É
fundamental uma estratificação de risco precoce com instituição imediata da melhor conduta, que deve
ser individualizada de acordo com as características do paciente e da apresentação clínica.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 10
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Definições
A estratificação do risco deve ser feita levando-se em conta a classificação de risco pontual e
os escore TIMI e HEART, e na tomada de decisão terapêutica deve ser levado em conta o risco maior
obtido nos dois métodos.
Deve ser lembrado que a estratificação é dinâmica, de acordo com a evolução clínica e
achados laboratoriais sequenciais.

Tabela I – Estratificação de risco “PONTUAL”

Marcadores bioquímicos de dano miocárdicos acentuadamente elevados: acima do percentil 99.


Elevação discreta: acima do nível de detecção e inferior ao percentil 99.

Estratificação de risco de acordo com o escore “TIMI”


Idade >65 anos (1 ponto)
Elevação de marcadores (1 ponto)
Depressão do segmento ST (1 ponto)
>3 fatores de risco para DAC* (1 ponto)
Uso de AAS nos últimos 7 dias (1 ponto)
Angina grave <24 horas (1 ponto)

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 11
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

DAC conhecida (estenose >50% - 1 ponto)


*HAS, hipercolesterolemia, diabetes, tabagismo, história familiar de DAC
Classificação do risco: baixo (0-2 pontos), intermediário (3-4 pontos), alto (5-7 pontos).
Classificação pela qualificação HEART Score

Historia Altamente sugestiva 2


Moderadamente sugestiva 1
Pouco sugestiva 0
ECG Alteração significativa do segmento ST 2
Alterações da repolarização / bloqueio do 1
ramo esquerdo/marcapasso
Normal 0
Age ≥ 65 anos 2
(idade) 45 – 65 anos 1
≤ 45 anos 0
Risco – ≥ 3 fatores ou história de doença 2
fatores aterosclerótica*
1 a 2 fatores de risco 1
Nenhum 0
Troponina ≥ 3 x ou mais o limite 2
1 – 3 ≥ ou mais o limite 1
≤ normal 0

Total

Cálculo total 0- 10 pontos, onde 0 a 3 baixo risco, 4 a 6 riscos intermediário e 7a 10 pontos alto risco,
Considerados fatores de risco: hipertensão, dislipidemia, diabetes melito, história familiar de doença
coronária, tabagismo ativo ou que parou há um mês, obesidade com IMC≥ a 30 kg/m2.
*Doença aterosclerótica: infarto do miocárdio, angioplastia, revascularização cirúrgica do miocárdio,
acidente vascular cerebral e doença arterial periférica.

5.1 Manuseio do Paciente

Medidas gerais:

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 12
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

1 - Repouso no leito.
2 - Acesso venoso calibroso.
3 - Monitorização eletrocardiográfica em modo EASI (conforme fluxo e anexo) e oximetria contínuas.
4 - Analgesia com morfina (2 a 4 mg endovenoso, diluídos a cada cinco minutos até, no máximo, 25
mg) no controle da ansiedade do paciente e dos sintomas de dor desde que hemodinamicamente
estável.
5- Administração de oxigênio (2 a 4 l/min) por 3 horas, ou por tempos maiores na presença de
dessaturação (< 90%) à critério médico.

5.2 Condutas nos pacientes de baixo risco

1 - Repouso no leito.
2 – Seriar Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica: 1 e três horas da admissão
3 – Eletrocardiograma na chegada e após intervenção medicamentosa ou alteração dos sinais e
sintomas
4 - Ácido acetilsalicílico – 200 mg VO macerados como dose inicial, seguidos de 100 mg/dia.
5 - Considerar a administração de heparina de baixo peso molecular para pacientes com vários fatores
de risco.
6 - Considerar beta-bloqueador por via oral para pacientes hipertensos e/ou taquicárdicos.

Caso os marcadores séricos estejam normais em tempo hábil e o paciente permaneça estável,
deve-se considerar a alta hospitalar com encaminhamento para seguimento ambulatorial.
Em casos onde persista dúvida em relação ao quadro clínico/eletrocardiográfico, ou associação com
vários fatores de risco coronariano, apesar dos marcadores séricos permanecerem normais,
idealmente o paciente deve ser submetido a teste ergométrico, cintilografia miocárdica ou
ecocardiograma de estresse ainda durante a avaliação inicial. Opcionalmente nesta avaliação de risco
coronariano, a angiotomografia de coronárias também pode ser considerada. Caso não se detecte
isquemia ou obstrução coronária significativa, o paciente deve receber alta hospitalar com
recomendação para seguimento ambulatorial. Caso se demonstre a presença de isquemia ou
obstrução coronária grave, o paciente deve ser internado, seguindo as condutas recomendadas no
risco intermediário e alto.

5.3 Condutas nos pacientes de risco intermediário e alto

O objetivo é a instituição do tratamento adequado e individualizado e o planejamento da estratificação


de risco. Estes pacientes devem necessariamente ser internados em UTI. No caso de não haver

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 13
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

menção específica, significa que as condutas seguintes devem ser adotadas tanto no risco
intermediário quanto alto, considerando que o paciente é individual. Esta observação alerta para as
variadas condições clínicas na admissão, a presença de múltiplos diagnósticos e faixas etárias mais
avançadas, exemplo disto é o uso novos anticoagulantes e pacientes com intervenção coronária
pregressa.

• Antiplaquetários orais

Ácido acetilsalicílico:
Deve ser administrado a todos os pacientes, o mais precocemente possível. A dose inicial deve ser de
200 mg macerados, por via oral, seguida de 100 mg/dia em dose única diária.

Ticagrelor (Brilinta®):
Deve ser utilizado em pacientes que evoluem com IAMSST na dose inicial de ataque de 180 mg,
seguida por 90 mg 12/12 h por 12 meses. Nos casos de indicação cirúrgica o medicamento deve ser
suspenso por 5 dias.

Clopidogrel (Plavix®):
Deve ser utilizado rotineiramente nos pacientes que evoluem com angina instável de moderado e alto
risco e nos paciente com IAMSST. Nos pacientes com idade abaixo de 75 anos, uma dose de ataque
deve ser guiada pela estratégia de reperfusão adotada: 600 mg naqueles que serão submetidos à
estratégia intervencionista e 300 mg quando a estratégia adotada é não invasiva ou trombólise. A dose
ideal para pacientes com idade maior do que 75 anos ainda não está definida, mas devem ser utilizados
entre 75 mg a 600 mg. É razoável administrar 300 mg para pacientes intolerantes ou em substituição
ao AAS.

Prassugrel (Effient®):
Droga com benefício adicional em pacientes com anatomia conhecida. Vale ressaltar, no entanto, o
aumento do risco de sangramento fatal e não fatal associado ao prasugrel. Seu uso não é recomendado
em pacientes com antecedente de AVC ou isquemia cerebral transitória, idosos (idade > 75 anos) ou
peso < 65 kg. Doses recomendadas: ataque 60 mg e manutenção 10 mg ao dia. Este antiagregante
tem seu uso indicado em sala de hemodinâmica.

• Bloqueadores do complexo glicoprotéico IIb/IIIa

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 14
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Medicamentos de uso a critério do médico hemodinamicista e/ou do clínico responsável pelo paciente,
após conhecida a anatomia coronária. Pode ser utilizado o tirofiban (Agrastat®), na dose de 10 mg/kg
administrada em bolus em 3 min, seguida de 0,15 mg/kg/min por 24 h. As dosagens individuais são
tituladas de acordo com a finalidade.

• Heparina
Pacientes de alto risco, submetidos à estratégia invasiva precoce: heparina não fracionada (HNF) ou
enoxaparina.
Obs.: estudos sugerem que a utilização concomitante ou alternada de enoxaparina e HNF em pacientes
de alto risco submetidos a terapêutica invasiva precoce pode aumentar a chance de sangramento, sem
benefício adicional do ponto de vista de eficácia. Assim, uma vez optado por um tipo de heparina,
recomenda-se que esta deva ser utilizada até o final do tratamento.

