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Check list para as simulações – Dr.

Olegário
1) Lavagem das mãos e EPI
2) Checar os instrumentos (se tem oxigênio, soro, laringoscópio, pilha...)
3) Cumprimenta e se identifica (se paciente responde é uma coisa, se não CUIDADO).
MONITORIZAR TODOS
*Pct responsivo: pode puxar a capivara  HAS? DM? AVC? IAM? CA?
Medicamentos? Antecedentes Familiares? Peso? Altura? Alergia? Cirurgia?
*Pct com muita dor e/ou não responsivo, pode motorizar e pedir analgesia para ver se
ele fica mais cooperativo (Dipirona 1g)

4) “O que te trouxe? Qual o seu problema? Como posso te ajudar?”


5) Queixa principal: geralmente é dor  realizar o decálogo da dor.
- Onde? No abdômen?
- Essa dor começou tem quanto tempo? Foi horas? Dias?
- É a primeira vez que você sente essa dor? (muito importante para distinguir casos
agudos x crônicos)
- Se ele falar várias vezes, perguntamos: essa dor está igual ou diferente?
ps.: Se sente várias vezes e agora ta diferente - Úlcera péptica, diverticulite, colicistite,
colangite - dão dores crônicas; gravidez rota e apendicite não
- Decálogo da dor: Está em um local ou em toda barriga; contínua ou em cólica?
- Vai para os fatores atenuantes ou de alívio: essa dor melhora se você se sentar, tomar
medicamento; Piora se tossir, se comer, se andar ou em determinada posição?
- Junto com a dor vem o vômito: como ele é? Amarelo, tem sangue, fétido, escuro?
Quantas vezes? (Paciente pode estar desidratado pela quantidade de vômitos)
IS: Funcionamento do intestino e urina?
6) Seguir a ectoscopia: perguntar o Estado geral, dispneico ou eupneico, CHAAA (Corado?
Hidratado? Anictérico? Afebril? Acianótico? Mucosas coradas ou hipocoradas?); Posição
no leito? Preto/Pardo ou Branco?
7) Sinais Vitais: FC? FR? PA? TEMP? TEC?
ps.: Pode fazer a máscara e o Ringer aqui;
8) Exame físico:
ACV: vou fazer a ausculta no foco mitral, foco aórtico - meu ritmo é regular em dois
tempos, bulhas normofonéticas, com sopro?
- Se ritmo irregular, deve palpar pulso – Indica Fibrilação Atrial;
APR: murmúrio vesicular está fisiológico no ápice e na base do hemitórax esquerdo ou
direito?
ABD: inspeção  ausculta  percussão  palpação superficial  palpação profunda.
 Inspeção: Globoso ou plano? Distendido? Sinal de equimoses próximo ao
umbigo, flancos ou região inguino-escrotal? Herniarão visível ou em manobra
de valsava? Cicatriz cirúrgica e qual local? Aortismo?
 Ausculta: RHA presente ou não;
Ps.: Em todo abdome agudo tem perda de RHA em algum momento, então não
é indicativo de obstrutivo sempre;
 Percussão: na loja hepática tem macicez ou som timpânico? Se timpânico sinal
de jobert. O restante tudo tem que ser timpânico. Pode fazer punho percussão
de Giordano, positivo ou negativo? Piparote positivo ou negativo?
 Palpação:
- Palpação superficial: identifica se há pequenas nodulações e é feita de forma
