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revisão

DOMINE OS TÓPICOS MAIS INCIDENTES EM

CIRURGIA
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO

੦ tema que mais caiu em cirurgia – 14 questões!


੦ cinco sobre colangite 2012 (2x), 2017, 2020, 2021
੦ quatro sobre diverticulite
੦ caso clínico para hipótese diagnóstica e conduta,
laboratorial e terapêutica
2020

Uma mulher com 36 anos de idade, obesa e multípara, é


admitida no pronto-socorro com quadro de febre alta
com calafrios, dor no hipocôndrio direito e icterícia.
Ela tem histórico de dor abdominal recorrente no
hipocôndrio direito, geralmente associada à ingestão de
alimentação gordurosa. Ao chegar a essa unidade
hospitalar, encontra-se torporosa, febril (39,6ºC), com
PA = 90 x 60 mmHg, reagindo com fácies de dor à
compressão do hipocôndrio direito, mas com sinal de
Murphy ausente.
2020

Os exames laboratoriais da paciente revelam leucócitos =


22.000/mm3 (valor de referência: 6 000 a 10 000/mm3),
com 17 % de bastões e 3 % de metamielócitos e
bilirrubina direta = 4,8 mg/dL (valor de referência: até
0,3 mg/dL), fosfatase alcalina = 420 UI/L (valor de
referência: 70 a 192 UI/L) e gama-glutamil transferase =
302 UI/L (valor de referência: 70 a 192 UI/L). A
ultrassonografia abdominal da paciente mostra a
presença de dilatação das vias biliares extra-hepáticas, e
a vesícula biliar com algumas imagens hiperdensas e com
sombra acústica posterior.
Diante desse quadro clínico, qual é o diagnóstico
correto?
2020

Diante desse quadro clínico, qual é o diagnóstico


correto?

a. Colangite aguda com pêntade de Reynolds.


b. Colangite aguda com tríade de Charcot.
c. Colecistite crônica alitiásica.
d. Colecistite aguda litiásica.
2020

Diante desse quadro clínico, qual é o diagnóstico


correto?

a. Colangite aguda com pêntade de Reynolds.


b. Colangite aguda com tríade de Charcot.
c. Colecistite crônica alitiásica.
d. Colecistite aguda litiásica.
2014

Um paciente de 56 anos vem para consulta na Unidade


de Pronto Atendimento com queixa de dor abdominal
no andar inferior do abdome há cerca de 6 dias. Relata
hiporexia e febre baixa há 3 dias. Nega diarreia e
vômitos. Refere constipação intestinal, que se acentuou
nos últimos meses; nega hematoquezia. Ao exame físico
do abdome, apresenta ruídos hidroaéreos normais,
abdome globoso, normotenso, doloroso às palpações
superficial e profunda na fossa ilíaca esquerda, onde se
evidencia massa palpável. Não há visceromegalias ou
hérnia inguinal.
Quais são o diagnóstico e a conduta corretos?
2014

Quais são o diagnóstico e a conduta corretos?

a. diverticulite aguda; antibioticoterapia


b. diverticulite aguda; videolaparoscopia
c. câncer de cólon; rádio e quimioterapia
d. câncer de cólon; laparotomia exploradora
2014

Quais são o diagnóstico e a conduta corretos?

a. diverticulite aguda; antibioticoterapia


b. diverticulite aguda; videolaparoscopia
c. câncer de cólon; rádio e quimioterapia
d. câncer de cólon; laparotomia exploradora
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO

੦ dor é o principal sintoma


੦ posição antálgica
੦ RHA diminuídos ou ausentes
੦ percussão e palpação com
muita dor localizada se
houver sinais de irritação
peritoneal
੦ toque retal ou genital
dolorosos
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO

੦ apendicite
੦ pancreatite
੦ colecistite
੦ diverticulite
੦ doença inflamatória pélvica
੦ abscesso hepático
੦ diverticulite de Meckel
੦ abscesso de Psoas
੦ DII
APENDICITE AGUDA
O DIAGNÓSTICO DA APENDICITE É CLÍNICO?
PODE SER CLÍNICO!

