Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
CURSO DE BIOMEDICINA
por
Monografia apresentada à
Coordenação do Curso de
Biomedicina da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
como Requisito Parcial à Obtenção
do Título de Bacharel em
Biomedicina.
Outubro – 2016
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Biociências - CB
Aos professores Francisco Paulo Freire Neto e ao Dr. Henrique Fonseca, por
aceitarem participar da banca, colaborando com a minha formação.
Página
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1
1.1 – Hematopoese e Células Sanguíneas.............................................. 1
a. Hemácias................................................................................ 3
b. Plaquetas................................................................................ 4
c. Leucócitos............................................................................... 4
1.2 – Marcadores Celulares..................................................................... 6
1.3 – Citometria de Fluxo........................................................................ 9
1.4 – Leucemias...................................................................................... 10
1.5 – Leucemias Linfocíticas Crônicas.................................................... 13
1.6 – Leucemia Linfocítica Crônica de Células B.................................... 13
2- OBJETIVOS.................................................................................................. 20
2.1– Objetivos Geais .............................................................................. 20
2.2– Objetivos Específicos ..................................................................... 20
4- RESULTADOS ............................................................................................. 25
4.1 - Características Gerais dos Pacientes............................................... 25
4.2 - Parâmetros Hematológicos............................................................... 25
4.3 – Classificação Imunológica................................................................ 28
5- DISCUSSÃO ................................................................................................. 31
6- CONCLUSÃO ............................................................................................... 34
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 35
8- ANEXOS ...................................................................................................... 38
LISTA DE ABREVIATURAS
µL Microlitro
AcMo Anticorpo Monoclonal
B19V Parvovírus humano B19
BFUE Unidade de formação explosiva eritróide
CD Antígenos de diferenciação celular
Células NK Células Natural Killer
CFUE Unidade formadora de colônia eritróide
CFUGEMM Unidade formadora de colônias granulocíticas, eritróides, monocíticas e
megacariocíticas
CO2 Dióxido de carbono
EBV Vírus Epstein-Barr
Fab Região de especificidade de ligação de imunoglobulina
FCR Esquema de terapia associando fludarabina, ciclofosfamida e rituximabe
FITC Fluorescein Isothiocyanate - isotioconato de fluoresceína
FS Forward Scatter – dispersão frontal
IgD Imunoglobulina D
IgE Imunoglobulina E
IgM Imunoglobulina M
LCM Linfoma de Células do Manto
LDGC Linfoma não-Hodgkin Difuso de Grandes Células
LDH Desidrogenase Lática Humana
LF Linfoma Folicular
LH Linfoma de Hodgkin
LLA Leucemia Linfocítica Aguda
LLC Leucemia Linfocítica Crônica
LLC-B Leucemia Linfocítica Crônica de Células B
LLC-T Leucemia Linfocítica Crônica de Células T
LMA Leucemia Mielóide Aguda
LMA-M0 Leucemia Mielóide Aguda do tipo M0
LMA-M5a Leucemia Mielóide Aguda do tipo M5a
LPL-B Leucemia Pró-Linfocítica de Células B
viii
MHC Complexo de Histocompatibilidade Humano
mL Mililitro
MM Mieloma Múltiplo
mm3 Milímetro Cúbico
PE Phycoerythrin – ficoeritina
PerCP Peridinin Chlorophyll Protein
RPM Rotações por minuto
SS Side Scatter – dispersão lateral
TCR Receptores de Linfócitos T
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 11 Perfil imunofenotípico, idade e sexo dos pacientes que foram a óbito
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 2 Hematopoese
Figura 6 Parâmetros FS e SS
xi
LISTA DE ANEXOS
xii
1- INTRODUÇÃO
1
A hematopoese inicia com uma célula pluripotente, também chamada de
célula-tronco hematopoética, que é CD34+, capaz de se replicar, proliferar e
diferenciar em células progenitoras com potencial de desenvolvimento restrito. A
cada mitose, as células-tronco formam uma célula-filha que repõe a célula-tronco
inicial e outra que será destinada à diferenciação. Essas células progenitoras podem
dar origem a células de duas linhagens distintas: a linhagem mielóide e a linfóide,
sendo a seleção dessa linhagem dada por sinais externos ou aleatoriamente
(HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007; MOORE; KNIGHT; BLANN, 2010) (Figura 2).
