Você está na página 1de 8

Brazilian Journal of Health Review 23282

ISSN: 2595-6825

Lipidômica no câncer de colorretal: uma revisão na literatura recente

Lipidomic of colorrectal cancer: a recent review


DOI:10.34119/bjhrv4n5-400

Recebimento dos originais: 05/09/2021


Aceitação para publicação: 27/10/2021

Gabriel de Bulhões
Centro Universitário de Brasília
Brasília – DF - Brasil
E-mail: gabriel.bulhoes@sempreceub.com

Igor Cavalcanti
Centro Universitário de Brasília
Brasília – DF - Brasil

Leonardo Ribeiro
Centro Universitário de Brasília
Brasília – DF - Brasil

RESUMO
O câncer de colorretal (CCR) é a terceira causa de câncer mais comum no mundo, tendo bom
prognóstico quando detectadoprecocemente e abordado, porém a forma como o screening é
realizado hoje, por meio de exames pouco sensíveis e específicos, torna-se de suma
importância a procura por novos biomarcadores. Dessa forma, a lipidômica é uma área que
provê perspectivas promissoras, visto que os lipídios participam de processos intimamente
conectados à carcinogênese. Este estudo visa elencar novos lipídios como potenciais
biomarcadores. É um estudo de revisão, buscando artigos publicados nos últimos 5 anos, na
plataforma pubmed. Dentre os lipídios citados nos estudos as classes de LPC, GP e PK
merecem um estudo mais específico, visto que são classes citadas em mais de um estudo como
possíveis biomarcadores. Os artigos publicados entre 2017-2021 tiveram uma abordagem
inicial na procura por marcadores, portanto foram elencadas algumas proteínas,porém deve-se
desenvolver novas pesquisas para estudar comportamento desses potenciais biomarcadores e
sua aplicação na prática médica.

Palavras-chave: “CRC”, “colorrectal cancer”, “lipidomics”, “biomarkers”

ABSTRACT
Colorectal cancer (CCR) is the third most common cause of cancer in the world, with a good
prognosis when early detected and approached, but the way in which screening is performed,
through low specificityand sensibility tests, needs a improvement by new biomarkers . Thus,
lipidomicsis an area that provides promising perspectives, since lipids participate in processes
closely connected to carcinogenesis. This study aims to list new lipids as potential biomarkers.
It is a review study, looking forarticles published in the last 5 years, on the pubmed platform.
Among the lipids mentioned in the studies, the classes of LPC, GP and PK deserve a more
specific study, as they are the classes mentioned in more than one study as possible biomarkers.
The articles published between 2017-2021 had an initial approach in the search for new

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021
Brazilian Journal of Health Review 23283
ISSN: 2595-6825

biomarkers, so some proteins werelisted, but further research should be developed to study
potential biomarker behaviors and their application in medical practice.

Key-words: CRC, colorrectal cancer, lipidomics, biomarkers.

1 INTRODUÇÃO
A lipidômica, um ramo da metabolômica que analisa diferentes espécies de lipídios e
seus papéis biológicos, nos últimos anos vem sendo considerada uma área promissora na

detecção de novos biomarcadores no CCR1,2.


Os lipídios participam de várias funções celulares, como na proliferação, sobrevivência
e morte celular, mais especificamente na função de guardar energia, de sinalização e de
interação entre células e célula-membrana nos tecidos. Estes processos estão intimamente
conectados à vias de carcinogênese (transformação, progressão e metástases)3. No CCR,
análises já foram feitas correlacionando à aumento de genes que expressam ácidos graxos, e

diminuição da expressão de genes ligados à oxidação desses ácidos graxos4-6. Porém, apesar
dessas constatações, o aumento de genes relacionados a expressão de ácidos graxos, foi

demonstrado que não se reproduzia em abundância desses nos tecidos CCR7. O que demonstra
a limitação de se estudar apenas pela expressão gênica.

2 OBJETIVO
O objetivo desta revisão é abordar novas descobertas, dentro dos últimos5 anos (2017-
2021), na área da lipidômica relacionada ao CCR, e a elencar possíveis biomarcadores
presentes na literatura recente.