IMAGEM
੦ radiografia simples
੦ ultrassonografia
੦ tomografia computadorizada
੦ ressonância magnética
IMAGEM
COLÉGIO AMERICANO DE RADIOLOGIA
੦ apendicite pode ser diagnosticada clinicamente, no
entanto, a imagem aumenta a sensibilidade e
especificidade de diagnóstico
੦ em geral, a TC é o exame de imagem mais preciso
para avaliar a suspeita de apendicite e etiologias
alternativas de dor abdominal no quadrante inferior
direito
੦ em crianças, US é o exame inicial preferido, pois é
quase tão preciso quanto CT para o diagnóstico de
apendicite, sem exposição à radiação ionizante
੦ em mulheres grávidas, os dados crescentes apoiam
o uso de RNM após US equívoco ou inconclusivo
DIAGNÓSTICO PANCREATITE
≥2 CRITÉRIOS
੦ dor abdominal consistente com pancreatite aguda
੦ amilase e/ou lipase ≥3x limite máximo normal
੦ achados característicos de imagem

Fontes: Banks PA et al. Classification of acute pancreatitis – 2012: revision of the Atlanta
classification and definitions by international consensus.
DIVERTICULITE AGUDA
QUADRO CLÍNICO
Dor abdominal
੦ FIE
੦ defesa
੦ dor à descompressão
੦ irradiação
੦ inflamação de outros órgãos
੦ possibilidade de ausência
DIVERTICULITE AGUDA
DIAGNÓSTICO
Exames de imagem seccional
੦ critérios tomográficos
• espessamento inflamatório da parede do cólon
• alterações inflamatórias pericólicas
• densificação
• líquido
• coleções
• sinais de perfuração
• divertículos
COLANGITE AGUDA

੦ Tríade de Charcot
• icterícia
• dor abdominal
• febre

੦ Pêntade de Reynolds
• tríade de Charcot

• hipotensão
• alteração consciência
COLANGITE
TRATAMENTO
੦ adequado à forma clínica
੦ antibioticoterapia
੦ drenagem da via biliar
• endoscópica (CPRE)
• punção transparieto-hepática
• cirurgia (laparoscópica ou aberta)
੦ tratamento da causa
HÉRNIAS INGUINAIS
HÉRNIAS INGUINAIS

੦ segundo tema mais cobrado – oito questões!


੦ quatro sobre urgências, hérnias encarceradas ou
estranguladas
੦ casos clínicos para diagnóstico e conduta
੦ foco na indicação cirúrgica, tanto no adulto, quanto
na criança e encaminhamento ao pronto-socorro em
caso de complicação
2015

Uma paciente de 27 anos procura a Unidade Básica de


Saúde preocupada com um abaulamento em região
inguinal à direita que surgiu há dois meses, nega
outras queixas. No exame clínico, IMC = 20kg/m² (VR =
18 a 25kg/m²) e não há sinais flogísticos locais; a massa
de cerca de 5 cm é facilmente redutível. Ao exame
clínico não apresentou dor ou qualquer outro achado.
Qual das condutas a seguir é mais indicada nessa
situação?
2015

Qual das condutas a seguir é mais indicada nessa situação?

a. orientar sobre os riscos de encarceramento, obstrução e


estrangulamento, e encaminhar para agendamento de
cirurgia
b. orientar sobre o tratamento conservador e sugerir
medidas paliativas considerando o risco de recidiva pós-
cirúrgica
c. encaminhar ao serviço de urgência para correção cirúrgica
devido ao risco de estrangulamento e isquemia intestinal
d. tranquilizar o paciente, orientar e evitar esforços físicos,
tais como carregar peso e ensinar a reduzir manualmente a
hérnia
2015

Qual das condutas a seguir é mais indicada nessa situação?

a. orientar sobre os riscos de encarceramento, obstrução e


estrangulamento, e encaminhar para agendamento de
cirurgia
b. orientar sobre o tratamento conservador e sugerir
medidas paliativas considerando o risco de recidiva pós-
cirúrgica
c. encaminhar ao serviço de urgência para correção cirúrgica
devido ao risco de estrangulamento e isquemia intestinal
d. tranquilizar o paciente, orientar e evitar esforços físicos,
tais como carregar peso e ensinar a reduzir manualmente a
hérnia
2012

