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Pastor Isaac Martins Rodrigues

Pesquisa: Estudo de casos

Doação de órgãos

Abreu e lima
07/02/23
Pastor Isaac Martins Rodrigues

Pesquisa: Estudo de casos

Doação de órgãos

Turma: 1ºB ADM


Aluno: Adryan Silva
Professora: Selma Mesquita
Matéria: Metodologia de pesquisa voltada a projetos

Abreu e Lima
07/02/23
1 CAPÍTULO

CONSTRUINDO REFERÊNCIAS

1.1 Uma breve história do transplante de órgãos


O termo transplante ou transplantação foi usado pela primeira vez por John
Hunter em 1778 ao descrever alguns de seus experimentos em animais. No início, esse
tipo de cirurgia humana era feita para reparar danos, principalmente na pele. No início
do século 20, os primeiros experimentos de transplante de órgãos foram realizados,
inicialmente em animais e animais, depois entre animais e humanos (sem sucesso, mas
avançaram as pesquisas na área) e, finalmente, entre humanos e humanos.

Em 1933, o primeiro transplante de rim de pessoa para pessoa do mundo foi


realizado na Ucrânia, mas não teve sucesso. O primeiro transplante de fígado foi
realizado nos Estados Unidos em 1963, e o primeiro transplante de coração foi realizado
na África do Sul em 1967. Todos esses experimentos foram realizados em pacientes
com doença crônica grave ou terminal, e o fracasso de um dos experimentos levantou a
questão da rejeição.

Para prosseguir com o procedimento de transplante, é necessário descobrir


drogas imunossupressoras, pois o organismo pode se proteger de qualquer corpo
estranho implantado. Em 1978, as drogas ante-rejeição foram descobertas. No Brasil, no
entanto, a cirurgia parou em meados da década de 1960 e só foi retomada por volta de
1980.

No Brasil, o primeiro transplante realizado em 1954 foi o transplante de córnea.


Em 1964, foi realizado o primeiro transplante renal. Em 1968, no Hospital das Clínicas
de São Paulo, a primeira doença hepática. A mesma equipe fez outras duas tentativas na
instituição em 1969 e 1971, com sucesso técnico e sobrevida de 18 e 30 dias,
respectivamente (MACHADO, 1970).

Brasil reiniciou os transplantes de órgãos à medida que as pesquisas avançam e


as técnicas de colheita, remoção e cirurgia melhoram. A padronização da coleta de
múltiplos órgãos, o surgimento de novas drogas imunossupressoras e o
desenvolvimento de uma solução de preservação de órgãos aumentaram a taxa de
sucesso dos transplantes em todo o mundo.

A o mesmo tempo, como na maioria dos países, existem leis rígidas para
punição judicial de transplantes de órgãos e tecidos. Atualmente, está em vigor a Lei nº
9.434/97, regulamentada pelo Decreto nº 2.268, de 30 de julho do mesmo ano. Permite
doações em vida e após a morte. Além disso, leva em conta mínimos como
credenciamento de órgãos e equipes, critérios diagnósticos para morte encefálica,
permissão para doar, proibição de venda de órgãos e penalidades por descumprimento.
1.2 que é um transplante e quando é necessário?
Segundo a Federação Brasileira de Doação de Órgãos e Tecidos, é um
procedimento cirúrgico que envolve a substituição de um órgão (coração, pulmão, rim,
pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, osso, córnea, etc.) de uma pessoa doente
(receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto. O
transplante é um tratamento que pode salvar e/ou melhorar a qualidade de vida de
muitas pessoas.

O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico inovador regulamentado


pela Lei nº 9.434/37 e pela Lei nº 10.211/2001. Preveem a remoção de órgãos, tecidos e
partes do corpo humano para fins de transplante e terapia. É uma tecnologia
revolucionária na medicina moderna porque oferece a perspectiva de cura ou
sobrevivência para pacientes ameaçados por falência de órgãos ou tecidos vitais.
2 CAPITULO

