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CIRURGIA prac ti c u s

SUMÁRIO.
• Hérnia Inguinal • Trauma 140
Estrangulada 3
• Hiperplasia Prostática
• Neoplasia de Próstata 12 Benigna + Prostatite 148

• Pielonefrite • Colecistite Calculosa


Obstrutiva 26 Aguda Biliar 159

• Pneumotórax + Trauma
de Pelve 39

• Trauma com Ferimento


por Arma Branca 55

• Doença Diverticular 66

• Sutura 75

• Torção Testicular 81

• Melanoma 92

• Abdome Agudo
Obstrutivo 102

• Abdome Agudo
Obstrutivo II 116

• Apendicite 127

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CIRURGIA prac ti c u s

HÉRNIA INGUINAL
ESTRANGULADA
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Local de atuação: Unidade de Atenção secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas;
● leitos de internação;
DESCRIÇÃO DO CASO:
Paciente de 35 anos vem à consulta em Pronto Atendimento, com queixa de dor em
região inguinal à direita intensa.
ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO
NÃO DEVE SER TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

● Realizar anamnese adequada


● Solicitar e interpretar o exame físico adequadamente
● Solicitar exames laboratoriais se necessários relacionados ao caso clínico de
acordo com a anamnese realizada ao paciente e hipótese diagnóstica
● Orientar o paciente sobre o diagnóstico inicial e sobre as possíveis medidas a
serem tomadas, retirar dúvidas.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,
REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES AO ATOR
Paciente com 35 anos, pedreiro, hígido, nega alcoolismo ou tabagismo.
Nega alergias ou cirurgias abdominais prévias; Se questionado referir que ganhou peso
nos últimos meses;
Comparece ao Pronto atendimento com queixa de náuseas, 1 episódio de vômito,
náuseas e dor inguinal à direita iniciado há 8 horas. Nega parada de eliminação de
flatos ou fezes.
Quando questionado sobre características da dor: Refere dor intensa +8/10+, com
irradiação para região inguinal e testicular à direita acompanhado de abaulamento
local sem redução espontânea há 8 horas; Nega fatores de piora ou melhora, tipo de
dor constante e progressiva.
Se questionado sobre episódios similares prévios: mencionar episódios de abaulamento
inguinal prévio porém com redução espontânea;

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Cirurgia Geral

EXAME FÍSICO E SINAIS VITAIS

EXAME FÍSICO:

- Regular estado geral, agitado, desidratado ++/4+, hipocorado +/4+, anictérico e


acianótico e febril.
Aparelho respiratório e Cardiovascular: Sem anormalidades
Abdome: globoso, levemente distendido, dor à palpação de hipogástrio, DB (-).
Região inguinal: presença de abaulamento irredutível à direita com eritema e calor
local.
Punho percussão de dorso: indolor bilateralmente.

SINAIS VITAIS:
PA: 120 x 80 mmHg
FC: 125 bpm
FR: 21 irpm
TEMPERATURA: 38,1 C

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Cirurgia Geral

TOQUE RETAL:

Esfíncter normotônico e presença de fezes em ampola retal, ausência de sangue em


dedo de luva.

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Cirurgia Geral

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CIRURGIA p ra c tic us

ITENS DE DESEMPENHADO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO

1.Apresentação: (1) identifica-se e (2) cumprimenta


o paciente simulado.
0 0,50
Adequado: realiza as duas ações.
Inadequado: realiza uma ou não realiza ação
alguma.

2. Pergunta sobre as características da dor:


localização; (2) irradiação; (3) tipo; (4) fatores piora/
melhora; (5) intensidade. (6) tipo (7)progressão.
0 0,50
Adequado: pergunta 6 ou 7 itens;
Inadequado: pergunta 5 ou menos características;

3. Pergunta sobre sintomas associados:


(1) vômito/náusea; (2) alteração de hábito intestinal;
(3) febre(4) calafrios;
Adequado: pergunta 4 sinais ou sintomas 0 0,50
associados.
Inadequado: pergunta 3 ou menos sinais ou
sintomas associados;

4. Solicita o exame físico com avaliação de região


inguinal. 0 1,0
Adequado: solicita. Inadequado: não solicita.

5. Solicita toque retal


Adequado: Solicita 0 0,50
Inadequado: Não solicita

6. Solicita exame fisico e sinais vitais


Adequado: Solicita 0 0,50
Inadequado: Não solicita

7.Solicita exames laboratoriais pelo menos


Hemograma completo e PCR;
0 1,0
Adequado: Solicita
Inadequado: Não solicita

8.Verbaliza aumento de PCR;


Adequado: Verbaliza 0 0,50
Inadequado: Não verbaliza

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ITENS DE DESEMPENHADO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO

9. Verbaliza hipótese diagnóstica de HÉRNIA


INGUINAL À DIREITA COM SINAIS DE
ESTRANGULAMENTO. 1,0
Adequado: Verbaliza
Inadequado: Não verbaliza

10. Orienta paciente sobre diagnóstico.


Adequado: Orienta 0 0,50
Inadequado: Não orienta

11. Solicita avaliação de Cirurgião geral ou do


Aparelho digestivo
0 0,25
Adequado: Solicita
Inadequado: Não solicita

12. Indica a necessidade de cirurgia de urgência


para resolução do quadro.
0 0,25
Adequado: Solicita
Inadequado: Não solicita

13. Orienta internação, jejum, HEV, Analgesia.


0 1,0
Adequado: Orienta as condutas4;
Inadequado: Orienta 3 ou menos;

14. Orienta sobre acessos cirúrgicos com


colocação de tela:
Adequado: Inguinotomia ou laparoscopia. 0 0,50
Inadequado: Não orienta ou apenas verbaliza 1 dos
acessos.

15. Solicita termo de consentimento;


Adequado: Solicita 0 0,50
Inadequado: Não solicita

16.Questiona dúvidas
Adequado: Questiona 0 0,50
Inadequado: Não questiona

17.Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao
participante. 0 0,50
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

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CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO HERNIA INGUINAL


EPIDEMIOLOGIA

● > 20% Homens e 5% mulheres;


● > 95% hérnias inguinais e < 5 % hernias femorais;
Mulheres têm mais hernia femoral do que homens porém as inguinais são mais
comuns em ambos sexos; Sendo mais comum à direita;

Hérnia indireta : é a mais comum é dada patência do conduto peritônio-vaginal causa


congênita; lembrar que é lateral aos vasos epigástricos e ao exame físico vai de encontro
à ponta do dedo; > risco de encarcerar;
Hérnia direta: fraqueza de parede medial aos vasos epigástricos ao exame físico é lateral
ao dedo; < risco de encarcerar;

Femoral: abaixo do ligamento inguinal;

DIAGNÓSTICO: CLINICO

CLÍNICA: DOR, PESO LOCAL SINTOMAS PIORAM COM ESFORÇO;

EXAME FÍSICO: REALIZAR EM PÉ E DEITADO + VALSALVA

EXAMES LABORATORIAIS: ? INESPECÍFICOS

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: HIDROCELE, PUBEÍTE, ABSCESSO,


LINFONODOMEGALIA.

TRATAMENTO: HERNIOPLASTIA INGUINAL ELETIVA

EXAME DE IMAGEM : USG / TC / RNM (PO)


DÚVIDAS OU PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO;

SE ENCARCEROU OU ESTRANGULOU? CIRURGIA DE URGÊNCIA

COMPLICAÇÕES:

● ENCARCERAMENTO
● ESTRANGULAMENTO
DEFINIÇÕES:

ENCARCERAMENTO:
HÉRNIA SAI DE FORMA AGUDA E NÃO RETORNA, DIMINUIÇÃO DE RETORNO VENOSO.
PACIENTE REFERE DOR E A PROGRESSÃO PODE HAVER ESTRANGULAMENTO
(NECROSE);

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CIRURGIA prac ti c u s

SINAIS DE ESTRANGULAMENTO: > 6 horas, DOR ABDOMINAL, sinais flogísticos, febre,


taquicardia, obstrução intestinal.

SINAIS DE ENCARCERAMENTO: DOR LOCAL <6 horas, sem sinais logísticos ou


sistêmicos.

ENCARCEROU OU ESTRANGULOU: CIRURGIA NA URGÊNCIA;

ACESSOS: INGUINOTOMIA OU VIDEOLAPAROSCOPIA;


SEMPRE COLOCAR TELA;

REDUZIR ESTÁ AUTORIZADO?

● Se encarceramento recente (Imediato)


● Ausência de comprometimento sistêmico
● Observação após;

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CIRURGIA prac ti c u s

NEOPLASIA DE PRÓSTATA
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Local de atuação: Unidade de Atenção secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas;
● leitos de internação;
DESCRIÇÃO DO CASO:
Paciente de 64 anos sem comorbidades, vem à consulta ambulatorial, com exame
solicitado em UBS há 2 semanas;

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO


NÃO DEVE SER TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1.Realizar anamnese adequada;


2. Solicitar e interpretar o exame físico adequadamente;
3. Solicitar exames laboratoriais S/N relacionados ao caso clínico de acordo
com a anamnese realizada ao paciente e hipótese diagnóstica;
4. Interpretar os exames trazidos ao paciente e orientar o paciente;
5.Solicitar e interpretar exames de imagem referentes a hipótese diagnóstica
caso seja necessário.
6.Orientar o paciente sobre o diagnóstico inicial e sobre as possíveis medidas
a serem tomadas.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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CIRURGIA p ra c tic us

AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS

ORIENTAÇÕES AO ATOR
Paciente de 64 anos sem comorbidades, vem à consulta ambulatorial, com exames
solicitados em UBS há 2 semanas; Refere estar ansioso pelos resultados.

Quando questionado sobre sintomas : nega todos


Questiono sobre fatores de risco:

● Familiares de primeiro grau com diagnóstico de Neoplasia de Próstata;


● Raça Negra; Prostatites crônicas de repetição, Mutações BRCA 2;
Resposta: Refere pai com neoplasia de próstata e irmão mais velho;

Nega tabagismo ou alcoolismo; Nega comorbidades;

Quando questionado sobre uso de INIBIDOR de 5 alfa - REDUTASE (Finasterida) -


Negar;

Questionar ativamente sobre os exames necessários;

Questionar sobre gravidade do quadro e sobre o seu diagnóstico;

Sobre questionamentos fora do checklist responder - “ Não consta no script”


Negar dúvidas ao final;

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1 – EXAME FÍSICO E SINAIS VITAIS

● Bom estado geral, Hidratado, Normocorado, Acianótico, afebril;



● Temperatura: 36,0 °C;
● Pressão arterial: 110 x 70 mmHg;
● Frequência cardíaca: 96 batimentos por minuto;
● Frequência respiratória: 18 incursões respiratórias por minuto;
● Aparelhos respiratório e cardiovascular sem anormalidades.
● Abdome: Globoso, Ruídos hidroáereos e normoativos, normotenso, indolor à
palpação superficial ou profunda, sem dor à descompressão brusca.
● Punho percussão indolor bilateralemente.

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2 - EXAMES LABORATORIAIS

● PSA 21 ng/ml

● Densidade de PSA : PSA (ng/ml) / volume (cc) > 0,15

● Relação PSA livre / PSA TOTAL < 15% ou 0,15

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IMPRESSO 3 - TOQUE PROSTÁTICO

Nódulo endurecido na região posterior esquerda.

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4 - EXAME DE IMAGEM E BIÓPSIA

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA MULTIPARAMÉTRICA


RESULTADO : PI - RADS 4
BIÓPSIA: ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA
PRÓSTATA FRAGMENTOS:
ISUP 2 = GLEASON SCORE 3 + 4 = 7
> 50% fragmentos acometidos
ESTADIAMENTO: T2 b
ALTO RISCO

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 5 - EXAMES DE ESTADIAMENTO

EM ANDAMENTO

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CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

1. Apresenta-se (1) e identifica


adequadamente o paciente (2).
Adequado: realiza os 2 comandos. 0 0,50
Inadequado: não realiza nenhum
dos comandos.

2. Pergunta sobre as MOTIVO DE


CONSULTA
0 0,50
Adequado: pergunta
Inadequado: não pergunta

3.Questiona sobre fatores de


risco para Neoplasia de próstata:
Familiares de primeiro grau
com diagnóstico de Neoplasia
de Próstata (1); Raça Negra (2);
Prostatite crônicas de repetição 0 0,50 1,0
(3), Mutações BRCA 2 (4);
Adequado: Questiona ao menos
sobre 3 fatores de risco.
Inadequado: Questiona sobre 2
ou menos fatores de risco.

4. Questiona sobre tabagismo ou


alcoolismo
Adequado: Questiona por ambos; 0 0,25
Inadequado: Questiona sobre um
ou outro;

5. Pergunta sobre antecedentes


cirúrgicos(1) e comorbidades (2).

Adequado: pergunta sobre os dois 0 1,0


itens.
Inadequado: não pergunta
nenhum dos itens.

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CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

6. Realiza anamnese
perguntando por sintomas:
dor (1) ritmo intestinal (2),
febre ou calafrios (3), sintomas
urinários(4). 0 0,25
Adequado: pergunta todos os 4
itens.
Inadequado: pergunta 3 itens ou
nenhum item.

7.Questiona sobre uso de


INIBIDOR de 5 alfa - REDUTASE
(Finasterida) 0 0,25
Adequado: Questiona
Inadequado: Não questiona

Explicar ao paciente que o PSA


pode aumentar em diversas
ocasiões : HPB (1), PROSTATITE
(2), TOQUE PROSTÁTICO (3),
0 0,25
SVD(4), EJACULAÇÃO(5);
Adequado: Orienta sobre 5
ocasiões que aumentam o PSA;
Inadequado: Não orienta

8. Solicita o exame físico e sinais


0 1,0
vitais.

9. Solicita toque prostático


Adequado: solicita 0 1,0
Inadequado: não solicita

10. Solicita os exames trazidos


pelo paciente;
0 1,0
Adequado: solicita
Inadequado: não solicita

11. Interpreta de maneira


adequada o PSA
Adequado: interpreta alteração
0 0,25
em PSA (Aumentado)

Inadequado: não interpreta

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CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

12. Indica necessidade de RM


multiparamétrica e Biópsia
0 0,50
Adequado: Indica
Inadequado: Não indica

13. Verbaliza o diagnóstico de


Neoplasia de Próstata e alto risco e
explica ao paciente; 0 0,25
Adequado: Verbaliza
Inadequado: Não Verbaliza

14. Orienta necessidade de


exames de estadiamento:
Tomografia de abdome e pelve;
Cintilografia óssea e /ou PET - 0 1,0
PSMA
Adequado:Solicita
Inadequado: Não solicita

15. Solicita avaliação de


urologista e orienta paciente
sobre tipo de tratamento e
acompanhamento (RT/ Cirurgia
ou seguimento) a depender de 0 0,25
resultado de exames;
Adequado: Solicita e orienta
Inadequado: Não solicita e/ou não
orienta

16. Orienta o paciente sobre a


gravidade do quadro e questiona
dúvidas
0 0,25
Adequado: Orienta e questiona
Inadequado: Não orienta e não
questiona

17. Realiza adequadamente a


sequência das tarefas, conforme
solicitado nas orientações ao
0 0,50
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

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CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO : Neoplasia de Próstata


FATORES DE RISCO:
CÂNCER MAIS COMUM DEPOIS DE PELE NÃO MELANOMA; ALTA INCIDÊNCIA PORÉM
UMA BAIXA MORTALIDADE DADA A HISTÓRIA LONGA DA PATOLOGIA. 1 EM CADA 8
HOMENS VÃO TER CA DE PRÓSTATA;
FATORES DE RISCO:

● HISTÓRIA FAMILIAR ( IRMÃO / PAI )


● ETNIA (NEGROS) EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS
● PROSTATITE CRÔNICA A REPETIÇÃO
● MUTAÇÕES GENÉTICAS > COMUM BRCA 2
● IDADE AVANÇADA
NÃO SÃO FATORES DE RISCO:

● TABAGISMO
● USO DE TESTOSTERONA
● MASTURBAÇÃO
● AINES E AAS
● VASECTOMIA
RASTREAMENTO (SCREENING) - ESTUDO DE GRUPO DE RISCO ASSINTOMÁTICO
LEMBRE-SE: O rastreamento quando realizado é para pacientes assintomáticos e
saudáveis.
INDICAÇÕES DE RASTREIO MINISTÉRIO DE SAÚDE:

● OFERECER E NÃO EXIGIR O RASTREIO AO PACIENTE ASSINTOMÁTICO


● CONVERSAR COM O PACIENTE SOBRE OS RISCO DO RASTREIO
● BENEFÍCIOS A LONGO PRAZO (10 A 15 ANOS)
EXAMES:
PSA - TEST : ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO

● Antígeno Prostático Específico (PSA): não é específico para câncer;


○ Valor de corte é o PSA > 2,5.
● ○ ATENÇÃO: pode haver câncer com PSA normal, por tal é importante a realização
do toque retal a maior porcentagem de neoplasia é em zona periférica da próstata.

