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AULA 1: EXAME

PROCTOLÓGICO
Musculos do canal anal:

Músculo esfincter interno - espessamento da camada muscular que nao controla

Esfincter externo - estriado, que recebe comando e que se continua pelo levantador do
ânus (que relaxa no momento da evacuação e ao contrair a musculatura promove
continencia)

Musculo puborretal - laça a volta do reto inserido no reto - permite que exerça força
sem que haja perda de fezes. Esse está permanentemente contraído, para evacuar
precisa relaxar o músculo gerando força (contratura paradoxal de puborretal, patologia
que ao tentar relaxar o musculo ele se contrai)

Colo esquerdo tem mais chance de obstruir muito mais que nos tumores de colo direito, mas o
colon direito tem mais chance de sangrar pela anatomia em que por ele ser maior, o tumor nao
obstrui primeiro e sim sangra por conta da necrose ocasionada.
Caracteríssticas anatômicas auxiliam na forma como as doenças se comportam.
HISTÓRIA CLÍNICA

AULA 1: EXAME PROCTOLÓGICO 1


QP - a queixa coloproctologica a quanto tempo;

São várias queixas que podem apresentar como dores abdominais em cólica e
distensão,de habito intestinal como diarreia, constipação, número de evacuações,
associada ou não a perda de sangue e/ou muco ou secreção purulenta, que são os
sintomas de alarme. Às vezes, as queixas podem estar associadas a manifestações
clínicas gerais como febre, astenia, emagrecimento e anemia.

HDA - desenvolver a queixa principal; o tempo de evolução dos sintomas também é


importante

Dieta

Quantidade de líquidos que toma durante o dia - líquido se for chimarrão, refrigerante,
água, qualquer líquido.

Quantidade e tipo de fibras se usa

Quantidade de gorduras ingeridas - 10% de gordura para retenção de liquido no colon e


lubrificar o ceco. óleo mineral (que é um óleo não absorvível).

Em relação a queixas específicas deve-se investigar:

Sangramento - durante, depois ou independente delas. Estrias sobre as fezes,


gotejamento, esguicho no vaso ou ainda no papel higienico.
Prolapso - durante ou independente de esforço, se retorna espontâneo ou não.

Tumefações - dolorosa ou não, se tem saída de sangue ou pus


Dor - tempo de duração, se ocorre somente à passagem das fezes ou continuamente, tipo
ardência ou pulsátil, agravada ou não por obstipação intestinal. Se acompanhada de
tumorações, edema, endurecimento ou área de hiperemia;
Secreção - purulenta ou serosa, acompanhada ou não das defecações.

Prurido anal – associado ou não a secreção, se acompanhado ou não de qualquer outra


lesão, higiene pós-evacuação, uso de medicações e condimentos;
Umidade da região perianal;

Continência – capacidade de controlar gases e/ou fezes líquidas, pastosas e sólidas;


Estenose anal – dificuldade para eliminação fecal, fezes afiladas, principalmente após
cirurgias orificiais e colorretais baixas;

Lesões verrucosas, vegetantes ou planas;


Lesões bolhosas, tumorações;

Alterações dermatológicas perianais;

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Linfonodos inguinais;

Ferimentos;
Corpos estranhos; e

Hábitos sexuais.

Hábito intestinal - 3x por dia a 3x por semana

Consistência

Frequência

Calibre

Presença de esforço evacuatório

Muco, pus ou sangue

Prolapsos

Revisão de sistemas - passando pelos sistemas evidenciando mas nao é tratado nesse
caso.

Exame físico

Exame abdominal

Posição do paciente - posição decubito lateral de sims (esquerdo se a pessoa é destra).