1.1 A importância da doação de órgãos

Quando um carro apresenta algum problema mecânico, ele é levado à oficina


para reparos ou substituição de peças críticas ao seu bom funcionamento.
Coisas semelhantes acontecem no corpo humano. Quando se depara com um
problema que afeta sua perfeita função, procura-se orientação médica para o tratamento
adequado ou transplante do órgão danificado. Ao contrário de um carro, no entanto, é
impossível ir à loja e comprar peças novas.
A única solução legal é transplantar órgãos danificados. E não é tão simples. Há
muito envolvido: por um lado, o receptor tem esperança de um milagre; por outro, a
família do doador é diagnosticada com morte encefálica (interrupção irreversível da
função cerebral).
Arte. Art. 3º da Lei nº 9.434/97 - A retirada post mortem de
tecido, órgãos ou partes humanas para transplante ou tratamento deve ser
previamente verificada e documentada por dois médicos não envolvidos
na ressecção e no diagnóstico de morte encefálica, e pela equipe
transplantadora, por meio de o uso de medicamentos federais Critérios
clínicos e técnicos definidos por resolução do comitê.

Nesse caso, um doador pode salvar mais de vinte pessoas e pode doar córneas,
corações, fígados, pulmões, rins, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e
cartilagens. Todos os procedimentos de extração, remoção e transplante de órgãos são
regulamentados pela Lei nº 9434/97 e Lei nº 10.211/2001.Apesar de todas as garantias
legais, há uma certa desconfiança e mística no público em geral sobre a remoção de
órgãos após a ME
.
No caso de doação em vida, o doador deve ser maior de 21 anos e estar em
situação regular. A doação só ocorrerá se o transplante não ameaçar suas habilidades
vitais. Um rim, medula óssea e parte de um fígado ou pulmão podem ser doados entre
cônjuges ou parentes até o quarto grau de compatibilidade sanguínea.No caso de não
familiares, a doação ocorre apenas com a autorização do tribunal.

De acordo com uma edição recente do Portal Brasil, segundo o Ministério da Saúde e
a ADOTE (Associação Brasileira de Doação de Órgãos e Tecidos), existem atualmente
1.236 pacientes aguardando por um órgão cadastrado na lista do SUS (Sistema Único
de Saúde) no Brasil. Em 2015, foram realizados 23.666 transplantes de órgãos, sendo
95% realizados pelo SUS.
Apesar do número bastante significativo de transplantes de órgãos, o número de
pessoas à espera de um novo órgão é muito maior. E a conscientização é a chave para
mitigar essa disparidade. Essa conscientização é acompanhada de campanhas
motivacionais, como as lançadas pelo governo federal no Rio de Janeiro em 17 de
setembro de 2016, e as promoções do real hospital português e do Centro de
Transferências de Pernambuco em 29 de setembro do mesmo mês. , Recife. Mitos e
verdades sobre a doação de órgãos e tecidos devem ser esclarecidos para que a
população se sinta segura na hora de tomar uma decisão.

3 CAPÍTULO

1.1 Morte encefálica e rejeição familiar

Os primeiros critérios para morte encefálica surgiram em Paris em 1959


e ainda estão sendo discutidos na sociedade. Por desconhecimento e muitas
dúvidas, grande parte da população se recusa a aceitar o diagnóstico de ME e,
portanto, a autorizar a doação.

A Resolução nº 1. 80 do Conselho Federal de Medicina de 8 de março de


1997 definiu conceitualmente os critérios diagnósticos de morte encefálica como
a cessação completa e irreversível da atividade encefálica e determinou a
necessidade de realização da morte encefálica. exames complementares para
confirmação do diagnóstico de morte encefálica (BRASIL, 2006).

O artigo 4º da Lei 9.434/97 causou grande polêmica entre medicina, advogados e


público, pois definia uma obrigação, enquanto os brasileiros interpretavam o
presente como um gesto de solidariedade.

Salvo manifestação de vontade em contrário, nos termos


desta Lei presume-se autorizada a doação de tecidos,
órgãos ou partes do corpo humano, para finalidade de
transplantes ou terapêutica post mortem.

No entanto, os médicos decidiram priorizar a ética médica e respeitar a vontade


dos familiares. Em razão desse conflito, o governo federal criou a Lei nº
10.211/2001, que alterou o artigo 4º da Lei 9.434/97.

No Brasil, aumentou significativamente o número de famílias que não autorizam


a doação de órgãos e tecidos de parentes diagnosticados com morte encefálica.
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes (ABTO), a taxa de rejeição
familiar aumentou de 22% em 2008 para 44% em 2015.

