Você está na página 1de 6

Biologia e Geologia 12º Ano de Escolaridade 2016/2017

FICHA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS maio/2017

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.


Escreva, na folha de respostas, o grupo, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

Grupo I

A Neurofibromatose (NF1)
Neurofibromatose - Tipo 1 (NF1) é o nome dado a uma desordem genética clínica. Está caracterizada
por manifestações proeminentes, tais como, manchas ou pontos "café-au-lait", de cor castanha, na pele,
elélides e neurofibromas (tumores fibrosos moles que se desenvolvem a partir dos nervos). Outras
características incluem nódulos na íris de Lisch, displasia de ossos longos, glioma ótico e neurofibroma
plexiforme.
Há alguns anos atrás, um grupo de pesquisa do NINDS (National Institute of Neurological Disorders
and Stroke), dos E.U.A., localizou a posição exata do gene NF1 na banda 1, região 1, do braço longo do
cromossoma 17 (17q11). O gene NF1 foi clonado e a sua estrutura analisada. O produto do gene NF1 é
uma grande e complexa proteína chamada neurofibrina, componente do sinal de transdução,
controlando a diferenciação celular. Uma mutação no gene NF1 levaria à redução da sua função,
permitindo que células que deveriam diferenciar-se, escapem ao controlo e se continuem a reproduzir.
Uma porção desta proteína é semelhante à família das proteínas chamadas GAP (Guanosine
Triphosfatase-activating Protein). Os cientistas demonstraram que estas proteínas GAP têm um papel
muito significante na supressão dos tumores em certos cancros. As proteínas agem desviando a regular
interação e sequência do complexo químico do crescimento celular. A semelhança da proteína NF1 e as
proteínas GAP sugere que, a proteína NF1 pode ter um papel de desvio semelhante no desenvolvimento
dos neurofibromas. Os cientistas teorizam que estes defeitos no gene podem diminuir ou inibir a normal
produção destas proteínas e permitir um crescimento celular irregular, o que pode levar ao
desenvolvimento tumoral.
A NF pode ser herdada a partir dos pais, mas também pode surgir devido a uma mutação
espontânea.
Adaptado de http://profviseu.com/pessoal/JORGEFIG/Neurofib/Anap.htm

1. A Neurofibromatose resulta de uma mutação ____ que ocorre num ____.


(A) génica … autossoma (C) génica … heterossoma
(B) cromossómica … autossoma (D) cromossómica … heterossoma

2. O gene NF1 sofreu uma mutação


(A) silenciosa. (C) sem sentido. (B) com perda de sentido. (D) neutra.

3. Um gene supressor de tumores é


(A) um gene com capacidade para estimular a divisão celular.
(B) um gene com capacidade para controlar a divisão celular.
(C) um oncogene que promove a divisão celular.
(D) um proto oncogene que induz apoptose.

4. Um proto oncogene é
(A) um gene que bloqueia a divisão celular. (C) um gene promotor do crescimento celular.
(B) um oncogene que sofreu mutação. (D) um gene que induz apoptose.
5. Considere as mutações indicadas na tabela I
TABELA I
(1) Deleção (5) Síndrome de Down
(2) Inversão (6) Síndrome de Klinefelter
(3) Duplicação (7) Síndrome da Supermasculinidade
(4) Translocação recíproca (8) Síndrome de Turner

5.1. As mutações apresentadas na Tabela I com os números 1 e 2 são alterações, respetivamente, no


(A) número de genes / número e arranjo de genes. (C) número de genes / arranjo de genes.
(B) arranjo de genes / arranjo e número de genes. (D) arranjo de genes / número de genes.

5.2. As mutações apresentadas na Tabela I com os números de 1 a 4 são


(A) cromossómicas numéricas. (C) génicas.
(B) cromossómicas estruturais. (D) poliploidias.

5.3. As mutações apresentadas na Tabela I com os números 5, 6 e 7 são


(A) euploidias. (B) haploidias. (C) aneuploidias. (D) poliploidias

5.4. A síndrome de Down é uma _____, resultante de uma alteração _____, enquanto a Síndrome de
Turner é uma ____, resultante de uma mutação ____.

(A) monossomia … heterossómica … trissomia … autossómica.


(B) monossomia … autossómica … nulissomia … heterossoma.
(C) trissomia … autossómica … trissomia … heterossómica.
(D) trissomia … autossómica … monossomia … heterossómica.

5.5. Apresente o cariótipo da mutação correspondente ao Síndrome de Turner.

6. Explique porque se pode afirmar que a causa mais frequente para o aparecimento de mutações como
as Síndromes de Down, de Klinefelter e de Turner envolve fenómenos que ocorrem nas células
germinativas dos progenitores.

