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C as
e de 58 anos, acompanhada
Sra. Maria dos Olhos é uma vident
clínica médica do Hospital
regularmente no ambulatório de
eçou há 38 anos quando foi
de Clínicas da cidade. Tudo com
ad a à ins titu içã o par a tra tam ento de hipotireoidismo. A partir
encaminh
ou tra s do enç as aju da ram a eng rossar seu prontuário: HAS,
daí, várias
dis lip ide mi a, hér nia de dis co, artrose em membros inferiores e
DM tipo II,
ma is rec ent e, há cin co an os, foi um adenocarcinoma de cólon.
sobrepeso. A
ão
o tra tam ent o da neo pla sia foi um sucesso, apesar de uma infecç
Na época,
úrg ico que pro lon gou em 30 dia s sua internação. Agora, sempre
no sítio cir
aumenta...
que abre suas cartas, o desânimo
Ao exame:
PA: 120 x 80 mmHg, FC: 110 bpm, desidratada (+/4+), hipocorada
• Hto: 35% (+/4+), anictérica, acianótica. TAx: 38oC.
• Hb: 11 g/dl Abdome: difusamente doloroso, distendido, timpânico, sem sinais de
00/mm
3
eucócitos: 11 .5
• L
/mm3 irritação peritoneal ou massas.
• Pqt: 250.000
• Ur: 20 mg/dl
l
• Cr: 0,9 mg/d
/L
• Na: 140 mEq
• K: 4,5 mEq/L Radiografia de abdome:
U/L
• Amilase: 240 (imagem projetada)
mmol/L
• Lactato: 2,9
• pH: 7,30
g
• pO2: 85 mmH
Hg
• pCO2: 30 mm
Eq/L
• HCO3: 18 m
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Indique uma hipótese etiológica e identifique na
história um fator de risco para justificá-la.
Aderência: cirurgia abdominal prévia.
Rosa, paisagista, 62 anos, sempre se gabou por nunca ter precisado ir ao médico e nem utili-
Caso 2 zar remédios, entretanto, hoje, se deu por vencida e procurou assistência médica emergencial.
Durante o atendimento, ela conta que, há uma semana, apresentou dor abdominal difusa em
cólica de forte intensidade, porém com resolução espontânea. Após este episódio, seguiram-se mais três seme-
lhantes até que, há dois dias, a dor evoluiu com piora progressiva. Na história pregressa, há relato de síndrome
dispéptica há alguns anos, facilmente controlada com chá de erva cidreira e alimentos não gordurosos.
Ao exame, nota-se o abdome bastante distendido, sem descompressão dolorosa. No toque retal, não há sangue,
gases ou fezes. Exames laboratoriais inespecíficos.
5
o 3
C as Em uma emergência...
Íris, manicure, 59 anos, refere dor abdominal de início há três dias, com piora progressiva,
além de distensão abdominal. Não há eliminação de gases ou fezes nem vômitos, desde o início
dos sintomas. Na história patológica pregressa, destacam-se apenas HAS e DM tipo II tratados de forma
regular com hidroclorotiazida e metformina. Nega patologias ginecológicas, cirurgias prévias ou presença
de hérnias.
Exame físico:
Hipocorada (+/4+), desidratada (+/4+), acianótica, anictérica, PA: 120 x 80 mmHg, FC: 105 bpm,
TAx: 37 oC.
Abdome: distendido, doloroso à palpação superficial, sem sinais de irritação peritoneal. Massa palpável em
fossa ilíaca esquerda de aproximadamente 5 cm, irregular, com bordos mal definidos e consistência endurecida.
Enema contrastado:
(imagem projetada)
6
Caso 5
Sr. Mário, encanador aposentado, 87 anos, apre-
sentou, há cinco dias, IAM complicado com edema
agudo de pulmão e choque cardiogênico. Fe-
lizmente, com o tratamento intensivo recebido
na Unidade Coronariana, houve melhora do
quadro cardíaco. Porém, durante a evolução,
uma importante distensão abdominal as-
sociada à dor passou a dominar o quadro
clínico. Nas anotações da enfermagem, não
havia registro de evacuação nas últimas 48
horas. O toque retal indicava a presença de
gases e fezes sem sinais de sangramento.