Um homem de 70 anos de idade, tabagista há mais de


trinta anos, com doença pulmonar obstrutiva crônica,
chega ao Pronto Atendimento com queixa de "dor na
virilha" e "caroço duro" no local, que surgiram após
acesso de tosse importante, há cerca de 10 horas. O
paciente informa que a intensidade da dor está
aumentando. Ao exame físico: paciente hidratado,
normocorado, frequência cardíaca = 92 bpm, pressão
arterial = 140 x 80 mmHg. O paciente apresenta
tumoração endurecida na fossa ilíaca direita, dolorosa e
irredutível; ruídos hidroaéreos presentes na ausculta
abdominal.
Qual a conduta mais indicada para o caso?
2012

Qual a conduta mais indicada para o caso?

a. Solicitar ultrassonografia para esclarecimento


diagnóstico.
b. Encaminhar para tratamento cirúrgico de urgência.
c. Manter paciente em observação, com prescrição de
hidratação e analgesia parenterais.
d. Prover analgesia com opioides por via endovenosa e,
em seguida, realizar nova tentativa de redução da
massa.
e. Solicitar tomografia abdominal de urgência para
esclarecimento diagnóstico.
2012

Qual a conduta mais indicada para o caso?

a. Solicitar ultrassonografia para esclarecimento


diagnóstico.
b. Encaminhar para tratamento cirúrgico de urgência.
c. Manter paciente em observação, com prescrição de
hidratação e analgesia parenterais.
d. Prover analgesia com opioides por via endovenosa e,
em seguida, realizar nova tentativa de redução da
massa.
e. Solicitar tomografia abdominal de urgência para
esclarecimento diagnóstico.
HÉRNIAS
CLASSIFICAÇÃO
੦ redutível
੦ encarcerada
੦ estrangulada
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
ENCARCERADA
੦ sinais de obstrução
੦ cirurgia de urgência
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
ENCARCERADA
੦ sinais de obstrução
੦ cirurgia de urgência

ESTRANGULADA
੦ pele sensível, quente, eritema, febre, hipotensão,
leucocitose
੦ cirurgia imediata
TRATAMENTO
CIRÚRGICO
੦ tratamento definitivo
੦ com tela ou sem tela
੦ anterior ou posterior
੦ convencional (aberta) x laparoscópica
AVALIAÇÃO DE
FERIDA OPERATÓRIA
AVALIAÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA
INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO
੦ oito questões!
੦ casos clínicos de infecção do sítio cirúrgico
੦ superficial, pós-apendicectomia - conduta local
੦ não usar antibiótico indiscriminadamente
੦ casos com comprometimento sistêmico ou de alto
risco – tratamento também sistêmico
2011

Paciente do sexo masculino, com 22 anos de idade,


submetido a tratamento cirúrgico de apendicite aguda
há oito dias, procura a Unidade Básica de Saúde
queixando-se de dor intensa e “inflamação” no local da
incisão cirúrgica que ainda encontra-se com pontos.
Relata que evoluiu bem após a cirurgia recebendo alta
no segundo dia pós-operatório com prescrição de
dipirona, se necessário. Desde então, retomava as
atividades habituais até que há um dia começou a notar
aumento de volume no local da ferida operatória.
Não informa febre e apresenta boa aceitação alimentar.
2011

Durante o exame físico, nota-se ferida operatória de


aproximadamente 7 cm, oblíqua em fossa ilíaca direita
discretamente elevada, hiperemiada, com calor local e
saída de pequena quantidade de secreção amarelada,
sem brilho, viscosa e que suja a roupa. Abdome flácido e
indolor fora da área de incisão. Temperatura axilar
normal. Frequência cardíaca = 72 bpm, Frequência
respiratória = 16 irpm.
Diante do quadro, qual o diagnóstico e a conduta para o
caso nesse momento?
2011

Diante do quadro, qual o diagnóstico e a conduta para


o caso nesse momento?
a. Infecção de sítio cirúrgico e iniciar antibioticoterapia.
b. Seroma e colocar dreno laminar pela incisão, após
retirada de um dos pontos.
c. Infecção de sítio cirúrgico e abrir a incisão, seguida
de lavagem com soro fisiológico.
d. Seroma e orientar o paciente que o conteúdo será
absorvido pelo organismo.
e. Hérnia incisional e orientar o paciente a procurar
imediatamente o cirurgião que o operou.
2011