Grupo II

A resposta inflamatória é uma sequência complexa de


acontecimentos que envolve muitas substâncias
químicas e células.
Resumidamente pode
descrever-se do seguinte modo:
as bactérias lesam os tecidos e
libertam mediadores químicos que iniciam
a inflamação, tendo como resultado a
destruição das bactérias.
A figura 1 representa o processo descrito.

Fig.1- (Retirada de
1. Tendo www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/biologia/temasbio/transparencias/celulas_14.pdf)
por base a figura 1, coloque por ordem as
letras que identificam as afirmações seguintes,

Página 2 de 6
respeitantes ao mecanismo de uma resposta inflamatória, de modo a estabelecer a sequência temporal
correta. Comece pela letra A.

(A) Entrada de microrganismos no organismo


(B) A libertação de histamina origina a vasodilatação.
(C) Produção de histamina pelos mastócitos.
(D) Digestão das bactérias por enzimas lisossómicas.
(E) Filtração abundante de fluido para o tecido lesado.
(F) Aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos.
(G) Monócitos diferenciam-se em macrófagos.

2. A lesão do tecido evidenciada na figura desencadeia a libertação de substâncias químicas que


facilitam a
(A) diapedese, pois provocam o aumento da permeabilidade dos capilares e também a vasodilatação.
(B) diapedese, pois provocam a diminuição da permeabilidade dos capilares e também a vasodilatação.
(C) fagocitose, pois provocam o aumento da permeabilidade dos capilares e também a vasodilatação.
(D) fagocitose, pois provocam a diminuição da permeabilidade dos capilares e também a vasodilatação.

3. A febre é provocada pela presença no organismo de mediadores químicos denominados ____. Este
sintoma está associado à resposta inflamatória____.
(A) pirogénios … local (C) vasodilatadores … local
(B) pirogénios … sistémica (D) vasodilatadores … sistémica

4. As barreiras externas, como a pele, dizem respeito a mecanismo de defesa


(A) inata, cuja função é eliminar os agentes patogénicos após a sua entrada no organismo.
(B) inata, cuja função é impedir a entrada dos agentes patogénicos.
(C) adquirida, cuja função é impedir a entrada dos agentes patogénicos.
(D) adquirida, cuja função é eliminar os agentes patogénicos após a sua entrada no organismo.

5. Designe o fenómeno correspondente à migração direcional de leucócitos em resposta a gradientes de


determinados fatores químicos.

6. Relativamente ao interferão, selecione a alternativa que classifica corretamente as afirmações que se


seguem:
1- É uma proteína antimicrobiana, produzida por células infetadas.
2- Induz células do organismo a produzir proteínas antivirais.
3- É um mecanismo de defesa específico.

(A) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas. (C) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.


(B) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa. (D) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.

7. Faça corresponder a cada uma das letras (de A a E) da coluna I, que identificam afirmações, apenas
um dos números (de 1 a 8) da coluna II, que identificam conceitos. Escreva na folha de respostas, apenas
as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Página 3 de 6
Coluna I Coluna II
(1) Linfócitos
(A) Células com elevada capacidade fagocítica, que resultam da (2) Macrófagos
diferenciação de monócitos. (3) Basófilos
(B) Secreção contendo substâncias tóxicas para muitas bactérias. (4) Neutrófilos
(C) Seres acelulares, incapazes de se reproduzirem autonomamente. (5) Lágrimas
(D) Células efetoras da imunidade específica (6) Suco Gástrico
(E) Secreção com pH baixo que mata muitos microrganismos. (7) Vírus
(8) Bactérias

8. “Uma das formas de detetar infeções internas ou estádios iniciais de infeção é realizar um
leucograma (quantificação dos leucócitos numa amostra sanguínea).”
Explique em que medida os dados fornecidos pela tabela 1 permitem afirmar que, na situação B, o
indivíduo apresenta um quadro clínico infecioso, mas no qual a resposta imunitária não específica ou
inata não é a mais importante.

Grupo III

A figura 2 esquematiza a atividade dos linfócitos B, um mecanismo de imunidade humoral. Analise-a


com atenção

1. Faça corresponder a cada uma das letras que identificam as


afirmações seguintes, o(s) número(s) da figura.

(A) Há proliferação de linfócitos B.


(B) São linfócitos B específicos para diferentes antigenes.
(C) Algumas células diferenciadas são células de memória.
(D) É um (são) linfócito(s) B a ser(em) ativado(s).
(E) É um antigénio.