○ O valor de PSA pode estar elevado em casos de Hiperplasia prostática
benigna, prostatite, toque, SVD ou ejaculação. E o PSA pode estar baixo
em pacientes que fazem uso de inibidor de 5α-redutase e obesidade.

● PSA - CAUSAS QUE AUMENTAM :


-HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB)
-PROSTATITE
-TOQUE RETAL
-SONDAGEM VESICAL

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CIRURGIA prac ti c u s

-EJACULAÇÃO
CAUSAS QUE DIMINUEM O PSA:
INIBIDORES DE 5 ALFA-REDUTASE ( FÁRMACOS TAIS COMO: FINASTERISA,
DUTASTERIDA) E
OBESIDADE;

O PSA - refinamentos:

Densidade de PSA:
- PSA (ng/ml) / volume prostático (cc) > 0,15 aumenta suspeição de
câncer de próstata;

Relação:
- PSA livre/ PSA total:
<15%: muito baixo, aumenta suspeita de câncer; Entre 15 e 25%: duvidosa; > 25%: maior
chance de ser HPB;
Velocidade de aumento:
PSA aumentar mais de 0,75 ng/mL ao ano é sugestivo de benignidade, estando entre
4 e 10 ng/mL.
No caso de câncer, esse aumento é progressivo e mais lento.
Se quadro metastático, o aumento pode ser IMPORTANTE.

DIAGNÓSTICO:
Toque retal: Necessário e fornece o estadiamento local;

CORRELAÇÃO COM ESTADIO T


T1 - NORMAL (FIBROELÁSTICA SEM NÓDULOS)
T2 - NÓDULO CIRCUNSCRITO ENDURECIDO
T3 - ENDURECIMENTO/NÓDULO MAL DEFINIDO
T4 - PRÓSTATA PÉTREA, FIXA, ADERIDA.

Ressonância Magnética Multiparamétrica: para


estadiamento local. Realizada antes da biópsia.

PI-RADS:
- 1: muito baixa probabilidade de câncer significante;
- 2: baixa probabilidade de câncer significante;
- 3: risco indeterminado de câncer significante;
- 4: risco moderado de câncer significante;
- 5: alta probabilidade de câncer significante;

Biópsia de próstata: dá o diagnóstico definitivo do tumor.

ESCORE DE GLEASON: grau de desorganização das glândulas;

- Padrão mais frequente (1 a 5) + 2o padrão mais frequente (1 a 5); § A partir do Gleason 3, é


considerado adenocarcinoma de próstata.

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CIRURGIA prac ti c u s

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

● ESTADIO T
● GLEASON/ISUP
● PSA

MUDAR CORES DA TABELA

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CIRURGIA prac ti c u s

Intermediário pode ser dividido em :


Favorável:
ISUP 1 ou 2;

PSA com < 50% de fragmentos acometidos por tumor.

Desfavorável:
2 ou 3 critérios para intermediário;
ISUP 3;
> 50% de fragmentos acometidos por tumor.
DISSEMINAÇÃO:

Linfonodos (N):
A principal disseminação linfática do tumor de próstata é para os linfonodos ilíacos - N1.

Metástase (M):
Se acometimento em algum linfonodo em região da ilíaca comum, considerar
metástase (M1a).

Se qualquer metástase à distância M1b.

Exames:
- Intermediário favorável ou menor: apenas RMN;

SEMPRE PARA alto risco (se intermediário desfavorável : opcional)


● Cintilografia óssea/ TC Abdome e pelve/ PET-PSMA: para pacientes de alto risco;
TRATAMENTO: A depender de tumor localizado ou disseminado;

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CIRURGIA prac ti c u s

PIELONEFRITE OBSTRUTIVA
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Você está de plantão no Pronto-Socorro (PS) de um hospital universitário. Foi solicitada uma
interconsulta referente a um paciente com 30 anos de idade, que chegou ao PS com dor
lombar intensa, do tipo cólica, há 24 horas, associada a febre de 38,3 °C, náuseas e hematúria
macroscópica. No momento de seu atendimento, o paciente já havia sido medicado com
analgésicos endovenosos pela equipe da clínica médica e realizado alguns exames laboratoriais
e de imagem.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO


NÃO DEVE SER TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, deverão ser realizadas as seguintes tarefas:


- realizar o atendimento do paciente;
- interpretar os exames do paciente e ampliar propedêutica, se necessário;
- orientar o paciente sobre a conduta terapêutica.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1 – EXAME FÍSICO

● Regular estado geral, Desidratado +/4+, Normocorado, Acianótico, Febril;


● Temperatura: 37,9 °C;
● Pressão arterial: 110 x 70 mmHg;
● Frequência cardíaca: 96 batimentos por minuto;
● Frequência respiratória: 20 incursões respiratórias por minuto;
● Abdome: plano, ruídos hidroaéreos e normoativos, normotenso dor à palpação
profunda em flanco direito, sem dor à descompressão brusca.
● Percussão dolorosa à direita.
● Aparelhos respiratório e cardiovascular sem anormalidades.

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2 – EXAMES LABORATORIAIS

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO

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CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

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CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES AO ATOR

Paciente de 30 anos comparece ao Pronto atendimento com queixa de dor intensa em região
lombar à direita; Negar quadros similares prévios;

Quando questionado: entregar exame de ultrassom realizado em UBS;

Quando questionado o ator deve informar que a dor é de caráter constante, progressiva
acompanhado de febre, calafrios, náuseas e 2 episódios de vômitos e se questionado: referir dor
e ardência ao urinar.
Se questionado: Informar sobre baixa ingesta hídrica;

Questionar ativamente qual é seu diagnóstico, sua gravidade e sobre a real necessidade de
internação hospitalar;
Sobre questionamentos fora do checklist responder - “ Não consta no script”
Negar dúvidas ao final;

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CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

1. Apresenta-se (1) e identifica


adequadamente o paciente (2).
Adequado: realiza os 2 comandos. 0 0,25
Inadequado: não realiza nenhum
dos comandos.

2. Pergunta sobre as características


da dor: tempo de início (1),
localização (2), progressão (3),
fatores de melhora ou piora (4),
intensidade (5), tipo (6), progressão
0 0,50
(7).
Adequado: pergunta todos os 7
itens.
Inadequado: pergunta apenas 6 ou
menos itens.

3. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados: náuseas
ou vômitos (1), ritmo intestinal (2),
febre (3), sintomas urinários(4).
Adequado: pergunta todos os 4
0 0,25 0,50
itens.
Parcialmente adequado: pergunta
2 ou 3 itens.
Inadequado: pergunta apenas 1 ou
nenhum item.

4. Pergunta sobre antecedentes


cirúrgicos(1) e comorbidades (2).
Adequado: pergunta sobre os dois
itens. 0 0,50 1,0
Parcialmente adequado: pergunta
sobre um item. Inadequado: não
pergunta nenhum dos itens.

5. Solicita o exame físico. 0 1,0

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CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

6. Solicita os exames
complementares de imagem como
plano diagnóstico.
Adequado: solicita tomografia de 0 0,50
abdome sem contraste.
Inadequado: não solicita nenhum
exame ou solicita exame incorreto.

7. Solicitar exames laboratoriais:


Urina tipo 1 ; URC; Hemograma
completo; Função renal (ureia e
creatinina); hemocultura; Eletrólitos
0 0,50
(sódio e potássio);
Adequado: Solicita os 6 exames;
Inadequado: Solicita 5 ou menos
exames;

8. Interpreta de maneira adequada


exames laboratoriais: Hemograma
com leucocitose (1) e função renal
alterada (2).
Adequado: verbaliza os 2 itens.
0 0,25 0,50
Parcialmente adequado: verbaliza 1
item.
Inadequado: verbaliza nenhum
item.

9. Interpreta de maneira adequada


a tomografia de abdome, fazendo
hipótese diagnóstica de uropatia
obstrutiva/litíase urinária (1) com
infecção urinária (2). Pielinefrite
obstrutiva (3)
Adequado: fornece a hipótese
diagnóstica de uropatia obstrutiva/
litíase urinária com infecção 0 0,25 0,50
urinária/ pielonefrite obstrutiva
Parcialmente adequado: fornece
apenas a hipótese diagnóstica de
infecção urinária OU a de uropatia
obstrutiva/litíase urinária.

Inadequado: não informa


diagnóstico correto.

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CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

10. Verbaliza diagnósticos


diferenciais: lombalgia mecânica (1)
hérnia fiscal (2) pancreatite aguda
(3) pielonefrite aguda (4)
0 0 0,25
Adequado: Verbaliza ao menos 3
diagnósticos diferenciais;
Inadequado: Verbaliza 2 ou menos
diagnósticos diferenciais;

11. Indica antibioticoterapia


endovenosa e analgesia +
antiespasmódico e HEV.
0 0,50
Adequado: Indica todas as
condutas
Inadequado: Não indica

12. Indica tratamento desobstrução


na urgência - cirúrgico para
desobstrução renal direita (cateter
0 0,50
duplo J/nefrostomia percutânea).
Adequado: Indica
Inadequado: Não indica

13. Explica, com linguagem clara,


as hipóteses diagnósticas para o
paciente simulado.
Adequado: explica sobre a uropatia
obstrutiva/litíase urinária e sobre a
0 0,25 0,50
infecção urinária
Parcialmente adequado: explica
um dos diagnósticos.
Inadequado: não fornece
explicações ao paciente simulado.

13. Orienta o paciente sobre


a necessidade de internação 0 1,50
hospitalar imediata.

14. Orienta o paciente sobre a


gravidade do quadro, com risco de 0 0,50
sepse de origem urinária e óbito.

34
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

15. Orienta que após 4-6 semanas


do quadro se realizará tratamento 0 0,75
definitivo do cálculo;

15. Realiza adequadamente a


sequência das tarefas, conforme
solicitado nas orientações ao
0 0,25
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

35
CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO - CÓLICA URETERAL


DEFINIÇÃO
A CÓLICA URETERAL OU CÓLICA NEFRÉTICA SE CARACTERIZA POR DOR LOMBAR SÚBITA E DE
FORTE INTENSIDADE IPSILATERAL AO CÁLCULO, GERALMENTE CAUSADA PELA MIGRAÇÃO DE
UM CÁLCULO DO CÁLICE OU PELVE RENAL PARA O URETER.
PODE SER CAUSADA, COM MENOR FREQUÊNCIA, PELA MIGRAÇÃO INTRARRENAL DO CÁLCULO.

SINTOMAS ASSOCIADOS: NÁUSEAS, VÔMITOS E SUDORESE E IRRADIA PARA A PARTE ANTERIOR


DO ABDOME.
CÁLCULOS NO TERÇO DISTAL DO URETER PODEM CAUSAR DISÚRIA E POLACIÚRIA, ALÉM
DE DOR IRRADIADA PARA O ESCROTO/ TESTÍCULO NO HOMEM OU GRANDES LÁBIOS NA
MULHER.

EPIDEMIOLOGIA:
HOMENS APRESENTAM UMA PREVALÊNCIA MAIOR, ASSIM COMO INDIVÍDUOS OBESOS E
COM SOBREPESO QUANDO COMPARADOS A PESSOAS COM ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA
NORMAL.

ETNIA - INDIVÍDUOS BRANCOS NÃO HISPÂNICOS E NEGROS. PACIENTES COM SD METABÓLICA


APRESENTAM UMA ASSOCIAÇÃO POSITIVA COM ANTECEDENTE DE CÁLCULO RENAL, E
DIABÉTICOS APRESENTAM UMA CHANCE MAIOR DE REFERIR UM EVENTO RELACIONADO A
LITÍASE URINÁRIA DO QUE NÃO DIABÉTICAS.

FISIOPATOLOGIA:

CÓLICA URETERAL TEM ORIGEM NA OBSTRUÇÃO NA VIA URINÁRIA PELO CÁLCULO, SEJA ELA
COMPLETA OU PARCIAL, GERANDO AUMENTO DA PRESSÃO INTRALUMINAL, ESTIRAMENTO E
ESPASMO DA MUSCULATURA LISA DA PAREDE URETERAL, ALÉM DE DISTENSÃO DA CÁPSULA
RENAL COM ATIVAÇÃO DE RECEPTORES DE PRESSÃO.

OCORREM ESTÍMULOS DAS TERMINAÇÕES NERVOSAS RESPONSÁVEIS PELA PERCEPÇÃO


DOLOROSA E ATIVAÇÃO DE UMA CASCATA SISTÊMICA DE LIBERAÇÃO DE PROSTAGLANDINAS
E HORMÔNIOS RESPONSÁVEIS PELOS SINTOMAS TÍPICOS DA CÓLICA NEFRÉTICA.

EXAME FÍSICO:

CASO CLÍNICO PRACTICUS:

PACIENTE REFERE DOR LOMBAR DE FORTE INTENSIDADE. SE APRESENTA AGITADO E


SUDOREICO.
DOR GERALMENTE NÃO MELHORA COM DECÚBITO OU POSIÇÕES ESPECÍFICAS. SE ATENTAR
A SINAIS DE POSSÍVEL INFECÇÃO ASSOCIADA;

EXAME FÍSICO: ABDOME É FLÁCIDO. O SINAL DE GIORDANO, CARACTERIZADO POR DOR Á


PUNHOPERCUSSÃO DA REGIÃO LOMBAR, É POSITIVO.

É IMPORTANTE LEMBRAR QUE ESTE SINAL NÃO É PATOGNOMÔNICO DE CÁLCULO URETERAL,


PODENDO TAMBÉM SER ENCONTRADO EM PACIENTES COM OBSTRUÇÃO DE OUTRAS

36
CIRURGIA prac ti c u s

ETIOLOGIAS OU PROCESSOS INFECCIOSOS COMO PIELONEFRITE AGUDA.

PODEM ESTAR ASSOCIADAS HIPERTENSÃO E TAQUICARDIA. FEBRE NÃO É COMUM E SUA


PRESENÇA PODE INDICAR A OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA OU OUTRA
DOENÇA.

EXAMES LABORATORIAIS: PIELONEFRITE OBSTRUTIVA - CASO PRACTICUS


HEMOGRAMA, HEMOCULTURA, UROCULTURA, URINA TIPO I , FUNÇÃO RENAL (URÉIA E
CREATININA), ELETRÓLITOS (SÓDIO E POTÁSSIO);

URINA TIPO 1:
EXAME DE URINA TIPO 1 PODE REVELAR: LEUCOCITÚRIA E HEMATÚRIA DE LEVE A MODERADA
INTENSIDADE.
PRESENÇA DE CRISTAIS DE CÁLCULOS NO SEDIMENTO URINÁRIO.

CULTURA DE URINA: SEMPRE QUE HOUVER SUSPEITA DE INFECÇÃO URINÁRIA;

PROPEDÊUTICA ARMADA

-BOA ANAMNESE
-EXAME FÍSICO DIRECIONADO
-EXAME DE IMAGEM

O DIAGNÓSTICO DEFINITIVO É SEMPRE REALIZADO POR EXAMES DE IMAGEM, QUE ALÉM DE


EVIDENCIAREM O CÁLCULO, FORNECEM INFORMAÇÕES IMPORTANTES COMO SEU TAMANHO
E LOCALIZAÇÃO, ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO.

A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SEM CONTRASTE É O EXAME PADRÃO - OURO EM


PACIENTE COM SUSPEITA DE LITÍASE URINÁRIA - A TC PERMITE A AFERIÇÃO DA DENSIDADE
DO CÁLCULO EM UNIDADES HOUNSFIELD, QUE É UMA MEDIDA INDIRETA DA DUREZA DO
CÁLCULO, A QUAL PODE INFLUENCIAR NA ESCOLHA DO TRATAMENTO.

NÃO REQUER A ADMINISTRAÇÃO DE CONTRASTE ENDOVENOSO, DETECTA CÁLCULOS


RADIOLUCENTES, VISUALIZA CÁLCULOS PEQUENOS DE ATÉ 1 A 2 mm, DIAGNÓSTICA URETERO
HIDRONEFROSE, ALÉM DE OUTRAS ANORMALIDADES RENAIS E INTRA-ABDOMINAIS QUE
PODEM FAZER PARTE DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LITÍASE URETERAL.

A ULTRASSONOGRAFIA DO TRATO URINÁRIO É INDICADA EM PACIENTES GRÁVIDAS OU COM


OUTRAS CONTRAINDICAÇÕES À TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - ACURÁCIA INFERIOR
À TOMOGRAFIA, MAS PERMITE A IDENTIFICAÇÃO DO CÁLCULO EM APROXIMADAMENTE
METADE DOS CASOS OU REVELA SINAIS INDIRETOS DE OBSTRUÇÃO DO SISTEMA COLETOR
RENAL COMO A PRESENÇA DE HIDRONEFROSE.

A RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME ISOLADAMENTE APRESENTA ACURÁCIA MUITO BAIXA


NO DIAGNÓSTICO DE CÁLCULOS URETERAIS E DEVE SER REALIZADA APENAS QUANDO NÃO
HOUVER OUTROS EXAMES DISPONÍVEIS.

