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ESTUDO COMPARATIVO DE ANÁLISE PRÓSTÁTICA EM PACIENTES

ATENDIDOS NA FCECON EM 2021 E 2022: CORRELAÇÃO ENTRE PSA,


ULTRASSONOGRAFIA E HISTOPATOLOGIA

Kimberly Farias de Oliveira1, Mário Brock Leão2; Jorge Roberto Di Tommaso Leão3;
Marianna Facchinetti Brock3

1 Estudante do Curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas;


2 Estudante do Curso de Engenharia Biomédica da Universidade do Sul da Flórida;
3 Professor(a) do Departamento de Ginecologia da Universidade Estadual do Amazonas.
E-mail: kimberlyfariasoliveira@gmail.com

Introdução: O câncer de próstata é, com exceção dos cânceres de pele não


melanoma, a neoplasia que mais acomete homens no Brasil e possui mortalidade
elevada. O rastreio de câncer de próstata consiste na dosagem do Antígeno Específico
da Próstata (PSA) associado ao Exame Digital Retal. Entretanto essa recomendação
ainda é um tópico controverso dentre as literaturas urológicas. Portanto, o presente
estudo busca analisar a correlação entre dosagem de PSA , achados ultrassonográficos e
histopatológicos em pacientes atendidos no Ambulatório de Ultrassonografia da
Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON) para
investigar a eficácia da dosagem dos níveis de PSA sérico como exame de rastreio para
câncer de próstata. Objetivo: Analisar, por meio de Biópsia por Agulha Grossa Guiada
por Ultrassom Transretal, se os pacientes, cujo o PSA sérico estava elevado,
confirmaram a suspeita de malignidade em próstata. Métodos: Trata-se de um estudo
analítico transversal sobre correlação entre achados histopatológicos de fragmentos
prostáticos, níveis elevados de PSA sérico e a eficácia desse antígeno no rastreio do
câncer de próstata. Pacientes cuja dosagem de PSA foi elevada, realizaram o
procedimento de Biópsia por Agulha Grossa Guiada por Ultrassom Transretal no Setor
de Imagenologia da FCECON. Por meio dos prontuários da Fundação, obteve-se dados
epidemiológicos e resultados de exames histopatológicos e de PSA. Realizou-se uma
amostragem por conveniência onde foram analisados 202 pacientes do sexo masculino
que realizaram o procedimento durante os anos de 2021 e 2022. Resultado: Intro
Conclusão: Intro.
Palavra-chave: Neoplasias da Próstata, Antígeno Específico da Próstata (PSA), Biópsia Guiada
por Imagem.

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Introdução
A próstata é uma glândula do sistema reprodutivo masculino situada na pelve e
sua principal função é a produção de um fluído chamado líquido seminal que constitui o
sêmen, juntamente aos espermas produzidos pelos testículos. O líquido seminal é um
componente fundamental para a mobilidade dos espermatozoides e no processo de
alcalinização vaginal. (SARRIS, 2018)
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, o câncer de
próstata é o terceiro mais prevalente diagnóstico de malignidade. É a neoplasia mais
comumente diagnosticada em 112 países e sua incidência é consideravelmente variada
entre países com Index de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo e alto. (WHO, 2021;
GIONA, 2021)
Segundo estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), câncer de próstata
é, dentre todas neoplasias exceto as de pele não melanoma, a que mais acometeu
homens no Brasil em 2020. Além disso, de acordo com dados de 2019, o câncer de
próstata ocupou segundo lugar no índice de mortalidade dentre todas as neoplasias em
homens. (INCA, 2018)
Destacam-se dor lombar e pélvica, disfunção de ereção e sangramento pela
uretra como os principais sintomas que podem indicar um possível câncer de próstata.
Geralmente a evolução dessa neoplasia é lenta e não há manifestação de sintomas até
que a lesão atinja uma dimensão considerável. Logo, o diagnóstico precoce sem o
auxílio de exames complementares é um desafio.  (SARRIS, 2018)
As diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) preconizam que, em
pacientes assintomáticos e sem fatores de risco, o rastreio do câncer de próstata deve ser
realizado periodicamente entre 55 e 69 anos. Para realizá-lo, é feita a dosagem do
Antígeno Específico da Próstata (PSA) associado ao Exame Digital Retal. (SBU, 2017)
Em comparação a outros órgãos, o PSA é um biomarcador basicamente
exclusivo da próstata o qual em condições fisiológicas normais é secretado no líquido
seminal ao invés de adentrar no sistema circulatório. Todavia, há relatos de que níveis
séricos de PSA são elevados em condições de inflamação ou neoplasia da próstata em
decorrência do extravasamento desse antígeno para a circulação quando a arquitetura
prostática é disruptiva. (MORADI, 2019)
O diagnóstico de neoplasia prostática é confirmado por meio de biópsia por
agulha grossa (Core biopsy) guiada por ultrassom transretal. Nesse procedimento são
retirados no mínimo 12 fragmentos da próstata, os quais são avaliados por um médico
patologista para confirmar possível malignidade. Caso a análise constate câncer, é
expresso no laudo a Graduação Histológica do Sistema de Gleason. (SARRIS, 2018)
O Escore de Gleason é uma ferramenta prognóstica que consiste em uma análise
anatomopatológica do tecido prostático e é obtido pela soma das duas graduações