2
Ocorre ainda uma manutenção de certa quantidade de células-tronco e
células progenitoras hematopoéticas, sobre as quais podem agir fatores de ação
tardia, quando há necessidade de aumento da produção de uma linhagem
específica, como por exemplo no processo inflamatório, onde há produção de
interleucina-1 e fator de necrose tumoral e consequente estimulação da formação de
granulócitos e monócitos (HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007).
a. Hemácias
Como produto final da hematopoese, temos a formação das células
sanguíneas. Em maior quantidade têm-se as hemácias, células bicôncavas
anucleadas que têm como principal função o transporte de oxigênio dos pulmões
para os tecidos. Dá-se o nome de eritropoese o processo de formação desse tipo
celular. Sob regulação da eritropoetina, a eritropoese inicia com a diferenciação de
uma célula-tronco em CFUGEMM (unidade formadora de colônias granulocíticas,
eritróides, monocíticas e megacariocíticas). Em seguida, tem-se a diferenciação em
BFUE (unidade de formação explosiva eritróide), passando por CFUE (unidade
formadora de colônia eritróide) até que se tenha o pró eritroblasto. Este se divide
formando eritroblastos, que se tornam cada vez menores e com concentrações de
hemoglobina crescente. Por fim, o eritroblasto, em seu estágio ortocromático, perde
seu núcleo, ainda na medula óssea, dando origem ao reticulócito que será maturado
até que se transforme em hemácia (eritrócito). O esquema geral da eritropoese é
mostrado na Figura 3 (HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007).
As hemácias formadas possuem em sua estrutura hemoglobina, uma proteína
importante no transporte e nas trocas gasosas entre os pulmões e demais órgãos e
tecidos, onde o oxigênio captado pelos pulmões é distribuído para o restante do
corpo e o CO2, formado pelos tecidos, exalado pelos pulmões. Para que sejam
eficazes, os eritrócitos devem ser capazes de circular em vasos sanguíneos de
pequeno calibre, propiciando a oxigenação de todos os tecidos, mantendo-lhes
viáveis (HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007).
3
Figura 3 – Etapas da eritropoese (Adaptado de HOFFBRAND; MOSS; PETIT 2007)
b. Plaquetas
São produzidas a partir da fragmentação de megacariócitos, e, em função
disso, por alguns não são consideradas células. O megacariócito surge da
diferenciação do megacarioblasto, cujo processo de maturação se dá por replicação
endomitótica sincrônica, de forma a aumentar de volume. O principal regulador da
produção de plaquetas é a trombopoetina, produzida pelo fígado e pelos rins
(MOORE; KNIGHT; BLANN, 2010).
As plaquetas são protagonistas no processo de coagulação do sangue após
lesão vascular, seguindo a cascata de coagulação até a formação de um tampão
mecânico como resposta homeostática (HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007).
c. Leucócitos
Os leucócitos compreendem distintos tipos celulares responsáveis pela
proteção do organismo contra infecções e agentes estranhos externos ao corpo. São
compostos por granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos), monócitos e
linfócitos (HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007).
O grupo dos granulócitos é proveniente da linhagem mielóide hematopoética
e compreende: os neutrófilos, que são células com núcleo segmentado (2 a 5
lóbulos) e com importante capacidade fagocítica na defesa do organismo contra
bactérias; os eosinófilos, que têm núcleo segmentado, porém com 2 ou 3 lóbulos e
são importantes nos processos alérgicos e na defesa contra parasitas, com
4
capacidade de fagocitar complexos antígeno-IgE; e por fim, os basófilos que têm
núcleo irregular, produzem heparina e histamina e estão relacionados aos processos
de hipersensibilidade imediata (CRUVINEL et al., 2010).
Os monócitos também derivam da linhagem mielóide hematopoiética e têm
núcleo único, grande e central. Ao migrarem para os tecidos passam a ser
chamados de macrófagos. Por apresentarem intensa capacidade fagocítica, os
macrófagos são muito importantes nos processos infecciosos e na fagocitose de
debris celulares. Recebem denominações diferentes dependendo do órgão em que
estão presentes, por exemplo, os macrófagos presentes no fígado são chamados de
células de Kupffer, já no sistema nervoso são chamados de micróglia e no tecido
ósseo de osteoclastos (CRUVINEL et al., 2010).