A ULTRASSONOGRAFIA ASSOCIADA A RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME PODE SER


UTILIZADA EM SERVIÇOS QUE NÃO DISPONHAM DE TC.

PROTOCOLO PARA CONDUTA:

AS MEDICAÇÕES MAIS AMPLAMENTE UTILIZADAS SÃO OS ANTIESPASMÓDICOS:


(N-butilescopolamina 20 mg), ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES (DIPIRONA 1 g), AINES (EM
AUSÊNCIA DE DISFUNÇÃO RENAL).

37
CIRURGIA prac ti c u s

A MEDICAÇÃO DE PRIMEIRA ESCOLHA E A MAIS UTILIZADA EM NOSSO MEIO (BUSCOPAN


COMPOSTO) POR VIA ENDOVENOSA, DEVIDO A SEUS EFEITOS ANTICOLINÉRGICOS SOBRE A
MUSCULATURA LISA, ALÉM DA ANALGESIA.

ASSOCIA-SE UM AINE ENDOVENOSO ( CETOPROFENO - 100MG) QUANDO NÃO HOUVER


CONTRAINDICAÇÃO, DISFUNÇÃO RENAL. ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL ( TRAMADOL
50-100 MG, MORFINA 2-5 MG) DEVEM SER UTILIZADOS QUANDO NÃO HOUVER RESPOSTA À
MEDICAÇÃO DE 1 LINHA;
DEPOIS DO TRATAMENTO DA CRISE AGUDA, DEVE-SE ESTABELECER UM PLANO TERAPÊUTICO,
BASEADO PRINCIPALMENTE NO CONTEXTO CLÍNICO E NA ESCOLHA DO PACIENTE APÓS
ORIENTAÇÃO ADEQUADA.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

● Lombalgia mecânica;

● Hérnia discal;

● Causas obstétricas / ginecológicas;

● Outras causas de abdome inflamatório;

● Pielonefrite aguda.

Se pielonefrite obstrutiva: SEDIMENTE O CONHECINMENTO;


● Antibiótico;
● Hidratação;
● O2 Se necessário;
● Monitorização;
● Desobstrução imediata.

● Desobstrução IMEDIATA: Duplo J e Nefrostomia percutânea.

TRATAMENTO DEFINITIVO: APÓS 4 - 6 SEMANAS PÓS PROCESSO INFECCIOSO

● LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA (LECO)


● URETEROLITOTRIPSIA FLEXÍVEL

38
CIRURGIA prac ti c u s

Pneumotórax + trauma de pelve


INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.

A unidade possui a seguinte infraestrutura:

- setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


- laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
- leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente vítima de colisão moto x carro há 1 hora, atendido no pré-hospitalar, não houve
perda de consciência na cena. Sinais vitais: FR: 27 irpm SatO2: 82% em ar ambiente,
FC: 131 bpm PA: 80 x 60 mmHg.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Realizar a anamnese do paciente
2. Realizar o exame físico
3. Oriente o(s) diagnóstico(s) a paciente.
3. Realizar o(s) procedimentos se necessário

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.
IMPRESSO 1

B) Exame torácico:

39
CIRURGIA p ra c tic us

Inspeção: tórax atípico, sem retrações ou abaulamentos;


Palpação: expansibilidade reduzida em hemitórax esquerdo e preservada em
hemitórax direito;
Percussão: hipertimpânica em hemitórax esquerdo e som claro pulmonar em
hemitórax direito
Ausculta: abolida à esquerda e murmúrio vesicular fisiológico presente em todo
hemitórax direito. FR: 30 irpm, SatO2: 85% em máscara de O2 alto fluxo.
Turgência jugular

40
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2

Se o candidato solicitasse drenagem torácica à esquerda, o examinador levantaria a


seguinte placa: “saída imediata de ar - Exame físico sem alterações, FR: 17 irpm Sat:97%
com máscara de O2 de alto fluxo.

41
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

C: PA: 85x40 mmHg, FC 136 bpm, Abdome plano, sem sinais de irritação peritoneal

Pelve: dor intensa à palpação da sínfise púbica, com espaço de 4 dedos entre os ossos
púbicos

42
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4
Fast: janela pélvica positiva

43
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 5

RX DE PELVE:

44
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 6

D) Neurológico: Glasgow 14, sem déficits focais

45
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 7
E) Exposição: sem sinais de fraturas em membros.

46
CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES AO ATOR

● Sofreu acidente há 1 hora de carro


● Conversa normal
● Se questionar sobre sintomas: falta de ar, dor para respirar, fome de ar
● Se o candidato questionar ativamente sobre dor em região pélvica, confirmar.
● Se candidato não for específico em relação a dor, seja inespecífico ao informar o
local da dor.

47
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

1. Apresentou-se
Adequado: Identificou-se 0 - 0,25
Inadequado: Não identificou-se como médico

2. Lavou as mãos antes de iniciar o


atendimento e paramentou-se
Adequado: Lavou as mãos e se paramentou
Parcialmente adequado: Lavou as mãos ou se 0 0,1 0,25
paramento.
Inadequado: Não lavou as mãos e nem se
paramentou.

3. Solicitou avaliação das vias aéreas, colar


cervical e prancha rígida
Adequado: Avaliou vias aéreas, colar cervical e
prancha rígida.
Parcialmente adequado: Avaliou apenas vias 0 0,5 1,0
aéreas ou estabilização da coluna cervical
(colar cervical e prancha rígida)
Inadequado: Não avaliou vias aéreas e
estabilização da coluna cervical.

4. Solicitou avaliação do aparelho respiratório


ou solicitou saturação, ausculta e percussão do
tórax (incorreto se solicitou apenas avaliação
B)
Adequado: Avaliou respiração e oxímetro 0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: Avaliou apenas
respiração.
Inadequado: Não avaliou respiração e nem
oxímetro

5. Realizou diagnóstico Pneumotórax


Hipertensivo
0 - 0,5
Adequado: Realizou diagnóstico
Inadequado: Não realizou diagnóstico

48
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

6. Indicou realização punção seguida de


drenagem torácica em selo d’água em 5-6o
espaço intercostal entre linha axilar média e
anterior à esquerda?
0 0,25 0,5
Adequado: Indicou ambos os procedimentos
Parcialmente adequado: indicou apenas
punção
Inadequado: Não realizou nenhum dos dois

7. Checou sistema respiratório após


procedimento e definiu melhora do padrão
respiratório
0 - 0,25
Adequado: Realizou exame físico respiratório
após procedimento
Inadequado: Não realizou

8. Solicitou avaliação do C: Sinais vitais ( FC,


PA, Tempo de enchimento capilar) + exame
abdominal e pelve.
Adequado: realizou exame completo
0,75
Parcialmente adequado: solicitou sinais vitais
ou exame abdominal e pelve
Inadequada: não solicitou sinais vitais e
exame abdominal e pelve.

8. Solicitou exames: hemograma, tipagem


sanguínea, provas cruzadas, lactato,
gasometria arterial e Bhcg 0 - 0,25
Adequado: Solicitou exames
Inadequado: Não solicitou exames

9. Instalou 1l de cristaloide aquecido


Adequado: Indicou 1L de cristaloide aquecido 0 - 0,25
Inadequado: Não indicou procedimento

10. Indicou ácido tranexâmico


Adequado: Indicou procedimento 0 - 0,25
Inadequado: Não indicou procedimento

49
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

11. Identificou fratura de pelve ou fratura de


bacia
Adequado: Realizou diagnóstico de fratura de 0 - 1,0
pelve
Inadequado: Não realizou diagnóstico

12. Solicitou Raio X de


Adequado: Solicitou raio x de pelve 0 - 0,5
Inadequado: Não solicitou exames

13. Solicitou FAST


Adequado: Solicitou fast 0 - 0,25
Inadequado: Não solicitou

14. Indicou estabilização da pelve


Adequado: Indicou estabilização de pelve 0 - 0,75
Inadequado: Não indicou procedimento

15. Solicitou avaliação neurológica


Adequado: Avaliou D 0 - 1,0
Inadequado: Não avaliou D

16. Realizou exposição e prevenção de


hipotermia
0 - 1,0
Adequado: Avaliou E
Inadequado: Não avaliou E

17. Orientou paciente sobre a necessidade


de tratamento cirúrgico definitivo
Adequado: Orientou sobre tratamento 0 - 0,25
cirúrgico definitivo
Inadequado: Não orientou procedimento

18. Solicitou avaliação da ortopedia/cirurgião


de trauma
0 - 0,25
Adequado: Solicitou avaliação
Inadequado: Não solicitou

50
CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO TRAUMA

ATLS

A estação de trauma certamente estará na sua prova, então aprenda e deixe todos os
itens medular.

Sempre inicie a estação com o básico:


1- Apresentando-se e questionando o nome e dados da paciente
2- Lavar as mãos e se paramentar ( gorro, óculos, avental e luva)

Em seguida, verbalize e inicie o ABCDE:

A: VÍAS AÉREAS + COLAR CERVICAL + PRANCHA RÍGIDA

- SEMPRE CHECAR E VERBALIZAR COLAR CERVICAL E PRANCHA RÍGIDA


OBS:
1- JÁ HOUVE ESTAÇÕES QUE O ATOR PEDIA PARA RETIRAR O COLAR CERVICAL, MAS
DEVERIA SER ORIENTADO PERMANECER ATÉ AFASTAR ALGUMA LESÃO/FRATURA DE
CERVICAL.
2- RETIRAR A PRANCHA RÍGIDA EM ATÉ 2 HORAS

VÍAS AÉREAS:

● SE O PACIENTE FALAR É SINAL QUE ESTÁ PÉRVIA.


● SE O PACIENTE NÃO VERBALIZAR, PRIMEIRO AFASTAR CORPO ESTRANHO E
DEPOIS INTUBAÇÃO ORO TRAQUEAL SE NECESSÁRIO
INDICAÇÃO DE VIA AÉREA ARTIFICIAL:

● APNEIA
● PROTEÇÃO DA VIA AÉREA
● TCE GRAVE = GLASGOW <= 8
B: RESPIRAÇÃO + OFERECER O2 (MÁSCARA DE O2 ALTO FLUXO) + OXIMETRIA

● SEMPRE VERBALIZAR EXAME RESPIRATÓRIO ( INSPEÇÃO, PALPAÇÃO,


PERCUSSÃO E AUSCULTA), NÃO ESQUEÇA DA OXIMETRIA
Alterações
Se… Desconforto respiratório, Hipotensão, Hipertimpanismo, desvio da traquéia
contralateral e turgência jugular, ausculta abolida => Pneumotórax Hipertensivo

CONDUTA:

● PUNÇÃO DE ALÍVIO COM JELCO 14/16 GAUGE NO 5 ESPAÇO INTERCOSTAL NA


LINHA AXILAR MÉDIA

51
CIRURGIA prac ti c u s

Em seguida DRENAGEM DE TÓRAX NA MESMA TOPOGRAFIA COM DRENO 28 OU 32.

Se… Desconforto respiratório, Hipotensão, MACICEZ A PERCUSSÃO, TRAQUEIA


CENTRALIZADA, JUGULAR COLAPSADA, Ausculta abolida => HEMOTÓRAX MACIÇO

CONDUTA:

- DRENAGEM DE TÓRAX 5 ESPAÇO INTERCOSTAL NA LINHA AXILAR MÉDIA COM


DRENO 28 OU 32.

C: CIRCULAÇÃO + CONTROLE DA HEMORRAGIA

● HIPOTENSÃO NO TRAUMA + CHOQUE HIPOVOLÊMICO/HEMORRÁGICO ( UMA


VEZ DESCARTADO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO)
● SEMPRE AVALIAR FC, PA, ABDOMEN E PELVE
CONDUTA:

● 2 ACESSOS VENOSOS CALIBROSOS


● 1 LITRO DE CRISTALÓIDE AQUECIDO ( SE NÃO HOUVER RESPOSTA, ABRIR
PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA)
● SOLICITAR EXAMES: HEMOGRAMA, TIPAGEM SANGUÍNEA, PROVAS CRUZADAS,
LACTATO, GASOMETRIA ARTERIAL E BHCG ( SE MULHER)
● ÁCIDO TRANEXÂMICO ( PRIMEIRA DOSE NAS PRIMEIRAS 3 HORAS E A SEGUNDA
DOSE EM 8 HORAS)
● SONDA VESICAL PARA AVALIAR DIURESE 0,5ML/H ( AFASTAR CONTRA
INDICAÇÕES: TRAUMA/FRATURA DE URETRA)
● SONDA NASOGÁSTRICA ( AFASTAR FRATURA DE BASE DE CRÂNIO)
● MONITORAMENTO ELETROCARDIOGRÁFICO
● RAIO X ANTEROPOSTERIOR DA PELVE
● FAST/E FAST SE PACIENTE INSTÁVEL VÍTIMA DE TRAUMA ABDOMINAL FECHADO
MAS SEM INDICAÇÃO IMEDIATA DE LAPAROTOMIA
D: DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

● AVALIAR GLASGOW , PUPILAS E EXTREMIDADES


OBS: AVALIAÇÃO PUPILAR CONSISTE EM CHECAR SE ESTÃO FOTORREAGENTES E
SIMETRIA ( ISOCÓRICAS OU ANISOCÓRICAS)

IMAGEM 1 - ISOCÓRICAS: PUPILAS SIMÉTRICAS

IMAGEM 2 - ANISOCÓRICAS: PUPILAS ASSIMÉTRICAS ( PENSAR EM ALTERAÇÃO


NEUROLÓGICA)

52
CIRURGIA prac ti c u s

E: EXPOSIÇÃO + CONTROLE DO AMBIENTE

● DEVE EXPOR TODO O PACIENTE ( RETIRAR TODAS AS ROUPAS) PARA AVALIAR


QUALQUER LESÃO CORPORAL NÃO IDENTIFICADA

● CONTROLE DO AMBIENTE: MANTA TÉRMICA, CRISTALÓIDE AQUECIDO(37-40 oC,


EVITAR BAIXAS TEMPERATURAS NA SALA DO TRAUMA

TRAUMA DE PELVE
Na avaliação do C, faz parte do exame físico investigar fratura de pelve.
Obs: Lembrando que fratura de Pelve pode levar a choque hipovolêmico.

Achados sugestivos de fratura pélvica:


● Achados de fratura de uretra: 1) Hematoma no escroto ou Sangue no meato
uretral ou bexigoma.
● Assimetria entre o comprimento dos membros inferiores.
● Deformidade rotacional do membro inferior.

Avaliação da pelve:
● palpação cuidadosa do anel pélvico
● evitar a manobra de distraçãp ( girar a pelve internamente e em seguida
externamente)
● raio x anterio posterior da pelve

Tipos de fratura de pelve

53
CIRURGIA prac ti c u s

Conduta:

● Reposição volêmica
● Posicionamento da cinta pélvica/lençol ( centrado sobre os trocanteres maiores)
para reduzir o potencial hemorrágico
● Encaminhar para cirurgia de trauma e ortopedista assim que possível
● A embolização arterial é muito comum quando sangramento é arterial, mas outra
opção é o empacotamento pré-peritoneal quando a arteriografia for demorar ou
não estiver disponível.

54
CIRURGIA prac ti c u s

Trauma com Ferimento por arma


branca

INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Terciária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão em uma Unidade de Pronto Atendimento e vai atender
um paciente que brigou em bar há cerca de 40 minutos.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO


DURANTE O ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar o atendimento do paciente.


3. Realizar a conduta necessária para o caso.
3. Realizar o(s) procedimentos se necessário

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

55
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1

B: Exame respiratório
- expansibilidade preservada
- tórax típico
- ausculta sem alterações
- percussão som claro pulmonar

56
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2
C: PA: 120x80, FC: 80 bpm
ACV: brnf 2t s/sopro
Pelve sem sinais de instabilidade

57
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

Ferimento corto contuso em parede anterior do abdomen

58
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4
Inspeção digital negativa

59
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 5
Glasglow 15
Pupilas isofotorreagentes
Extremidades sem alterações

60
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 6
Exposição: sem outras lesões.

61
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

1. Apresentou-se
Adequado: Identificou-se
0 - 0,25
Inadequado: Não identificou-se como
médico

2. Lavou as mãos antes de iniciar o


atendimento e paramentou-se
Adequado: Lavou as mãos e se paramentou
Parcialmente adequado: Lavou as mãos ou 0 0,1 0,25
se paramento.
Inadequado: Não lavou as mãos e nem se
paramentou.

3. Solicitou avaliação das vias aéreas, colar


cervical e prancha rígida
Adequado: Avaliou vias aéreas, colar cervical
e prancha rígida.
Parcialmente adequado: Avaliou apenas vias 0 0,5 1,0
aéreas ou estabilização da coluna cervical
(colar cervical e prancha rígida)
Inadequado: Não avaliou vias aéreas e
estabilização da coluna cervical.