Modo de utilização da heparina não-fracionada

Peso > 80 kg

• Bolus: heparina 5.000 UI IV


• Infusão: heparina 1.000 UI/hr
• Repetir TTPa em 6 horas
• Ajustes do gotejamento pelo nomograma que se segue, de acordo com o TTPa

Peso < 80 kg

• Bolus: heparina 60 UI/kg IV


• Infusão: heparina 12 UI/kg/h
• Repetir TTPa em 6 horas
• Ajustes do gotejamento pelo nomograma que se segue, de acordo com o TTPa

Nomograma de ajuste da heparina


Meta da terapêutica = TTPa de 50 – 7- segundos
Suspensão da Alteração na
TTPa Repetição do
Bolus infusão de velocidade de
(segundos) TTPa
heparina infusão * (cc/hr)

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 15
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Repetir o bolus
< 36 conforme 0 min + 2 cc/hr 6 hrs
descrito
36-49 0 0 min + 1 cc/hr 6 hrs
50-70 0 0 min 0 (no change) next AM
71-80 0 0 min - 1 cc/hr next AM
81-100 0 30 min - 2 cc/hr 6 hrs
101-130 0 60 min - 3 cc/hr 6 hrs
>130 0 60 min - 6 cc/hr 6 hrs
• Baseado numa concentração de 50 UI de heparina em 1 cc de fluido e TTPa de controle de
26-36

Modo de utilização da heparina de baixo peso molecular

No paciente de risco intermediário e alto deve ser utilizada a enoxaparina. O seguinte esquema
terapêutico deverá ser seguido nesta população: 1mg/kg a cada 12 horas em pacientes <75 anos; em
pacientes >75anos deve-se utilizar a dose de 0,75 mg/kg a cada 12 horas, e naqueles com clearance
de creatinina <30, a dose de 1mg/dia a cada 24 horas. Caso disponível a dosagem do anti-Xa, o teste
poderá ser utilizado para guiar a terapêutica nessas populações com alto risco de sangramento.
Utilização da enoxaparina em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea: se a
última dose de enoxaparina tiver sido administrada em até 8 horas do início da ICP, não é necessária
dose adicional; se a última dose tiver sido administrada com > 8 horas, utilizar 0,3 mg/kg IV no início
do procedimento.

• Nitrato
Deve ser utilizada com cautela, nitroglicerina EV, na dose de 5 a 10 microgramas/min, titulada
para 10 microgramas/min a cada 5-10 minutos, até alívio dos sintomas, observando o surgimento de
efeitos colaterais que limitem seu uso (cefaleia ou hipotensão, com PA sistólica < 90 ou > 30% de
queda no paciente hipertenso), em infusão contínua por 24-48 horas. Seu uso deve ser considerado
com critério em pacientes com alterações eletrocardiográficas sugestivas de isquemia na parede
inferior pelo risco de acentuar hipotensão.

• Betabloqueador

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 16
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Betabloqueador VO deve ser avaliado rotineiramente nos pacientes sem contraindicação,


deve-se iniciar com o paciente estável, aumentando-se progressivamente com o objetivo de manter a
frequência cardíaca em torno de 60 bpm.
No caso de pacientes com dor isquêmica persistente e/ou taquicardia, pode ser utilizado o
metoprolol: 5 mg EV lento, administrado na presença do médico, repetido a cada 10 minutos se
necessário até a dose máxima 15 mg.
Sugere-se ainda que cuidados adicionais devam ser tomados com a introdução precoce (dias
0-1) do medicamento, principalmente em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Além disso,
na utilização dos betabloqueadores EV, deve-se identificar também características de maior risco que
possam facilitar ocorrência de choque cardiogênico: infarto extenso, pacientes com congestão
pulmonar sugestivos de classificação de Killip > 1, pressão sistólica <120 mmHg.

• Antagonista dos canais de cálcio


Deve ser utilizado em pacientes que persistam com sintomas anginosos, mesmo após a
introdução de nitrato e beta-bloqueador, e naqueles com contraindicação ao uso do beta-bloqueador.
Quando indicado, utilizar preferencialmente o diltiazem, por via oral, na dose de 30 a 60 mg de
8/8 horas. Vigilância hemodinâmica deve ser instituídas nas primeiras 24 h, sobretudo em idosos para
evitar bradicardia e hipotensão

• Hipolipemiantes orais
Iniciar tratamento farmacológico, de preferência com estatina, em todos os pacientes que não
tenham intolerância à medicação. Dose inicial de 40 a 80 mg de rosuvastatina ou atorvastatina cálcica.
Se o paciente já estiver em uso de estatina, o medicamento deve ser mantido, independentemente do
nível de LDL, e se necessário otimizada a dose.

5.4 Investigação

Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica


1 - Realizar uma primeira dosagem de Troponina I e CK-MB massa quando da chegada do paciente
ao hospital.
2 - Se os dois marcadores estiverem aumentados, realizar na sequência uma coleta de exames
laboratoriais seriados conforme rotina de IAM com supradesnível de ST.
• Caso ocorra troponina alterada com CKMB normal, deve-se realizar mais uma dosagem dos
dois marcadores, no sentido de confirmar o achado (troponina elevada com CKMB normal).

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 17
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Caso as duas venham normais, e o paciente não apresente nenhuma outra característica que
o inclua como de risco moderado ou alto, deve ser considerado de baixo risco.
• Caso se confirme o achado inicial (troponina elevada com CKMB normal) e preencha outro(s)
critério(s) diagnóstico (s) para IAM, o paciente será considerado como tendo IAM com CKMB
normal. Raciocínio similar se aplica à eventualidade de o paciente apresentar CKMB elevada
com troponina normal. Nesta situação, deve-se realizar curva de CKMB. Lembrar sempre, nos
casos de elevação isolada de um dos marcadores, de afastar outras causas de elevação que
não necrose miocárdica. Nestas situações, o marcador geralmente não faz curva, mas
permanece sempre em níveis similares.

- Eletrocardiograma
Deve ser realizado um primeiro ECG em todo paciente com suspeita de SCA em até 10
minutos.
1 - ECG inicial diagnóstico: achado de IAMCSST, fecha o diagnostico inicial se na presença de
dor típica ou de equivalente isquêmico (dispneia-sincope-arritmias)
2 - ECG inicial não-diagnóstico: devem-se realizar novos traçados na procura de componente
dinâmico no ECG, em três horas se o paciente permanecer assintomático ou assim que identificar
mudanças nos sinais e sintomas como melhora ou piora da dor ou equivalente isquêmico e alterações
hemodinâmicas.

- Ecocardiograma bidimensional
Deve ser realizado pelo menos um ecocardiograma durante a hospitalização, o mais próximo
possível da chegada do paciente ao hospital, e em não mais do que 12 horas.

- Outros exames de rotina: eletrólitos, glicemia, ureia, creatinina, hemograma, TP, TTPA, sódio,
potássio, troponina, CK-MB.

- Cineangiocoronariografia
Cuidado especial deve ser tomado com pacientes idosos e/ou diabéticos e/ou com disfunção
renal. Nestas situações deve-se, idealmente, fazer preparo do paciente por 24 h antes e 24 h após o
procedimento da seguinte forma: 1) hidratação venosa contínua (1 mL/kg/h); 2) N-acetilcisteína na dose
de 600 mg 12/12 h (4 doses).

