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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MAUÁ

SECRETARIA DE SAÚDE
COORDENADORIA DE ATENÇÃO HOSPITALAR E DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

TEMA CID SETOR REVISÃO № MÊS/ANO PAG


REDE DE URGÊNCIA E
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO I21.9 №1 1 JAN/2022 1
EMERGÊNCIA

1. CONCEITO

A doença cardiovascular no Brasil é responsável por cerca de 1/3 de todas as mortes registradas segundo
dados do DATASUS. A síndrome coronária aguda (SCA) envolve condições clínicas que incluem desde a isquemia
silenciosa, passando pela angina aos esforços, a angina instável até o infarto agudo do miocárdio com ou sem
supradesnivelamento do segmento ST. A angina instável e o infarto do miocárdio são as síndromes caracterizadas
por pior prognóstico, com maior chance de sequelas e risco aumentado de óbito.
O infarto agudo do miocárdio (IAM) se caracteriza por uma obstrução de uma das artérias coronárias, que
nutre o músculo do coração. Quando essa obstrução é total, o infarto tende a comprometer toda a espessura do
músculo cardíaco, gerando alterações características ao eletrocardiograma, chamadas de infarto com
supradesnível do segmento ST (IAM com supra-ST).
A cada minuto que o músculo passa sem receber oxigênio, suas células entram em sofrimento (isquemia)
e, se nada for feito para abrir a artéria, o processo culmina com a morte (necrose) de parte do músculo cardíaco.
Quanto mais precocemente for realizada a abertura da artéria, maior a porção do músculo cardíaco que será salva.
Nas últimas décadas, o surgimento das unidades coronarianas, o uso disseminado de fibrinolítico,
betabloqueadores, ácido acetilsalicílico e o desenvolvimento da angioplastia transluminal coronariana,
contribuíram para a redução da taxa de mortalidade hospitalar pós-IAM. Entretanto, a variabilidade na
mortalidade hospitalar é considerável e está relacionada a diferenças nos perfis de gravidade e na qualidade da
assistência médica prestada.
A utilização de escores prognósticos para estratificação de risco pós-infarto torna-se uma ferramenta
importante no manejo desses pacientes. A determinação do prognóstico do paciente possibilita a indicação
precoce de procedimentos complexos como cinecoronariografia, angioplastia e revascularização cirúrgica para
casos de alto risco e tempo menor de internação para indivíduos de baixo risco
O escore TIMI (TIMI RISK), para IAMCSST, foi descrito originalmente baseado em oito variáveis. Esse
escore tem sido apontado como um método simples, facilmente aplicável à beira do leito e com bom poder
discriminatório em relação às complicações clínicas e mortalidade precoce.

CONTROLE DE EMISSÃO
ELABORADO POR: VERIFICADO POR: APROVADO POR:
DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FELIPE LIRA; DR. DANIEL HAPP; CLEITON OLIVEIRA GOMES
DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FLÁVIO J. F. COSTA
DR. FRANCISCO GARCIA DR. FLÁVIO J. F. COSTA
DATA: MAIO/2022 DATA: JUL/2022 DATA: JUL/2022
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2. OBJETIVOS
Estabelecer um protocolo de atendimento aos pacientes com dor torácica aguda ou sintomas suspeitos
de SCA, minimizando os tempos para realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, prevendo o mais
rápido reestabelecimento do paciente.
Orientar a utilização de recursos da UPA e melhorar a assistência ao paciente, diminuir mortalidade e
garantir melhor qualidade de vida ao paciente. Proporcionar orientações durante a internação e na alta hospitalar,
contribuindo nas decisões clínicas.
Coletar informações através do checklist para melhoria contínua no atendimento ao paciente com dor
torácica.

OBJETIVOS AÇÕES / METAS


Pacientes com suspeita de SCA devem receber
atendimento prioritário. Introduzir o paciente no fluxo
Identificação precoce
de dor torácica e realizar a abertura do fluxograma
para atendimento.
Realizar ECG até 10min com avaliação médica em
ECG 12 derivações (s/n V3R e V4R)
tempo hábil.
Administrar medicação em até 10min após a detecção
AAS + Clopidrogrel
da SCA
Iniciar tratamento precoce, seguir fluxograma
Tratamento
(MONABCH)* Verificar restrições.
Tempo porta agulha Realizar medicação até 60 min.
Tempo para inserção no CROSS Realizar inserção em até 90 min.