4. Solicitou avaliação do aparelho


respiratório ou solicitou saturação, ausculta
e percussão do tórax (incorreto se solicitou
apenas avaliação B)
Adequado: Avaliou respiração e oxímetro 0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: Avaliou apenas
respiração.
Inadequado: Não avaliou respiração e nem
oxímetro

5. Solicitou PA, FC, exame abdominal e


exame pélvico
Adequado: Avaliou C
Parcialmente adequado: Avaliou parcial ( 0 0,5 1,0
Apenas Sinais vitais ou exame abdominal ou
exame da pelve)
Inadequado: Não avaliou C

62
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

6. Solicitou avaliação neurológica


Adequado: Avaliou D 0 - 1,0
Inadequado: Não avaliou D

7. Realizou exposição e prevenção de


hipotermia
0 - 1,0
Adequado: Avaliou E
Inadequado: Não avaliou E

8. Identificou lesão cortante na abdômen.


Adequado: Identificou lesão 1,0
Inadequado: Não identificou

9. Realizou exploração digital com luva


estéril
Adequado: Realizou exploração digital com
luva estéril após anestesia local
Parcialmente adequado: mencionou a 0 0,50 1,0
exploração digital más não mencionou luva
estéril ou não realizou anestesia local
Inadequado: Não realizou a exploração da
lesão.

10. Orientou paciente que não houve


violação da cavidade.
Adequado: Orientou que não houve 0 - 0,5
penetração cavidade.
Inadequado: Não orientou

11. Indicou sutura com nylon


Adequado: Solicitou avaliação 0 - 0,5
Inadequado: Não solicitou

12. Orientou sinais de alarme (


Sangramento, instabilidade hemodinâmica,
dor abdominal e sinais de infecção da
0 - 1,0
ferida)
Adequado: orientou sinais de alarme
Inadequado: Não orientou

63
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

13. Oriento a necessidade de retorno em 7


dias.
0 - 0,5
Adequado: Oriento retorno
Inadequado: não orientou

64
CIRURGIA prac ti c u s

Resumo Trauma abdominal

INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA
● trauma abdominal + instabilidade hemodinâmica
● arma de fogo
● irritação peritoneal
● sinais de penetração ( evisceração)
● hemorragias de estômago, reto ou trato geniturinário em trauma penetrante
● pneumoperitôneo, ar retroperitoneal ou ruptura de diafragma;

65
CIRURGIA prac ti c u s

Doença Diverticular
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.

A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO
Paciente obeso de 70 anos vem para consulta com você por dor abdominal intensa há
cerca de um dia.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO


DURANTE O ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Realizar a anamnese do paciente
2. Realizar o exame físico
3. Solicitar exames complementares, se necessário.
4. Oriente o(s) diagnóstico(s) a paciente.
5. Realizar o(s) procedimentos se necessário

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS


NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

66
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO E SINAIS VITAIS

Pressão arterial: 130 x 90 mmHg.


Frequência cardíaca: 100 batimentos por minuto.
Frequência respiratória: 20 incursões respiratórias por minuto.
Temperatura: 38,5º C. Regular estado geral, hidratado, normocorado, eupneico, febril.
ABDOME: dor à palpação profunda em hipogástrio, sem dor à descompressão súbita,
sem distensão. Ruídos hidroaéreos normoativos.
Aparelhos respiratório e cardiovascular: sem anormalidades. Punho percussão
negativa bilateralmente.

67
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2
EXAMES LABORATORIAIS
HEMOGRAMA Material: SANGUE
Valores de Referência
HEMÁCIAS.................. 4,85 4,32 a 5,66 milhões/mm3 HEMOGLOBINA..........13,2
13,3 a 16,7 g/dl
HEMATÓCRITO………..39,5%. 39,0 a 50,0 %
VCM.......................... 80 80,0 a 100 fl
HCM...........................27,3 27,3 a 32,6 pg
CHCM.........................34,8 31,0 a 37,0 g/dl
RDW...........................13,0 10,0 a 15,0 %
LEUCÓCITOS.............. 12.110. 3.700 a 9.500 mm3
PLAQUETAS ……........ 250.000 150.000 a 450.000 mm3
UREIA............................: 21mg/dL 10 a 45mg/dL CREATININA...................1,2 mg/dL
0,50 a 1,20mg/dL PCR ......................................... 15 mg/ L <1 mg/ L
Na ………………………..140 mmol/L 135-145
K ………………………… 4,0 mmol/L. 3,5-4,5
Nota(s): 1.Valores de referência de acordo com idade e sexo.

68
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3
Tomografia computadorizada de abdome e pelve:
● Espessamento da parede colônica (> 4mm)
● Borramento da gordura pericolônica
● Abscesso pericolônico 8mm

69
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Check List Inadequado Inadequado
Adequado

1. Apresentou-se e definiu-se como


médico?
0 - 0,25
Adequado: Se apresentou
Inadequado: Não se apresentou

2. Interroga motivo de consulta e


caraterísticas da dor: (1) Aparecimento da
dor (2) Localização (3) Intensidade, (4) Tipo
de dor (5) Irradiação da dor, (6) Fatores de
melhora ou piora da dor.
Adequado: pergunta pelo menos 5 0 0,25 0,75
características
Parcialmente adequado: pergunta pelo
menos 3 características.
Inadequado: pergunta menos de 3
características

3. Interroga sobre Sintomas associados:


(1) febre (2) náuseas (3) vômitos
(4) eliminação de fezes e gases (5)
características das fezes (6) anorexia.
Adequado: pergunta pelo menos 4
0 0,25 0,75
características
Parcialmente adequado: pergunta pelo
menos 2 características.
Inadequado: pergunta menos de 2
características

4. Pergunta sobre antecedentes pessoais


(1) comorbidades, (2) medicações em uso,
(3) cirurgias prévias, (4) alergias (5) álcool
(6) Tabagismo 0 - 0,75

Adequado: Pergunta mais de 3 itens.


Inadequado: não pergunta.

5. Solicita Exame físico geral e sinais vitais


Adequado: solicita as duas caraterísticas
Parcialmente adequado: Solicita apenas 1
característica.
0 0,25 0,75
Inadequado: Não solicita o exame físico
Atenção: O(A) participante só irá pontuar
caso solicite o exame físico ANTES de
receber o impresso.

70
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Check List Inadequado Inadequado
Adequado

6. Solicita sinal de descompressão brusca


e orienta como realizá-lo.

Adequado: solicita.
0 - 1,0
Inadequado: não solicita.
Atenção: O(A) participante só irá pontuar
caso solicite o exame físico ANTES de
receber o impresso.

7 .Solicita e Interpreta: 1)Hemograma, 2)


PCR, 3)Ureia, 4)creatinina, 5)sódio e 6)
potássio.
Adequado: Solicita e Interpreta 4-6 itens.
Parcialmente adequado: Solicita e
interpreta 2-4 itens.
Inadequado: Não interpreta ou solicita 0 0,25 1,0
menos de 2 itens
O candidato só irá pontuar caso ele cite
os exames listados ANTES de receber
o impresso. Só serão considerados
os 6 primeiros exames citados pelo
participante ANTES de receber o impresso.

8. Solicita Tc abdominal com contraste


Adequado: Solicita.
Inadequado: não solicita.
0 - 0,75
O candidato só irá pontuar caso ele cite
os exames listados ANTES de receber o
impresso.

9. Classifica o quadro como Diverticulite


aguda com abscesso (hinchey II).
Adequado: Cita o diagnóstico completo.
0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: cita apenas o
diagnóstico de Diverticulite aguda.
Inadequado: Não Classifica.

10. Indica drenagem do abscesso.


Adequado: Orienta. 0 - 0,75
Inadequado: não orienta.

71
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Check List Inadequado Inadequado
Adequado

11. orienta a paciente sobre a necessidade


de (1) internação hospitalar e (2) jejum
Adequado: indica os dois itens 0 0,25 0,75
Parcialmente Adequado: indica um item.
Não adequado: não indica

12. Orienta: Antibioticoterapia com


metronidazol e ceftriaxona endovenosa.
0 - 0,75
Adequado: indica os dois antibióticos
Não adequado: não indica

13. Solicita colonoscopia eletiva em 4 a 6


semanas após.
0 - 0,5
Adequado: orienta
Inadequado : não orienta.

14. Realiza adequadamente a sequência


das tarefas, conforme solicitado nas
orientações ao participante.
0 - 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

72
CIRURGIA prac ti c u s

Resumo Doença Diverticular


Epidemiologia:

● Pseudodivertículo
● Herniação ou protrusão da mucosa do intestino grosso em forma secular por
meio das fibras musculares.
● 8% da população adulta mundial
● Dieta pobre em fibras, idade e ocidente

Fisiopatologia:

a. Forma Hipertônica: jovem, < 50 anos, constipados, baixa ingesta de líquidos e


fibras, + comum no sigmoide e complicação + comum é infecção
b. Forma Hipotônica: > 60 anos, causado por fraqueza e hipotonicidade da parede,
complicação + comum é a hemorragia
Complicações:
- Sangramento: > à direita
- Diverticulite: > `esquerda

Diverticulite Aguda

● Caracterizada pela inflamação do divertículo


● Fisiopatologia: microperfuração da base com reação inflamatória/infecciosa local
Quadro clínico:

● dor abdominal progressiva a esquerda


● Febre, náusea
● Leucocitose, disúria
➔ Formas complicadas:
o Massa palpável;
o Peritonite
o Sepse;
➔ Diagnóstico

● Quadro clínico e anamnese;


● Exames lab: hemograma e PCR
● Exame padrão-ouro: Tomografia de abdome e pelve com contraste
Obs: Colonoscopia não fazer na fase aguda, mas deve-se fazer após 4-6 semanas da
resolução do quadro para descartar câncer de retossigmóide.
➔ Classificação:
o Diverticulite aguda não complicada:
▪ Apresenta tomografia normal;
▪ Inflamação local, espessamento, borramento de gordura, divertículos
o Diverticulite aguda complicada:

73
CIRURGIA prac ti c u s

- Classificação de Hinchey;
Estádio 1: Abscesso parabólico pequeno, confinado ao mesentério do cólon
Estádio 2: Abscesso grande, distante, localizado na pelve ou retroperitôneo
Estádio 3: Peritonite purulenta decorrente de ruptura de abscesso
Estádio 4: Peritonite fecal decorrente de perfuração livre de um divertículo não
inflamado.
Tratamento:
Não complicada: tratamento clínico ( dieta rica em fibras, antiespasmódicos,
antibioticoterapia com ciprofloxacino + metronidazol)
Quando operar ?

● recidiva 2 ou + episódios
● Jovens
● Imunocomprometidas
● Sintomas Crônicos
● Após uma diverticulite complicada
Quando internar pacientes com diverticulite?

● Diverticulite complicada
● Dor abdominal intensa
● Não tolera ATB VO
● Idosos
● Diabéticos
● Sinais de sepse
● Condição social
● Comorbidades
● Refratários;

Conduta:
Hinchey I: jejum + Sintomático + Antibiótico ( se abscesso > 4cm realizar drenagem
percutânea)
Hinchey II: jejum + Sintomático + Antibiótico + drenagem percutânea
Hinchey III: ATB + Cirurgia ( Colectomia +/- reconstrução primária/Ostomia)
Hinchey IV: ATB + Cirurgia a Hartmann
Atb: ceftriaxona + metronidazol

74
CIRURGIA prac ti c u s

SUTURA
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.

A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas.

DESCRIÇÃO DO CASO

Você está de plantão na UBS e é chamado para atender paciente com ferimento corto-
contuso no braço direito.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO


DURANTE O ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Realizar o atendimento do paciente
2. Realizar e orientar sobre a conduta terapêutica

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS


NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.


75
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1

Não apresenta corpo estranho na ferida



76
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Check List Inadequado Inadequado
Adequado

1. Apresentou-se e definiu-se como


médico?
0 - 0,5
Adequado: Se apresentou
Inadequado: Não se apresentou

2. Lavou as mãos antes de iniciar o


atendimento e paramentou-se
Adequado: Lavou as mãos e se paramentou
Parcialmente adequado: Lavou as mãos ou 0 0,25 0,5
se paramento.
Inadequado: Não lavou as mãos e nem se
paramentou.

3. Questionou o motivo da consulta


Adequado: Questionou motivo da consulta
0 0,25 0,75
Inadequado: Não questionou motivo da
consulta

4. Questionou qual mecanismo do trauma


Adequado: Questionou qual mecanismo do
0 - 0,75
trauma
Inadequado: não questionou.

5.Questionou quanto tempo do trauma:


Adequado: Questionou quanto tempo do
0 - 0,75
trauma
Inadequado: não questionou.

6.Questionou sobre dor e sangramento:


Adequado: Questionou sobre dor e
0 - 0,75
sangramento.
Inadequado: não perguntou.

7.Questionou sobre vacinação:


Adequado: Questionou sobre vacinação 0 - 0,75
Inadequado: não questionou.

8.Realizou inspeção digital da lesão:


Adequado: Realizou inspeção 0 - 0,75
Inadequado: não realizou

77
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Check List Inadequado Inadequado
Adequado

9. Realizou assepsia e anti-sepsia:


Adequado: Realizou assepsia e anti-sepsia 0 - 0,75
Inadequado: não realizou

10. Realizou analgesia com lidocaína com


epinefrina
Adequado: Realizou analgesia com lidocaína 0 - 0,75
com epinefrina
Inadequado: não realizou

11. Questionou o peso da paciente e


realizou o calculo da dose máxima:
Adequado: Questionou o peso da paciente e 0 - 0,75
realizou o calculo da dose máxima
Inadequado: não questionou

12. Indicou sutura:


Adequado: Indicou sutura. 0 - 0,75
Inadequado: não indicou.

13. Orientou sobre curativos e analgésicos


Adequado: Oriento sobre curativos e
0 - 0,75
analgésicos.
Inadequado: não orientou.

14. Orientou retorno em 7 dias para retirar


sutura
Adequado: Orientou retorno em 7 dias para 0 - 0,75
retirar sutura.
Inadequado: não orientou.

14. Oriento sinais de infecção retorno a


UBS/PS.
Adequado: Oriento sinais de infecção retorno 0 - 0,75
a UBS/PS.
Inadequado: não orientou.



78
CIRURGIA prac ti c u s

SUTURA (RESUMO)

Grau de Contaminação

Feridas limpas: sem sinais de contaminação e menos de 6 horas até o atendimento.


Fechamento por suturas.

Feridas contaminadas: sem indícios de infecção local e com mais de 6 horas até o
atendimento. Poderão ser fechadas por suturas após criterioso preparo do leito da
ferida. A prescrição de antibióticos está indicada em casos selecionados.

Feridas infectadas: intenso processo inflamatório e infeccioso. A sutura não está


indicada neste momento. A infecção deverá ser tratada por meio de anti - bióticos
tópicos e/ou sistêmicos. Após a infecção ser controlada, pode-se pro - ceder ao
fechamento da ferida por sutura (fechamento primário retardado).

Anamnese:
1. Determinar o tempo do trauma: toda ferida é considerada contaminada
após 6 horas do trauma.
2. Determinar o mecanismo do trauma.
3. Verificar a presença de comorbidades que podem afetar a
cicatrização: hipertensão arterial, diabetes mellitus, uso de corticoide e
imunossupressores e uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e anticoagulantes.
4. Pesquisar a situação vacinal.

Exame Físico:
1. Avaliar a presença de dor, parestesia e perda de função.
2. Avaliar a extensão e a profundidade da lesão.
3. Avaliar o grau de contaminação, examinando minuciosamente o leito da ferida à
procura de corpos estranhos.
4. Avaliar a presença de lesão nervosa, vascular, de tendões, ósseas (com fratura
exposta ou não) e de cartilagens.

Conduta:
• Analgesia
• Lavagem da ferida com SF 0,9% em jatos
• Antissepsia e assepsia
• Anestesia ( dose máxima de lidocaína sem vasoconstritor é de 7 mg/kg/dose, e com

79
CIRURGIA prac ti c u s

vasoconstritor, de 10 mg/kg/dose. Recomenda-se empregar a dose segura de 5 m/kg/


dose para lidocaína sem vasoconstritor e 7 mg/kg/dose com vasoconstritor)
• Desbridamento de tecidos desvitalizados e remoção de corpo estranho • Sutura
• Curativo
• Avaliar vacinação (antitetânica)
• Orientação

Observação:
Antibióticos: de modo geral não se recomenda o emprego de antibióticos profiláticos
em feridas traumáticas limpas ou mesmo contaminadas. A antibioticoprofilaxia
depende dos fatores de risco para infecção (natureza do hospedeiro, características da
ferida) e está recomendada nas seguintes situações:

• Extremos de idade;
• Presença de comorbidades: diabetes, doença vascular periférica, uso de esteroides
e quimioterápicos, linfedema, síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA),
insuficiência renal crônica, obesidade, desnutrição e doenças imunossupressoras;
• Características da ferida: profundidade, configuração e tamanho;
• Fraturas ou lesões nas articulações;
• Ferimentos envolvendo tendões ou cartilagens;
• Feridas que são grosseiramente contaminadas e não podem ser adequadamente
limpas,especialmente se houver corpo estranho retido;
• Feridas e lesões por esmagamento;
• Mordeduras por animais;

Ferimentos em cavidade oral:

• Tempo de trauma muito alongado (> 18 horas);


• Pacientes com prótese valvar ou ortopédica.
Quando há indicação de antibioticoprofilaxia, podem ser usados os mesmos
antibióticos indicados para o tratamento dos ferimentos infectados. As bactérias
predominantes na pele são o Staphilococcus epidermidis e o Staphilococcus aureus,
que respondem bem ao uso de cefalexina, doxiciclina, clindamicina ou sulfametoxazol
com trimetoprima. Na mordedura por cães e gatos, em que a bactéria predominante
na saliva é a Pasteurella multocida, indica-se a associação de amoxicilina e clavulanato
(Clavulin).