• Pacientes de alto risco


1. Emergência:

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 18
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

- Isquemia persistente
- Instabilidade hemodinâmica
2. Urgência (realizado em até duas horas da admissão para aqueles que apresentarem sinais
clínicos de instabilidade):
- Isquemia recorrente
- Evidência eletro e/ou ecocardiográfica de extensa área em risco
- Presença de arritmia ventricular maligna
3. Eletivo: quando não houver nenhuma das complicações anteriormente referidas, o estudo
hemodinâmico deve ser realizado, de preferência, no dia útil subsequente à internação do
paciente.

6. Condutas no Infarto Agudo do Miocárdio com Supra Desnivelamento do segmento ST

Introdução
O IAMCSST permanece até os dias atuais como uma das maiores causas de morte no mundo
ocidental, em nosso país inclusive. O objetivo deste protocolo assistencial é padronizar os
procedimentos a serem adotados objetivando a terapia de reperfusão imediata.

6.1 Manuseio do paciente

Paciente com suspeita de Insuficiência coronária aguda deve ser avaliado o mais rapidamente
possível, obtendo um ECG nos primeiros 10 minutos. Confirmando-se IAMCSST as seguintes medidas
deverão ser instituídas, considerando que cada paciente é individual e que as recomendações a seguir
devem ser empregadas de acordo com a condição clínica na admissão.

6.2 Condutas iniciais

O paciente com suspeita de IAM deve ser monitorizado na derivação com maior supradesnível do
segmento ST, ter um acesso venoso calibroso que permita infusão de volume e drogas vasoativas caso
instabilize, e receber imediatamente:

• Aspirina VO - 200 mg macerado.


• Oxigênio nasal (2 a 4 l/min) por 3 horas, ou por tempos maiores se houver dessaturação (<
90%).

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 19
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Nitrato sublingual, como sintomático ou como adjuvante em paciente com sinais de


congestão pulmonar desde que apresentem estabilidade hemodinâmica.
Atenção: deve ser evitado em pacientes IAMCSST de parede inferior pelo risco acentuar
hipotensão no infarto de ventrículo direito. Recomenda se a realização de ECG com precordiais
direitas e laterais: V3R - V4R, V7-V8.
• Analgesia com morfina endovenosa em doses individuais de 2 mg, observado níveis
pressóricos e administrado com cautela em pacientes que estão recebendo nitrato e naqueles
com suspeita de infarto inferior.
Atenção: deve ser evitado em pacientes IAMCSST de parede inferior pelo risco acentuar
hipotensão no infarto de ventrículo direito. Recomenda se a realização de ECG com precordiais
direitas e laterais: V3R - V4R, V7-V8.

Cuidados: as medidas acima são simultâneas à realização do ECG, momento no qual o paciente
deverá ser abordado quanto a questões como sangramentos, cirurgias recentes, alergias e
intolerâncias a medicamentos, com a finalidade de definir as ações a seguir, como uso de contraste
iodado endovenoso, anticoagulação, antiagregação, entre outros.
- Solicitar os seguintes exames: troponina, CK-MB, eletrólitos, glicemia, ureia, creatinina,
hemograma, sódio, potássio, TP e TTPA, Rx de tórax.

Observação: exames adicionais que possam vir a auxiliar no preparo para exames invasivos (como
ureia e creatinina), ou em situações de arritmias como eletrólitos (cálcio, potássio e magnésio), ou ainda
controle de coagulação (TP e TTPA), ficam a critério do médico avaliador.

- Caso haja suspeita de dissecção aguda da aorta, Rx de tórax e um exame de alto poder
diagnostico deve ser solicitado como emergência: angiotomografia da aorta toracoabdominal ou
Ecocardiograma transesofágico, considerando a disponibilidade imediata de um ou outro. Considerar
possíveis limitações como: limitações ao uso de contraste e ao fato que o ecocardiograma
transesofágico necessita de jejum.

6.3 Critérios para indicação de terapêuticas de recanalização coronária

- Clínicos
Dor ou desconforto precordial, com duração mínima de 10 a 20 min, e máxima de 12 horas,
ressalvando-se que quanto mais precoce a recanalização, maior o benefício, em pacientes
selecionados, que se apresentem com evolução entre 12 e 24 h e dor persistente.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 20
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Obs.: a presença de dor, quando da chegada ao hospital, NÃO é obrigatória para a indicação
de terapêuticas de recanalização.

- Eletrocardiográficos
1. Elevação do segmento ST > 1 mm em pelo menos duas derivações da mesma parede e/ou
2. Bloqueios de ramo que dificultem a interpretação do ECG (fundamentalmente BRE, já que o BRD
atrapalha pouco a análise do ECG).
Obs.: O ECG de 12 derivações deve ser realizado imediatamente após as medidas iniciais, e deve
conter precordiais direitas, V3R, V4R, V7 e V8, se o IAM for de parede inferior.

- Angioplastia primaria: A eficácia da angioplastia como terapia de reperfusão na fase aguda


do IAMCSST foi demonstrada em estudos randomizados e metanálises. A angioplastia com
cateter balão foi associada a redução de mortalidade, reinfarto e hemorragia intracraniana,
quando comparada à fibrinólise. Da mesma maneira, a utilização de stents durante a
angioplastia, ao reduzir o risco de oclusão precoce e reestenose tardia, mostrou-se superior ao
tratamento fibrinolítico e à angioplastia com cateter balão. Para a angioplastia primária,
considera-se adequado o tempo previsto porta-balão, iniciado no primeiro contato com a equipe
médica até a chegada na sala de hemodinâmica e restauração do fluxo coronariano, de até 90
minutos.

- -Angioplastia facilitada: esta estratégia refere-se ao uso de fibrinolíticos isoladamente ou em


associação à IGPIIb/IIIa em pacientes com programação de angioplastia primária. O objetivo
da angioplastia facilitada seria aumentar a probabilidade de encontrar fluxo TIMI 3 na artéria
culpada no momento da angioplastia.

- Estratégia fármaco-invasiva: esta estratégia se refere a transferência rotineira e precoce de


pacientes submetidos à fibrinólise para realização de coronariografia e angioplastia, mesmo
após evidências de reperfusão, podendo ser aplicada aos casos de pacientes que o hospital
recebe transferidos de serviços que não dispõem de laboratório de hemodinâmica.

- Angioplastia de resgate
Pacientes com sinais/sintomas de disfunção ventricular esquerda, e/ou com grande área em
risco, e que não apresentem diminuição de mais de 50% na derivação de maior supradesnivelamento
em até 90 minutos do início da infusão do fibrinolítico. A recorrência ou manutenção da dor pode ser
usada como critério para indicação de angioplastia de resgate.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 21
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

- Condutas Adjuvantes
Devem ser implementadas para todos os pacientes, independente de terem sido tratados de
maneira tradicional, submetidos à terapia fibrinolítica ou a angioplastia primária.

- Medidas gerais
1. Repouso no leito.
2. Monitorização eletrocardiográfica contínua
3. Oxímetria contínua.
4. Exames laboratoriais gerais
5. Controle pressórico
6. Obtenção de radiografia de tórax
7. Obtenção de ecocardiograma

- Tratamento medicamentoso
São indicados de rotina, salvo contraindicação os seguintes medicamentos:
• Antiagregação:

Ácido Acetilsalicílico:
Deve ser administrado a todos os pacientes, o mais precocemente possível. A dose inicial deve ser de
200 mg macerados, por via oral, seguida de 100 mg/dia em dose única diária.

Ticagrelor (Brilinta®):
Deve ser utilizado rotineiramente nos pacientes com IAM com supra com indicação de angioplastia
primária, com dose de ataque de 180 mg seguida de 90 mg 12/12 h.
Nos casos de indicação cirúrgica o medicamento deve ser suspenso por 5 dias.