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DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FELIPE LIRA; DR. DANIEL HAPP; CLEITON OLIVEIRA GOMES
DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FLÁVIO J. F. COSTA
DR. FRANCISCO GARCIA DR. FLÁVIO J. F. COSTA
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3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• Aparelho de Eletrocardiograma;
• Leito em sala de emergência;
• Oxigênio, cateter nasal, máscara;
• Medicações: AAS, clopidogrel, propranolol, sinvastatina, morfina, nitrato de isossorbida, heparina,
enoxaparina;

4. ABRANGÊNCIA
• Unidades de Pronto Atendimento
• Recepção;
• Sala de medicação;
• Sala de observação;
• Sala de emergência.

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
A. FATORES PREDISPONENTES
Fatores correlacionados com aumento da predisposição para eventos cardiovasculares:
• Idosos;
• Diabetes mellitus;
• Níveis séricos elevados de triglicerídeos;
• Ingesta excessiva de: Gorduras saturadas, carboidratos e/ou sal;
• Hipertensão;
• Obesidade;
• História familiar de doenças coronarianas;
• Sedentarismo;
• Tabagismo;
• Estresse;
• Alcoolismo;
• Dependência química.
B. SINAIS E SINTOMAS

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DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FELIPE LIRA; DR. DANIEL HAPP; CLEITON OLIVEIRA GOMES
DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FLÁVIO J. F. COSTA
DR. FRANCISCO GARCIA DR. FLÁVIO J. F. COSTA
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Dor, localizada nas regiões retroesternal, epigástrica, abdominal alta ou precordial, com irradiação
para dorso, pescoço, ombro, mandíbula ou membros superiores, principalmente o esquerdo.
Características da dor: opressiva, “em aperto”, contínua, com duração de vários minutos, podendo
ser acompanhada de náuseas e vômitos, sudorese fria, dispneia, sensação de morte iminente, ansiedade;
desencadeada por estresse emocional ou esforço físico, podendo também surgir em repouso, durante o
sono ou durante exercício leve.
ECG com alterações sugestivas (elevação do segmento ST, bloqueio de ramo esquerdo novo ou
supostamente novo, depressão do segmento ST ou inversão dinâmica de onda T), realizado de preferência
na sala de emergência.
História anterior de angina e/ou IAM ou uso de medicamentos antianginosos.

C. ELETROCARDIOGRAMA (ECG)

A monitorização eletrocardiográfica é recomendada a todos os pacientes com suspeita de SCA, a


partir do primeiro contato médico, de maneira contínua. O traçado eletrocardiográfico deve ser estável,
com derivações padronizadas, permitindo adequada identificação de arritmias, assim como de alterações
do segmento ST.

O diagnóstico eletrocardiográfico consiste na presença de supradesnivelamento ≥ 1 mm do


segmento ST em pelo menos 2 derivações contíguas (supra de ST > 2 mm de V1 a V3) ou reconhecimento
de Bloqueio de Ramo Esquerdo novo.

Em caso de indisponibilidade de ECG prévio do paciente e na vigência de quadro clínico


compatível, os critérios eletrocardiográficos definidos por Sgarbossa e Cols podem ser empregados para
auxílio diagnóstico:

• supradesnivelamento de segmento ST ≥ a 1 mm em concordância com o QRS;


• infradesnivelamento de segmento ST ≥ a 1 mm em V1, V2 e V3;
• supradesnivelamento de segmento ST ≥ a 5 mm em discordância com o QRS.

Identificar o ECG com:

• Data e hora de realização do exame;


• Nome completo do paciente;
• Data de nascimento do paciente;
• Nome – Genitora(o) do paciente;
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DR. FRANCISCO GARCIA DR. FLÁVIO J. F. COSTA
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• Assinar e carimbar – Responsável pela realização do exame;


• Assinar e carimbar – Médico que realizou a leitura do ECG.

D. MARCADORES BIOQUÍMICOS

Os marcadores bioquímicos são fundamentais para auxiliar no diagnóstico e prognóstico de


pacientes com SCA. Em pacientes que se apresentam com quadro sugestivo de SCA, nos quais o
diagnóstico de infarto do miocárdio não está estabelecido, os marcadores bioquímicos são úteis para
confirmar o diagnóstico de infarto.