2. Designe as células com referenciadas com os números 7, 8 e 9.

3. Explique por que razão as células referenciadas com os


números 7, 8 e 9 são ricas em RER.

Figura 2

Página 4 de 6
4. No gráfico da figura 3 está representada a
resposta imunitária de um organismo sujeito, com
o intervalo de algumas semanas, a dois contactos
com o mesmo antigénio.

4.1. Indique o mecanismo imunitário presente.

4.2. Explique, tendo em conta os dados do gráfico,


as diferenças entre as respostas relativas ao
primeiro e ao segundo contacto com o antigene.
Fig. 3

Grupo IV

O transplante permite curar muitas doenças pela implementação de células, de tecidos ou de órgãos
saudáveis, podendo ser de dois tipos: autotransplante e alotransplante.
No autotransplante a transferência ocorre para um local do corpo do mesmo indivíduo como, por
exemplo, o transplante de tecido epitelial e de vasos sanguíneos em vítimas de queimaduras, não sendo
normalmente rejeitados.
No alotransplante a transferência ocorre entre indivíduos diferentes, podendo ocorrer rejeição pelo
organismo recetor. Para reduzir a taxa de rejeição do transplante, recorre-se à aplicação de
imunossupressores que reduzem a atividade do sistema imunitário.
Adaptado

1. Explique, tendo em conta a sua ação, em que medida a aplicação de imunossupressores pode
interferir com a taxa de sucesso nos alotransplantes.

2. A rejeição do transplante é desencadeada pelos


(A) linfócitos T e está associada à imunidade celular.
(B) linfócitos B, e está associada à imunidade celular.
(C) linfócitos B, e está associada à imunidade humoral.
(D) linfócitos T, e está associada à imunidade humoral.

3. Os linfócitos T supressores
(A) libertam mensageiros químicos que estimulam outras células efetoras do sistema imunitário.
(B) inibem a atividade de linfócitos B e T, quando a infeção está debelada.
(C) permanecem inativos para responder a uma eventual futura exposição ao mesmo antigénio
específico.
(D) eliminam as células infetadas por vírus que apresentem o antigénio específico.

4. Os linfócitos T citotóxicos têm como função


(A) a fagocitose direta das células transplantadas.
(B) a produção de anticorpos que irão destruir as células transplantadas.
(C) a produção de substâncias que irão promover a lise das células transplantadas.
(D) a produção de células memória.

Página 5 de 6
5. As células de memória
(A) não são específicas, havendo apenas um grupi de células para todos os tipos de determinantes
antigénicos.
(B) são inatas, isto é, estão formadas á nascença do indivíduo.
(C) participam numa resposta imunitária secundária muito mais rápida e eficaz que a resposta primária.
(D) são produzidas através da divisão de todos os leucócitos.

6. O diagrama que se segue mostra dois métodos de imunização que podem ser aplicados na proteção
contra doenças.
Método 1 Método 2

a recebe pequenas doses de um vírus da poliomielite, atenuado naH5N1


Vírus sua virulência.
injetada num animal.

Produção de anticorpos pelo animal.


O vírus multiplica-se lentamente no organismo.

É removido sangue do animal e separado o soro com anticorpos dos restante


O organismo produz anticorpos.

unda dose de vírus atenuado e, passado algum tempo, produção de anticorpos.


Soro injetado numa pessoa infetada com vírus H5N1

6.1. Relativamente aos métodos referidos, pode afirmar-se que intervém


(A) imunidade ativa nos dois casos (C) imunidade passiva nos dois casos
(B) imunidade ativa em 2 e passiva em 1 (D) imunidade ativa em 1 e passiva em 2.

6.2. Relativamente aos métodos 1 e 2, no tratamento dos respetivos doentes, é verdadeiro afirmar-se
que
(A) 1 é mais lento, mas mais duradouro do que 2 (C) 1 é mais lento do que 2 e menos duradouro
(B) 1 é mais rápido e mais duradouro do que 2 (D) 1 é mais rápido do que 2, mas menos duradouro

6.3. Identifique o processo apresentado no método 1.

FIM
COTAÇÕES

Grupo Questão 1 2 3 4 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 6


I Cotação 5 5 5 5 5 5 5 5 5 10 55
Grupo Questão 1 2 3 4 5 6 7 8
II
Cotação 5 5 5 5 5 5 10 10 50
Grupo Questão 1 2 3 4.1 4.2
III
Cotação 10 5 10 5 15 45
Grupo Questão 1 2 3 4 5 6.1 6.2 6.3
IV Cotação 15 5 5 5 5 5 5 5 50

Página 6 de 6

Você também pode gostar