Colhido exames laboratoriais:
• Hto: 32%
/dl
• Hb: 10,5 g
o s : 7 .5 0 0 /m m3
• Leucócit
/mm
3
s : 2 5 0 .0 0 0
• Plaqueta
/dl Indique um achado na história e um exame laboratorial
• Ur: 20 mg
/dl que possam causar esta condição. Justifique.
• Cr: 0,9 mg
Eq/L
• Na: 140 m
q/L IAM/HipoK+.
• K: 2,9 mE
7
Qual é a conduta a ser seguida?
Justifique.
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Em um berçário no Hospital Universitário de Porto Alegre, duas amigas se en-
Caso 7
contram. Ambas deram à luz no mesmo dia e quase na mesma hora.
Emocionadas, decidem dar aos seus filhos os nomes de Cosme e Damião.
Cosme nasceu de parto normal com 40 semanas e recebeu Apgar de 9 e 10 nos primeiro e quinto minutos,
respectivamente. Apresenta-se saudável e possui uma hérnia umbilical de 1 cm. Damião nasceu com 39 sema-
nas e recebeu a mesma pontuação no Apgar. Apresenta uma hérnia inguinal do mesmo tamanho à direita.
Considerando que uma das crianças terá conduta
Qual é a conduta frente aos casos expectante, quais as situações clínicas que poderiam
apresentados? ser indicação de cirurgia nesta criança?
Cosme: observação (tendem ao Cirurgia na hérnia umbilical pediátrica:
fechamento espontâneo). - Não fechamento após 4-6 anos;
Damião: cirurgia (risco de encar- - >2 cm;
ceramento e estrangulamento). - Associada à DVP;
- Concomitância com hérnia inguinal.
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Opash, 53 anos, indiano, casado,
comerciante de iguarias orientais, procura atendimento no
pronto-socorro por conta de dor abdominal de forte intensidade. Relata início do quadro
há 4 meses quando chegou a apresentar febre ocasionalmente, indisposição e dor abdominal tipo cólica, na fossa
ilíaca direita, que aliviava com o uso de analgésicos e antiespasmódicos. Nas últimas 2 horas, o quadro álgico ab-
dominal apresentou piora importante, vindo associado a náuseas e vômitos não-biliosos em moderada quantidade.
Evacuou há 1 hora fezes em pequena quantidade e sem alterações na sua consistência. Não é portador de nenhu-
ma doença, não é tabagista e nega a utilização de drogas intravenosas. Foi criado em orfanato e não conheceu
seus pais, não sabendo dar qualquer informação sobre a história familiar. Confirmou história sexual sem utilização
de preservativos há mais de um ano, com parceira desconhecida, mas fez questão de reforçar que foram apenas
dois encontros e o segundo muito breve. Ao ser realizada a revisão de sistemas, refere no mesmo período alguns
episódios isolados de cefaleia, dor torácica, tosse seca e diarreia por vezes sanguinolenta.
No mais, encontrava-se febril, eupneico, anictérico, vigil, moderadamente desidratado e hipocorado +/4+. PA
120x 70 mmHg, FC 90bpm. Sem alterações de bulhas ou do ritmo cardíaco. Sem definir muito sobre o caso e
suspeitando apenas da possibilidade de gastroenterite, a equipe que o assiste resolve prescrever alguns analgésicos
e antieméticos intravenosos, com alta programada para assim que houvesse resolução dos sintomas. No entanto, o
paciente apresentava piora progressiva do quadro. Ao ser avaliado novamente, com mais cuidado, observou-se que
uma distensão abdominal importante se projetava sob a deslumbrante túnica de seda. Ao exame, observava-se
hipertimpanismo marcante à percussão, dissociado de qualquer sinal de irritação peritoneal. A peristalse
estava exacerbada. Não havia sinais de herniação ou qualquer cicatriz cirúrgica prévia.
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N T O
A M E
De acordo com as imagens PROJETADAS, des-
R E IN I C O
T LÓ G
O
creva as alterações radiológicas encontradas e dê
I
uma hipótese diagnóstica:
RAD
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Enema baritado de um volvo de sigmoide – sinal
do bico de pássaro.
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