Diante do quadro, qual o diagnóstico e a conduta para


o caso nesse momento?
a. Infecção de sítio cirúrgico e iniciar antibioticoterapia.
b. Seroma e colocar dreno laminar pela incisão, após
retirada de um dos pontos.
c. Infecção de sítio cirúrgico e abrir a incisão, seguida
de lavagem com soro fisiológico.
d. Seroma e orientar o paciente que o conteúdo será
absorvido pelo organismo.
e. Hérnia incisional e orientar o paciente a procurar
imediatamente o cirurgião que o operou.
2021

Paciente de 40 anos de idade, sexo feminino, procura


unidade pública de pronto atendimento com queixa de
dor em ferida operatória de ressecção de “nódulo” de 5
cm de diâmetro, na região escapular direita, há dois
dias. Ao exame, ferida cirúrgica com edema, eritema,
calor e dor à palpação, associada a flutuação e
exsudação em bordos da sutura.
Com base nas informações, qual a conduta
propedêutico-terapêutica para essa paciente?
2021

Com base nas informações, qual a conduta


propedêutico-terapêutica para essa paciente?

a. drenagem por retirada parcial de pontos


b. ultrassonografia de partes moles
c. punção com agulha fina
d. antibioticoterapia oral
2021

Com base nas informações, qual a conduta


propedêutico-terapêutica para essa paciente?

a. drenagem por retirada parcial de pontos


b. ultrassonografia de partes moles
c. punção com agulha fina
d. antibioticoterapia oral
2015

Um paciente de 37 anos está no 5º dia pós-operatório


de cirurgia abdominal para exérese de tumor hepático.
Recebeu antibioticoprofilaxia com cefazolina durante o
procedimento cirúrgico, o qual transcorreu sem
intercorrências. Encontra-se internado na UTI, em jejum,
com acesso venoso central para nutrição parenteral por
cateter na veia subclávia direita. A diurese medida
através de sonda vesical de demora apresenta baixo
volume nas últimas 24 horas, embora tenha hidratação
endovenosa abundante e balanço hídrico cumulativo
bastante positivo. Há saída de secreção purulenta pela
incisão cirúrgica em pequena quantidade. Queixa-se de
mal estar geral.
2015

Ao exame físico, apresenta quadro de febre (38,4°C), PA


= 100x60mmHg, FC = 108bpm, FR = 22irpm com
enchimento capilar ungueal > 6 segundos. Não há sinais
flogísticos ou secreção no local da punção venosa central.
Os resultados dos exames séricos colhidos há 30 minutos
mostram: glóbulos brancos (GB) = 12.450 mm3 (valor
normal: GB entre 4. 000 e 11.000 mm3 com menos de 10%
de bastonetes) com 15 % de bastonetes e 70% de
segmentados; lactato = 6mg/dL (valor normal = até 2mg/
dL) e gasometria arterial: pH = 7,28; PaO 2 = 76mmHg,
PaCO2 = 32mmHg, HCO3 = 16, BE = -10 e saturação de O2
= 92% (valores normais: pH = 7,35 a 7,45, PaO2 = 80 a
108mmHg, PaCO2 = 35 a 48mmHg, HCO3 =22 a 26, BE = -
2 a +2 e saturação de O2 = (>93%).
2015

Nesse momento, além da expansão volêmica, constitui


conduta correta para as próximas horas:

a. início imediato de antibioticoterapia empírica, uso de


aminas vasoativas e tomografia de abdome
b. coleta de hemocultura, início de antibioticoterapia
após o resultado e ultrassonografia de abdome
c. reabordagem cirúrgica imediata, coleta de cultura da
secreção peritoneal e antibioticoterapia após resultado
d. coleta de hemocultura, início imediato de
antibioticoterapia de forma empírica e exploração da
ferida operatória
2015

Nesse momento, além da expansão volêmica, constitui


conduta correta para as próximas horas:

a. início imediato de antibioticoterapia empírica, uso de


aminas vasoativas e tomografia de abdome
b. coleta de hemocultura, início de antibioticoterapia
após o resultado e ultrassonografia de abdome
c. reabordagem cirúrgica imediata, coleta de cultura da
secreção peritoneal e antibioticoterapia após resultado
d. coleta de hemocultura, início imediato de
antibioticoterapia de forma empírica e exploração da
ferida operatória
AS ISC PODEM SER CLASSIFICADAS EM

Fonte: https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/guias-e-
protocolos/Documents/manual_infeccao_zero_compacto.pdf
ABSCESSO
DIAGNOSTICADO
É ABSCESSO
DRENADO.