3 MÉTODOS
Foi realizada uma revisão simples de literatura, utilizando a base de dadosdo pubmed
limitando à procura por artigos publicados entre 2017 a 2021. Dessa maneira foram
selecionados artigos que contemplavam a correlação entre lipidômica e câncer de colorretal,
assim como artigos que reconheciam a importância da lipidômica como potencial biomarcador
e reconheciam a necessidade de novos biomarcadores para o CCR. Palavras-chave usadas na
busca: “CRC”; “colorrectal cancer”; “lipidomics”; “biomarkers”.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021
Brazilian Journal of Health Review 23284
ISSN: 2595-6825

4 RESULTADOS
De acordo com Gong et. al (2020), mudanças no perfil lipídico de fibroblastos
associados ao câncer (FACs) pode estar associado a migração de células de CCR,
demonstrando aumento considerável dos seguintes metabólitoslipídicos, quando comparados a
fibroblastos normais: ácidos graxos, diglicerídeos (DGs), ácido fosfático (PA),
fosfotidilinositol (PI), liso-fosfatidilcolina(LPC) e fosfatidiletanolaminas (PE). Além desse
achado, foi percebido que a sintetase de ácidos graxos, uma enzima crucial na síntese de ácidos

graxos, está significativamente elevada em FACs8.


Em um estudo realizado por Serafim et al. (2019), onde foi avaliado a lipidômica do
sangue periférico comparando pacientes com CCR e controle, observou-se que há uma
diferença no perfil lipídico entre pacientes com CCR e do grupo controle, onde foram
elencados oito principais íons que poderiam ser potenciais biomarcadores, estes foram
identificados de acordo com suas classese categorias sendo poliquetideo (PK), ácidos graxos
(FA), e glicerolfofofosfato (GP), o único íon que estava elevado no grupo de CCR era o
812,5576 pertencendo a categoria FA, subclasse N-acilentolamina. Além desses, dois foram
elencados como potenciais biomarcadores prognósticos, visto que eles estavam mais presentes

em pacientes em estádio III, sendo os íons 71,597,337e 76,308,8269.


Corroborando a hipótese das classes de PK e GP serem prováveisbiomarcadores,
Junior et al. (2018) descreveu oito lipídios que poderiam ser
biomarcadores em um estudo preliminar, onde avaliando o sangue periférico de
pacientes com CCR (localmente avançado, não ressecável ou metastático) e comparando com
pacientes de um grupo controle, observou diferentes perfis lipídios e elencou oito lipídios de
três classes, os esfingolipídios, glicerolfosfolipídios e poliquetídeos. A classe de esfingolipídio
foi considerada como potencial marcados para monitorar pacientes de CCR, e representante das

três classes representaram valor prognóstico10.


Porém, contradizendo estudos anteriores, Wang et al. (2019) ao comparar lipídios
presentes em biópsia de tecidos com CCR à mucosa adjacente livre de doença, notou-se que
o perfil lipídico entre os dois grupos eram similares. E mesmo nesse estudo foram ressaltadas
algumas ressalvas, como a Fosfatidiletanolamina (PE) que se encontrava mais abundante no
CCR, enquanto a lisofosfatidiletanolamina (LPE) mais reduzida. Outras classes de lipídios
também demonstraram algumas alterações discretas, com alguns representantes mais ou
menos expressos no CCR, porém sem revelar um padrão para diferenciar o perfil lipídico do
CCR. Entre essas espécies que estavam levemente alteradas, a ceramida total (total Cer), da

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021
Brazilian Journal of Health Review 23285
ISSN: 2595-6825

classe dos esfingolipídios, se apresentava aumentada no CCR, e algumas da espécies de

esfingomielina (SM) estavam diminuídas11.

5 DISCUSSÃO
O câncer de colorretal (CCR) corresponde, segundo a estimativa para o triênio de 2020-
2022 no Brasil, a segunda causa mais comum de neoplasias nosexo masculino e feminino,

excetuando-se o câncer de pele não melanoma12 e corresponde a terceira causa de câncer mais
comum e a segunda em mortes domundo1. Sua carcinogênese envolve o acúmulo progressivo
de mutações que ocorrem no decorrer, em média, de 10 a 15 anos na sua forma esporádica, a

mais comum13-17. Devido a esse longo tempo para transformação maligna, é possível que
seja aplicada formas de detecção e ressecção precoce de lesões pré-malignas, resultando em
uma menor incidência e consequentemortalidade16-19. Porém, mesmo com os mecanismos já
existentes de rastreio, cerca de 45% dos casos são diagnosticados no estadio IV, no qual já

ocorreu metástase a distância e a sobrevida dos pacientes é menor que 10% em 5 anos20.
Atualmente o padrão-ouro para o diagnóstico de CCR é a colonoscopia, exame no qual
permite a identificação, classificação macroscópica e ressecção das lesões pólipo-