Células progenitoras linfóides podem se diferenciar em linfócitos B, linfócitos T
e células NK.
o Células Natural Killer (NK): têm origem na medula óssea e constituem 5-20%
das células mononucleares do sangue. São importantes nas respostas de
defesa inespecíficas, lisando células infectadas por microrganismos além de
células tumorais. Podem ainda recrutar neutrófilos e macrófagos, ativar células
dendríticas e linfócitos B e T. A sua ação citolítica está relacionada com
enzimas perforinas e granzinas. Sua ativação está relacionada com receptores
de indução e inibição de sinais, sendo os receptores de inibição mais
abundantes. Dessa forma, ocorre impedimento da lise de células normais, que
expressam MHC de classe I. Por outro lado, células infectadas expressam
baixas quantidades de MHC de classe I, sendo susceptíveis a ação das células
NK (CRUVINEL et al., 2010).
7
Em processos patológicos, podem haver alterações quanto aos marcadores
imunofenotípicos expressos nas células, por exemplo, na leucemia linfocítica crônica
de células B, observa-se o aparecimento do marcador CD5 em linfócitos B,
marcador este que é natural dos linfócitos T.
8
1.3 Citometria de Fluxo
Granulosidade
Complexidade
SS
FS
Tamanho
9
Figura 7 - Padrão de aquisição normal, diferenciando os tipos celulares (disponível em
http://www.lookfordiagnosis.com)
1.4 Leucemias
10
predisposição ao aparecimento de LMA em pacientes que utilizam fármacos
alquilantes (exemplo clorambucil e melfalan), principalmente quando combinados
radioterapia. Sabe-se ainda que a exposição à radiação é leucemogênica, sendo
observado um aumento da incidência das leucemias (menos LLC) nos sobreviventes
de explosões atômicas. Além disso, algumas infecções podem ocasionar lesões no
material genético e o aparecimento de algumas leucemias. Infecções pelo vírus
Epstein-Barr (EBV), por exemplo, estão associadas a casos de linfoma de Burkitt
endêmico (HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007). Em outro exemplo, havendo
imunossupressão em crianças e uma posterior infecção pelo parvovírus humano
B19 (B19V), o risco do desenvolvimento de leucemia linfocítica aguda é elevado
(CECÍLIO; OLIVEIRA, 2004).
A transformação de uma célula normal em maligna ocorre por ganho de
mutações genéticas. Quanto ao aparecimento de câncer, destacam-se os
oncogenes e os genes supressores de tumor. Em relação aos oncogenes, estes são
resultado de uma mudança ou ganho de função dos proto-oncogenes, que têm
participação na ativação gênica e controle da apoptose. Essas mutações podem
ocorrer de várias formas, porém quando relacionadas às doenças onco-
hematológicas há uma alta frequência de translocações cromossômicas.
No que diz respeito aos genes supressores de tumor, o mais conhecido e
importante nos casos de câncer humano é o p53. A inativação ou modificação
destes genes gera desregulação no ciclo celular, assim como alterações em
tirosinaquinases também são importantes fatores de desenvolvimento de
malignidade (HOFFBRAND; MOSS; PETIT, 2007). Algumas dessas alterações
relacionadas com cânceres hematológicos estão mostradas na Tabela 2.
11
Tabela 2 – Algumas anormalidades genéticas mais frequentes em tumores
hematológicos afetando a função dos oncogenes
12
sintomas, quando aparecem, são inespecíficos. Na maioria dos casos, as formas
crônicas são diagnosticadas em exames de rotina (Centro Infantil Boldrini, 2013).
No que diz respeito ao tratamento, levam-se em consideração vários aspectos
para que seja escolhido o protocolo de tratamento, como por exemplo o tipo de
leucemia e o estágio em que a doença se encontra. Vários fármacos estão
disponíveis no mercado para o tratamento desses cânceres. Além disso, ainda há a
possibilidade de realização do transplante de medula óssea na tentativa de
recompor a medula óssea dos pacientes acometidos com essas doenças
(HAMERSCHLAK, 2012).