Além disso, os mesmos fornecem importantes informações prognósticas, na medida em que


existe uma direta associação entre a elevação dos marcadores séricos e o risco de eventos cardíacos em
curto e médio prazos.

• Troponinas

São proteínas do complexo de regulação miofibrilar, que não estão presente no músculo liso,
possuem alta sensibilidade e quase completa especificidade. Estima-se que a CK-MB massa e as
troponinas tenham um desempenho diagnóstico semelhante para o infarto nas primeiras 12 a 24 horas
de evolução.

As troponinas cardíacas permanecem elevadas por tempo mais prolongado e, portanto, após 24
horas do início dos sintomas, as troponinas são significativamente mais sensíveis que CK-MB massa.

Por outro lado, níveis anormais de troponinas, não traduzem obrigatoriamente diagnóstico de
IAM, nem o mecanismo de lesão miocárdica. Qualquer dano agudo ou crônico ao cardiomiócito pode
levar a aumento de troponinas.

Se a apresentação clínica não é típica de SCA, devem ser buscadas outras causas de lesão cardíaca
relacionadas com aumento de troponinas, como insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, insuficiência
renal crônica ou sepse. As troponinas também têm valor na avaliação de pacientes com alterações
isquêmicas no ECG ou com clínica sugestiva de dor anginosa. Pacientes com troponinas elevadas
apresentam risco aumentado de eventos cardíacos nos primeiros dias de internação.

• Curva da troponina (delta change)

As mudanças absolutas e relativas de seus valores na fase aguda têm sido muito valorizadas para
o diagnóstico correto de IAM. Reinfarto é descrito como um IAM que ocorre dentro de 28 dias do infarto
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incidente. Se ocorrer após 28 dias, é considerado recorrente.

As novas diretrizes de infarto não recomendam o uso de CK-MB para essa situação, sendo as
troponinas os marcadores de escolha também para esse cenário.

Medidas seriadas de troponinas devem ser obtidas (no momento dos sintomas e 3 a 6 horas
após), sendo considerado reinfarto um incremento de 20% relativo entre estas medidas.

• CK-MB

A CK-MB é um marcador ainda muito utilizado na prática clínica, embora tenha diversas
limitações conhecidas. Idealmente, a CK-MB deve ser mensurada por meio de imunoensaio para dosagem
da sua concentração no plasma (CK-MB massa) ao invés da sua atividade, por sua comprovada superior
sensibilidade.

A CK-MB massa apresenta como principal limitação elevar-se após dano em outros tecidos não
cardíacos (falso-positivos), especialmente lesão em músculo liso e esquelético.

6. DIAGNÓSTICO

É importante reconhecer que as troponinas são medidas bioquímicas de necrose miocárdica, mas o
diagnóstico de SCA é clínico. Os marcadores não devem ser utilizados com a finalidade diagnóstica em pacientes
com IAMCSST e não se devem aguardar seus resultados para iniciar o tratamento dos pacientes. Seu maior valor
em pacientes com IAMCSST é prognóstico.

• Pelo menos um dos cinco critérios deve ser satisfeito para que o diagnóstico de infarto seja confirmado:
• Sintomas de isquemia miocárdica;
• Alterações do segmento ST/onda T ou bloqueio completo de ramo esquerdo novos no ECG;
• Desenvolvimento de ondas Q patológicas no ECG;
• Perda de músculo miocárdico viável ou alteração de motilidade segmentar por exame de imagem;
• Identificação de trombo intracoronário por angiografia ou autópsia.

Outras causas de elevação de ST:

• Pericardite;
• Miocardite;
• Aneurisma de VE;
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• Hipercalemia;
• Síndrome de Brugada (BRD completo ou incompleto associado a elevação de ST em V1 à V3);
• Embolia maciça.

Outras causas de elevação de enzimas cardíacas:

• Pericardite;
• Miocardite;
• Embolia pulmonar;
• IC;
• Dissecção aórtica;
• Cardiomiopatia hipertrófica;
• Taqui ou bradiarritmias;
• Rabdomiólise;
• Doenças infiltrativas (Amiloidose, sarcoidose);
• Insuficiência renal;
• AVE (AVC) – Agudo;
• Hemorragia subaracnóidea;
• Sepse;
• Queimaduras;
• Trauma cardíaco;
• Hipotireoidismo;
• Cardiomiopatia de Takotsubo.