Retirada dos pontos


Face: 4-5 dias.
Tórax e abdômen: 7 dias
Articulações: até 10 a 15 dias

80
CIRURGIA prac ti c u s

TORÇÃO TESTICULAR
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Você está de plantão em um pronto atendimento e irá atender paciente de 14 anos, sem
comorbidades que comparece queixando-se de dor testicular. Nega episódios prévios
similares.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Dirigir-se á mesa do consultório;


2. Ler o relato da anamnese descrita em folha na mesa do consultório;
3. Comentar o exame físico específico;
4. Responder aos questionamentos do paciente simulado e orientar sobre
hipótese diagnóstica e tratamento;

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

81
CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES AO ATOR
Paciente comparece ao Pronto Atendimento com queixa de dor inguinal e testicular á
direita; Ao ser questionado refere dor de início súbito e intenso irradiada para região
inguinal ipsilateral há 4 horas. Associado á náuseas e vômitos;

Se questionado referir que dor o acordou no meio da noite; Negar febre;

Questionar sobre principal hipótese diagnóstica e possíveis diagnósticos


diferenciais; Questionar sobre necessidade de tratamento cirúrgico;

Em caso de questionamento fora do check list responder: “ não consta no check


list “

Negar dúvidas quando questionado;

82
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO

BEG, Corado, Hidratada, Anictérico e Acianótico.


AP: MV + bilateralmente sem RA

ACV: BRNF 2T SS
Abdome: sem alterações
MI: Simétricos, ausência de edema e sem sinais de TVP.

GENITAL:
Presença de assimetria testicular, edema testicular importante a direita com Sinal
de Prehn negativo, Reflexo cremastérico ausente, Sinal de Angell Positivo.

83
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2 - SINAIS VITAIS

PA: 120 X 60 mmHg


FC : 90 bpm
FR: 18 rpm

SAT O2: 98% AA

84
CIRURGIA p ra c tic us

85
CIRURGIA p ra c tic us

86
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.

Adequado: realiza as duas ações. 0 0,25


Inadequado: realiza uma ou não


realiza ação alguma.

2. Questiona sobre motivo de consulta 0 0,25

3. Pergunta sobre as características


da dor (tempo de início, localização,
escala, progressão, fatores de
melhora
ou piora, intensidade)

Adequado: Pergunta sobre todas as


características da dor. 0 0,25 0,50

Parcialmente adequado: Pergunto


sobre três características da dor.

Inadequado: Perguntas sobre duas


características da dor.

4. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados (náuseas,
vômitos, febre. Calafrios, sintomas
urinários ).

Adequado: Pergunta sobre todos os 0 0,50 1,0


sintomas

Parcialmente adequado: Pergunta
por pelo menos 3 sintomas
Inadequado : Pergunta por pelo
menos 2 ou menos sintomas.

87
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

5. Questiona sobre possível


mecanismo da lesão (trauma,
atividade sexual, esforço).
0 0,50
Adequado: Questiona todos.


Inadequado: Questiona 2 ou menos.

6. Questiona história de DST’S 0 0,50

7. Solicita exame físico geral; 0 0,50

8. Solicita propedêutica específica:


Sinal de Prehn, Reflexo cremastérico,
Sinal de Angell, Brunzel e os interpreta
de maneira adequada.
0 1,0
Adequado: Questiona sobre os 3 sinais

Inadequado: Questiona sobre 2 ou


menos.

9. Solicita Sinais Vitais;

Adequado: Solicita
0 0,50
Inadequado: Não Solicita

10. Solicita pelo menos 2 exames


laboratoriais gerais, pelo menos
hemograma e PCR.

Adequado: Solicita pelo menos 2 1,0


exames;

Inadequado: Solicita 1 exame ou


nenhum.

88
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

11. Solicitou USG Testicular com


Doppler colorido e o interpretou
de maneira adequada ( Sinais
0 0,50
sugestivos de torção testicular á
DIREITA).

12. Verbalizou hipótese diagnóstica de


Torção testicular á DIREITA. 0 0,25

13. Verbaliza como diagnósticos


diferenciais: Orquiepididimite,
orquite, epididimite, torção de
apêndice testicular.
0 0,25

Adequado: Menciona 3 diagnósticos
diferenciais.


Inadequado: Menciona 2 ou menos.

14. Orienta paciente sobre diagnóstico


e sua fisiopatologia.
 0 1,0

15. Orienta sobre prognóstico e


possibilidade de orquiectomia
0 0,50
a depender dos achados de
intraoperatório.

16. Solicitou avaliação Cirurgião


pediátrico/ Cirurgião Geral/ Urologista 0 0,50
ou Urologista pediátrico.

17. Orienta sobre procedimento


cirúrgico, com necessidade de
0 0,50
exploração testicular bilateral e
necessidade de fixação testicular.

18. Solicita termo de consentimento


informado. 0 0,25

89
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

19. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante.
0,25

Adequado: realiza.

Inadequado: não realiza.

90
CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO ESCROTO AGUDO


EPIDEMIOLOGIA - Pode ocorrer desde o nascimento até a idade adulta, com pico de
incidência BIMODAL primeira época do primeiro ao 12 ano de vida e a segunda etapa aos
18 anos.
TORÇÃO TESTICULAR:
Testículo espontaneamente gira sobre seu próprio eixo causando isquemia testicular
severa e imediata.
> 6 horas - IRREVERSÍVEL + PERDA FUNCIONAL
PRINCIPAL FATOR DE RISCO: Malformação na inserção da túnica vaginal o músculo
dartos escrotal. “ Badalo de SINO”
QUADRO CLÍNICO: Dor de início súbito (durante o sono), ausência de febre, náuseas e
vômitos.
EXAME TESTICULAR: Testículo doloroso, elevado e horizontalizado (SINAL DE
ANGEL POSITIVO) SINAL DE PREHN NEGATIVO ( DOR NÃO MELHORA A ELEVAÇÃO
TESTICULAR).
EXAME A SER SOLICITADO: USG escrotal com Doppler colorido
EXAMES LABORATORIAIS A SEREM SOLICITADOS: Hemograma completo + PCR
LAUDO ESPERADO EM TORÇÃO TESTICULAR: Ausência de vascularização do testículo
em comparação ao contralateral não torcido.
E SE NÃO HOUVER USG NO SERVIÇO? EXPLORAÇÃO TESTICULAR IMEDIATA!
SUSPEITA DE TORÇÃO TESTICULAR = URGÊNCIA UROLÓGICA
TESTICULO VIÁVEL - FIXAÇÃO TESTICULAR BILATERAL - ORQUIDOPEXIA
TESTICULO INVIÁVEL - ORQUIECTOMIA UNILATERAL E FIXAÇÃO BILATERAL

91
CIRURGIA prac ti c u s

MELANOMA
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: AMBULATORIAL

A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente com 45 anos de idade apresenta lesão pigmentada em face lateral do braço
direito e vem a sua consulta ambulatorial;

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

● Realizar anamnese adequada


● Solicitar e interpretar o exame físico adequadamente
● Solicitar exames laboratoriais se necessários relacionados ao caso clínico de
acordo com a anamnese realizada ao paciente e hipótese diagnóstica
● Orientar o paciente sobre o diagnóstico inicial e sobre as possíveis medidas a
serem tomadas, retirar dúvidas.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

92
CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES AO ATOR
Paciente com 45 anos de idade apresenta lesão pigmentada em face lateral do braço
direito e vem a sua consulta ambulatorial;
Quando questionado: Informar que “pinta apareceu” há 1 mês, porém vem
aumentando de tamanho e percebe distintas colorações na mesma lesão
pigmentada.

Quando questionado por fatores de risco : afirmar exposição solar crônica


e histórico familiar positivo;

Nega sintomas associados ou lesões em outros lugares;

Questionar ativamente sobre possibilidade diagnóstica e sobre gravidade;

Negar dúvidas ao final;

93
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Cirurgia Geral

EXAME FÍSICO E SINAIS VITAIS

EXAME FÍSICO:

-Bom estado geral, hidratado, corado, anictérico e acianótico e afebril.

Aparelho respiratório e Cardiovascular: Sem anormalidades


Abdome:Sem anormalidades
Punho percussão de dorso: indolor bilateralmente.
Linfonodos: negativos

SINAIS VITAIS:

PA: 120 x 80 mmHg


FC: 80 bpm
FR: 18 irpm
TEMPERATURA: 36 C

94
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Cirurgia Geral

TAMANHO : 7 MM

95
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Cirurgia Geral

BIÓPSIA - MELANOMA CUTÂNEO

BRESLOW 0,9 MM

96
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.

Adequado: realiza as duas ações. 0 - 0,25


Inadequado: realiza uma ou não


realiza ação alguma.

2. Questiona sobre motivo de


0 - 1,0
consulta e tempo de evolução

3. Questiona sobre fatores de risco:


Exposição solar crônica (1) Histórico
familiar (2) Múltiplos nevos ou nevo
displásico prévio (3) Pele clara e olhos
claros(4)
0 - 0,75
Adequado: questiona ao menos 3
fatores de risco;

Inadequado: questiona 2 ou menos
fatores de risco;

4.. Pergunta sobre as características


da lesão pigmentada: Assimetria
(1) bordas irregulares (2) coloração
heterogênea (3) diâmetro > 5mm (4)
mudança de cor, sintoma (5)

0 - 1,0
Adequado: Pergunta sobre 5
características;

Inadequado: Perguntas sobre 4 ou


menos características;

97
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

5. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados:
sintomas neurológicos (1), presença
de linfonodo palpável (2) ou dores
ósseas (3).
0 - 1,0
Adequado: Questiona sobre os 3
sintomas associados;

Inadequado: Questiona por 2 ou


menos;

6. Solicita exame físico incluindo


avaliação de linfonodos e sinais vitais
0 - 0,50
Adequado:Solicita
Inadequado: Não solicita

7. Solicita avaliação da lesão


hiperpigmentada;
0 - 0,50
Adequado:Solicita
Inadequado: Não solicita

8. Verbaliza as seguintes
características da lesão em direção à
câmera:

Diâmetro > 5 mm (1) Assimetria


0 - 1,0
(2) bordas irregulares (3) coloração
heterogênea > 3 cores (4)

Adequado:Verbaliza
Inadequado: Não Verbaliza

9. Verbaliza hipótese diagnóstica de


melanoma cutâneo
0 - 0,50
Adequado:Verbaliza
Inadequado: Não Verbaliza

98
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

10. Indicação de biópsia


(histopatologia) excisional marginal
- 1,0
Adequado:Indica
Inadequado: Não Indica

11. Verbalizar a paciente o resultado


da biópsia com breslow > 0,8 mm
indicando prognóstico reservado;
0 - 0,50
Adequado:Verbaliza
Inadequado: Não Verbaliza

12. Indica realização de ampliação


de margem para 1 cm e pesquisa de
linfonodo sentinela.
0 - 0,25
Adequado: Indica
Inadequado: Não indica

13. Orienta que a partir destes


exames será realizado o seguimento;
0 - 0,25
Adequado: orienta
Inadequado: Não orienta

14. Questiona dúvidas


0 - 1,0
Adequado: questiona
Inadequado: Não questiona

15. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante.
0 - 0,50

Adequado: realiza.

Inadequado: não realiza.

99
CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO MELANOMA
Neoplasia que resulta da transformação maligna de um melanócito é a forma mais grave de
câncer de pele; Maior incidência em pacientes < 55 anos; Dos tumores de pele é o mais raro
porém com maior mortalidade;

FATORES DE RISCO:

-Exposição solar crônica


-Histórico familiar
-Múltiplos nevos ou nevo displásico prévio
- Pele clara e olhos claros

SUB TIPO > COMUM: EXTENSIVO SUPERFICIAL


Tem relação a nevos pré existentes e assimetrias e variação de coloração;

DIAGNÓSTICO: Exame físico completo + palpar linfonodos + DERMATOSCOPIA

ABCDE DO MELANOMA

A - ASSIMETRIA
B- BORDAS IRREGULARES
C- CORES DIFERENTES
D- > 5 MM
E - EVOLUÇÃO MUDANÇA DE COLORAÇÃO, TAMANHO;

SE SUSPEITA DE MELANOMA? BIÓPSIA EXCISIONAL (MARGINAL) COM MARGENS MÍNIMAS;

• 1. Pele total;
2. Ressecção completa com fechamento primário.

A SEGUIR - BIÓPSIA - HISTOPATOLÓGICO

- CLASSIFICAÇÃO DE BRESLOW
- Profundidade em espessura
- Se espessura > 0,8 mm = prognóstico negativo;

O QUE INDICA PROGNÓSTICO NEGATIVO?


- BRESLOW > 0,8 cm
- ULCERAÇÕES
- MICROSSATELITOSE
- ACOMETIMENTO VASCULAR OU LINFONODAL
- METÁSTASES

COMO AMPLIAR AS MARGENS?

BRESLOW < 1 MM - AMPLIAR MARGEM P/ 1 CM

100
CIRURGIA prac ti c u s

BRESLOW > 2 MM - AMPLIAR MARGEM P/ 2 CM

QUANDO PESQUISAR LINFONODO SENTINELA?


BRESLOW > 0,8 MM = PESQUISAR

EXAMES COMPLEMENTARES

- TOMOGRAFIA DE TÓRAX, ABDOME E PELVE + DHL


ULCERAÇÃO, MITOSE E BRESLOW > 0,8 MM

-CINTILOGRAFIA ÓSSEA - SE SINTOMAS ÓSSEOS


- RNM DE CRÂNIO - SE SINTOMAS NEUROLÓGICOS
-PET CT - SE LINFONODO POSITIVO

-METÁSTASE

LOCAL MAIS COMUM : LINFONODOS


SEGUNDO LOCAL: PELE

SE LINFONODO SENTINELA NEGATIVO : SEGUIMENTO CLÍNICO


SE LINFONODO SENTINELA POSITIVO: LINFADENECTOMIA REGIONAL

101
CIRURGIA prac ti c u s

Abdome Agudo Obstrutivo


INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Local de atuação: Unidade de Atenção secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.
DESCRIÇÃO DO CASO:
Paciente de 70 anos vem ao pronto atendimento com queixa de dor abdominal difusa,
principalmente em região do hipogástrio. Dor em cólica que começou há 2 meses e
agudizada há 3 dias, quando houve parada de saída de flatos e fezes.
ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO
NÃO DEVE SER TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese adequada


2. Solicitar e interpretar o exame físico adequadamente pedindo sempre a
autorização ao paciente.
3. Solicitar exames laboratoriais relacionados ao caso clínico de acordo com a
anamnese realizada ao paciente e hipótese diagnóstica (no máximo NOVE
exames)
4. Solicitar e interpretar exames de imagem referentes a hipótese diagnóstica. (no
máximo 1 exame)
5. Orientar o paciente sobre o diagnóstico inicial e sobre as possíveis medidas a
serem tomadas.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,
REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

102
CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES AO ATOR
Paciente relata 2 episódios de vômito, perda de 8Kg em 3 meses, Além de constipação
crônica com uso semanal de laxativos. Tabagista 30 maços-anos e sedentarismo; Refere
familiar de primeiro grau (pai) com diagnóstico prévio de neoplasia de cólon. .

103
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1
Exame Físico geral:
PA:120/80 mmHg FC: 80bpm FR: 24ipm Sat:96%
Regular estado geral, hidratado, normocorado, ligeiramente taquipneico, afebril.

Aparelhos respiratório e cardiovascular: sem anormalidades.


Punho percussão negativa bilateralmente.
ABDOME: globoso, distendido, RH diminuídos quase ausentes, hiper timpânico, dor a palpação
difusa, presença de sinais de peritonite;

Aparelhos respiratório e cardiovascular: sem anormalidades.


Punho percussão negativa bilateralmente.