15
Tabela 3 – Alguns marcadores relacionados com prognóstico da LLC-B
Biomarcador Consequência
Gene IgHV Agressividade da doença
Tempo médio de sobrevida
CD38 Tempo médio de sobrevida
ZAP-70 Mau prognóstico
Anormalidades Cromossômicas Tempo médio de sobrevida
Retirado de GHIA; FERRERI; CALIGARIS-CAPPIO, 2007.
16
Tabela 5 – Sistema de estadiamento de Binet para LLC-B
18
leucemia linfóide aguda (LLA), cujas frequências estão descritas na Tabela 6
(DOBBIN, 2005).
19
2- OBJETIVOS
2.1 – Geral
Objetiva-se avaliar a expressão do marcador CD5 em pacientes
diagnosticados com LLC-B no Laboratório Hemato-Oncologistas Associados LTDA/
Instituto de Onco-Hematologia de Natal, por meio de imunofenotipagem.
2.2 – Específicos
o Avaliar os resultados de hemograma e imunofenotipagem de pacientes
diagnosticados com LLC-B na Hemato-Oncologistas Associados LTDA
entre 2011 e 2016.
o Analisar os resultados de CD5 desses pacientes.
o Identificar os principais marcadores positivos na LLC-B.
o Realizar análise citomorfológica do material biológico dos pacientes
diagnosticados desde agosto de 2015.
20
3- MATERIAIS E MÉTODOS
a. Seleção de Pacientes
b. Coleta e Microscopia
1
A escolha do material para análise fica a critério do médico responsável.
21
Os valores do hemograma foram obtidos a partir de Analisador Hematológico
Sysmex® KX-21N.
c. Imunofenotipagem
d. Marcação de Antígenos
Marcador Correspondência N de
Pacientes
Testados
CD45 Linfócitos 30
CD14 Monócitos 29
CD34 Células Imaturas 30
CD13 Células Mielóides 24
CD19 Linfócitos B 30
CD3 Linfócitos T 29
CD5 Linfócitos T 28
CD38 Linfócitos Ativados e Plasmócitos 26
CD23 Linfócitos B 26
CD22 Linfócitos B 24
CD10 Antígeno CALLA 25
CD33 Células Mielóides Imaturas 12
CD25 Receptor de IL-2 22
ZAP-70 Marcador de Prognóstico 9
HLADR Antígeno de Histocompatibilidade de Classe II 30
CD16/56 Células NK 3
KI-67 Marcador de Proliferação Celular 9
Anti-Kappa Cadeia Leve de Imunoglobulina 12
Anti-Lambda Cadeia Leve de Imunoglobulina 12
e. Leitura e Análise
23
Considerou-se como positivo quando mais de 25% das células reagiram contra
os antígenos relacionados. Os resultados foram representados por meio de
histogramas, utilizando porcentagem para caracterizar reação positiva ou negativa.
Um exemplo de representação dos resultados está mostrado na Figura 10.
24
4- RESULTADOS
25
Linfócitos (/mm3) Total: 16 pacientes
<5.000 1 6,25
5.000 – 10.000 4 25
10.000 – 30.000 10 62,5
30.000 - 50.000 0 0
>50.000 1 6,25
Valor de Referência: 1.000-3.000/mm3
Linfócitos (%) Total: 16 pacientes
<10 0 0
10 – 30 0 0
30 – 50 0 0
50 – 70 7 43,75
>70 9 56,25
Valor de Referência: 20-40%
Plaquetas (/mm3) Total: 15 pacientes
< 100.000 1 6,67
100.000 – 149.000 3 20
150.000-400.000 10 66,67
>400.000 1 6,67
Valor de Referência: 150.000-400.000/mm3
Valores de referência – BAIN; LEWIS; DACIE, 2012
26
Analisando a Tabela 9, pode-se dizer que ocorreu predomínio de pacientes
com leucometria elevada, com maioria de casos entre os valores da contagem de
leucócitos entre 10.000 e 30.000/mm3 de sangue. Quanto à linfocitose, observou-se
que todos os pacientes obtiveram valores de linfócitos acima de 5.000/mm3, com
predomínio de casos na faixa de 10.000 a 30.000/mm3, correspondendo a 62,5%.
Quanto à Tabela 10, pode-se dizer que o padrão de leucocitose e linfocitose
já visto na Tabela 9, também pode ser observado.
Não se tem a determinação do hematócrito e de hemoglobina de todos os
pacientes, porém dos que se têm essas informações, ou seja, 15 pacientes, foi
observada anemia em 10 deles.