Aforismo clássico da medicina


ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO

੦ seis questões!
੦ caso clínico para diagnóstico e conduta
੦ pontos chave no exame físico e sinais radiológicos
੦ importância da radiografia – solicitação e
interpretação
੦ conhecer a conduta nas causas mais comuns
੦ indicações de laparotomia
2016

Um homem com 50 anos de idade, sem comorbidades,


com passado de laparotomia mediana xifopúbica
devido a ferimento por projétil de arma de fogo há 4
anos, relata que vem apresentando dor abdominal
difusa acompanhada de vômitos e distensão abdominal,
com parada de eliminação de gases e fezes há 2 dias.
Ao exame físico, encontra-se desidratado, corado,
taquipneico e afebril. Seu abdome está distendido,
timpânico, doloroso à palpação profunda, sem dor à
descompressão brusca. À ausculta abdominal, os ruídos
hidroaéreos encontram-se presentes e aumentados,
com timbre metálico.
2016

O paciente foi submetido


à radiografia simples de
abdome em posição
ortostática, cuja imagem
é apresenta a seguir (ver
imagem).
2016

A principal hipótese diagnóstica para esse caso é:

a. íleo paralítico
b. neoplasia de cólon
c. volvo de intestino médio
d. obstrução intestinal por bridas
2016

A principal hipótese diagnóstica para esse caso é:

a. íleo paralítico
b. neoplasia de cólon
c. volvo de intestino médio
d. obstrução intestinal por bridas
2021

Paciente de 60 anos de idade, masculino, procura


hospital pronto-socorro com história de parada de
eliminação de flatos e fezes há cerca de uma semana.
Nega vômitos. Ao exame físico, paciente em regular
estado geral, desidratado, dispneico, taquicárdico.
Abdome globoso, hipertimpânico, doloroso à palpação
difusa, com sinais de irritação peritoneal. Toque retal
com ampola retal vazia, sem fezes, sem muco, sem
sangue em “dedo-de-luva”. Solicitadas radiografias de
tórax e abdome, demonstrando distensão volumosa de
cólon e ceco (maior que 12 cm), com níveis
hidroaéreos, sem distensão de intestino delgado.
Baseado nessas informações, qual a conduta?
2021

Baseado nessas informações, qual a conduta?

a. sonda nasogástrica
b. observação
c. laparotomia exploradora
d. clister glicerinado
2021

Baseado nessas informações, qual a conduta?

a. sonda nasogástrica
b. observação
c. laparotomia exploradora
d. clister glicerinado
2012

Um homem de 61 anos de idade foi admitido hoje no


Pronto Socorro com queixas de constipação,
inapetência progressiva, aceitando somente dieta
líquida desde ontem. O familiar relata parada de
eliminação de gases, dor abdominal, vômitos
fecaloides e aumento do volume abdominal nas últimas
24 horas. O paciente tem diagnóstico de retardo mental
desde criança e faz uso de haloperidol (5 mg/dia). Nega
cirurgia e internação prévias. Ao exame físico,
apresenta-se desidratado, com facies de sofrimento,
abdome intensamente distendido, timpânico, ruídos
hidroaéreos ausentes, dor à palpação superficial e
profunda, ausência de sinais de irritação peritoneal.
2012

Toque retal sem fezes na ampola retal, ausência de


massas ou alterações palpáveis. A radiografia simples
de abdome demonstra ausência de gás no reto e
imagem de distensão de alças com padrão de “U”
invertido. Qual deve ser a conduta imediata no
tratamento desse paciente?
a. Laparotomia exploradora.
b. Vídeocolonoscopia descompressiva.
c. Hidratação vigorosa e instalação de sonda nasogástrica.
d. Instalação de sonda retal e aplicação de clister
glicerinado.
e. Hidratação vigorosa e antibioticoterapia para
esterilização do trato intestinal
2012

Toque retal sem fezes na ampola retal, ausência de


massas ou alterações palpáveis. A radiografia simples
de abdome demonstra ausência de gás no reto e
imagem de distensão de alças com padrão de “U”
invertido. Qual deve ser a conduta imediata no
tratamento desse paciente?
a. Laparotomia exploradora.
b. Vídeocolonoscopia descompressiva.
c. Hidratação vigorosa e instalação de sonda nasogástrica.
d. Instalação de sonda retal e aplicação de clister
glicerinado.
e. Hidratação vigorosa e antibioticoterapia para
esterilização do trato intestinal
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO

Causa mais comum é a


obstrução por bridas.