Estudo realizado por pesquisadores da Escola Paulista de Enfermagem da


Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou os motivos da recusa
familiar. Os motivos foram a falta de compreensão do conceito de morte
encefálica, crenças religiosas, dependência das habilidades técnicas da equipe do
hospital e, principalmente, as famílias consideraram insuficiente o tempo dado
para a tomada de decisão.

É verdade que obter permissão é rápido porque o coração e órgãos como o


fígado não podem mais ser usados quando o coração para. As famílias reclamam
que foram contatadas mecanicamente, mesmo com relutância, sem respeito pela
pessoa chocada que acaba de receber a trágica notícia.

A solução para minimizar a recusa familiar está não apenas na informação, no


esclarecimento de dúvidas durante todo o processo de retirada de órgãos de um
doador em ME, mas também na forma humanizada com que a família é
contatada. Isso requer investir na formação de profissionais como enfermeiros,
assistentes sociais e psicólogos para abordar a família com respeito à sua dor.

1.2 Mitos sobre a doação de órgãos

A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) publicou em


seu site os mitos mais comuns sobre doação de órgãos para esclarecer dúvidas
do público e minimizar a rejeição familiar, o que limita a eficácia do transplante
de órgãos no Brasil. . São eles:

- A intenção de ser doador deve ser apresentada por escrito após a morte;

- As religiões não permitem este tipo de procedimento médico;

- Pessoas de melhor condição econômica ou social não esperam na fila do


transplante, ou seja, eles têm prioridade;

- porque há um mercado negro de transplantes, as pessoas são roubadas e


mortas;

- A remoção de órgãos desfigura o corpo e altera a aparência na urna funerária;

- Quando uma pessoa chega ao pronto-socorro de um hospital, a equipe médica


que sabe que é doador não faz nada para salvá-la.

Esta questão precisa de esclarecimento porque muitas pessoas esperam


solidariedade das famílias dos potenciais doadores. Entender que o diagnóstico
de ME é feito por meio de um processo rigoroso envolvendo profissionais éticos
facilitará a doação e, com isso, salvará muitas vidas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS. Registro


Brasileiro de Transplantes. São Paulo, Ano XVII, n. 4, jan./dez, 2011. 35 p. 6-7.
ADOTE. 2016. Disponível em<hhttp://www.adote.org.br/informe-se> . Acesso
em:08/02/23 18:48
ABTO, 2016. Disponível em:
<http://www.abto.org.br/abtov03/default.aspx?mn=473&c=916&s=0&friendly=Acesso
em:09/02/23 18:19
BRASIL. Decreto nº 879, de 22 de julho de 1993. Regulamenta a Lei nº 8.489, de 18 de
novembro de 1992, que dispõe sobre a retirada e o transplante de tecidos, órgãos e
partes do corpo humano, com fins terapêuticos, científicos e humanitários. Diário
Oficial da União, Brasília, n. 139, p. 10298, 23 jul 1993. Seção 1.
BRASIL. Decreto nº 2.268, de 30 de junho de 1997. Regulamenta a Lei nº 9.434, de 4
de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo
humano para fins de transplante e tratamento, e dá outras providências. Diário Oficial
da União, Brasília, n. 123, p. 13739, 1 jul 1997. Seção 1.
BRASIL. Lei nº 8.489, de 18 de novembro de 1992. Dispõe sobre a retirada e
transplante de tecidos, órgãos e partes do corpo humano com fins terapêuticos e
científicos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, n. 223, 20 nov
1992. Seção 1.
BRASIL. Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção de órgãos,
tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, n. 25, p. 2191-3, 5 fev 1997. Seção 1.
Machado MCC et al. Aspectos da função hepatocitária em transplantes de fígado
experimentais e humanos. Ver Ass Med Bras 16:89-94, 1970
https://www.google.com/amp/s/jc.ne10.uol.com.br/canal/cidades/saude/noticia/
2015/12/31/amp/real-hospital-portugues-credenciado-pelo-ministerio-da-saude-para-
realizar-transplantes-de-figado-214751.php Acesso em:11/02/23 10:07
https://www.google.com/amp/s/noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/
2015/11/23/recusa-de-doacao-de-orgaos-por-familias-dobra-em-sete-anos-diz-
pesquisa.amp.htm Acesso em:12/02/23 08:34

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