Figura 11- Distensão de sangue periférico em lâmina de paciente diagnosticado com leucemia
linfocítica crônica de células B. 1 – Mancha de Gumprecht; 2 – Linfócitos característicos da LLC-B.
27
Figura 12 - Distensão de medula óssea em lâmina de paciente diagnosticado com LLC-B.
28
90-100% 16
80-90% 7
70-80% 3
60-70% 0
50-60% 1
40-50% 1
30-40% 0
0 5 10 15 20
Figura 13 - Positividade do marcador CD5 nos pacientes avaliados
120%
100% 0%
7%
0% 0%
13% 10%
80% 42%
50% 50%
71%
60%
90% 90% 90% 90%
100%100% 97% 100% 100%100%
93% 90%
87%
40%
58%
50% 50%
20%
29%
10% 10% 10% 10%
0% 0% 3% 0%
Positivo Negativo
29
Utilizou-se ainda o marcador ZAP-70, que está relacionado com prognóstico
desfavorável da doença, na análise de 9 pacientes, tendo sido encontrado resultado
positivo em 85% destes casos. Outro marcador relacionado à um mal prognóstico é
o CD38, que foi utilizado na análise de 26 pacientes, obtendo positividade em 29%
dos casos.
30
5- DISCUSSÃO
Observando a Tabela 11, pode-se observar que apenas um dos pacientes que
foram a óbito tiveram expressão positiva de marcadores de mal prognóstico, no caso
o ZAP-70 na Paciente 1. Porém, com relação à mesma paciente, vê-se que não
houve positividade do marcador CD38, mesmo havendo positividade do ZAP-70.
Desse modo, como não foi utilizado o marcador ZAP-70 para os outros dois
pacientes, não se pode afirmar que estes não apresentavam positividade ou
negatividade deste marcador. Além disso, deve-se levar em consideração a idade
elevada em que estes pacientes foram diagnosticados, podendo seus óbitos
32
estarem relacionados a outras doenças ou fatores.
33
6- CONCLUSÃO
34
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
15. INCA, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, "INCA -
CÂNCER - Tipo - Leucemia". Inca.gov.br. N.p., 2016. Web. 9 Abr. 2016.
36
20. NAOUM, P. C. "Avanços Tecnológicos Em Hematologia Laboratorial". Revista
Brasileira de Hematologia e Hemoterapia 23.2 (2001): 15-23. Web. 5 Mar.
2016.
21. ORTOLANI, C. Flow Cytometry Of Hematological Malignancies. Chichester,
West Sussex, UK: Wiley-Blackwell Publishing, 2011. Impresso.
37
8- ANEXOS
8.1 Anexo 1 – Parecer número 1.325.562 do Comitê de Ética em pesquisa da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO GRANDE DO NORTE /
UFRN CAMPUS CENTRAL
DADOS DO PARECER
Apresentação do Projeto:
Trata-se de uma pesquisa desenvolvida para fins de trabalho de conclusão de
curso vinculada ao Centro de Biociências. Tem por objetivo avaliar o padrão
imunofenotípico, por citometria de fluxo, apresentado por pacientes com leucemia
linfocítica crônica de células B. Para a realização da pesquisa serão analisados
dados referentes à imunofenotipagem de sangue periférico de pacientes
diagnosticados com leucemia linfocítica crônica de células B, atendidos no
laboratório Hemato-Oncologistas Associados LTDA, no período de janeiro de
2011 até julho de 2016, situado no Instituto de Onco-Hematologia de Natal, IOHN.
Esses dados serão captados dos prontuários dos pacientes. Informações
adicionais referentes a idade e sexo dos pacientes, bem como dados referentes à
análise microscópica das lâminas hematológicas também serão anotados.
38
Comporão a amostra 40 prontuários. Os critérios de inclusão são: todos aqueles
prontuários de pacientes já diagnosticados com leucemia linfocítica crônica de
células B, arquivados no laboratório Hemato-Oncologistas Associados LTDA e
que contenham os dados referentes à análise imunofenotípica por citometria de
fluxo, devidamente registrados. Como critérios de exclusão, são apontados: Os
prontuários que porventura não estejam com os dados de imunofenotipagem
devidamente registrados. Esses dados serão organizados em planilhas ExCel.