7. TRATAMENTO

Alívio da hipoxemia, da dor e da ansiedade

É recomendável a monitorização da saturação sanguínea de oxigênio (pela oximetria de pulso), devendo os


pacientes que apresentam hipoxemia arterial clinicamente evidente ou documentada (saturação de O2 < 94%)
receber suplementação de oxigênio por máscara ou cateter nasal (2 a 4 L/min). O suporte ventilatório precoce é
essencial nessas condições.

O analgésico de escolha, especialmente naqueles complicados com edema agudo do pulmão, é o sulfato de
morfina, que deve ser administrado por IV na dose de 2 a 4 mg, diluída, podendo ser repetida em intervalos de 5
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a 15 minutos. Alguns pacientes requerem doses totais bastante elevadas (de até 25 a 30 mg) para o controle da
dor; nessas situações, atenção deve ser dada à possível ocorrência de efeitos colaterais, como: náuseas, vômitos,
hipotensão, bradicardia e depressão respiratória. Hipotensão e bradicardia geralmente respondem à atropina (0,5
a 1,5 mg por via Endovenosa − EV) e a depressão respiratória ao uso de naloxane (0,1 a 0,2 mg EV a cada 15
minutos)180.

Na circunstância específica de IAM de parede inferior, não deve ser feita analgesia com morfina e seus
derivados pelo grande potencial de ocasionar hipotensão arterial grave e refratária.

• Antiplaquetários

O uso de antiplaquetários tem benefício comprovado no tratamento do IAMCSST. Refletindo sua


eficácia e segurança comprovadas, assim como sua relação custo-efetividade, os antiplaquetários,
particularmente o AAS, estão entre os medicamentos mais utilizados no mundo.

Ácido acetilsalicílico: O AAS deve ser administrado a todos os pacientes com IAM, tão rápido
quanto possível, após o diagnóstico ser considerado provável, na dose de 160 a 325 mg (deve ser
mastigado para facilitar sua absorção). A terapia deve ser mantida sem interrupção, na dose diária de 100
mg ao dia. Existem poucas contraindicações à utilização do AAS no cenário do IAM: hipersensibilidade
conhecida, úlcera péptica ativa, discrasia sanguínea ou hepatopatia grave.

Clopidogrel: O uso dos antiplaquetários inibidores do receptor P2Y12 em associação ao AAS está
consagrado como terapia eficaz no IAMCSST. A dupla antiagregação plaquetária deve ser iniciada tão cedo
quanto possível. Após fibrinólise ou ICP, o clopidogrel deve ser mantido por até 12 meses, na dose de 75
mg ao dia.

• Anticoagulante

Heparina Não Fracionada: bolus de 60 U/kg, com máximo de 4.000 U, seguido de uma infusão
de 12 U/kg por 48 horas, com dose máxima inicial de 1.000 U/h. Caso a terapia seja prolongada além das
48 horas por indicação clínica, haverá aumento do risco de plaquetopenia induzida por heparina.

Nitratos

O uso de nitratos na fase aguda do IAM está indicado para controle da dor anginosa persistente,
e/ou hipertensão arterial sistêmica e/ou insuficiência cardíaca.

Nitroglicerina: deve ser utilizada diluída em 250 ou 500 ml de soro glicosado a 5% ou fisiológico

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a 0,9%, acondicionada necessariamente em frasco de vidro e administrada em infusão contínua, com


doses progressivas a cada 5 a 10 minutos, até a dose anterior àquela que reduziu a pressão arterial em
mais de 20 mmHg, ou para menos de 100 mmHg, e/ou aumento da frequência cardíaca para mais de 10%
do basal.

Mononitrato de isossorbida: deve ser utilizado de forma IV e diluído (não há obrigatoriedade do


frasco de vidro) na dose de 2,5 mg/kg ao dia em infusão contínua. O uso de nitratos não deve ser feito em
pacientes com pressão sistêmica < 90 mmHg ou queda > 30 mmHg em comparação ao basal, bradicardia
ou taquicardia, infarto do VD ou naqueles que tenham usado inibidores da fosfodiesterase para disfunção
erétil nas últimas 24 a 48 horas.