Cobre com uma toalha, essa é a mais usada. Unica excessão que se faz genupeitora em
caso de retosigmoidectomia rigida (pouco comum, mais usado na urgencia)

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EXAME PROCTOLÓGICO

Primeira informação - tonus do esfincter - que pode ser hipotonica, hipertonioco ou


normotonico

Inicia com a:

1. Inspeção estática - afasta as nadegas e descreve o que é visto (prolapsos, hemorroidas


trombosads, hematomas, fissuras, abscessos, orifícios fistulosos externos, condilomas,
cisto pilonidal e doenças dermatológicas. Avalia-se o fechamento ou não do anus, como
casos de incontinência. É descrito como se fosse um relogio, com o paciente em posição
anatomica, por isso o relogio fica “deitado”, portanto as 12h está o coccix e as 6h esta
o saco escrotal ou vagina. Por quadrantes

2. Inspeção dinâmica - pede-se para o paciente fazer a manobra de valsalva, para evacuar
se faz o movimento contrário, um antivalsalva que faz a prensa abdominal. Pede-se para
fazer a força para evacuar, fazendo a força do levantador do anus. (Obs: não serve pra
muita coisa, no ambulatorio deve fazer, mas na clinica o abel nao faz, porque
dificilmente a pessoa consegue simular o movimento mesmo de defecar). Para se
observar prolapso de mamilos hemorroidários internos, prolapso, procidência do reto,
presença de fezes e descida do períneo.

3. Palpação: identificar locais onde a compressão provoque dor ou identificando áreas mais
amolecidas ou mais endurecidas, bem como trajetos fistulosos.

4. Toque retal: tonicidade, após vencer a resistencia do esfincter, passando o canal palpa-se
a próstata, ou o colo do utero como se fosse uma pera bem no inicio e o corpo mais
profundo com a ponta do dedo. Na região posterior palpa-se o cóccix ou sacro; lateral
estruturas musculares e estruturas moles, ai ve-se a mobilidade pois o reto é movel e ve
se a mucosa é lisa.

Dermatite perianal: Escrever na inspeção delimitando pelas horas do relogio, e extensão,


bem descrito – ex.: dermatite perianal em toda volta do anus, a 1,5cm da borda anal. Grande
parte sao micoticas por candida que é comensal do intestino ou alérgicas (assaduras) pelo ato
de coçar. Essa descrição serve para qualquer achados, distanciar da borda.

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ANUSCOPIA

Tubo rígido e curto, com 8cm de comprimento. Fazer após o toque pois o canal já está
lubrificado e relaxado.

canal anal e porção do reto

Anuscopia de alta resolução - diagnostico de HPV se faz a mesma coisa com acido
acetico e observa se há corado, com confirmação pele anatomopatologico

Solicita-se, ao paciente, para simular o ato evacuatório durante a anuscopia quando


algumas patologias são mais bem avaliadas: doença hemorroidária; e prolapso retal
interno. Em regra, esse exame é bem tolerado, mas uma sensação de pressão ou
necessidade de defecação pode ser induzida pela anuscopia.

Evita ser feito se há alguma lesão, como fissura na borda anal, para que não distenda a
ferida, ou quando há hipertonia do canal.

RETOSSIGMOIDISCOPIA RÍGIDA

Geralmente é complementar, pois é um tubo rigido 25-30cm de comprimento, jogando ar


para dentro do ânus, aumentando o reflexo da evacuação - e o reto tem cerca de de 12 a
15cm e há a junção reto sigmoide que causa dor, a visibilidade é ruim. Pode ser
substituido pela colonoscopia e o exame rigido perde o sentido. Quando um obstáculo é
encontrado, o instrumento é recuado 3 a 4 cm e redirecionado. A inserção bem sucedida
do retossigmoidoscópio requer familiaridade com a anatomia do reto e do sigmóide

RETOSIGMOIDOSCOPIA FLEXÍVEL

Não há necessidade de sedação. Pode ser realizado na ausência de preparo intestinal. Quando
necessário: Phosfo Enema 1 hora antes do exame. O jejum não é necessário, porém deve
evitar alimentar-se após o preparo para evitar o reflexo gastrocólico que as fezes mais de cima
começam a descer.
COLONOSCOPIA

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Geralmente, é realizado sob sedação e com auxílio de um anestesiologista. Pode ser
usado como forma de exame de prevenção de neoplasias colorretais ou diagnóstico de
moléstias em geral (colonoscopia diagnóstica) ou de forma a realizar procedimentos
terapêuticos como polipectomias, mucosectomias, biópsias, dilatações etc. (colonoscopia
terapêutica)10.

Apresenta como complicações menores a dor abdominal e síndromes dispépticas pós-


exame, assim como complicações maiores como sangramento, obstruções intestinais e,
até mesmo, perfurações que podem ser diagnosticadas e tratadas endoscopicamente.

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