adenomatosas, reduzindo a taxa de mortalidade dessa neoplasia21,22. Sua utilização no

rastreio é preconizada a partir de 45 anos em pessoas sem antecedentes prévios23. Contudo, a


sua utilização pode oferecer riscos ao paciente, como sangramento, perfurações e
complicações cardiorrespiratórias, é um exame que necessita de preparo colônico, que pode
gerar desconforto e necessitar de sedação, além de poder se relacionar com questões de pudor
para o paciente e ser caro, todos esses fatores contribuem para que tenha uma baixa adesão

pelos pacientes17,24,25.
Outro exame relacionado ao rastreio é a pesquisa de sangue oculto nas fezes (SOF),
método não invasivo, simples de ser realizado e de baixo custo, sendo mais aceito pelos
paciente, mas apresenta baixa especificidade e sensibilidade, propiciando elevados números
de falsos-positivo e falsos- negativo15,16,26-28.

Ademais, tem-se outro biomarcador utilizado, porém ele é empregado como tendo
valor apenas prognóstico, o antígeno carcinoembrionário (CEA) no qual seu aumento pode
indicar progressão e recorrência da doença após o tratamento cirúrgico, porém pode-se
encontrar níveis elevados desse antígeno em outras neoplasias e condições inflamatórias, o

que o tornar um marcador inespecífico29.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021
Brazilian Journal of Health Review 23286
ISSN: 2595-6825

Assim com o advento de novas modalidades de terapia para o CCR, comoo aumento de
possibilidades no uso de quimioterápicos, abordagens neoadjuvantes e a aplicação de
imunoterapia, torna-se de fundamental importância a busca por novos marcadores preditivos
que auxiliem o tratamentodesses doentes30,31.
A lipidômica, vem se mostrando um proeminente campo para se definir novos
biomarcadores, uma vez que estudar apenas a genômica não se mostrouinteiramente confiável
quando se traduz na expressão de ácidos graxos, além disse sabe-se eu os lipídios possuem

diversas funções na carcinogênese32,33.

6 CONCLUSÃO
Diversos estudos demonstraram que a lipidômica é um ramo com muito potencial para
a definição de novos biomarcadores no CCR, e alguns deles concluem, de maneira similares,
classes de lipídios em comum que poderiam ser usados para uma análise mais profunda de sua
aplicabilidade na prática. Dentre os lipídios citados nos estudos as classes de LPC, GP e PK
merecem umestudo mais específico, visto que são classes citadas em mais de um estudo como
possíveis biomarcadores.
Nos 5 anos avaliados nesse artigo, poucos foram os artigos selecionados como
relevantes, o que mostra pouco interesse em um assunto de suma importância. Visto que os
artigos levantados ainda são de fases iniciais para se decretar novos biomarcadores, seria
interessante tanto desenvolver novos trabalhos com o intuito de ampliar a gama de opções,
como de se marcar lipídios já descritos e avaliar seu comportamento no CCR para definir
viabilidade e relevância como marcadores.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021
Brazilian Journal of Health Review 23287
ISSN: 2595-6825

REFERÊNCIAS

1. Donato P, Cacciola F, Beccaria M, Dugo P, Mondello L. Lipidomics. In‘Comprehensive


Analytical Chemistry’, Ed Picó Y . Advanced mass spectrometry for food safety and quality.
Elsevier Press, Oxford, pp 395-439; 2015

2. Li M, Yang L, Bai Y, et al. Analytical methods in lipidomics and their applications. Anal
Chem. 2014; 86, 161-75.

3. Perrotti F, Rosa C, Cicalini I, Sacchetta P, Del Boccio P, Genovesi D,Pieragostino D.


Advances in Lipidomics for Cancer Biomarkers Discovery. Int J Mol Sci. 2016;17(12).

4. Notarnicola M, Messa C, Caruso MG, A significant role of lipogenic enzymes in colorectal


cancer, Anticancer Res. 32 .2012; 2585–2590.

5. Zaytseva. YY, Harris JW, Mitov MI, Kim JT, Butterfield DA, Lee EY, Weiss. HL,Gao T,
Evers BM, Increased expression of fatty acid synthase provides a survival
advantage to colorectal cancer cells via upregulation of cellular respiration, Oncotarget. 6
.2015; 18891– 18904.