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tumorais mais abundantes na amostra. Ele é graduado de acordo com o padrão
arquitetural do câncer de próstata, sendo 1 bem diferenciado e 5 pouco diferenciado.
Escores com valores de 8 a 10 têm maiores chances de recorrência após o tratamento
primário e o prognóstico é pior. (LÖBLER, 2012)
O rastreio do Câncer de Próstata, não obstante, é um tópico controverso na
literatura urológica. Pesquisas como o Estudo Randomizado Europeu para Rastreio de
Câncer de Próstata (ERSPC) evidenciam que há uma redução na mortalidade do câncer
de próstata e um número maior de diagnósticos precoces devido a implementação dos
métodos de rastreio. Entretanto, análises como a da Força Tarefa de Serviços
Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF) desencorajam o rastreio baseado na
dosagem de PSA, associando este a taxas maiores de sobrediagnóstico e
sobretratamento. (MOTTET, 2020)
Tendo em vista a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
(PNAISH), esta pesquisa se justifica pois ainda há controvérsias a respeito do rastreio
de câncer de próstata baseado na dosagem de PSA. A correlação entre os níveis séricos
de PSA e os achados encontrados em biópsia por agulha grossa guiada por ultrassom
transretal se configuram de fundamental importância para identificar o nível a eficácia
desse método de rastreio. Dessa forma é possível incrementar as políticas públicas
visando reduzir a morbimortalidade masculina e promover melhores ações e prevenção
e cuidado a esse grupo.
Portanto, o objetivo geral deste estudo é analisar, por meio de biópsia por agulha
grossa guiada por ultrassom transretal, se os pacientes, cujo o PSA sérico estava
elevado, encaminhados ao ambulatório de ultrassonografia da Fundação Centro de
Controle de Oncologia do Estado do Amazonas confirmaram ou não a suspeita de
malignidade em próstata.

Metodologia

Trata-se de um estudo analítico transversal sobre correlação entre achados


histopatológicos de fragmentos prostáticos e níveis elevados de PSA sérico. É
averiguada, também, a eficácia desse antígeno no rastreio do câncer de próstata. A
execução do projeto foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
FCECON.

Pacientes cuja dosagem de PSA estava elevada, foram encaminhados ao Setor de


Imagenologia da FCECON, onde foi realizado o procedimento de Biópsia por Agulha
Grossa Guiada por Ultrassom Transretal. Esse procedimento consiste na retirada de 14
fragmentos da próstata, os quais foram enviados ao Laboratório de Patologia para
análise histopatológica. Obteve-se, por meio dos prontuários eletrônicos e/ou físicos da

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Fundação, dados epidemiológicos, resultados de exames histopatológicos e valores da
dosagem de PSA sérico no momento do procedimento.

Realizou-se uma amostragem por conveniência onde foram analisados 202


pacientes do sexo masculino que realizaram o procedimento de biópsia guiada por
ultrassom transretal na FCECON durante os anos de 2021 e 2022 e aceitaram participar
do estudo, participantes com informações incompletas na base de dados da Fundação
foram excluídos da pesquisa. Os dados foram tabulados no software Microsoft Office
Excel 2016 e analisados no (programa usado pelo estatístico).

Resultados e Discussão
Não tem limite de palavras.

Conclusões
No máximo 200 palavras.

Agradecimentos
No máximo 50 palavras.

Referências
1. Sv C, Aj V. Screening for Prostate Cancer. The Medical clinics of North America
[Internet]. novembro de 2020 [citado 9 de janeiro de 2023];104(6). Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33099450/

2. Correas JM, Halpern EJ, Barr RG, Ghai S, Walz J, Bodard S, et al. Advanced
ultrasound in the diagnosis of prostate cancer. World J Urol. março de 2021;39(3):661–
76. 

3.  BUSSAB, W. O.; MORETTIN, P. A. – Estatística Básica. 7ª. ed. Atual Editora: São
Paulo, 2013. 
4. BVS - Ministério da Saúde - Dicas em Saúde [Internet]. Saude.gov.br. 2022 [cited 2022
Mar 31]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/137cancer_prostata.html
5. EAU-EANM-ESTRO-ESUR-SIOG Guidelines on Prostate Cancer—2020 Update. Part
1: Screening, Diagnosis, and Local Treatment with Curative Intent. European Urology |
10.1016/j.eururo.2020.09.042. Sci-hub.ru. 2020 [cited 2022 Mar 31]. 

6. Estatísticas de câncer. INCA - Instituto Nacional de Câncer. 2018 [cited 2022 Mar 31].
Available from: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer

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7. Giona S. The Epidemiology of Prostate Cancer. Prostate Cancer [Internet]. 2021 May 28
[cited 2022 Mar 31];1–16. Available from:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK571326/

8. Hulley SB, Cumming SR, Browner WS, Grady DG, Hearst NB, Newman TB.
Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. Bvsaludorg [Internet].
2022 [cited 2022 Apr 2];384–4. Available from:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-591606

9. Lamy PJ, Allory Y, Gauchez AS, et al. Prognostic biomarkers used for localised prostate
cancer management: a systematic review. Eur Urol Focus 2018;4:790–803.
10. Moradi A, Srinivasan S, Clements J, Batra J. Beyond the biomarker role: prostate-
specific antigen (PSA) in the prostate cancer microenvironment. Cancer and Metastasis
Reviews [Internet]. 2019 Sep [cited 2022 Mar 31];38(3):333–46. Available from:
https://link.springer.com/article/10.1007/s10555-019-09815-3
11. Schröder FH, Hugosson J, Roobol MJ, et al. Screening and prostate cancer mortality:
results of the European Randomised Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) at
13 years of follow-up. Lancet 2014;384:2027–35.

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