• Betabloqueadores

Os betabloqueadores são fármacos que reduzem a frequência cardíaca, a pressão arterial


atuando, assim, diminuindo o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Ao lado dessas ações, eles melhoram
a perfusão miocárdica (aumentam o fluxo subendocárdico e o fluxo das colaterais), e tais ações são
responsáveis por reduzir as taxas de ruptura miocárdica, limitar o tamanho do infarto e melhorar a função
cardíaca. As ações antiarrítmicas são importantes na fase aguda do infarto do miocárdio.

Estudos atuais disponíveis sugerem o uso dos betabloqueadores sob administração oral em todos
os pacientes com IAM, independentemente da administração concomitante de fibrinolíticos ou da
realização de intervenção percutânea primária, respeitando-se suas contraindicações.

Outras indicações adicionais são a persistência ou recorrência dos sintomas isquêmicos após
terapia antianginosa, e a presença de taquiarritmias, como fibrilação atrial com alta resposta ventricular,
sempre após a exclusão de disfunção de VE moderada a grave, por meio de um método de imagem
(ecocardiograma, por exemplo).

De maneira geral, pode-se dividir a administração dos betabloqueadores no IAM em imediata e


tardia. O uso imediato relaciona-se à administração do fármaco na fase precoce do infarto, e o tardio
quando ocorre após 24 horas do início dos sintomas ou até a alta hospitalar, com vistas, portanto, à
prevenção secundária.

Contraindicações para uso de betabloqueadores:

ü Frequência cardíaca < 60 bpm

ü Pressão sistólica < 100 mmHg


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ü Intervalo PR > 0,24 segundos

ü Bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus

ü História de asma ou doença pulmonar obstrutiva grave

ü Doença vascular periférica grave

ü Disfunção ventricular grave

ü Classe Killip ≥ II

• Estatinas

Nas primeiras 24 horas após o início dos sintomas, a dosagem do perfil lipídico pode fornecer
valores muito próximos dos que antecederam a SCA. Após esse período, são observadas reduções da
Lipoproteína de Baixa Densidade-Colesterol (LDL-c) e da Lipoproteína de alta Densidade-Colesterol (HDL-
c), que retornam gradativamente aos seus valores iniciais nos próximos 30 dias.

Desse modo, o ajuste das metas lipídicas, particularmente do LDL-c, só é possível após esse
período. Os Triglicérides (TG) podem aumentar ou reduzir como decorrência de uma série de
moduladores como atividade neuro-humoral, produção de cortisol, indução de resistência à insulina e uso
de heparina. Nesse contexto, a redução dos TG pode decorrer do aumento da atividade simpática e pode
estar associada a um pior prognóstico.

TERAPIAS DE REPERFUSÃO:

• Fibrinolíticos/Trombolítico:

A utilização de agentes fibrinolíticos para a recanalização da artéria relacionada ao infarto em


pacientes com IAM trata-se de uma estratégia de reperfusão muito importante, particularmente em
situações nas quais a ICP não está disponível em tempo hábil e, no cenário pré-hospitalar, nas primeiras
horas dos sintomas.

Indicação clínica: Pacientes com sintomas sugestivos de SCA, associada a presença, no ECG, de
supradesnivelamento persistente do segmento ST em pelo menos duas derivações contíguas ou de um
novo ou presumivelmente novo BRE, desde que não existam contraindicações.

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Tempo de tratamento: O maior benefício do uso dos fibrinolíticos é visto nos pacientes tratados
nas primeiras horas do IAMCSST. Desse modo, quanto mais rápido o início do fibrinolítico, maior será o
benefício, em relação à preservação da função ventricular e da redução da mortalidade. O início da
administração de terapia de reperfusão deve ser o mais precoce possível.

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS:

§ Qualquer sangramento intracraniano;


§ AVC Isquêmico nos últimos 3 meses;
§ Dano ou Neoplasia no Sistema Nervoso Central;
§ Trauma significante na cabeça ou rosto nos últimos 3 meses;
§ Sangramento ativo ou diátese hemorrágica (exceto menstruação);
§ Qualquer lesão vascular cerebral conhecida (malformação arteriovenosa);
§ Suspeita de Dissecção de Aorta.