Clopidogrel (Plavix®):
Pode ser utilizado nos pacientes com IAMCSST na dose de 600 mg de ataque. Nos pacientes com
idade abaixo de 75 anos, uma dose de ataque deve ser guiada pela estratégia de reperfusão adotada:
600 mg naqueles que serão submetidos à estratégia intervencionista e 300 mg quando a estratégia
adotada é não invasiva ou trombólise. A dose ideal para pacientes com idade acima de 75 anos ainda
não está definida, mas devem ser utilizados entre 75 mg a 600 mg. É razoável administrar 300 mg para
pacientes intolerantes ou em substituição ao AAS.

Prasugrel (Effient®):

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 22
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Droga com benefício adicional em pacientes com anatomia conhecida. Vale ressaltar, no entanto, o
aumento do risco de sangramento fatal e não fatal associado ao Prasugrel. Seu uso não é recomendado
em pacientes com antecedente de AVC ou isquemia cerebral transitória, idosos (idade > 75 anos) ou
peso < 65 kg. Doses recomendadas: ataque 60 mg e manutenção 10 mg ao dia. Este antiagregante
tem seu uso indicado em sala de hemodinâmica.

Associações recomendadas na dupla antiagregação: Ácido acetilsalicílico e Ticagrelor


(Brilinta®), salvo contraindicações, Ácido acetilsalicílico e Clopidogrel (Plavix®).
A associação acetilsalicílico e Prasugrel (Effient®) é restrita a sala de hemodinâmica ou por
solicitação do médico assistente.
Associação de Clopidogrel (Plavix®) e Ticagrelor (Brilinta®) NÃO É RECOMENDADA.

Bloqueadores do complexo glicoprotéico IIb/IIIa


Medicamentos de uso a critério do médico hemodinamicista e/ou do clínico responsável pelo paciente,
após conhecida a anatomia coronária. Pode ser utilizado tirofiban (Agrastat®), na dose de 10 mg/kg
administrada em bolus em 3 min, seguida de 0,15 mg/kg/min por 24 h. O bloqueador IIb/IIIa não deve
ser utilizado como adjuvante ao tratamento fibrinolítico em doses não habituais.

• Heparinas
No caso da ICP primária, recomenda-se a utilização de heparina IV apenas durante o
procedimento, controlando-se o TCa para mantê-lo entre 300 e 350 segundos durante o mesmo.
As heparinas estão indicadas de forma rotineira em pacientes submetidos a tratamento fibrinolítico.
Nessa situação, deve ser utilizada na dose de 5.000 UI HNF IV em bolus seguido de 1 mg/kg
enoxaparina SC de 12/12 horas durante a fase de internação hospitalar. Em pacientes com mais de 75
anos, o bolus não deve ser utilizado, diminuindo- se a dose de manutenção para 0,75 mg/kg de 12/12
horas; nos pacientes com clearence de creatinina estimado menor do que 30 mL/min devem receber
apenas metade da dose diária, ou seja, 1 mg/kg 1x/ dia. Pode-se dosar o anti-Xa para acompanhar o
efeito da enoxaparina nessas populações de alto risco de sangramento. A forma ideal de se solicitar o
nível sérico de anti Xa é 4 horas após a última dosagem a partir da segunda dose.

• Nitrato
Deve ser utilizada com cautela, nitroglicerina EV, na dose de 5 a 10 microgramas/min, titulada
para 10 microgramas/min a cada 5-10 minutos, até alívio dos sintomas, observando o surgimento de
efeitos colaterais que limitem seu uso (cefaleia ou hipotensão, com PA sistólica < 90 ou > 30% de

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 23
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

queda no paciente hipertenso), em infusão contínua por 24-48 horas. Seu uso deve ser considerado
com critério em pacientes com alterações eletrocardiográficas sugestivas de infarto da parede inferior
pelo risco de acentuar hipotensão.

• Beta-bloqueador
Beta-bloqueador VO deve ser avaliado rotineiramente nos pacientes sem contraindicação.
Deve- se iniciar progressivamente, com o paciente estável, aumentando-se as mesmas
progressivamente com o objetivo de manter a frequência cardíaca em torno de 60 bpm.
No caso de pacientes com dor isquêmica persistente e/ou taquicardia, pode ser utilizado o
metoprolol: 5 mg EV lento, administrado na presença do médico, repetido a cada 10 minutos se
necessário até a dose máxima 15 mg.
Sugere-se ainda que cuidados adicionais devam ser tomados com a introdução precoce (dias
0-1) do medicamento, principalmente em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Além disso,
na utilização dos betabloqueadores EV, deve-se identificar também características de maior risco que
possam facilitar ocorrência de choque cardiogênico: infarto extensão, pacientes com congestão
pulmonar sugestivos de classificação de Killip > 1, pressão sistólica <120 mmHg.

• Antagonista dos canais de cálcio


Deve ser utilizado em pacientes que persistam com sintomas anginosos, mesmo após a
introdução de nitrato e beta-bloqueador, e naqueles com contraindicação ao uso do beta-bloqueador.
Quando indicado, utilizar preferencialmente o diltiazem, por via oral, na dose de 30 a 60 mg de
8/8 horas. Vigilância hemodinâmica deve ser instituídas nas primeiras 24 h, sobretudo em idosos para
evitar bradicardia e hipotensão

• Hipolipemiantes orais
Iniciar tratamento farmacológico, de preferência com estatina, em todos os pacientes que não
tenham intolerância a medicação. Dose inicial de 40 a 80 mg de rosuvastatina ou atorvastatina cálcica.
Se o paciente já estiver em uso de estatina, o medicamento deve ser mantido, independentemente do
nível de LDL, e se necessário otimizada a dose.

• Inibidor da ECA
O inibidor da ECA deve ser iniciado de imediato em pacientes com sinais clínicos e/ou radiológicos
de disfunção ventricular esquerda. Nos restantes, só não deve ser introduzido naqueles em que se
demonstrar IAM pequeno sem disfunção sistólica do VE. Monitorar pressão arterial e função renal em
todos quando iniciado.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 24
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Bloqueador da aldosterona
Deve ser introduzido na fase hospitalar e mantido indefinidamente em pacientes com disfunção
ventricular esquerda (FE < 40%) e sintomas de ICC ou diabetes, na ausência de disfunção renal
(creatinina < 2,5 mg/dL em homens e < 2,0 mg/dL em mulheres) e/ou hipercalemia (K >5,0mEq/L).

- Fibrinolíticos: terapêutica de recanalização opcional

• Contraindicações absolutas:
1. Doença terminal.
2. Lesão ou neoplasia do sistema nervoso central
3. História prévia de coagulopatia hemorrágica.
4. AVC hemorrágico em qualquer tempo, ou AVC isquêmico < 6 meses.
5. Trauma importante, cirurgia ou injúria cranial no último mês.
6. Sangramento gastrointestinal no último mês.
7. Dissecção aguda da aorta.

• Contraindicações relativas:
1. Idade funcional >75 anos.
2. Gravidez ou < 1 mês pós-parto.
3. Punção de vaso não compressível.
4. Hipertensão arterial: 180/110 mm Hg, não responsiva.
5. Uso de anticoagulante oral.
6. Ressuscitação traumática.
7. Doença hepática avançada.
8. Endocardite infecciosa.
9. Úlcera péptica ativa.
10. AVC transitório nos últimos 6 meses.
11. Para estreptoquinase: exposição prévia (principalmente entre 5 dias e 2 anos) ou reação
alérgica.

- Modo de utilização do rtPA


Iniciar com bolus endovenoso de 15 mg, independente do peso, seguido de uma infusão
contínua IV de 0,75 mg/kg em 30 min (dose máxima = 50 mg), seguido da infusão IV de 0,5 mg/kg em
60 minutos (dose máxima = 35 mg).