Cólons:
Neoplasia
Volvo de Sigmoide
ALGORITMO NO ABDOME AGUDO
(CBC)

Obstrutivo

RX abd agudo

Tomografia
RADIOGRAFIA SIMPLES

ABDOME AGUDO
#IMPORTANTE!

OBSTRUTIVO

Intestino grosso
੦ distribuição
periférica das alças
੦ haustrações - +
੦ diâmetro >5cm
RADIOGRAFIA SIMPLES

ABDOME AGUDO
#IMPORTANTE!

OBSTRUTIVO

Intestino delgado
੦ válvulas coniventes
੦ distribuição central
das alças
੦ diâmetro 3-4cm
SINAIS DE PNEUMOPERITÔNIO
NA RADIOGRAFIA
EXAME FÍSICO

Pesquisar sinais de sofrimento de alça


#IMPORTANTE!

੦ leucocitose maior que 10.000


੦ temperatura maior que 37,8°C
੦ FC >96bpm
੦ defesa abdominal e peritonite
੦ hemorragia digestiva
੦ amilasemia crescente
CONDUTA
AVALIAÇÃO DO CIRURGIÃO
Conduta não operatória
੦ inicial para compensação
੦ suboclusão reversível

Cirurgia
੦ complicações
੦ alça fechada
੦ refratária às medidas clínicas
੦ obstrução mecânica irreversível
VOLVO – SINAL DO GRÃO DE CAFÉ

Fonte: Chakraborty A, Ayoob A, DiSantis D. Coffee bean sign. Abdom Imaging. 2015 Oct;40(7):2904-5.
doi: 10.1007/s00261-015-0402-3. PMID: 25787246. http://radiopaedia.org/articles/sigmoid-volvulus
ABDOME AGUDO PERFURATIVO
ABDOME AGUDO PERFURATIVO

੦ quatro questões!
੦ casos clínicos para diagnóstico e conduta
੦ importância da radiografia
੦ tratamento cirúrgico imediato
2012

Uma mulher com 31 anos de idade procurou


atendimento de urgência relatando um quadro de dor
abdominal de início abrupto, difusa, contínua, intensa,
com duração de cerca de seis horas, acompanhada de
vômitos. Referiu também que tem utilizado diclofenaco
de sódio, 50 mg de 8/8 horas, há aproximadamente um
mês, para tratamento de lombalgia. Ao exame físico:
frequência cardíaca = 120 bpm, pressão arterial = 90 x
60 mmHg, temperatura axilar = 38,2°C. Ao exame do
abdome, verifica-se a presença de aumento da tensão
da parede abdominal, com dor intensa e difusa à
percussão e à palpação superficial, dificultando a
palpação profunda. Ruídos hidroaéreos diminuídos.
2012

O exame complementar mais indicado para a


investigação diagnóstica inicial da paciente é a

a. tomografia computadorizada do abdome.


b. radiografia de tórax e de abdome em ortostase.
c. ultrassonografia abdominal total.
d. endoscopia digestiva alta.
e. ressonância magnética do abdome.
2012

O exame complementar mais indicado para a


investigação diagnóstica inicial da paciente é a

a. tomografia computadorizada do abdome.


b. radiografia de tórax e de abdome em ortostase.
c. ultrassonografia abdominal total.
d. endoscopia digestiva alta.
e. ressonância magnética do abdome.
2013

Uma mulher de 38 anos procurou o serviço de urgência


referindo a ocorrência, há 1 dia, de dor abdominal
intensa no andar superior do abdome, acompanhada
de vômitos pós-alimentares. Ao exame físico,
encontrava-se com hálito etílico, dor difusa à palpação
abdominal, com descompressão brusca positiva.
Sobre a investigação diagnóstica dessa paciente, é
correto afirmar que:
2013

