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Transplante de órgãos quer dizer o processo de transplantação de células, tecidos

ou órgãos de um corpo (vivo ou morto) para outro que necessita de um destes ou mais
para manutenção de sua saúde ou até mesmo de sua vida.
Esse processo foi realizado pela primeira vez de forma bem-sucedido pelo Dr.
Joseph E. Murray, em Boston, no ano de 1954. No ocorrido, foi realizada transplantação
de rins entre dois gêmeos idênticos, já que até então acreditava-se que apenas
transplante entre essas pessoas não havia o perigo de rejeição. Entretanto, na década de
60 os médicos descobriram um meio de realizar um transplante de órgão entre não
parentes sem que houvesse a rejeição. Após muitos estudos e evolução, a partir da
década de 80 os medicamentos imunossupressores possibilitaram essa prática se
tornasse mais segura. No Brasil a realização de transplante de órgãos começou em
1964 no Rio de Janeiro.
Esse processo envolve diversas questões desde decisão pessoal à decisão
familiar. Segundo à lei, no caso de um doador de órgãos vivo, este sendo maior de idade
e capaz juridicamente, pode doar órgãos a seus familiares até 4º grau e ao cônjuge.
Porém, se esse doador não obtiver laço sanguíneo ou conjugal com o receptor, é exigida
autorização judicial prévia. No caso da doação pós-morte, a decisão está em mãos da
família do doador ou de seu companheiro.
A remoção somente pode acontecer se confirmada a morte cerebral do doador e
todos os exames necessários descartarem infecções e doenças. Posteriormente, o destino
do órgão doado é determinado pela Central de Transplantes, considerando a fila de
espera para recebimento, gravidade da doença do receptor e compatibilidade com o
organismo. A remoção e o transplante somente podem ser feitos em estabelecimentos de
saúde autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema único de Saúde (SUS).
Além do mais, todo o processo é gratuito e é considerada crime a comercialização de
órgãos.

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