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 25
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

- Intervenção coronária percutânea (ICP) primária (terapêutica de recanalização preferencial na


Instituição).
O paciente com IAM deve ser submetido à ICP primária, desde que possa ser realizada em até
90 minutos após a chegada ao hospital.
As seguintes indicações são consideradas mandatórias para angioplastia primária, também
desde que possa ser realizada em até 90 minutos após a chegada do paciente ao hospital:
sinais/sintomas de disfunção ventricular esquerda (principalmente choque cardiogênico),
contraindicação a tratamento fibrinolítico, suspeita de dissecção aguda da aorta, bloqueio
atrioventricular total.
- Exames

1 - Eletrocardiograma
Em pacientes submetidos a terapêutica de reperfusão, realizar ECG de 12 derivações imediatamente
pré e pós-terapêutica, 60 minutos após o término da terapêutica, e de 12/12 h nas 24 h seguintes.

2 - Dosagem de marcadores bioquímicos de necrose miocárdica


Colheita de sangue para dosagem troponina e três horas após a admissão e repetida após de 8/8 h. A
dosagem de CK-MB massa de 8/8 h fica a critério das equipes titulares. Dosagens adicionais devem
ser realizadas na suspeita de novos episódios isquêmicos.

3 - Estratificação do risco em pacientes não submetidos a ICP primária


Deve ser preferencialmente invasiva para pacientes com evidência de isquemia nos exames
complementares, principalmente naqueles com disfunção ventricular esquerda e/ou com isquemia
espontânea ou detectada em testes provocadores e/ou com complicações mecânicas.
Nos pacientes estáveis, o estudo hemodinâmico deve ser realizado, preferencialmente, no dia
subsequente à hospitalização.
Naqueles que apresentarem recorrência da dor, sinais clínicos de instabilidade ou áreas extensas de
isquemia nos métodos diagnósticos a realização de cinecoronariografia deve ser antecipada para em
até duas horas.

4 - Ecocardiograma bidimensional convencional


Deve ser realizado de rotina nas primeiras 12 horas de internação.

5 - Monitorização eletrocardiográfica contínua

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 26
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Na derivação de maior supradesnível do segmento ST, realizando-se traçados de 12 derivações


sempre que se notar qualquer alteração no monitor ou na clínica do paciente.

6 - Pesquisa de Trombofilia
A pesquisa de trombofilia deve ser realizada de rotina nos seguintes casos:
• Pacientes jovens, fundamentalmente aqueles com idade < 45 anos,
independentemente do aspecto angiográfico detectado.
• Pacientes sem coronariopatia obstrutiva ou com coronariopatia obstrutiva discreta, nos
quais se imagina que o trombo deve ter tido papel preponderante no desenvolvimento
do IAM, independentemente da idade.
• A pesquisa deve ser realizada, preferencialmente, já na fase crônica da doença (2-3
meses após o episódio agudo). Recomenda se colheita de: anticoagulante lúpico,
anticorpos anticardiolipina, anti beta2 glicoproteina 1, antitrombina, proteína C, proteína
S, Fator V de Leiden, anticorpos anticomplemento, Fator reumatoide, FAN, TTPA e
pesquisa de mutação do gen da protombina.

7 - Pesquisa de uso de drogas ilícitas


Idealmente, a pesquisa de uso de drogas ilícitas deve ser realizada em pacientes jovens (<40 anos)
com coronariopatia aguda e sem obstruções coronárias detectáveis. Deve-se procurar estabelecer uma
boa relação médico-paciente, caso o paciente consinta, a pesquisa de metabólitos urinários pode ser
realizada no sangue ou na urina, o mais rapidamente após a chegada ao hospital.

7. Referências Bibliográficas

PIEGAS, Ls et al. V DIRETRIZ DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA SOBRE


TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO
ST. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s.l.], v. 105, n. 2, p.1-105, 2015. Sociedade Brasileira de
Cardiologia. http://dx.doi.org/10.5935/abc.20150107. Disponível em:
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2015/02_TRATAMENTO%20DO%20IAM%20COM%20SU
PRADESNIVEL%20DO%20SEGMENTO%20ST.pdf. Acesso em: 19 mar. 2020.

NICOLAU, Jc et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto
Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST (II Edição, 2007) - Atualização
2013/2014. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s.l.], v. 102, n. 3, p.1-61, mar. 2014. Sociedade

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 27
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Brasileira de Cardiologia. http://dx.doi.org/10.5935/abc.2014s001. Disponível em:


http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2014/Diretriz_de_IAM.pdf. Acesso em: 19 mar. 2020.

LACESAR, et al. Guideline For Stable Coronary Artery Disease. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, [s.l.], v. 103, n. 2, p.1-59, ago. 2014. Sociedade Brasileira de Cardiologia.
http://dx.doi.org/10.5935/abc.2014s004. Disponível em:
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2014/Diretriz%20de%20Doen%C3%A7a%20Coron%C3%
A1ria%20Est%C3%A1vel.pdf. Acesso em: 19 mar. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. PARECER TÉCNICO Nº


02/GEAS/GGRAS/DIPRO/2019. Disponível em:
http://www.ans.gov.br/images/stories/parecer_tecnico/uploads/parecer_tecnico/_parecer_2019_02.pdf
. Acesso em: 19 mar. 2020.

BERNOCHE, Claudia et al. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados


Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2019. Arquivos
Brasileiros de Cardiologia, [s.l.], v. 3, n. 113, p.449-663, 2019. Sociedade Brasileira de Cardiologia.
http://dx.doi.org/10.5935/abc.20190203. Disponível em:
http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2019/v11303/pdf/11303025.pdf. Acesso em: 19 mar.
2020.

SOCIEDADE EUROPEIA DE CARDIOLOGIA. Escardio. Disponível em: https://www.escardio.org/.


Acesso em: 19 mar. 2020.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Cardiosource. Disponível em:


http://cientifico.cardiol.br/sbcupdateonline/. Acesso em: 19 mar. 2020.

8. Fluxo do atendimento em Dor Torácica para Unidade de Emergência

I) Entrada de Emergência do Pronto Socorro

. Segurança ou Porteiro
Aciona a campainha de emergência ou do auxiliar de transporte.
a) Acionada a campainha de emergência – a Equipe multiprofissional encaminha o paciente
para a Sala de Emergência e inicia o atendimento. OU

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 28
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

b) Acionada a campainha do auxiliar de transporte – o Auxiliar de Transporte verifica a presença


dos sinais e sintomas que caracterizam uma dor típica.

I) Constatada uma dor típica: encaminha o paciente para a Sala de Emergência ou para
a Sala de Observação Adulto, dependendo do quadro clínico.
II) Não constatada uma dor típica: encaminha o paciente:
1) 1ª opção – Sala de Eletrocardiograma;
2) 2ª opção - Sala de Observação Adulto;
3) 3ª opção - Sala de Emergência.
Realiza o exame:
4) 1ª opção - o auxiliar de enfermagem de transporte do acolhimento (10h às
22h);
5) 2ª opção – do auxiliar/técnico de enfermagem da triagem de enfermagem/
pré-consulta ou
6) 3ª opção – do auxiliar de enfermagem de transporte da sala de observação
adulto.
Mostra o eletrocardiograma para o médico supervisor da Sala de Observação
Adulto. Na ausência deste profissional, o exame deverá ser avaliado pelo
plantonista clínico que atende prioridade de nível 3 e nível 4. O médico avalia
o exame, e se verificar que há alteração, o paciente é encaminhado
imediatamente para o atendimento médico na Sala de Observação Adulto. Na
ausência de alteração no eletrocardiograma, o paciente é encaminhado para a
Triagem de Enfermagem/Pré-consulta seus sinais e sintomas são informados
para o enfermeiro.
. Recepcionista

Abre a ficha de atendimento imediatamente com os familiares ou acompanhantes.