6. Satoh K, Yachida S, Sugimoto M, Oshima M, Nakagawa T, Akamoto S, TabataS, Saitoh K,


Kato K, Sato S, Igarashi K, Aizawa Y, Kajino-Sakamoto R, Kojima Y, Fujishita T, Enomoto
A, Hirayama A, Ishikawa T, Taketo MM, Kushida Y, HabaR, Okano K, Tomita M, Suzuki Y,
Fukuda S, Aoki M, Soga T, Global metabolic reprogramming of colorectal cancer occurs at
adenoma stage and is induced byMYC, Proc. Natl. Acad. Sci. U. S. A. 114 .2017; E7697–
E7706.

7. Mika A, Kobiela J, Czumaj A, Chmielewski M, Stepnowski P, Sledzinski T, Hyper-


elongation in colorectal cancer tissue - cerotic acid is a potential novel serum metabolic
marker of colorectal malignancies, Cell. Physiol. Biochem. 41
.2017; 722–730.

8. Gong J, Lin Y, Zhang H, Liu C, Cheng Z, Yang X, Zhang J, Xiao Y, Sang N, Qian X,
Wang L, Cen X, Du X, Zhao Y. Reprogramming of lipid metabolism in cancer-associated
fibroblasts potentiates migration of colorectal cancer cells. Cell Death Dis. 2020; doi:
10.1038/s41419-020-2434-z. PMID: 32327627; PMCID: PMC7181758.

9. Serafim Patricia Valeria Pereira, Figueiredo Adiel Goes de, Felipe Aledson Vitor, Lo
Turco Edson Guimaraes, da Silva Ismael Dale Cotrim Guerreiro,Forones Nora Manoukian.
STUDY OF LIPID BIOMARKERS OF PATIENTS WITH POLYPS AND COLORECTAL
CÂNCER. Arquivos de Gastroenterologia. 2019; 10.1590/S0004-2803.201900000-80

10. de Figueiredo Junior AG, Serafim PVP, de Melo AA, et al. Analysis of the Lipid Profile
in Patients with Colorectal Cancer in Advanced Stages. Asian Pac J Cancer Prev.
2018;19(5):1287-1293. Published 2018 May 26. doi:10.22034/APJCP.2018.19.5.1287

11. Wang, Y., Hinz, S., Uckermann, O., Hönscheid, P., von Schönfels, W., Burmeister, G.,
Hendricks, A., Ackerman, J. Miranda, Baretton, G. B, Hampe, J.,Brosch, M., Schafmayer, C.,
Shevchenko, A., & Zeissig, S. (2020). Shotgun lipidomics-based characterization of the
landscape of lipid metabolism in

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021
Brazilian Journal of Health Review 23288
ISSN: 2595-6825

colorectal cancer. Biochimica et biophysica acta, 1865, .


doi: 10.1016/j.bbalip.2019.158579

12. sus+ MINISTÉRIO DA SAÚDE Agência Brasileira do ISBN [Internet]. Available


from:
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa
-incidencia-de- cancer-no-brasil-2020.pdf

13. Arvelo F, Sojo F, Cotte C. Biology of colorectal cancer. Available from:


www.ecancer.org

14. Fearon ER, Vogelstein B. A genetic model for colorectal tumorigenesis. Cell[Internet].
1990 Jun 1;61(5):759–67. Available from:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2188735

15. Ang CS, Baker MS, Nice EC. Mass Spectrometry-Based Analysis for the Discovery and
Validation of Potential Colorectal Cancer Stool Biomarkers [Internet]. In: Methods in
enzymology. 2017. p. 247–274.Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28137566

16. Rutka M, Bor R, Bálint A, Fábián A, Milassin Á, Nagy F, et al. Diagnostic Accuracy
of Five Different Fecal Markers for the Detection of Precancerous andCancerous Lesions of
the Colorectum. Mediators Inflamm. [Internet]. 2016 Jun 16; 2016:1–
6. Available from: http://www.hindawi.com/journals/mi/2016/2492081/

17. Rutka M, Bor R, Bálint A, Fábián A, Milassin Á, Nagy F, et al. Diagnostic Accuracy
of Five Different Fecal Markers for the Detection of Precancerous and Cancerous Lesions of
the Colorectum. Mediators Inflamm. [Internet]. 2016 Jun 16;2016:1–6. Available from:
http://www.hindawi.com/journals/mi/2016/2492081/

18. Brenner H, Chang-Claude J, Seiler CM, Rickert A, Hoffmeister M. Protection From


Colorectal Cancer After Colonoscopy. Ann. Intern. Med. [Internet]. 2011 Jan 4
;154(1):22. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21200035/