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS:
• História de AVC Isquêmico com mais de 3 meses ou patologias intracranianas
não listadas nas contraindicações absolutas;
• Gravidez;
• Uso atual de antagonistas da vitamina K (quanto maior o INR maior o risco de
sangramento);
• Sangramento interno recente < 2 – 4 semanas;
• Ressuscitação Cardiopulmonar traumática ou prolongada (> 10 minutos);
• Procedimentos cirúrgicos de grande porte dentro das 3 últimas semanas;
• Punções de vasos sanguíneos não compressíveis;
• História de Hipertensão Arterial crônica importante e não controlada;
• Hipertensão acentuada à apresentação (PA>180x110 mmHg) e não controlada;
• Úlcera Péptica ativa;
• Exposição prévia à estreptoquinase (mais de 5 dias) ou reação alérgica prévia.

• Angioplastia Primária (ICP)


Restaura o fluxo em > 90% dos casos. Tem maior efetividade: Choque Cardiogênico (Classe I),
Contraindicação à fibrinólise (Classe I), Alternativa ao fibrinolítico (Classe IIa).
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8. FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO

O protocolo de dor torácica deve ser aberto para todos os pacientes com dor torácica, podendo ser aberto
por equipe de enfermagem. Preencher todos os campos do protocolo de dor torácica, se atentando ao
preenchimento correto dos horários de cada conduta realizada.
O início da estratégia de abordagem dos pacientes admitidos com dor torácica constitui no adequado
reconhecimento e triagem dos casos de dor torácica com rápida admissão à sala de Emergência, repouso ao leito
e realização de ECG de 12 derivações num prazo de até 10 minutos.
Nesse período, a realização de uma anamnese e exame físico dirigidos para a queixa referida devem ser
realizados pelo médico emergencista, além da avaliação do ECG.
Após a avaliação, o médico decidirá se dará seguimento ao protocolo, e em caso negativo, deverá justificar
o motivo da exclusão.
O seguimento do protocolo de dor torácica se dará pela prescrição das medicações de ataque (vide tabela)
e solicitação dos exames laboratoriais: hemograma, sódio, potássio, ureia, creatinina, enzimas cardíacas
(troponina e ckmb, cpk), coagulograma, glicemia.
O médico deverá definir o diagnóstico e seguir o fluxograma de rotas para atendimento: IAMCSST ou BRE
(seguir a ROTA1), IAMSSST ou onda T invertida (seguir a ROTA 2), ou SCA com ECG normal ou não diagnosticado
(seguir a ROTA 3);
O acompanhamento do paciente é dever do médico assistente do setor onde o paciente se encontra no
momento do tratamento.
ROTA 1
Verificar resultados de marcadores de injuria cardíaca, iniciar o tratamento adjunto (betabloqueador,
clopidogrel, heparina, estatina) e avaliar o tempo de evolução, se menos de 12 horas indicar trombólise
(administrar Tenecteplase) ou angioplastia primária. Em caso de mais de 12 horas de evolução transferir o paciente
para UTI. Ambos os casos deverão ser transferidos para clínica após estabilização.

ROTA 2
Verificar resultados de marcadores de injuria cardíaca, iniciar o tratamento adjunto (betabloqueador,
clopidogrel, heparina, estatina) e fazer a monitorização cardíaca. Caso o paciente evolua para TIMI RISK alto, ou
aumento de enzimas cardíacas ou tenha dor persistente/ refratária ou Taquicardia Ventricular sustentada, ou

CONTROLE DE EMISSÃO
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DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FELIPE LIRA; DR. DANIEL HAPP; CLEITON OLIVEIRA GOMES
DRA. FLÁVIA FOTI; DR. FLÁVIO J. F. COSTA
DR. FRANCISCO GARCIA DR. FLÁVIO J. F. COSTA
DATA: MAIO/2022 DATA: JUL/2022 DATA: JUL/2022
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MAUÁ
SECRETARIA DE SAÚDE
COORDENADORIA DE ATENÇÃO HOSPITALAR E DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

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EMERGÊNCIA

insuficiência cardíaca obstrutiva, ou instabilidade hemodinâmica, deverá ser encaminhado a UTI e permanecer até
a estabilização clínica para transferi-lo à clínica médica. Para pacientes estáveis proceder com alta hospitalar e
retorno na data agenda no ambulatório da cardiologia.