II) Entrada pela Recepção do Pronto Socorro

Triagem de Enfermagem/Pré-consulta

• Enfermeiro

a) Constatada uma dor típica:

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 29
Data Última Revisão: 08/06/2021
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Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

IV) Classifica o paciente, dependendo da intensidade do quadro, como Nível 2, sinaliza


no SACR como protocolo de dor torácica e encaminha-o, imediatamente, para a sala
de Observação Adulto.
V) Classifica o paciente, dependendo da intensidade do quadro, como Nível 3, sinaliza
no SACR como protocolo de dor torácica e encaminha-o, imediatamente, para a Sala
de Eletrocardiograma.

b) Não constatado uma dor típica: classifica o paciente como prioridade já implantada no Pronto
Socorro, de acordo com a Escala Canadense Nível 4 ou Nível 5.

• Equipe do Pronto Socorro

Para o paciente classificado como – Nível 3 ou 4 na Classificação de risco/ triagem de enfermagem:

a) O ECG deve ser feito:


I) 1ª opção – Sala de Eletrocardiograma;
II) 2ª opção - Sala de Observação Adulto; ou
III) 3ª opção - Sala de Emergência.

b) O profissional que realiza este exame deve ser:


I) 1ª opção - o auxiliar de enfermagem de transporte do acolhimento (10h às 22h);
II) 2ª opção – o auxiliar/técnico de enfermagem da triagem de enfermagem/pré-consulta ou
III) 3ª opção – o auxiliar de enfermagem de transporte da sala de observação adulto.
c) O ECG deve ser encaminhado para avaliação do médico supervisor da Sala de Observação
Adulto; na ausência deste profissional, o exame deverá ser avaliado imediatamente pelo plantonista
clínico que atende nível 3 e o nível 4.

d) Detectadas alterações eletrocardiográficas, este paciente deve ser encaminhado imediatamente


para a Sala de Observação Adulto.

e) Caso não sejam detectadas alterações eletrocardiográficas, ele deve ser encaminhado para a
Sala de espera; e aguardar consulta médica.

III) Recepção

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Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 30
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Recepcionista

Solicita avaliação:

i) 1a opção - da equipe de enfermagem do acolhimento (10h às 22h), que chama o


enfermeiro da Triagem de Enfermagem/Pré-consulta para avaliar o paciente.

ii) 2a opção – toca a campainha da Triagem de Enfermagem/Pré-consulta para o


enfermeiro avaliar o paciente.

Enfermeiro
Verifica a presença dos sinais e sintomas que caracterizam uma dor típica.

a) Constatada uma dor típica: encaminha o paciente para a Sala de Emergência ou para a Sala de
Observação Adulto, dependendo do quadro clínico.
b) Não constatada uma dor típica: encaminha o paciente para a Sala de Eletrocardiograma, equipe
de enfermagem realiza o exame e mostra para o médico supervisor da Sala de Observação, na
ausência deste profissional, o exame deverá ser avaliado pelo plantonista clínico que atende
prioridade de nível 3 e nível 4. O médico avalia o exame, na presença de alteração, o paciente é
encaminhado imediatamente para o atendimento médico na Sala de Observação Adulto e na
ausência de alteração no eletrocardiograma, o paciente é encaminhado para a Classificação de
Risco/ Triagem, e seus sinais e sintomas são informados para avaliação do enfermeiro, diante
disso, terá seu atendimento priorizado e a classificação conforme a escala de classificação de risco.
Sala de Observação

Equipe de enfermagem

• Inicia o atendimento do paciente com monitorização e ECG, caso não tenha sido
realizado anteriormente.

• Realiza o preparo da pele do paciente, se há indicação médica de Intervenção


coronariana percutânea (Hemodinâmica)

• Paciente com suspeita de SCA sem Supra de ST monitorar com o modo EASI (seguir os
passos conforme ANEXO pg.40), que utiliza um conjunto padrão de 5 eletrodos em
posicionamento (colocação) EASI. Ele monitora em tempo real e continuamente as 12
derivações de ECG. Este modo permite uma análise completa de arritmias e verifica as
alterações dinâmicas do segmento ST, sendo útil nestes pacientes que estão
aguardando a dosagem de marcadores para estratificação de risco.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 31
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Médico cardiologista e ou Socorrista

• Avalia o paciente e define a indicação de Intervenção coronariana percutânea


(Hemodinâmica)

• Prescreve, no Sistema, o procedimento a ser realizado neste Setor, indicando o tipo de


solicitação: urgência ou emergência;

• Preenche o formulário Relatório Médico de Solicitação de Exame.

• Nos casos de IAMCSST acionar o plantonista Cardiologista do Pronto Socorro para


acompanhar o caso, quando disponível.

a) Solicitado Exames

Enfermeiro

Coleta de amostras clínicas


i) Solicita ao auxiliar administrativo ligar no ramal 9733 para o técnico de laboratório,
caso ele não esteja disponível para coleta das amostras clínicas, a Equipe de
Enfermagem deve coletar os exames. Em paralelo liga para o setor técnico do
laboratório no ramal 9282 e comunica que o exame faz parte do Protocolo de Dor
Torácica, monitora a liberação dos resultados. Assim que disponíveis, encaminha ao
médico responsável pela Sala de Observação Adulto.

Técnico de laboratório

• Coleta a amostra do paciente, identifica os tubos de amostras clínicas com adesivo circular
verde e encaminha ao Laboratório.
• Libera o resultado do marcador de necrose miocárdica em até 45 minutos conforme
contrato.

Outros exames

Auxiliar Administrativo

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 32
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Se for solicitado Rx Tórax, liga para o Setor de Radiologia informando a urgência do


pedido e a necessidade de realização do exame no leito.

b) Solicitada avaliação do Fisioterapeuta

Médico

• Preenche o formulário de Avaliação Multiprofissional.

Enfermeiro

• Solicita ao auxiliar administrativo para entrar em contato com o fisioterapeuta e solicitar


avaliação urgente.

Auxiliar Administrativo

• Entra em contato com o fisioterapeuta e solicita avaliação urgente.

c) Solicitada avaliação de qualquer especialidade médica

Enfermeiro

• Liga para o médico assistente.

• Caso não consiga contato, telefona para o chefe da equipe. Todas as tentativas devem
ser registradas no impresso de anotação de enfermagem com data e horário.

• Caso o paciente seja transferido para UTI, comunicar ao enfermeiro as tentativas sem
sucesso.

d) Solicitado vaga na UTI

Enfermeiro

• Faz contato telefônico com o setor de Gerenciamento de Leitos;


• Preenche o impresso de “Transferência Interna”
• Médico responsável pelo atendimento realiza passagem de plantão para o médico
intensivista.

Enfermeiro, Auxiliar de Transporte e Médico do Pronto Socorro.

• Realizam o transporte do paciente para a UTI.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 33
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Equipe multiprofissional

• Caso não tenha vaga na UTI, continua a assistência do paciente, conforme protocolo no
PS.

• e) Solicitado Intervenção coronariana percutânea (Hemodinâmica)

Enfermeiro do PS

No horário de funcionamento de segunda a sábado, das 06 às 22h, telefona diretamente no setor de


Hemodinâmica nos ramais 9783/9785/8958 , das 22:00 às 06:00 ligar 97512-7646 , informar o
Protocolo de dor torácica e a urgência do pedido.

Enfermeiro, Médico e Auxiliar de Transporte do Pronto Socorro

• Enfermeiro realiza passagem de plantão para Enfermeiro/Técnico de enfermagem da


Hemodinâmica.

• Enfermeiro preenche o formulário de “Transferência Interna”,

• Realizam o transporte do paciente para o Setor de Hemodinâmica, após autorização do


médico Hemodinamicista.

• Terminado o procedimento, encaminha imediatamente o paciente para a UTI, após a


passagem do caso, se a vaga estiver disponível ou,

• Retorna com o paciente para o Pronto Socorro, caso não tenha vaga na UTI.