104
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2

TOQUE RETAL
Ausência de fezes ou sangue em dedo de luva;

105
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

EXAMES LABORATORIAIS
HEMOGRAMA

Material... SANGUE Valores de Referência

HEMÁCIAS.................. 4,85 4,32 a 5,66 milhões/mm3


HEMOGLOBINA..........12 13,3 a 16,7 g/dl
HEMATÓCRITO...........32,6 39,0 a 50,0 %
VCM.......................... 80 80,0 a 100 fl
HCM...........................27,3 27,3 a 32,6 pg
CHCM.........................34,8 31,0 a 37,0 g/dl
RDW...........................13,0 10,0 a 15,0 %
OBSERVACÕES: Hemácias normocíticas e normocrômicas.

LEUCÓCITOS........................... 15.000 3.700 a 9.500 mm3


PLAQUETAS, CONTAGEM.......234.000 150.000 a 450.000 mm3
UREIA..........................................:40 mg/dL 10 a 45mg/dL
CREATININA.................................1,2 mg/dL 0,50 a 1,20mg/dL
SÓDIO...............................: 140 mEq/L 135 a 145 mEq/L
POTÁSSIO..........................: 3,2 mEq/L 3,5 a 5,0 mEq/L

Nota(s):
1.Valores de referência de acordo com idade e sexo.
Ref.:BAIN, B.J. Blood Cells: a practical guide. 4 ed. Oxford: Blackwell Publishing, 2006.
476p. AUSHANSKY, K. et al. Williams
Hematology, 8 ed., MacGraw Hill Companies, Inc., 2010

106
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4

Rx: Evidência de distensão periférica de alças, ausência de gás ou fezes na ampola;

107
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

TÓPICO 1 - ANAMNESE

1. Apresentação: (1) identifica-se; (2)


cumprimenta
de maneira adequada/cordial; (3)
mantém
contato visual; (4) pergunta o nome
do paciente 0 0,5

Adequado: realiza os quatro itens.

Inadequado: realiza um ou nenhum


item.

2. Interroga motivo de consulta e


características da dor: (1) Tempo de
início (2) Localização (3) Intensidade
(4) Tipo de dor (5) Irradiação da dor (6)
Fatores de melhora ou piora da dor (7)
Progressão
0 0,25
Adequado: pergunta pelo menos 7
caraterísticas

Inadequado: pergunta menos de 6


caraterísticas ou menos

3 Pergunta sobre antecedentes


pessoais (1) comorbidades, (2)
medicações em uso, (3) cirurgias
prévias, (4) alergias (5) uso de álcool
(6) Tabagismo
0 0,25
Adequado: Pergunta mais de 3
antecedentes;

Inadequado: Pergunta 2 ou menos


antecedentes;

108
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

4. Pergunta sobre antecedentes de


Câncer na família;
0 0,25
Adequado: Pergunta
Inadequado: não pergunta.

TÓPICO 2 Exame Físico

5. Solicita Exame físico geral e sinais


vitais

Adequado: solicita ambos

Inadequado: não solicita;


0 1,0

Atenção: O(A) participante só irá


pontuar caso solicite o exame físico
ANTES de receber o impresso.

6. Solicita o toque retal como


complemento do exame físico e
solicita autorização do paciente.

Adequado: realiza os dois.


0 1,0
Inadequado: não realiza;

Atenção: O(A) participante só irá


pontuar caso solicite o exame físico
ANTES de receber o impresso.

TÓPICO 3
ABORDAGEM TERAPÊUTICA, HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E ORIENTAÇÕES

109
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

7. Solicita Hemograma completo,PCR,


Ureia, Creatinina, sódio, potássio;
Lactato e interpreta

Adequado: Solicita 7 exames e


interpreta
.
0 0,5
Inadequado: Solicita 6 ou menos
exames;

O candidato só irá pontuar caso ele cite


os exames listados ANTES de receber o
impresso.

8. Solicita rotina de abdome agudo.

Adequado: Solicita Rx em 3 incidência


e as verbaliza ( Decúbito dorsal,
ortostase e toráx PA)

Inadequado: Não solicita. 0 1,0

O candidato só irá pontuar caso ele


cite os exames listados ANTES de
receber o impresso. Só será considerado
o primeiro exame citados pelo
participante ANTES de receber o
impresso.

11. identifica em Rx de abdome agudo:


(1) distensão periférica de alças (2)
ausência de gas ou fezes na ampola
( 3) visualização de haustrações do
colón.

Adequado: indica todas as alterações e 0 1,0


indica ao paciente simulado

Inadequado: não faz nenhuma das


indicações mencionadas.

110
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

12. Verbaliza Hipótese diagnóstica de :


Abdome agudo obstrutivo baixa.

Adequado:verbaliza
0 0,5
Inadequado: não verbaliza

13. Menciona os principais


diagnósticos diferenciais e causas de
tal obstrução:

Adequado: Menciona Neoplasia de


cólon, volvo de sigmóide, brida, corpo 0 0,5
estranho.

Inadequado : não verbaliza

14. orienta a paciente sobre a


necessidade de realizar Laparotomia
exploradora ;
0 0,25
Adequado: Indica;
Inadequado: Não indica;

15. Solicitou avaliação de cirurgião


geral ou do aparelho digestivo;
0 2,0
Adequado: Solicita
Inadequado:Não solicita

16. Realiza adequadamente a sequência


das tarefas, conforme solicitado nas
orientações ao participante. Adequado: 0 1,0
realiza.
Inadequado: não realiza

111
CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO : ABDOME AGUDO OBS-


TRUTIVO
A OBSTRUÇÃO INTESTINAL SE DEFINE COMO A PARADA NA PROGRESSÃO DO
CONTEÚDO INTRALUMINAL PELO TUBO DIGESTIVO, CUJA CAUSA PODER SER
MECÂNICA OU FUNCIONAL. A ESTASE DO CONTEÚDO FAVORECE A PROLIFERAÇÃO
BACTERIANA E A PRODUÇÃO DE GÁS, AUMENTANDO A PRESSÃO INTRALUMINAL.

OCORRE EDEMA E ISQUEMIA DAS ALÇAS INTESTINAIS, LEVANDO E FACILITANDO A


TRANSLOCAÇÃO BACTERIANA. A PERSISTÊNCIA DO QUADRO CULMINA EM NECROSE
E PERFURAÇÃO.
OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA: 2 PONTOS DE OBSTRUÇÃO NO MESMO SEGMENTO.
SITUAÇÃO ASSOCIADA A MAIOR RISCO DE NECROSE E PERFURAÇÃO.

EPIDEMIOLOGIA: OBSTRUÇÃO DO INTESTINO DELGADO RESPONDE POR 85% DOS


CASOS E A DE CÓLON POR 15 %. BRIDAS, HÉRNIAS E NEOPLASIAS SÃO AS PRINCIPAIS
CAUSAS DE OBSTRUÇÃO DE INTESTINO DELGADO. OUTRAS CAUSAS SÃO ÍLEO BILIAR
, ESTENOSES POR DOENÇA DE CROHN, TUBERCULOSE INTESTINAL. EM PACIENTES
IDOSOS A ETIOLOGIA MAIS RELACIONADA SÃO NEOPLASIA COLORRETAL, ESTENOSE
POR DOENÇA DIVERTICULAR OU COLITE ISQUÊMICA.
PARA TODOS OS PACIENTE COM CIRURGIA PRÉVIA ABDOMINAL DEVE-SE LEMBRAR
DE BRIDAS E HÉRNIAS INTERNAS.
OBSTRUÇÃO COLÔNICA NO GERAL É MENOS FREQUENTE E COM EVOLUÇÃO MAIS
GRAVE
60% POR NEOPLASIA; VOLVOS (SIGMÓIDE E CECO); FECALOMA, DIVERTICULITE,
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL, INTUSSUSCEPÇÃO.

QUADRO CLÍNICO:
TRÍADE CLÁSSICA : DOR ABDOMINAL, DISTENSÃO ABDOMINAL E PARADA DE
ELIMINAÇÃO DE FEZES E FLATUS.

CLINICA: RHA AUMENTADOS, NÁUSEAS E VÔMITOS. DIARREIA, DESIDRATAÇÃO,


SEPSE E PERITONITE.
PACIENTE: REG, DESIDRATADOS, TAQUICÁRDICOS E TAQUIPNEICOS
SINAL DE GERSUNY = FECALOMA
LEMBRAR - SE = AVALIAR REGIÃO INGUINAL

CLASSIFICAÇÃO:

ALTA X BAIXA
PARCIAL OU TOTAL
MECÂNICA X FUNCIONAL
COMPLICADA X NÃO COMPLICADA

112
CIRURGIA prac ti c u s

CARACTERÍSTICAS DA OBSTRUÇÃO INTESTINAL

ALTA :
INICIO DE VÔMITOS: PRECOCES
ASPECTO DE VÔMITO: BILIOSO/CLARO

ETIOLOGIA: BRIDAS, HERNIA INTERNA, TUMOR E BEZOAR.


DISTENSÃO: MENOR

BAIXA:
INICIO DE VÔMITOS: TARDIOS
ASPECTO DE VÔMITO: FECALOIDE

ETIOLOGIA: NEOPLASIA, MEGACÓLON, DOENÇA INFLAMATÓRIO INTESTINAL.


DISTENSÃO:MAIOR
LEMBRAR-SE: TOQUE RETAL

OBSTRUÇÃO COMPLICADA X NÃO COMPLICADA

COMPLICADA:
-ALÇA FECHADA
-NECROSE
-PERFURAÇÃO
-ISQUEMIA E SEPSE

DIAGNÓSTICO E PROPEDÊUTICA:

113
CIRURGIA prac ti c u s

1- CLÍNICO
DESCARTAR CAUSAS FUNCIONAIS : ELETRÓLITOS + FR
EXAMES: RX DE ABDOME : ORTOSTASE E DDH + TÓRAX PA

● DISTENSÃO ALÇAS
● PRESENÇA DE NÍVEIS HIDROAÉREOS
● DETERMINA DELGADO/CÓLON (ALTA X BAIXA)
● FECALOMA / VOLVOS
● PERFURAÇÕES

OBSTRUÇÃO DELGADO OBSTRUÇÃO ALTO

REGIÃO CENTRAL DISTENSÃO ALÇAS NA PERIFERIA

DELINEAMENTO CLARO DAS


EMPILHAMENTO DE MOEDAS HAUSTRAÇÕES (VÁLVULAS NÃO
CONIVENTES)

DISTENSÃO CÓLON

TOMOGRAFIA DE ABDOME

-DEFINIÇÃO ETIOLÓGICA, PONTO DE OBSTRUÇÃO


-TOTAL X PARCIAL
-ESTADIAMENTO
-SINAIS DE SOFRIMENTO DE ALÇA
COMPLICAÇÕES DO QUADRO ATUAL.

TRATAMENTO
-JEJUM
-HEV
-CORREÇÃO DE DHE
-SNG

CIRURGIA

-SEPSE
-PERITONITE
-ALÇA FECHADA
-OBSTRUÇÃO TOTAL

BRIDAS

ADERÊNCIAS PÓS - CIRÚRGICAS

TRATAMENTO CLÍNICO INICIAL (SUBOCLUSÃO)

● SNG

114
CIRURGIA prac ti c u s

● JEJUM/HEV.ANALGESIA
● REFRATÁRIOS: CIRURGIA
NEOPLASIA

IDOSOS
-PERDA DE PESO, ASTENIA
-DOR ABDOMINAL, LINFADENECTOMIA (CIRURGIA ONCOLÓGICA)

VOLVO DE SIGMÓIDE

MEGACÓLON CHAGÁSICO, IDOSO, MEGACÓLON.


TRATAMENTO: DESVOLVULAÇÃO, RETOSSIGMOIDOSCOPIA R, SONDA RETAL.

FECALOMA = SINAL DE GERSUNY

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

-DOENÇA C.
-RCU

TRATAMENTO: CLÍNICO

115
CIRURGIA prac ti c u s

ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO II

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Você está de plantão em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e vai atender
uma paciente de 45 anos de idade, com queixa de dor abdominal e vômitos, com piora
progressiva, iniciados há 2 dias. A paciente relata distensão abdominal, anorexia e parada
de eliminação de flatus.

Nos próximos 10 minutos, deverão ser realizadas as seguintes tarefas:

• - Realizar o atendimento da paciente, explicando a ela cada um dos achados;


• - Definir o diagnóstico;
• - Adotar a conduta terapêutica necessária;
• - Demonstrar a realização de procedimentos médicos, caso necessário.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO


NÃO DEVE SER TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

OBSERVAÇÃO
A UPA possui a seguinte infraestrutura:
• -setor de radiologia convencional e ultrassonografia;
• - laboratório de análises clínicas;
• - leitos de internação.

A UPA não dispõe dos seguintes exames e infraestrutura:


• - tomografia computadorizada;
• - ressonância nuclear magnética;
• -centro cirúrgico;
• -banco de sangue.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

116
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1

SINAIS VITAIS

PA: 100 × 60 mmHg FC: 100 BPM


FR: 20 IRPM Temperatura: 37,1o C

117
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2
EXAME FÍSICO

REGULAR ESTADO GERAL DESIDRATADA ++/4+ HIPOCORADA +/4+ ACIANÓTICA

AFEBRIL

ABD: GLOBOSO, DISTENDIDO, HIPERTIMPANICO DIFUSAMENTE À PERCUSSÃO.


DOR À PALPAÇÃO SUPERFICIAL E PROFUNDA EM TODO O ABDOME, SEM DOR À
DESCOMPRESSÃO BRUSCA. RUÍDOS HIDROÁEREOS HIPOATIVOS.

APARELHO RESPIRATÓRIO E CARDIOVASCULAR: SEM ANORMALIDADES.

118
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3
RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS – HEMOGRAMA

Hemograma:

• Hb: 11,2 mg/dL (VR: 12 – 16)


• Ht: 34,5% (VR: 35 – 45)
• Leucócitos: 12.110 (VR: 4.500 – 11.000), SEM DESVIO À ESQUERDA
• Plaquetas: 251.000 (VR: 150.000 – 450.000)

PCR: 10 mg/L (VR: 5 mg/L)

119
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4

RESULTADO DE EXAMES BIOQUÍMICOS

Ureia: 21 (VR: 15 – 45) Creatinina: 1,45 (VR: 0,6 a 1,2)

Na: 125 mEq/mL (VR: 135 – 145) K: 3,0 mEq/mL (VR: 3,5 a 4,5)

120
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 5

EXAME RADIOLÓGICO

121
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

TÓPICO 1 - ANAMNESE

1. Apresentação: (1) identifica-se; (2)


cumprimenta
de maneira adequada/cordial; (3)
mantém
contato visual; (4) pergunta o nome
do paciente 0 0,5

Adequado: realiza os quatro itens.

Inadequado: realiza um ou nenhum


item.

2. Interroga motivo de consulta e


características da dor: (1) Tempo de
início (2) Localização (3) Intensidade
(4) Tipo de dor (5) Irradiação da dor (6)
Fatores de melhora ou piora da dor (7)
Progressão
0 0,25
Adequado: pergunta pelo menos 7
caraterísticas

Inadequado: pergunta menos de 6


caraterísticas ou menos

3. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados (náuseas,
vômitos, ritmo intestinal, febre).

Adequado: Pergunta sobre todos os 0 0,25


sintomas.

Inadequado: Pergunta por TRÊS


sintomas ou menos.

4. Pergunta sobre antecedentes de


Câncer na família;
0 0,25
Adequado: Pergunta
Inadequado: não pergunta.

122
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

5. Pergunta sobre antecedentes


cirúrgicos e anormalidades nas fezes
(alterações nas características das
fezes e sangramentos).
0 0,25
Adequado: Pergunta sobre os dois
assuntos.
Inadequado: Pergunta por um ou não
pergunta sobre os assuntos.

TÓPICO 2 Exame Físico

6. Solicita Exame físico geral e sinais


vitais

Adequado: solicita ambos

Inadequado: não solicita;


0 1,0

Atenção: O(A) participante só irá


pontuar caso solicite o exame físico
ANTES de receber o impresso.

7. Solicita o toque retal como


complemento do exame físico e
solicita autorização do paciente.

Adequado: realiza os dois.

Inadequado: não realiza; 0 1,0

Atenção: O(A) participante só irá


pontuar caso solicite o exame físico
ANTES de receber o impresso.

TÓPICO 3
ABORDAGEM TERAPÊUTICA, HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E ORIENTAÇÕES

123
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

8. Solicita Hemograma completo,PCR,


Ureia, Creatinina, sódio, potássio;
Lactato e interpreta

Adequado: Solicita 7 exames e


interpreta
.
0 0,5
Inadequado: Solicita 6 ou menos
exames;

O candidato só irá pontuar caso ele


cite os exames listados ANTES de
receber o impresso.

9. Solicita rotina de abdome agudo.

Adequado: Solicita Rx em 3 incidência


e as verbaliza ( Decúbito dorsal,
ortostase e tórax PA)

Inadequado: Não solicita. 0 1,0

O candidato só irá pontuar caso


ele cite os exames listados ANTES
de receber o impresso. Só será
considerado o primeiro exame citados
pelo participante ANTES de receber o
impresso.