ROTA 3
Realizar o TIMI RISK do paciente. Caso apresente TIMI RISK alto ou intermediário ou aumento de enzimas
cardíacas, seguir o fluxo da ROTA 2. Em pacientes com TIMI RISK baixo seriar enzimas cardíacas e ECG e encaminhar
para observação. Se evoluir para TIMI RISC alto ou intermediário ou aumento de enzimas cardíacas, encaminhar
para UTI. Caso paciente permaneça estável proceder com alta hospitalar e retorno em 7 dias no ambulatório da
cardiologia.

CONTROLE DE EMISSÃO
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FLUXOGRAMA DE DOR TORÁCICA

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FLUXOGRAMA DE DOR TORÁCICA


ENFERMAGEM
UNIDADE ________________________________________________
FAA ____________________________________ENTRADA (DATA) ____/_____/_______ H _____:_____
NOME SOCIAL/ NOME COMPLETO ____________________________________________________________________ MASC. FEM DN ____/____/______

ORIGEM SAMU COBOM CASA MEIOS PRÓPRIOS OUTROS __________________________________________________


CRITÉRIOS DE INCLUSÃO - DOR TÍPICA ATÍPICA EPIGÁSTRICA OUTROS __________________________________________________
FATORES DE RISCO HAS DM TABAGISMO DISLIPIDEMIA OBESIDADE IAM PRÉVIO OUTROS ___________________
SINAIS E SINTOMAS ....................................................................................................................................................... DATA _____/______/________ H _____:_____
1º ECG (REALIZAR IMEDIATAMENTE - TEMPO DESEJADO EM ATÉ 10MIN) ................................................................................
DATA _____/______/________ H _____:_____
1º AVALIAÇÃO MÉDICA (REALIZAR IMEDIATAMENTE - TEMPO DESEJADO EM ATÉ 10MIN)
.........................................................
DATA _____/______/________ H _____:_____
REALIZAÇÃO DO AAS ...................................................................................................................................................... DATA _____/______/________ H _____:_____
OBS.: ____________________________________________________________________________________________
______________________________________
_________________________________________________________________________________________________ CARIMBO E ASSINATURA DO ENFERMEIRO
MÉDICO
ECG NORMAL IAM C/SST IAM S/SST BRE OUTROS _______________________________________________________
SEGUIR FLUXO SIM NÃO (NÃO) JUSTIFIQUE __________________________________________________________________________________
DEFINIR ROTA ROTA 01 - IAM C/SST ROTA 02 - IAM S/ SST ou T ( - ) ROTA 03 - ECG NORMAL ou DUVIDOSO
OBS.: ____________________________________________________________________________________________
______________________________________
_________________________________________________________________________________________________ CARIMBO E ASSINATURA DO MÉDICO
EQ. ENFERMAGEM
REALIZADO TROMBOLÍTICO SIM NÃO DATA _____/______/________ H ____:____ OBS.: ___________________________________
SOLICITADO MNM (TROPONINA) SIM NÃO ________________________________________
1º COLETA DATA _____/______/________ H ____:____ RESULTADO DATA _____/______/________ H ____:____ ________________________________________
2º COLETA DATA _____/______/________ H ____:____ RESULTADO DATA _____/______/________ H ____:____ ________________________________________
SOLICITADO TRANSFERÊNCIA PARA REGULAÇÃO SIM NÃO DATA _____/______/________ H ____:____ ________________________________________
CONFIRMAÇÃO DA VAGA SIM NÃO DATA _____/______/________ H ____:____
SOLICITAÇÃO DE REMOÇÃO SIM NÃO DATA _____/______/________ H ____:____
______________________________________
CHEGADA DA AMBULÂNCIA (SAV) SIM NÃO DATA _____/______/________ H ____:____ CARIMBO E ASSINATURA ENFERMAGEM
OBSERVAÇÕES
IAM C/ SST OU BRE ROTA 01 SINTOMAS < 12H TROMBOLÍTICO
SOLICITAR
SOLICITAR TROPONINA
SINTOMAS > 12H INICIAR TTO ADJ. TRANSFERÊNCIA
(MNM)
ECG BBLOQ, CLOPIDOGREL,
IAM S/ SST OU T (-) ROTA 02 HEPARINA, ESTATINA