Hemodinâmica

Técnico de Enfermagem/Enfermeiro

• Contata o anestesista e o Hemodinamicista de plantão. Este informa previsão de chegada


no hospital;

• Contata o enfermeiro do PS, informando o tempo previsto para o início do exame;

• Prepara a sala de Exame;

• Enfermagem solicita o paciente após autorização do Hemodinamicista

• Auxilia o médico e anestesista durante o procedimento.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 34
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Entra em contato com o enfermeiro do Pronto Socorro para passagem de plantão, após
o término do procedimento.

Médico do Setor de Hemodinâmica

• Realiza o procedimento, passa plantão para o médico do Pronto Socorro presencial ou


por telefone.

Importante: Quando houver indisponibilidade da sala da hemodinâmica (por outro paciente /


procedimento sendo executado, quebra do equipamento, etc), e houver uma solicitação de
emergência para o protocolo de dor torácica por um quadro de IAM com Supra de ST, a conduta
terapêutica para o paciente nestas ocasiões deverá ser determinada pelo médico responsável na
condução do atendimento (Médico Socorrista), avisando o setor de Hemodinâmica sobre a conduta
definida (entre aguardar a liberação da sala ou o início do tratamento com trombolítico endovenoso),
sempre levando em consideração as indicações e contraindicações de cada uma das condutas
terapêuticas, sendo compartilhada com a equipe médica titular sempre que possível

II) No caso do paciente ser encaminhado à UTI sem Intervenção coronariana percutânea
(Hemodinâmica)

Gerenciamento de Leitos

• Telefona para o enfermeiro administrativo da UTI, solicitando a vaga.

Enfermeiro Administrativo

• Disponibiliza o leito.

Médico do Pronto Socorro

Realiza a passagem do caso para o médico intensivista. Eventualmente, ele pode realizar
contato prévio para confirmar a indicação de transferência para a UTI.

Enfermeiro do Pronto Socorro

Realiza a passagem do caso para a UTI, através do preenchimento do formulário de


Transferência Interna

Médico Intensivista

• Avalia o paciente e confirma indicação de Hemodinâmica;

• Prescreve no sistema, se o exame ainda não foi solicitado.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 35
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva

• Prepara o paciente para o exame,

• Prescreve o preparo da pele;

• Aguarda contato da Hemodinâmica para encaminhamento do paciente

• Passa o plantão para o técnico de enfermagem/enfermeiro da Hemodinâmica;

• Enfermagem da Hemodinâmica com o anestesista buscam o paciente na UTI.

• Dependendo da gravidade do paciente, o enfermeiro acompanha o transporte do paciente


juntamente com o prontuário

Técnico de Enfermagem/Enfermeiro da Hemodinâmica

• Após o término do procedimento, realiza passagem de plantão para o enfermeiro da UTI

• Encaminha paciente para UTI acompanhado pelo anestesista

Equipe de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva

• Prepara o leito de acordo com as necessidades do paciente;

• Recebe este paciente, proveniente do Setor de Hemodinâmica;

• Segue as condutas terapêuticas propostas pela equipe multiprofissional.

9. Fluxo do atendimento com Suspeita de Dor Torácica para UI/UCE

-Equipe multidisciplinar em unidades de internação e unidades de cuidados especiais


Constatada uma dor torácica:
Técnico de enfermagem/ enfermeiro verifica a presença dos sinais e sintomas que caracterizam a dor
torácica. Enfermeiro aciona TRR (código amarelo) e aciona a supervisão de enfermagem.
Enfermagem realiza ECG.
-Realizar o exame de Eletrocardiograma (ECG):
Unidades de internação:

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 36
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Enfermeiro solicita ou delega para a equipe do andar solicitar o aparelho de ECG, em caráter de
emergência, através de contato telefônico nos ramais 9120, ou 9121. O aparelho de ECG NA UI fica
no posto de enfermagem do 4° andar bloco C, mediante esta solicitação telefônica, a equipe de
enfermagem
ou administrativo levará ao andar solicitante. Na UCE o aparelho fica fixo no andar. Na UI o
equipamento deve permanecer durante todo o atendimento deste paciente na unidade de internação
no quarto do paciente, sendo devolvido para o local de origem higienizado após o paciente ter sido
transferido para a unidade de tratamento (Hemodinâmica) ou de destino (Unidade de Terapia intensiva),
ou ainda finalização do protocolo. A partir da evidência de sinais e sintomas o ECG deve ser realizado
e interpretado em um tempo igual ou inferior a 10 minutos. O exame deve ser realizado por Enfermeiro
e/ou Técnico de Enfermagem habilitado através de capacitação interna, promovida pelo Treinamento
e Desenvolvimento.

Unidades de cuidados especiais:


Enfermeiro ou técnico de enfermagem realiza o ECG com o aparelho próprio. A partir da evidência de
sinais e sintomas o ECG deve ser realizado e interpretado em um tempo igual ou inferior a 10 minutos.

-Equipe de enfermagem

Viabiliza 2 acessos venosos calibrosos n°18 ou n°20 (caso seja necessário reposição volêmica ou
hipotensor). Para pacientes com acesso venoso central, seja de inserção periférica (PICC e/ou
semelhante) ou não (CVC e/ou semelhante) não é necessário acesso venoso periférico adicional -
Suporte de oxigênio (2 a 4 l/min) se saturação menor ou igual à 90%.

-Médico GAPI / Intensivista

• Interpreta o ECG em até 10 minutos do início dos sinais e sintomas;


• Solicita CKMB e Troponina.
Observação: Exames adicionais que possam vir auxiliar no preparo para exames invasivos como ureia
e creatinina, ou em situações de arritmias como eletrólitos (cálcio, potássio e magnésio), ou ainda
controle de coagulação (TP e TTPA), ficam a critério do médico avaliador.

• Se paciente com ECG com supra do segmento ST maior que 1mm em duas derivações
consecutivas da mesma parede, ou bloqueio de ramo esquerdo novo, na presença de
dor precordial típica, encaminha o paciente para hemodinâmica se médico e sala

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 37
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

disponível. Caso contrário encaminha o paciente para UTI e já faz a solicitação de sala
de hemodinâmica, prescrevendo no sistema, e indicando o tipo de tratamento:
Cineangiocoronariografia (protocolo IAM).

• Avisa a equipe médica titular e confirma a necessidade de acionamento da equipe médica


de Retaguarda da Cardiologia.

• Prescrição de AAS e/ou Brilinta de acordo com as indicações.

• Acompanha o paciente até o setor da hemodinâmica e passa plantão para médico da


UTI. Caso à sala de hemodinâmica ou médico não esteja disponível acompanha o
paciente no transporte da UI / UCE até UTI.

• Se alteração no ECG em relação ao exame de base (arritmias, bloqueios, alterações de


segmento ST que não supra), o paciente deverá ser transferido para UTI para controle
dos sinais e sintomas, monitorização cardíaca, acompanhamento eletrocardiográfico e
de marcadores de necrose miocárdica;

• Se paciente sem alteração eletrocardiográfica com dor típica encaminhar para UTI;

• Se paciente sem alteração eletrocardiográfica com dor atípica, médico aplica a escala
HEART. Interpretação do resultado da escala:

o Escore > 3: encaminhar para UTI.

o Escore menor ou igual a 3: repetir ECG e enzimas cardíacas após 3 horas do


início da dor. Ao reavaliar estes exames, se sem alteração, encerrar protocolo,
se com alteração, reiniciar fluxo.

Importante: Os resultados de troponina ou CKMB não são fatores de decisão já que eles podem estar
normais na fase aguda da isquemia miocárdica.

-Solicitação de vaga na UTI

Enfermeiro

• Faz contato telefônico com o setor de Gerenciamento de Leitos;


• Preenche o formulário de “Transferência Interna”.
Importante: Configurando-se uma emergência, a passagem de plantão para UTI destes pacientes,
poderá ser realizada beira leito.