circular, se na superficial tem dor ou não.
- Palpação profunda: permite identificar se há hepatomegalia, esplenomegalia,
alguma massa palpável ou não.
- Sinal de irritação peritoneal: é a dor a compressão e descompressão. Dado de
abdome agudo com irritação peritoneal. Dor na superficial já quer dizer
irritação peritoneal.
-Manobras de irritação peritoneal, sinal de blumberg, lapinsk e rovsing são
suficientes em nossa simulação.
AGU: toque retal e toque vaginal. Por favor preciso fazer um exame que é
desconfortável, mas é importante, o senhor permite?
- Grito de Douglas/ Sinal de Proust
- Sinal de chandelier/Candelabro: movimentação do colo, quando pega no saco de
Douglas é grito de douglas.
9) Paralelo: faz independente
1) Monitorizar, principalmente se não responde direito, não quer falar, esta
inconsciente.
2) Oxigênio depende da saturação
3) Veia também depende se está hipotenso ou não. Abocath ou gelcro, infundir soro
aquecido. Analgesia com doses baixas como dipirona 1g em adulto. Cuidado com
analgésicos muito potentes em pacientes chocados!
10) Conclusão:
 Diagnóstico sindrômico
 Nosológico
 Etiológico
11) Feedback do paciente – Devolutiva (Como ta a saturação, PA)
12) Qual a sua conduta?  Colher exames, rotina de abdômen agudo (radiografia PA e Perfil
e abdome em ortostase e decúbito) e/ou USG (colecistite) e/ou TC (CUIDADO com
paciente chocado).
- Exames laboratoriais: Hemograma, Glicemia, Eletrólitos, PCR, TGO, TGP, Lactato;
Bhcg, Amilase, Lipase (nem tanto, pq demora 48h), Fal (não precisa no abd agudo),
Bilirrubina (nem tanto, so se tiver ictérico), EAS
Obs.:
- Já fiz oxigênio se precisar (abaixo de 90 com máscara); Se não melhorar, faz IOT;
- Acesso venoso (máx. 1L em 2h, se cardiopata inicia com 500ml);
-Quanto ao antibiótico, depende, se for hemorrágico não administrar. Continuar
monitorização e ligar para o cirurgião para encaminhar o paciente com abdome agudo
para cirurgia.
- Se estiver vomitando ou abdome distendido - passa sonda nasogástrica;
- Deve passar sonda vesical para avaliar diurese; se chocado;
- SIRS ou SEPSE – pode fazer IBP
- Quando estabiliza vai pra TC;
- Há indicação de cirurgia quando tem irritação peritoneal;
Temas Discutidos Pós-Simulação:
- Deixe que ele tire a roupa e vista;
Ectoscopia: Estado geral, ictérico, cianótico, febril, PA, mucosas, elasticidade, posição do
paciente;
Rotina de abdome agudo: Hemograma, Glicemia, Eletrólitos, PCR, TGO, TGP, Lactato;
bHCG, Amilase, Lipase (nem tanto, pq demora 48h), Fal (não precisa no ABD agudo),
Bilirrubina (nem tanto, só se tiver ictérico), EAS
Raio X de torax PA, ortostase, decúbito dorsal
+ USG (Colicistite; Apendicite na mulher gestante);
+ TC (Cuidado com contraste, é bom ter avaliação renal)
Ps.: Nunca esqueça de perguntar - Dor para urinar? Hábito intestinal?