10.Interpreta de maneira adequada


exames bioquímicos.

Adequado: Identifica e verbaliza HMG


com leucocitose leve, PCR aumentado,
creatinina aumentada e eletrólitos
0 0,25 0,5
baixos.
Parcialmente adequado: Identifica e
verbaliza as alterações do hemograma
e eletrólitos.
Inadequado: Não interpreta os exames
como alterados.

124
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

11. Interpreta de maneira adequada o


raio X fazendo hipótese diagnóstica de
0 0,5
obstrução intestinal alta.

12. Inicia medidas de suporte


adequadamente ( jejum, hidratação
endovenosa, reposição de eletrólitos
e analgesia).

Adequado: Orienta 4 medidas. 0 0,5 1,0


Parcialmente adequado: Orienta pelo
menos duas medidas.

Inadequado: Orienta uma ou nenhuma


medida

13.Inicia medidas de tratamento


clínico com passagem de sonda
nasogástrica.
0 0,5
Adequado: Orienta a passagem de
sonda. Inadequado: Não orienta a
passagem de sonda.

14. Explica adequadamente hipóteses


diagnósticas para a paciente
simulada (obstrução intestinal alta e
baixa, neoplasia).

Adequado: Explica duas possibilidades.


0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: Explica uma
possibilidade.

Inadequado: Não explica nenhuma das


possibilidades.

125
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

15. Responde adequadamente sobre o


motivo da obstrução intestinal.

Adequado: Explica de forma acessível o


0 0,25
que são bridas.
Inadequado: Não responde
corretamente a pergunta.

16.Explica sobre a tentativa de


tratamento clínico e possibilidade de
tratamento cirúrgico.

Adequado: Explica adequadamente


e de forma compreensível as duas
possibilidades de tratamento.
0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: Explica
apenas o tratamento clínico ou o
tratamento cirúrgico.

Inadequado: Não explica nenhum


tratamento.

17.Explica que a via de acesso pode


ser laparoscópica e/ou aberta.

Adequado: Explica que pode ser pelas


duas vias, com preferência pelo vídeo,
0 0,5 1,0
se for possível.
Parcialmente adequado: Explica
definindo somente uma via: aberta ou
por vídeo.
Inadequado: Não responde a pergunta.

16. Realiza adequadamente a sequência


das tarefas, conforme solicitado nas
orientações ao participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

126
CIRURGIA prac ti c u s

APENDICITE

INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Você está de plantão em um pronto-socorro de hospital secundário de urgência e vai


atender uma paciente de 22 anos, sexo feminino, com dor forte em andar inferior do
abdome, com piora progressiva, iniciada há 2 dias. Ela relata distensão abdominal,
anorexia, náuseas e vômitos em pequena quantidade no início do quadro.

Nos próximos 10 minutos, deverão ser realizadas as seguintes tarefas:

• - realizar o atendimento da paciente, explicando cada achado para ela;


• - definir o diagnóstico;
• - adotar a conduta terapêutica necessária;
• - demonstrar a realização de procedimentos médicos, caso necessário.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO


NÃO DEVE SER TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Observação

O hospital secundário tem a seguinte estrutura:

• -setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


• - não possui tomografia computadorizada nem ressonância nuclear magnética;
• - possui laboratório de análises clínicas;
• - possui centro cirúrgico e leitos de internação (enfermaria e unidade de terapia
intensiva);
• - não possui banco de sangue.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

127
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1

SINAIS VITAIS

PA: 100×60mmHg
FC: 110 bpm
FR: 20 irpm
Temperatura: 38,2 °C
Escore de coma de Glasgow = 15

128
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2

EXAME GINECOLÓGICO:

Exame ginecológico: pequenos e grandes lábios sem alterações, pelos bem


implantados, ausência de lesões na vulva. Ausência de alterações na região perineal.

Toque: ausência de dor à mobilização do colo uterino e fundo de saco de Douglas.

Exame especular: secreção vaginal normal e sem alterações.

129
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

RESULTADO DE EXAMES BIOQUÍMICOS

Hemograma:

o Hb: 13,2 mg/dL (VR: 12-16)


o Ht: 45,1% (VR: 35 – 45)
o Leucócitos: 17.110 (VR 4.500 – 11.000)
o Neutrófilos segmentados: 68,1%
o Bastões: 11,5%
o Linfócitos: 8,1%
o Monócitos: 7,4%
o Plaquetas: 251.000 (VR: 150.000 – 450.000)

PCR: 76,22 mg/L (VR: 5 mg/L) Ureia: 21 (VR: 15-45)

Creatinina: 1,08 (VR: 0,6 a 1,2)


Na: 135 mEq/mL (VR 135 – 145) K: 3,4 mEq/mL (3,5 a 4,5)

β-HCG: negativo

130
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4
RESULTADO DE ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL

Apêndice cecal de dimensões aumentadas e espessadas, não compressível.

131
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

1. ldentifica-se adequadamente para a


paciente
0 0,2
lnadequado: Não se identifica.
Adequado: ldentifica-se.

2. Realiza anamnese, perguntando


sobre sinais de risco para anexite/
salpingite (corrimento vaginal, vida
sexual ativa, história prévia de infecção
sexualmente
transmissivel).
0 0,2 0,4
lnadequado: Nao pergunta sobre os
assuntos.
Parcialmente adequado: pergunta
somente um dos itens.
Adequado: Pergunta corretamente
todas as possibilidades.

3. Realiza anamnese, perguntando


sobre possibilidade de gestação/
gravidez ectópica/rota (data da última
menstruação, uso de anticoncepção,
atividade sexual recente).
0 0,2 0,4
lnadequado: Não pergunta sobre os
assuntos.
Parcialmente adequado: Pergunta
somente um dos itens.
Adequado: Pergunta corretamente
todas as possibilidades.

4. Exame físico com dor á palpação


superficial e profunda, com
descompressão brusca positiva
(Blumberg).
0 1
lnadequado: Não realiza o exame
adequadamente.
Adequado: Realiza o exame
adequadamente

132
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

5. Explica adequadamente hipóteses


diagnósticas para a paciente simulada
(anexite/salpingite aguda versus
apendicite aguda: torção/ruptura de
cisto ovariano).
0 1
Inadequado: Não explica as hipóteses
mencionadas.
Adequado: Explica adequadamente as
hipóteses mencionadas

6. Solicita a realização de exame


ginecológico (especular e toque
vaginal).
0 0,5
Inadequado: Não solicita o exame.
Adequado: Solicita o exame.

7. Solicita os exames complementares


(bioquímicos e de imagem) como plano
diagnóstico.

Inadequado: Não solicita ß-HCG,


hemograma nem ultrassonografia
0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: Solicita
somente um exame (ß-HcG,
hemograma ou ultrassonografía).
Adequado: Solicita pelo menos dois
exames (ß-HCG e/ou hemograma e/ou
ultrassonografia).

8. Interpreta de maneira adequada os


exames bioquímicos.

Inadequado: interpreta todos os


exames como normais ou não
interpreta nenhum exame, por não os
ter solicitado. 0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: interpreta o
HMG como normal ou o PCR como
normal.
Adequado: interpreta HMG com
leucocitose, com desvio a esquerda, e
PCR aumentados.

133
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

9. Interpreta de maneira adequada o


ultrassom, definindo o diagnostico de
apendicite aguda.
0 0,5
Inadequado: Não define o diagnóstico a
partir do ultrassom.
Adequado: Define o diagnóstico a partir
do ultrassom

10. Solicita autorização (termo de


consentimento informado) a paciente
simulada para internação e realizado de
procedimento cirúrgico de emergência
0 1
(apendicectomia).

lnadequado: Náo solicita a autorizaçáo.


Adequado: Solicita a autorizaçao.

11. lnicia medidas de suporte


adequadamente ejum,
repouso no leito, hidrataçáo
endovenosa, analgesia).

lnadequado; Náo orienta nenhuma


dessas medidas.
0 0,5 1
Parcialmente adequado: Orienta uma
ou duas medidas.
Ade uado: Orienta elo menostr&s
medidas.

Respostas às dúvidas da paciente


simulada (3 pontos)

12. Responde adequadamente sobre o


apêndice, sua localização e sua função.

Inadequado: Não responde


corretamente nenhuma pergunta. 0 0,5 1
Parcialmente adequado: Responde
corretamente até duas perguntas.
Adequado: Responde corretamente as
três perguntas.

134
CIRURGIA p ra c tic us

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

13. Esclarece se a via de acesso pode ser


laparoscópica e ou aberta.

Inadequado Não esclarece.


Parcialmente adequado: Define
0 0,5 1
somente uma via: aberta ou por vídeo.
Adequado Esclarece que o acesso pode
ser feito por qualquer uma das duas
vias, com preferência pelo vídeo, se
possível.

14.Responde sobre o uso de antibiótico


para cobertura de gram-negativo
(aminoglicosídeo ou cefalosporina de
2ª ou 3ª) e anaeróbio (metronidazol ou
clindamicina).

Inadequado: Não responde sobre


0 0,5 1
os antibióticos e os tipos de forma
incompleta
Parcialmente adequado: Responde,
de forma incompleta ou parcialmente
correta, sobre os antibióticos e os tipos.
Adequado: Responde corretamente
sobre os antibióticos e os tipos

135
CIRURGIA prac ti c u s

Resumo Apendicite Aguda


Epidemiologia

● causa mais comum de abdome agudo de tratamento cirúrgico


● Principal emergência cirúrgica
● > comum entre 10 e 30 anos
● Obstrução intraluminal de apêndice, fecalito (11-52%)
● Principal causa de abdome agudo não obstétrico na gestante
Fisiopatologia

1. obstrução da luz apendicular


2. Aumento da pressão intraluminal + congestão venosa(edema)
3. Isquemia + proliferação bacteriana
4. Necrose e Abscesso
5. Peritonite e perfuração
Sinais Clássicos

Sinal de Blumberg: dor a descompressão a brusca na fossa ilíaca direita



Sinal de rovsing: dor na fossa iliaca direita a compressão da fossa ilíaca esquerda

Sinal de Obturador: dor a rotação interna da coxa direita flexionada

Sinal de Iliopsoas: em decúbito lateral esquerdo, dor à extensão + abdução do

MID
● Sinal de dtnphy: dor à percussão abdominal ou ao tossir
● Sinal de Lapinsky: dor à palpação com MID estendido e elevado
● Sinal de Lenander: diferença de temperatura axilar e retal > 1oC
● Sinal de Ten Horn: dor à tração suave do testiculo direito
● Sinal de Aaron: dor epigástrica à palpação da FID
● Sinal de Murphy: som não timpânico à palpação da zona apendicular
Quadro clínico

● Dor epigástrica e periumbilical – migra para FID o Anorexia, inapetência, náuseas,


vômitos, disúria e febre
● Dor pode ser em local diferente (por causa das variações anatômicas)
● Idosos, diabéticos e gestantes podem fazer quadro clínico atípico: Pode não fazer
dor (idoso), ter dor em cólica (gestante)

Diagnóstico é CLÍNICO
Escala de Alvarado:

● Migração da dor
● Anorexia
● Náusea/Vômito
● Dor a palpação em FID
● Dor a descompressão brusca (DB +) ( vale 2 pontos)

136
CIRURGIA prac ti c u s

● Febre
● Leucocitose ( vale 2 pontos)
Se < 4 ponto: incomum
Entre 4 - 7 pontos: solicitar exames complementares
Se > 7 pontos: alta probabilidade
Exames de Imagem:
USG: principalmente crianças e mulheres
Achado: apêndice de diâmetro > 6mm, espessura ou parede > 2mm, aumento da
ecogenicidade da parede, sinal em alvo, apendicolito e líquido pericecal ou perivesical
Tomografia: se dúvida diagnóstica e em paciente em que o USG não é efetivo ou não é
indicado. ( não fazer em gestante)
Achados: apendice de diametro > 6mm, espessamento focal apical do ceco,
apendicolito, líquido pericecal, barramento de gordura periapendicular, adenopatia
regional e abscesso.
Diagnóstico Diferencial:

● DIP
● Gravidez ectópica
● Torção de ovário
● Abscesso tubo-ovariano
● Pielonefrite
● Litíase renal
● Adenite Mesentérica
● Divertículo de Meckel
● Diverticulite
● Tumor
Divertículo de Meckel

● mal formação congênita + comum TGI


● É um remanescente do ducto onfalomesentérico
● Divertículo verdadeiro da borda antimesentérica a 45-60 cm da válvula ileocecal
● Normalmente assintomático
Complicações:
Criança: + comum sangramento retal
Adulto: + comum obstrução e inflmação
Tratamento: diverticulectomia ou ressecção do intestino e anastomose primária

A “regra dos dois” é usada para descrever a epidemiologia do divertículo de Meckel:


ocorre em dois por cento (2%) da população com uma proporção de homens para
mulheres de 2: 1, é encontrada a 2 feet (1 ft = 30,48 cm) da válvula ileocecal, envolve dois
tipos de tecido (epitélio gástrico e intestinal) e tem duas polegadas de comprimento.
E, aproximadamente 2% dos indivíduos com divertículo de Meckel, desenvolvem uma
complicação ao longo de suas vidas.
Conduta:
1) Prescrição

● Jejum
● Soro de manutenção
● Sintomáticos
● Antibiótico*
Se fase flegmatoso ou supurado: cefazolina apenas na indução como profilaxia

137
CIRURGIA prac ti c u s

antibiótica
Se complicação ( gangrena ou perfuração): ceftriaxona + metronidazol como
antibioticoterapia
2) Cirurgia: apendicectomia aberta ou videolaparoscopia ( preferível)

Apendicectomia de Intervalo

● História arrastada, massa palpável e paciente grave ?


Suspeitar de apendicite complicada:

Se sepse: cirurgia
Se estável: Fazer TC + Exames Laboratoriais
Se complicado e condições: avaliar apendicectomia de intervalo, pois normalmente
cirurgia na urgência em apendicite complicada acaba evoluindo frequentemente com
coletoria direita e frequentemente associado a neoplasia.
Se coleção menor que 4 mm:

1. Antibiótico por 14 dias


2. Colonoscopia eletiva se > 40 anos
3. Cirurgia Eletiva
Se coleção > 4mm: fazer drenagem percutânea de coleção

138
CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES Á ATRIZ:
Paciente sexo femenino 22 anos, quando questionada informa dor iniciada há 2 dias de
inicio periumbilical e migração para Fossa ilíaca direita;

Quando questionado sobre tipo, intensidade e progressão da dor responder: Tipo cólica,
continua, migratória e progressiva;

Se questionada sobre perda de apetite: AFIRMAR;


Se questionada referir 2 episódios de vômitos;

Nega queixas ginecológicas e referir parceiro fixo quando perguntado; Negas uso de
anticoncepção;

139
CIRURGIA prac ti c u s

TRAUMA
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Você é o(a) médico(a) que está de plantão em um pronto-socorro hospitalar e vai


atender um paciente, do sexo masculino, vítima de colisão entre a moto que ele
conduzia e um carro, ocorrida há 60 minutos. O paciente foi socorrido pela equipe de
suporte básico do SAMU. Os sinais vitais estão normais e estáveis. O paciente queixa-
se de dor moderada em perna direita e está muito preocupado com sua situação. O
diagnóstico presuntivo é de fratura da tíbia direita. Foram dados os primeiros cuidados,
com imobilização do membro, punção venosa periférica calibrosa e instalação de 500
mL de soro fisiológico.

Nos próximos 10 minutos, deverão ser realizadas as seguintes tarefas:

• - realizar avaliação primária (ABCDE) do paciente traumatizado e verbalizar os


achados e as necessidades em cada etapa do atendimento;
• - realizar o exame físico dos membros inferiores, com atenção especial ao
membro acometido;
• - definir a conduta diagnóstica;
• - adotar a conduta terapêutica necessária;
• demonstrar a realização de procedimentos médicos, se indicado.

140
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1

DADOS DE EXAME FÍSICO E SINAIS VITAIS

• Pressão arterial = 150 × 90 mmHg


• Frequência cardíaca = 98 bpm
• Frequência respiratória = 16 irpm
• Saturação de Oxigênio = 98% (com uso de máscara de
oxigênio a 6 litros por minuto)
• Escore da escala de coma de Glasgow: 15 pontos
• Inspeção, palpação e percussão torácica sem alterações
• Ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações

141
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2

EXAME FÍSICO

Pulsos tibiais posteriores e pediosos presentes e simétricos. Exame neurológico normal


nos membros inferiores.

142
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

PERGUNTA DO CHEFE DE PLANTÃO


• O médico chefe do plantão pergunta qual a conduta e se há necessidade de
internação do paciente.

• Verbalize as respostas ao chefe de estação.

143
CIRURGIA p ra c tic us

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

Avaliação Primária (3,5 pontos)

1. Identificou-se adequadamente ao paciente e utiliza


0 0,2
pelo menos, luva de procedimento

2. Reconheceu que o paciente está com via aérea


0 0,3
pérvia.