Sobre a investigação diagnóstica dessa paciente, é


correto afirmar que:
a. a dosagem de amilase sérica normal afasta o diagnóstico
de pancreatite
b. a radiografia de tórax auxilia na investigação de doença
ulcerosa péptica complicada
c. a ultrassonografia abdominal é o exame de escolha para
a investigação de pancreatite
d. o diagnóstico de hepatite alcoólica pode ser afastado
devido à presença de descompressão brusca positiva
e. deve ser realizada laparotomia exploratória com
urgência, pois a paciente está com sinais de abdome agudo
2013

Sobre a investigação diagnóstica dessa paciente, é


correto afirmar que:
a. a dosagem de amilase sérica normal afasta o diagnóstico
de pancreatite
b. a radiografia de tórax auxilia na investigação de doença
ulcerosa péptica complicada
c. a ultrassonografia abdominal é o exame de escolha para
a investigação de pancreatite
d. o diagnóstico de hepatite alcoólica pode ser afastado
devido à presença de descompressão brusca positiva
e. deve ser realizada laparotomia exploratória com
urgência, pois a paciente está com sinais de abdome agudo
ABDOME AGUDO PERFURATIVO
CAUSAS
੦ úlcera péptica
੦ corpo estranho
੦ neoplasia
੦ obstruções intestinais
੦ complicação em intervenção médica
੦ abdome agudo inflamatório
੦ doença inflamatória intestinal
SINAIS DE PNEUMOPERITÔNIO NA
RADIOGRAFIA
#CAINAPROVA!
SINAL DE RIGLER
#CAINAPROVA!

Fonte: Cortesia de Dr. Jeremy Jones, Radiopaedia.org, rID: 8041


QUAL A CONDUTA?
TRATAMENTO CIRÚRGICO

Fonte: Case courtesy of Dr Mohamed Saber, Radiopaedia.org, rID: 86855


ÚLCERA PÉPTICA PERFURADA
SUTURA PRIMÁRIA E ‘PATCH’ DE OMENTO (GRAHAM)

Fonte: Baker RJ. Perforated duodenal ulcer. In: Baker RJ, Fischer JE, eds.
Mastery of Surgery. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2001.
DOENÇA HEMORROIDÁRIA
DOENÇA HEMORROIDÁRIA

੦ quatro questões
੦ casos clínicos para diagnóstico e conduta
੦ classificação
੦ complicações
੦ tratamento da trombose hemorroidária
2012

Uma paciente, 45 anos de idade, quatro partos normais,


apresenta constipação intestinal crônica, com grande
esforço evacuatório, às vezes com discreto
sangramento, visível após a higienização com papel. Há
três dias apresenta aumento de nodulações perianais,
sangramento em maior quantidade do que o habitual
(suja o vaso com sangue), acompanhado de dor anal às
evacuações. Ao exame, apresenta exteriorização de
mamilos hemorroidários, com edema importante em
todos, além de extrusão de coágulo e pequena
ulceração em um deles. Ao ser preenchida a ficha de
referência para um serviço de Proctologia para essa
paciente, qual dos seguintes CID devem ser registrados?
2012

Ao ser preenchida a ficha de referência para um serviço


de Proctologia para essa paciente, qual dos seguintes
CID devem ser registrados?

a. I84.1 - Hemorroidas internas com outras


complicações.
b. I84.2 - Hemorroidas internas sem complicações.
c. I84.6 - Plicomas hemorroidários residuais.
d. I84.7 - Hemorroidas trombosadas não especificadas.
e. I84.8-Hemorroidas não especificadas com outras
complicações.
2012

Ao ser preenchida a ficha de referência para um serviço


de Proctologia para essa paciente, qual dos seguintes
CID devem ser registrados?

a. I84.1 - Hemorroidas internas com outras


complicações.
b. I84.2 - Hemorroidas internas sem complicações.
c. I84.6 - Plicomas hemorroidários residuais.
d. I84.7 - Hemorroidas trombosadas não especificadas.
e. I84.8-Hemorroidas não especificadas com outras
complicações.
2013