Colecistite

Colecistite: Hidratar, analgesia, ATB e cirurgia; Dor crônica que vira aguda;
Cólica Biliar (Colelitíase) = Dor abaixo de 6h
Colecistite = Dor acima de 6h (Dor em HD)
Geralmente esse paciente tem essa dor crônica, agudizada, com história de comida gordurosa,
carboidrato, etc

- Colecistectomia: em 24-48h por videolaparoscopia + ATB (E. coli): Ceftriaxona +


Metronidazol;
- Sinais de Colecistite grave: Sudoreica, chocada, taquicárdica ou braquicárdica, desidratada =
 Colecistite GRAVE (empiema): Idoso, UTI, imunodeprimido  Punção percutânea,
alívio de secreção, espera 24,48h para depois operar;
 Colecistite LEVE: Colecistectomia + ATB (Quefazol + gentamicina)  Não tem
icterícia
Pedra na vesícula gera: colecistite, colangite e pancreatite;
CPRE = Colangiopancreatografia 24-48h depois faz colecistectomia;
ps: Colecistsite aguda pode dar icterícia apenas em sepse;
ps: Colangite: Tríade de Charcow.

Obstrução Intestinal

História da paciente: Endometriose, depressiva – em uso de tricíclico;


Principal causa: Brida, Tumor (tricobezoar), Hérnia; íleo paralítico;
- Obstrução alta: vômitos precoces e distensão alta + distúrbios hidroeletrolíticos
- Obstrução baixa: vômitos tardios, distensão generalizada + distúrbios hidroeletrolíticos +
distúrbios ácido-básico

PIORA DO QUADRO: dor melhorou + sinais de irritação peritoneal - dor a compressão e dor a
descompressão
Em todas obstruções deve saber se é mecânica ou funcional; Se é cirúrgica ou não é cirúrgica;
Tratamento: Sonda nasogástrica, sonda vesical, MOV,
Radiografia e TC!! Não pede USG (se vier com líquido está perfurado);

- Síndrome de Olgivie (pseudo obstrução do colo D em ceco - por disfunção de sistema


simpático e parassimático - principal causa: uso de tricíclico;

Abdome Agudo Hemorrágico


Hemangioma hepático (ACO), Gravidez ectópica rota; Aneurisma
Sinais de choque 3 pra 4; Não há distensão;
Dor baixa, sinal de proust e bHCG;
Sinal de Chanterlier? Sinal de Candelabro?

Se paciente:
 ESTÁVEL - Consegue colher história;
 INSTÁVEL - Grave - Monitoriza
Acesso Venoso - Choque Hipovolêmico faz volemia perniciosa, logo, faz 1 acesso calibroso
para 18/16 Jelcro ou abocate em MMSS D;

Abdome Agudo Perfurativo

Faz RX simples em decúbito dorsal;


TAVA EM CHOQUE : Monitoriza > Oxigenioterapia > Volume > Devolutiva > NÃO
MELHOROU > Máscara > NÃO MELHOROU > entuba;
Analgesia no choque = deve ser analgésico leve - Dipirona 1g
Estabilizou  Exame Físico;
Exame: Rotina de Abdome Agudo - raio X no leito;

CONDUTA: Soro, estabilização, ATB, Solicitar exames, Comunicar cirurgião; Passar sonda
vesical para avaliar diurese, Sonda nasogástrica;
Irritação peritoneal difusa*
Choque 3 ou 4: MOV = Volemia Ringer aquecido 30 a 40 ml/kg - 1L nas 2 primeiras hrs;

Isquemia Mesentérica: Sinal em toque retal – Geleia de Framboesa; História clínica: arritmia,
HAS; Paciente gritando de dor mas sem dores nas manobras e sem irritação peritoneal; Envia o
paciente para UTI;
Geralmente não há indicação de cirurgia, é uma indicação seletiva (piora clínica + irritação
peritoneal); No caso do abdome agudo vascular pede a Angiotomo/Arteriografia mesentérica
seletiva**). No entanto, se houver piora clínica com irritação peritoneal – envia para cirurgia;

 1º ramo da aorta abdominal: aortas frênicas;


 2º ramo: tronco celíaco – gástrica E, hepática esplênica; Logo, quando há
isquemia em tronco celíaco pega do duodeno proximal para cima (esôfago,
estomago, proximal do duodeno, fígado, baço, pâncreas e estômago)
 3º ramo:
Mesentérica superior – Área distal do duodeno, jejuno, íleo, hemi-colón D, até
metade de colón transverso - Gera cólica direita e Cólica Média;
Mesentérica inferior – metade de cólon Transverso esquerdo, descendente e
sigmoide – Gera cólica esquerda;
-Anastomoses naturais entre cólon D e E (Arcada de Riolan é a mais famosa - possível
explicação para o porquê de uma trombose de um lado não afeta o outro; marginal de
Drummond) – Circulação colateral natural e quanto mais velho, mais circulações
surgem;
Divisores de água ou Estreito da Morte no IG: Quais locais e epônimos? (São onde
ocorre mais isquemias no IG pois as AA são terminais e retas, não fazendo anastomose;
- Faz ATB pela translocação bacteriana levando a SEPSE
- Abdome Agudo Isquêmico oclusivo: trombo, embolia; Não oclusivo: vasoespasmo
(Drogas digitálicos/ Choque Hipovolêmico – vasoconstrição esplênica) / Cocaína;

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