3. Indicou a manutenção de mascara com oxigênio. 0 0,1

4. Identificou a necessidade inicial de manter o colar


0 0,1
cervical.

5. Demonstrou ou verbalizou o exame físico torácico


0 0,3
relatando a adequada ventilação do paciente.

6. Indicou monitorização multiparamétrica (ritmo


0 0,3
cardíaco, FC, PA não invasiva, FR, SpO2e temperatura).

7. Avaliou presença de sangramento externo. 0 0,1

8. Avaliou o estado hemodinâmico da vítima e notou


0 0,2
sua estabilidade.

9. Indicou manter o acesso venoso periférico de grosso


0 0,2
calibre.

10. Indicou a necessidade de restrição da reposição


0 0,2
volêmica com solução cristaloide.

11. Fez menção á coleta de exames bioquímicos. 0 0,2

12. Indicou os exames a serem colhidos.


0 0,2
(Hb/Ht/plaquetas, tipo sanguíneo e contraprova)

13. Indicou a administração de ácido tranexâmico (1g


0 0,2
EV em bolus até 3 h no trauma e 1g EV em 8 h).

14. Realizou a quantificação do escore de coma de


0 0,3
Glasgow, e verbalizou sua normalidade (15).

144
CIRURGIA p ra c tic us

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

15. Preocupou-se e agiu na exposição do paciente


0 0,3
devido ao risco de hipotermia.

16. Identificou o atraso na vacina antitetânica 0,3

Abordagem ao membro/ferimento (2 pontos)

17. Fez uso de paramentação (gorro, máscara, óculos de


0 0,5
proteção e luvas estéreis).

18. Descobriu o curativo e notou/verbalizou a presença


0 1
de fratura exposta de tíbia.

19. Manteve cobertura estéril e imobilização com tala


aramada (uma articulação acima e uma abaixo do local 0 0,5
da fratura).

Conduta inicial (2 pontos)

20. Indicou analgesia endovenosa. 0 0,7

21. Removeu colar cervical, após exame físico local. 0 0,7

22. Indicou a remoção da prancha rígida, após exame do


0 0,6
dorso com palpação da coluna.

Conduta diagnóstica e terapêutica (0,5 ponto)

23. Orientou realização de raio x para planejamento


0 0,2
cirúrgico.

24. Indicou o procedimento cirúrgico. 0 0,3

Orientações ao paciente simulado (2 pontos)

25. Informou o que seria feito na sala de trauma. 0 0,3

26. Informou que deve iniciar antibiótico venoso. 0 0,3

27. Informou que será necessário cirurgia (lavagem e


0 1
fixação externa).

145
CIRURGIA p ra c tic us

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

28. Informou que o paciente ficará internado 0 0,4

146
CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES AO ATOR

Paciente sexo masculino 22 anos sofreu acidente moto x carro; Ator refere que ia na
moto quando perguntado;

Paciente grita de dor; Frente a tentativa de explorar o ferimento em MID ator deve se
queixar ativamente;

Nega comorbidades ou alergias; Paciente consciente durante todo o atendimento

147
CIRURGIA prac ti c u s

HIPERPLASIA PROSTÁTICA
BENIGNA + PROSTATITE

INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.

A unidade possui a seguinte infraestrutura:

• setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


• laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
• leitos de internação e centro cirúrgico.

Homem de 59 anos comparece à emergência abatido com quadro de sintomas


urinários associados a febre. Informa que trouxe exames realizados há seis meses.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO


NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. realizar anamnese do paciente.


2. solicitar e interpretar os achados dos exames laboratoriais relacionados à
hipótese diagnóstica (no máximo QUATRO exames).
3. solicitar e interpretar exame de imagem mais pertinente à hipótese diagnóstica.
4. orientar o paciente simulado sobre a conduta terapêutica indicada na fase inicial
e no seguimento ambulatorial.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

148
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1
EXAMES ANTERIORES: PSA e ULTRASSONOGRAFIA (REALIZADOS HÁ 6 MESES)

PSA TOTAL: 4,1 ng/mL (VR: 0-4 ng/mL)

ULTRASSONOGRAFIA DE PRÓSTATA

Próstata aumentada, pesando 61 g, bexiga levemente espessada.

149
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2

EXAME FÍSICO

Pressão arterial: 130 x 90 mmHg.


Frequência cardíaca: 100 batimentos por minuto.
Frequência respiratória: 20 incursões respiratórias por minuto. Temperatura: 38,5 ° C.

Regular estado geral, hidratado, normocorado, eupneico, febril.

ABDOME: dor à palpação profunda em hipogástrio, sem dor à descompressão súbita,


sem distensão. Ruídos hidroaéreos normoativos.

Aparelhos respiratório e cardiovascular: sem anormalidades. Punho percussão


negativa bilateralmente.

150
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

TOQUE RETAL

Próstata aumentada em volume; consistência fibroelástica, porém um pouco mais


amolecida; limites precisos; dor moderada à palpação da próstata, com tamanho
aparentando 70 gramas.

151
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4

EXAMES LABORATORIAIS

152
CIRURGIA p ra c tic us

153
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Inadequado Adequado
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO adequado

TÓPICO 1 - ANAMNESE

1. Apresentação: (1) identifica-se; (2)


cumprimenta
de maneira adequada/cordial; (3)
mantém
contato visual; (4) pergunta o nome
do paciente 0 0,3

Adequado: realiza os quatro itens.

Inadequado: realiza um ou nenhum


item.

2. Pergunta sobre características da


dor:
(1) tempo de início, (2) localização,
(3) progressão, (4) fatores de melhora
ou piora.
0 0,3 0,6
Adequado: pergunta sobre os quatro
itens. Parcialmente adequado:
pergunta sobre dois ou três itens.
Inadequado: pergunta sobre um ou
nenhum item.

3. Pergunta sobre sintomas urinários:


(1) frequência, (2) urgência e/ou
incontinência urinária, (3) hematúria,
(4) noctúria, (5) jato fraco, (6) jato
interrompido, (7) sensação de urina
residual, (8) odor da urina, (9) Esforço/
hesitação miccional inicial, (10)
0 1,0 2,0
disúria, (11) Gotejamento terminal
Adequado: pergunta pelo menos sobre
seis itens.
Parcialmente adequado: pergunta
sobre quatro ou cinco itens.
Inadequado: pergunta sobre três itens
ou menos.

154
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Inadequado Adequado
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO adequado

4. Pergunta sobre: (1) histórico


pessoal e (2) histórico familiar de
doenças.
0 0,2 0,4
Adequado: pergunta sobre os dois
itens. Parcialmente adequado:
pergunta sobre um dos itens.
Inadequado: não pergunta.

5. Solicita: (1) exame físico; (2) toque


retal.
Adequado: solicita os dois itens.
0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: solicita um
item.
Inadequado: não solicita.

6. Solicita exames laboratoriais:


(1) hemograma, (2) PCR, (3) PSA, (4)
exame de urina (ou urina 1 ou sumário
de urina ou parcial de urina), (5)
urocultura.
Adequado: solicita os quatro itens.
Parcialmente adequado: solicita, pelo
0 0,3 0,6
menos, PSA e exame de urina.
Inadequado: não solicita exame de
urina e/ou PSA.
Atenção: O(A) participante só irá
pontuar caso cite os quatro exames
corretamente antesde receber o
impresso.

7. Interpreta os exames laboratoriais:


(1) HMG com leucocitose, (2) PCR
aumentado,
(3) hematopiúria, (4) PSA aumentado.
Adequado: interpreta os quatro itens. 0 0,4 0,8
Parcialmente adequado: interpreta
alteração nositens (3) e (4).
Inadequado: não interpreta os itens (3)
e/ou (4).

155
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Inadequado Adequado
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO adequado

8. Solicita exame de imagem:


ultrassom OU ultrassonografia OU
ecografia de aparelho urinário E/OU
de próstata. 0 0,5

Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

9. Formula a hipótese diagnóstica


atual de prostatite aguda e/ou
hiperplasia prostática benigna 0 0,25 0,5

Adequado: formula a hipótese de


prostatite aguda e/ou hiperplasia
prostática benigna
Parcialmente adequado: formula
somente a hipótese de hiperplasia
prostática benigna
Inadequado: não formula.
10. Correlaciona o aumento da
próstata no USG com a prostatite e
HPB.

Adequado: correlaciona os dois


diagnósticos.
Parcialmente adequado: correlaciona
apenas um diagnóstico.
Inadequado: não correlaciona nenhum 0 O,4 0,8
dos diagnósticos.

11. Indica tratamento: antibiótico


ciprofloxacino ou levofloxacino
0 0,7
Adequado: orienta o tratamento
Inadequado: não orienta o tratamento

12. Orienta o monitoramento do PSA


após o tratamento inicial.
0 0,6
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

156
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
Inadequado Adequado
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO adequado

14. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

157
CIRURGIA p ra c tic us

Falas do Ator

Homem de 59 anos comparece à emergência abatido com quadro de sintomas


urinários associados a febre.

Informar que trouxe exames realizados há seis meses. PSA E USG DE PRÓSTATA;

REFERE SINTOMAS URINÁRIOS E SE QUESTIONADO INFORMAR SOBRE USO DE


TANSULOSINA PORÉM INTERROMPEU HÁ MESES;;

158
CIRURGIA prac ti c u s

COLECISTITE CALCULOSA
AGUDA BILIAR
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.

A unidade possui a seguinte infraestrutura:

• - setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


• - laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
• - leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Mulher de 32 anos, previamente hígida, com dor abdominal há 1 dia.

ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA


NÃO DEVERÁ SER TOCADA DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. realizar anamnese da paciente.


2. solicitar e interpretar exames necessários ao caso.
3. estabelecer e comunicar a hipótese diagnóstica e diagnóstico(s) diferencial(is).

4. definir e verbalizar a conduta terapêutica necessária.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS

Área: Cirurgia Geral

159
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO

Pressão arterial: 110 x 70 mmHg.


Frequência cardíaca: 84 batimentos por minuto.
Frequência respiratória: 20 incursões respiratórias por minuto. Temperatura axilar: 37,1
oC.
Saturação de oxigênio: 97% em ar ambiente.

Regular estado geral, desidratada +/4+, corada, anictérica, acianótica, afebril, eupneica.

Aparelho respiratório: sem anormalidades.

Aparelho cardiovascular: sem anormalidades.

Abdome: plano, normotenso, ruídos hidroaéreos normoativos, pouco distendido. Dor à


palpação superficial e profunda em hipocôndrio direito, com interrupção da inspiração
por conta da dor. Sem dor à descompressão brusca. Sem massas palpáveis.

Punho percussão de dorso: indolor bilateralmente.

160
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 2
EXAMES LABORATORIAIS (HEMOGRAMA E PCR)

161
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 3

162
CIRURGIA p ra c tic us

IMPRESSO 4

ULTRASSOM DE ABDOME

Fígado de textura e dimensões normais.

Vesícula biliar de paredes espessadas com múltiplos cálculos em seu interior, os


maiores de 8 mm, promovendo sombra acústica posterior. Presença de líquido
perivesicular.

Vias biliares intra e extra-hepáticas de calibre normal.


A cabeça do pâncreas não foi bem visualizada devido à interposição de gases.

163
CIRURGIA p ra c tic us

ORIENTAÇÕES À ATRIZ
Paciente refere dor abdominal em andar superior de abdome há 1 dia acompanhado de
náuseas e vômitos;

Refere dor similar prévia porém em melhor intensidade e com menor duração;

Intensidade 7/10, dor progressiva tipo cólica, negar febre,

Questionar sempre sobre “qual é meu diagnóstico?”


Preciso mesmo “operar?”

164
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado
adequado Adequado

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta apaciente simulada.
Adequado: realiza as duas ações. 0 0,2
Inadequado: realiza uma ou não realiza
ação alguma.

2. Pergunta sobre as características


da dor:
(1) localização; (2) irradiação; (3) tipo;
(4) fatores agravantes/melhora; (5)
intensidade.
0 0,3 0,6
Adequado: pergunta quatro ou cinco
itens.
Parcialmente adequado: pergunta
dois ou três itens. Inadequado:
pergunta apenas um item ou não
pergunta item algum.

3. Pergunta sobre sintomas associados:


(1) vômito/náusea; (2) alteração de
hábito intestinal; (3) acolia; (4) febre; (5)
icterícia; e (6) colúria.
Adequado: pergunta cinco ou seis itens. 0 0,4 0,8
Parcialmente adequado: pergunta três
ou quatro itens. Inadequado: pergunta
dois itens ou menos.

4. Solicita o exame físico.Adequado:


0 0,4
solicita. Inadequado: não solicita.

165
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado
adequado Adequado

5. Solicita os exames complementares


laboratoriais:
(1) hemograma; (2) PCR; (3) bilirrubinas;
(4) enzimas hepáticas; (5) amilase;
(6) lipase; (7) fosfatase alcalina; e (8)
gamaGT.
Adequado: solicita sete ou oito itens.
0 0,7 1,4
Parcialmente adequado: solicita de
quatro a seis itens. Inadequado: solicita
três ou menos itens.
Atenção: O(A) participante só irá
pontuar caso cite os exames listados
ANTES de receber os IMPRESSOS 2 e/ou
3.

6. Verbaliza as alterações dos exames


laboratoriais:
(1) HMG com leucocitose e (2) PCR
aumentado.
0 0,5
Adequado: verbaliza os dois itens.

Inadequado: verbaliza um item ou não


verbaliza item algum.

7. Solicita ultrassom de abdome.


Adequado: solicita. 0 0,6
Inadequado: não solicita.

8. Cita a hipótese diagnóstica de


colecistite aguda litiásica/calculosa.

Adequado: cita o diagnóstico


completo. 0 0,9 1,8
Parcialmente adequado: cita apenas o
diagnóstico decolecistite aguda.
Inadequado: não cita.

166
CIRURGIA p ra c tic us

Parcialmente
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado
adequado Adequado

9. Cita os principais diagnósticos


diferenciais:
(1) pancreatite aguda; (2) cólica
biliar/colecistolitíase; (3) cólica
nefrética/litíase ou cálculo renal (4)
Coledocolitiase/colangite.
0 0,65 1,3
Adequado: cita três ou quatro itens.
Parcialmente adequado: cita dois
itens.
Inadequado: não cita item algum ou
somente um .

10. Indica a antibioticoterapia e


encaminha a paciente para a realização
de colecistectomia em até 72 horas,
idealmente.
Adequado: indica o tratamento.
0 1,6
Inadequado: não indica o tratamento.
Atenção: deverá ser verbalizado que
o procedimento deverá ser realizado
idealmente em até 72h.

11. Cita as opções cirúrgicas: (1)


videolaparoscopia; (2) cirurgia aberta.
Adequado: cita os dois itens. 0 0,15 0,3
Parcialmente adequado: cita um item.
Inadequado: não cita item algum.

12. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

167
CIRURGIA prac ti c u s

RESUMO COLECISTITE AGUDA


BILIAR
Fisiopatologia: processo inflamatório da vesícula biliar, secundário, geralmente, a
impactação de um cálculo no ducto cístico. Complicação da doença calculosa biliar, a
colelitíase.
A impactação de um cálculo no ducto cístico leva a estase biliar, resultando em um
aumento da pressão intraluminal e danificação da mucosa da vesícula.
Paciente da sua prova prática: prevalência maior nos pacientes do sexo feminino,
considerando até os 50 anos de idade.
Clinica: DOR ABDOME SUPERIOR + VÔMITOS + FEBRE
Dor contínua em abdome superior, sobretudo em hipocôndrio direito e epigástrio,
podendo haver irradiação para o dorso.
Dor que costuma piorar após ingesta de alimentos gordurosos, dado o estímulo de
contração da vesícula biliar. Além do quadro álgico, náuseas, vômitos, anorexia e febre
também são sinais e sintomas comuns.
COLECISTITE AGUDA BILIAR não causa icterícia, logo, quando esse sinal clínico está
presente, devemos pensar em outras complicações, como coledocolitíase, colangite ou
síndrome de Mirizzi.
EXAME FISICO: Sinal de Murphy pode estar presente.
SEMIOLOGIA: Esse sinal é positivo quando paciente interrompe a inspiração profunda
devido uma dor intensa durante a palpação do ponto cístico, realizada pelo examinador.

168
CIRURGIA prac ti c u s

DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico da colecistite aguda é feito através da anamnese, achados do exame físico,
laboratoriais e de imagem. Exame de imagem é fundamental para fechar o diagnóstico,
sendo a ultrassonografia abdominal, muitas vezes, suficiente. Exame de imagem:
espessamento da parede da vesícula > 4mm, fluido pericolecistico e uma sinal de Murphy
ultrassonográfico positivo (o ponto cístico é pressionado pelo transdutor).
Tratamento:

● Internação
● Dieta zero/jejum
● Analgesia + AINES ou opióides.
● Hidratação EV
● ATB EV.
O tratamento definitivo = colecistectomia, que pode ser pela via aberta convencional ou
laparoscópica.

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