Uma mulher de 41 anos procurou a Unidade de Pronto


Atendimento com relato de dor anal há 3 dias e, há
cerca de 6 horas, notou sangramento anal vermelho
vivo entremeado com coágulos. Nega alteração de
hábito intestinal e história familiar de neoplasia
colorretal. Ao exame, observa-se uma nodulação
perianal com cerca de 1 cm de diâmetro, arroxeada e
com laceração central por onde se extrui um coágulo
sanguíneo. O toque retal foi muito doloroso e não
evidenciou tumores ou presença de sangue nas fezes.
Com base nessas informações, a conduta correta é:
2013

Com base nessas informações, a conduta correta é:

a. fazer a esclerose do vaso sangrante


b. encaminhar para cirurgia de urgência
c. realizar a trombectomia no momento do exame
d. fazer ligadura elástica para hemostasia do vaso
sangrante
e. prescrever anti-inflamatório não esteroidal e
observar o sangramento
2013

Com base nessas informações, a conduta correta é:

a. fazer a esclerose do vaso sangrante


b. encaminhar para cirurgia de urgência
c. realizar a trombectomia no momento do exame
d. fazer ligadura elástica para hemostasia do vaso
sangrante
e. prescrever anti-inflamatório não esteroidal e
observar o sangramento
2017

Uma mulher de 40 anos é


atendida em uma Unidade
Básica de Saúde da Família.
A paciente relata
constipação crônica e
discreto sangramento ao
defecar. Ao exame físico da
região anal, identificou-se
lesão não dolorosa à
palpação, mostrada na
Figura a seguir. O toque
retal não evidenciou
alterações.
2017

Nesse caso, qual é a conduta adequada?


a. informar à paciente que se trata de uma lesão varicosa
hemorroidária e encaminhá-la ao serviço secundário
b. encaminhar a paciente para a retirada cirúrgica da
lesão, devido ao risco de neoplasia, e marcar retorno para
a retirada de pontos
c. informar à paciente que se trata de uma lesão varicosa
hemorroidária e iniciar orientação terapêutica clínica e
nutricional
d. encaminhar a paciente para a realização da biópsia da
lesão, informando-a sobre a possibilidade de uma
neoplasia
2017

Nesse caso, qual é a conduta adequada?


a. informar à paciente que se trata de uma lesão varicosa
hemorroidária e encaminhá-la ao serviço secundário
b. encaminhar a paciente para a retirada cirúrgica da
lesão, devido ao risco de neoplasia, e marcar retorno para
a retirada de pontos
c. informar à paciente que se trata de uma lesão varicosa
hemorroidária e iniciar orientação terapêutica clínica e
nutricional
d. encaminhar a paciente para a realização da biópsia da
lesão, informando-a sobre a possibilidade de uma
neoplasia
ANATOMIA DAS HEMORROIDAS
DEFINIÇÃO
DOENÇA HEMORROIDÁRIA
CLASSIFICAÇÃO
੦ hemorroidas internas
੦ hemorroidas externas
੦ hemorroidas mistas

Fonte: Acervo pessoal Dr José Américo Bacchi Hora


DOENÇA HEMORROIDÁRIA
SINTOMAS
Hemorroidas internas
੦ sangramento indolor e prolapso

Hemorroidas externas
੦ dor e abaulamento
DOENÇA HEMORROIDÁRIA
CLASSIFICAÇÃO DE GOLIGHER
Hemorroidas internas
੦ grau I
੦ grau II
੦ grau III
੦ grau IV

Fonte: Acervo pessoal Dr José Américo Bacchi Hora


INDICAÇÕES DE CIRURGIA
TRATAMENTO CIRÚRGICO ELETIVO
੦ 10-20% dos sintomáticos
੦ indicações
• trombose de repetição
• H. Internas, Graus III e IV
• “Insucesso” do
tratamento clínico
INDICAÇÕES DE CIRURGIA
CIRURGIA DE URGÊNCIA
Indicação decrescente
੦ maior risco de complicações
• estenose anal
• hemorragia
• sepse perianal
੦ 48 h iniciais
• resultados semelhantes à
• hemorroidectomia eletiva
• encurtamento do período
de doença
O QUE VOCÊ DEVE LEMBRAR

੦ abdome agudo inflamatório


੦ hérnias inguinais
੦ infecção de ferida
੦ abdome agudo obstrutivo
੦ abdome agudo perfurativo
੦ doença hemorroidária

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