19. DeSantis CECCE, Lin CCCCCCC, Mariotto AAB, Siegel RRLRRL, Stein KDKKD,
Kramer JJL, et al. Cancer treatment and survivorship statistics, 2014. CA. Cancer J. Clin.
2014;

20. Wang K, Huang C, Nice EC. Proteomics, genomics and transcriptomics: theiremerging
roles in the discovery and validation of colorectal cancer biomarkers. Expert Rev. Proteomics
[Internet]. 2014;11(2):179–205. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24611605

21. Zauber AG, Winawer SJ, O’Brien MJ, Lansdorp-Vogelaar I, van BallegooijenM, Hankey
BF, et al. Colonoscopic Polypectomy and Long-Term Prevention of Colorectal-Cancer
Deaths. N. Engl. J. Med. [Internet]. 2012 Feb 23;366(8):687– 696. Available from:
http://www.nejm.org/doi/abs/10.1056/NEJMoa1100370

22. Liang PS, Dominitz JA. Colorectal Cancer Screening. Med. Clin. North Am. [Internet].
2019 Jan;103(1):111–123. Available from:
https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0025712518301019

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021
Brazilian Journal of Health Review 23289
ISSN: 2595-6825

23. Wolf AMD, Fontham ETH, Church TR, Flowers CR, Guerra CE, LaMonte SJ, et al.
Colorectal cancer screening for average-risk adults: 2018 guideline updatefrom the American
Cancer Society. CA. Cancer J. Clin. [Internet]. 2018 Jul 30;68(4):250–281.
Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29846947/

24. Bailey JR, Aggarwal A, Imperiale TF. Colorectal Cancer Screening: Stool DNA and
Other Noninvasive Modalities. Gut Liver [Internet]. 2016 Mar;10(2):204. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26934885

25. McLachlan S-A, Clements A, Austoker J. Patients’ experiences and reportedbarriers to


colonoscopy in the screening context—A systematic review of the literature. Patient Educ.
Couns. [Internet]. 2012 Feb;86(2):137–146. Available from:
https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0738399111001984

26. Navarro M, Nicolas A, Ferrandez A, Lanas A. Colorectal cancer population screening


programs worldwide in 2016: An update. World J. Gastroenterol. [Internet].
2017;23(20):3632. Available from: http://www.wjgnet.com/1007-
9327/full/v23/i20/3632.htm

27. Kościelniak-Merak B, Radosavljević B, Zając A, Tomasik PJ. Faecal Occult Blood Point-
of-Care Tests. J. Gastrointest. Cancer [Internet]. 2018 Dec 20;49(4):402–405. Available from:
http://link.springer.com/10.1007/s12029-018-0169-1

28. Issa IA, Noureddine M. Colorectal cancer screening: An updated review of the available
options. World J. Gastroenterol. [Internet]. 2017 [;23(28):5086. Available from:
http://www.wjgnet.com/1007-9327/full/v23/i28/5086.htm

29. Gonzalez-Pons M, Cruz-Correa M. Colorectal Cancer Biomarkers: Where AreWe Now?


Biomed Res. Int. [Internet]. 2015;2015:1–14. Available from:
http://www.hindawi.com/journals/bmri/2015/149014/

30. Alnabulsi A, Murray GI. Integrative analysis of the colorectal cancer proteome:
potential clinical impact. Expert Rev. Proteomics [Internet]. 2016 Oct 2
;13(10):917–927. Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/14789450.2016.1233062

31. Chauvin A, Boisvert F-M. Clinical Proteomics in Colorectal Cancer, a Promising Tool
for Improving Personalised Medicine. Proteomes [Internet]. 2018 Dec 2;6(4):49. Available
from: http://www.mdpi.com/2227-7382/6/4/49

32. Perrotti F, Rosa C, Cicalini I, Sacchetta P, Del Boccio P, Genovesi D, Pieragostino


D.Advances in Lipidomics for Cancer Biomarkers Discovery. Int J Mol Sci. 2016;17(12).
Mika A, Kobiela J, Czumaj A, Chmielewski M, Stepnowski P, Sledzinski T. Hyper-Elongation
in Colorectal Cancer Tissue - Cerotic Acid is a Potential NovelSerum Metabolic Marker of
Colorectal Malignancies. Cell Physiol Biochem. 2017;41(2):722-730. doi:10.11

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.5, p. 23282-23289 sep./oct. 2021

Você também pode gostar