Gráficos oriundos do software CELLQuest serão utilizados para ilustração do
trabalho.
Objetivo da Pesquisa:
Objetivo Geral:
Avaliar o padrão imunofenotípico, por citometria de fluxo, apresentado por
pacientes com leucemia linfocítica crônica de células B.
Como objetivo específico, tem-se:
Avaliar a mudança de expressão do marcador CD5 nestes pacientes
diagnosticados com leucemia linfocítica crônica de células B.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Na avaliação dos riscos, as pesquisadoras estimam que não ocorrerá riscos, uma
vez que serão utilizados "apenas" prontuários dos pacientes, e que, em algumas
situações, podem até já ter falecido devido ao tempo transcorrido e à gravidade da
doença.
Como benefícios elas apontam o conhecimento proveniente desta análise que
pode contribuir com dados importantes no diagnóstico da neoplasia por citometria
de fluxo.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Trata-se de uma pesquisa relevante no que tange a sua contribuição para o
diagnóstico da neoplasia por citometria de fluxo. No entanto, é fundamental que a
equipe de pesquisa considere sempre os direitos do paciente no decorrer da
pesquisa. Apesar de ser uma pesquisa que se reporta ao uso de registro
(prontuários), a mesma não deixa de apresentar riscos aos sujeitos participantes.
E, nesse sentido, cabe ainda considerar que os pesquisadores devem manipular
esses registros de forma sigilosa, com respeito as informações que lá constam e
ainda: não retirar fotos, documentos, ou realizar anotações que não estejam
vinculadas diretamente aos objetivos da pesquisa.
39
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Foram apresentados os seguintes termos de apresentação obrigatória: Termo de
confidencialidade, garantindo o sigilo das informações; Formulário CEP/UFRN;
Folho de Rosto; Carta de Anuência; Termo de Concessão; Declaração que não
iniciou coleta de dados; Cronograma e Solicitação de dispensa de TCLE, uma vez
que considera a dificuldade de encontrar estes pacientes que podem já ter falecido
em decorrência da doença, e também pelo fato de muitos não residirem em Natal.
Recomendações:
Recomendamos que o Termo de Confidencialidade seja assinado por todos os
membros da equipe de pesquisa.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Após análise ética e científica do protocolo de pesquisa e documentos
relacionados, o CEP Central/UFRN considerou que o referido protocolo de
pesquisa está bem estruturado e em consonância com a Resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde - CNS e, por esse motivo, recebe parecer de
APROVADO.
Considerações Finais a critério do CEP:
Em conformidade com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde -
CNS e Manual Operacional para Comitês de Ética - CONEP é da
responsabilidade do pesquisador responsável:
1. Elaborar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE em duas vias,
rubricadas em todas as suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo
convidado a participar da pesquisa, ou por seu representante legal, assim
como pelo pesquisador responsável, ou pela (s) pessoa (s) por ele delegada(s),
devendo as páginas de assinatura estar na mesma folha (Res. 466/12 - CNS, item
IV.5d);
2. Desenvolver o projeto conforme o delineado (Res. 466/12 - CNS, item XI.2c);
3. Apresentar ao CEP eventuais emendas ou extensões com justificativa (Manual
Operacional para Comitês de Ética - CONEP, Brasília - 2007, p. 41);
4. Descontinuar o estudo somente após análise e manifestação, por parte do
Sistema CEP/CONEP/CNS/MS que o aprovou, das razões dessa
descontinuidade, a não ser em casos de justificada urgência em benefício de seus
participantes (Res. 446/12 - CNS, item III.2u);
5. Elaborar e apresentar os relatórios parciais e finais (Res. 446/12 - CNS, item
XI.2d);
40
6. Manter os dados da pesquisa em arquivo, físico ou digital, sob sua guarda e
responsabilidade, por um período de 5 anos após o término da pesquisa (Res.
446/12 - CNS, item XI.2f);
7. Encaminhar os resultados da pesquisa para publicação, com os devidos
créditos aos pesquisadores associados e ao pessoal técnico integrante do
projeto (Res. 446/12 - CNS, item XI.2g) e,
8. Justificar fundamentadamente, perante o CEP ou a CONEP, interrupção do
projeto ou não publicação dos resultados (Res. 446/12 - CNS, item XI.2h).
41