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Código: PR-EPIDEM-0005
Status: Disponível
PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 38
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

Médico do GAPI/ Intensivista

• Realiza passagem de plantão para o médico intensivista.

Importante: caso o Intensivista que tenha realizado o atendimento do acionamento do TRR na UCE
não seja o mesmo que assumirá o caso na UTI de destino, quando o paciente foi transferido, este
deverá realizar a passagem de plantão para o médico intensivista que assumirá.

Enfermeiro, técnico de enfermagem e Médico do GAPI / Intensivista

• Realizam o transporte do paciente para a UTI.

-Solicitado Hemodinâmica

Enfermeiro da UI/UCE

No horário de funcionamento de segunda a sábado, das 06 às 22h, telefona diretamente no setor de


Hemodinâmica nos ramais 9783/9785/8958, das 22:00 às 06:00 ligar 97512-7646, informar o Protocolo
de dor torácica, e verificar se a sala e o médico estão disponíveis. Se disponíveis, encaminhar paciente
para setor. Caso não tenha disponibilidade de sala e ou médico, informar o setor da transferência do
paciente para UTI onde aguardará a chamada pela Hemodinâmica ou Conduta médica para terapêutica
alternativa (comunicação efetiva no Protocolo de Dor Torácica).

-Paciente encaminhado à UTI com indicação de hemodinâmica:

Médico Intensivista

• Avalia o paciente e confirma indicação de Hemodinâmica;

• Prescreve no sistema, se o exame ainda não foi solicitado.

Enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva

• Prepara o paciente para o exame,

• Prescreve o preparo da pele;

• Aguarda contato da Hemodinâmica para encaminhamento do paciente

• Passa o plantão para o técnico de enfermagem/enfermeiro da Hemodinâmica;

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PROTOCOLO - EPIDEMIOLOGIA Data Criação: 30/05/2014 39
Data Última Revisão: 08/06/2021
Versão: 7
Nome: Protocolo de atendimento de Dor Torácica
Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

• Dependendo da gravidade do paciente, o enfermeiro acompanha o transporte do paciente


juntamente com o prontuário

-Hemodinâmica

Técnico de Enfermagem/Enfermeiro

• Contata o anestesista e o Hemodinamicista de plantão. Este informa previsão de chegada no


hospital.

• Contata o enfermeiro da UTI, informando o tempo previsto para o início do exame.

• Prepara a Sala de Exame

• Hemodinamicista informa a liberação para buscar o paciente

• Anestesista e Técnico de Enfermagem/Enfermeiro realizam o transporte do paciente da UTI à


Hemodinâmica.

• Auxilia o médico e anestesista durante o procedimento.

• Após o término do procedimento, realiza passagem de plantão para o enfermeiro da UTI

• Encaminhar paciente para UTI acompanhado pelo anestesista

Médico do Setor de Hemodinâmica

• Realiza o procedimento e entra em contato com o médico da UTI / Titular para passagem do
plantão.

Médico Anestesista

• Acompanha paciente da hemodinâmica a UTI

Importante: Quando houver indisponibilidade da sala da hemodinâmica (por outro paciente /


procedimento sendo executado, quebra do equipamento, etc), e houver uma solicitação de
emergência para o protocolo de dor torácica por um quadro de IAM com Supra de ST, a conduta
terapêutica para o paciente nestas ocasiões deverá ser determinada pelo médico responsável na
condução do atendimento (Médico da UTI/ GAPI), avisando o setor de Hemodinâmica sobre a
conduta definida (entre aguardar a liberação da sala ou o início do tratamento com trombolítico

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Data Última Revisão: 08/06/2021
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Elaborador: Juliana Gonçalves Leandro
Verificador: Juliana Torres

endovenoso), sempre levando em consideração as indicações e contraindicações de cada uma das


condutas terapêuticas, sendo compartilhada com a equipe médica titular sempre que possível.

10. Indicadores de Dor Torácica

• Tempo Porta – ECG:

Meta: 10 minutos

Alerta: entre 15 e 20 minutos

Risco: superior a 20 minutos

• Tempo Porta – Balão do IAM com Supra de ST:

Meta: 30 minutos (trombólise) ou 90 minutos (ATC primária)

Risco: 30 a 45 minutos (trombólise) ou > 90 minutos (ATC primária)

• Taxa de recebimento de Ácido Acetilsalicílico no momento da chegada no IAM

• Taxa de prescrição recebimento de Ácido Acetilsalicílico no momento da alta no IAM

• Média de Permanência no IAMCSST

• Média de Permanência no IAM

• Taxa de Mortalidade no IAMCSST

• Taxa de Mortalidade no IAM

11. Revisão

Diretriz Clínica - Dra Claudia Bernoche

Fluxo assistencial – Serviço de Epidemiologia, Serviço de Apoio Terapêutico Diagnóstico, Laboratório


DASA, Bloco Emergencial, Bloco Crítico e Bloco Não Crítico.

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12. Anexos

Monitoramento do paciente com Dor Torácica na Sala de Observação Adulto no PS:

PACIENTE:

• Colocar os eletrodos no tórax;


• Posicionar os cabos dos eletrodos de acordo com a figura e orientações abaixo:

Colocação de eletrodos tipo EASI:

MARROM - (V): No esterno inferior, no


mesmo nível com o 5º espaço intercostal.

VERMELHO - (LL): Na linha axilar média


esquerda.

PRETO - (LA): No esterno superior.

BRANCO - (RA): Na linha axilar média


direita.

VERDE - (RL): Eletrodo de referência -


pode ser colocado em qualquer região,
geralmente abaixo da 6ª costela direita.

MONITOR:

• Após posicionar os eletrodos no paciente, seguir as instruções abaixo:

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Toque na tela conforme


indicação da figura.

Navegue na tela com a tecla


(clicar 3 vezes na tecla), até
encontrar o item “colocação de
eletrodos”, selecione-o e em
seguida escolha a opção “EASI”.

Passo a passo:

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Todos os monitores estão em formato “Padrão”, é necessário colocá-lo no formato “EASI”.

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OBSERVAÇÃO

Caso o médico queira visualizar as 12 derivações, toque na tela na parte de derivação:

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No menu através das setas (clicar 1 vez), selecione a opção “capturar 12 Drvs” , logo em seguida
as 12 derivações irão aparecer na tela.

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Causas de DPC não anginosas Causas de Troponina elevada de origem não


coronaria

Doença cardiovascular primaria Doença cardiovascular primaria


• Pericardite aguda e derrame • Miopericardite aguda
pericardico • Crise hipertensiva
• Miocardite aguda • Edema agudo de pulmão / IC
• Crise hipertensiva descompensada
• Cardiomiopatia por estresse • Cardiomiopatia por estress (Takotsubo)
(Takotsubo) • Consequencia de bradi ou taquicardias
• Miocariopatia • Contusão cardiaca
hipertrofica/estenose aórtica • Pós procediemnto:marcapasso, biópsia,
• Doenças agudas da aorta cardioversão, ablação.
• Embolia e infarto pulmonar • Doenças agudas da aórta
• Contusao cardíaca • Embolia pulmonar ou hipertensao pulmonar
severa
Doença primária não cardíaca: Doenca primaria nao cardiaca
• Espasmo esofãgico • Insuficência renal (aguda ou crônica)
esofagite/refluxo • Estados críticos ( sepse, insuficiencia
• Úlcera peptica, colecistite, respiratoria)
pancreatite • Grande queimado (área acima de 30%)
• Pleurite e derrame pleural • Rabdomiólise
• Trauma torácico • Toxicidade por drogas (quimio, venenos…)
• Costocondrite / dano vertebral ou • Hipotiroidismo
discal • Doenças infiltrativas (amiloidose,
• Herpes Zoster sarcoidose)
• Esclerodermia

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