INICIAR TTO ADJ. BBLOQ, NÃO


NORMAL OU DÚVIDA ROTA 03 REALIZAR TIMI RISK MÉDIO/ALTO
CLOPIDOGREL, HEPARINA,
ESTATINA
• IAM CSST = SUPRA DE ST > 1 mm EM DERIVAÇÕES CONTÍGUAS
(EXCETO V1-V2; HOMEM > 2 mm E MULHER > 1,5 mm)
BAIXO TROPONINA NORMAL SIM
• BRE = QRS ALARGADO (DURAÇÃO > 0,12s ); V1-V3 qrS, rS ou QS;
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO

V5, V6, DI, aVL Rs ou R ALTA C/ ORIENTAÇÃO

ESCALA TIMI RISK


TRATAMENTO (ORIENTAÇÕES TERAPÊUTICAS À CRITÉRIO MÉDICO)
(1pt) HISTÓRIA DE
(2pts) CLASSIFICAÇÃO KILLIP II À IV M - MORFINA
DIABETES/HAS/ANGINA
(3pts) IDADE ≥ 75 ANOS (1pt) TEMPO DE REPERFUSÃO > 4H O - OXIGÊNIO 3l/min CATETER NASAL

(1pt) HISTÓRIA DE (2pts) IDADE ENTRE 65 - 74 ANOS N - NITRATO (ISORDIL) 5mg SL (15/15min ATÉ 3X)
DIABETES/HAS/ANGINA RESULTADO A - AAS 100mg, 3cp VO
(2pts) FREQUÊNCIA CARDÍACA
0-2 pts RISCO BAIXO B - PROPANOLOL 40mg, 1cp VO (CONTRA INDICADO À PACIENTES ASMÁTICOS)
> 100 bpm
(1pt) PESO < 67 Kg 3-5 pts RISCO MODERADO C - CLOPIDOGREL 75mg, 4cp VO (PARA > 75 ANOS FAZER 75mg 1cp VO)
(3pts) PAS < 100 mmHg > 6 pts RISCO ALTO H - ENOXAPARINA 1mg/Kg SC (PARA > 75 ANOS FAZER 0,75mg/Kg)

CONTROLE DE EMISSÃO
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DATA DATA DATA

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9. OSERVAÇÃO
Toda solicitação de angioplastia primária (cateterismo) deverá ser feita via CROSS.
Abaixo temos o Escore de risco TIMI (TIMI RISK) , e as medicações de ataque.

TIMI RISK TIMI RISK – MOTALIDADE


HISTÓRICO PONTOS Mortalidade Intra-hospitalar (%) PONTOS
Idade > 75 anos 3 0.7 0
Idade 65-74 anos 2 0,3 1
DM ou HAS ou Angina 1 1,9 2
EXAME CLÍNICO 3,9 3
PAS < 100mmHg 3 6,5 4
FC > 100 bpm 2 11,6 5
Killip II-IV 2 14,7 6
Peso < 67 kg 1 21,5 7
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 24,4 8
Elevação de ST na parede anterior ou BRE 1 31,7 >8
Tempo de reperfusão > 4h 1

Medicações de Ataque
Medicação Dose Via de Administração
AAS 300mg VO
Clopidogrel 300mg VO
Isordil 5mg SL
Morfina Titular - 2mg (máx. 10mg) EV
Enoxaparina (ou Heparina 60Ui/Kg) 1mg/kg SC
Oxigênio Iniciar com 3L/min Inalatório

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10. REFERÊNCIAS

Nicolau JC, Feitosa Filho GS, Petriz JL, Furtado RHM, Précoma DB, Lemk W, Timerman A, et al. Diretrizes
da Sociedade Brasileira de Cardiologia Sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível
do Segmento ST - 2021.
Jaqueline Locks PereiraI; Thiago Mamôru SakaeI; Michele Cardoso MachadoI; Charles Martins de CastroI,II
Escore TIMI no infarto agudo do miocárdio conforme níveis de estratificação de prognóstico Arq. Bras. Cardiol.
2017..
V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com
Supradesnível do Segmento ST. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105.

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