primeiro transplante no Brasil, foi um transplante renal, ocorrido
em 1964 no Hospital Servidores do Estado, no Rio de Janeiro. Porém, hodiernamente esse assunto ainda é um tabu. E isso é dado pela falta de informação da família do indivíduo e a omissão governamental que pouco se discute sobre essa problemática.
Sob esse espectro, fica evidente a necessidade de debater a
importância de informações sobre como funciona o processo de pôs morte cerebral de um indivíduo. A família precisa compreender que depois que o ser humano sofre morte encefálica, ele irá depender de aparelhos e tubos para o resto da vida. Sendo assim, a chance de um milagre acontecer ser minúsculo, dando chance para até outras oito pessoas sobreviverem a partir daqueles órgãos doados.
Em segundo plano, vale salientar a passividade do governo com
relação a LEI Nº 9.434, que diz respeito que a família é quem decide se os órgãos devem ser doados ou não, independentemente da decisão do possível doador em vida. Entretanto, depois de receber a abalável noticia da morte, muitas vezes, os familiares estando em profundo luto, optam por desconsiderar a vontade do paciente e negativar o pedido de doação.
Nesse contexto, cabe a cada indivíduo que além de deixar
documentado, deixar explícito para sua família a vontade de ser doador de órgãos acima de tudo. Ademais, o governo em parceira com o mistério da saúde deve rever a lei supracitada anteriormente, e fazer entrar em vigor o último desejo do paciente. Para assim, diminuir os obstáculos da doação de órgãos no cenário brasileiro.
A Morte Digna e Autonomia do Paciente Terminal por Meio da Declaração Prévia de Vontade: Uma Análise à Luz dos Direitos Humanos e do Direito Civil Prospectivo