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MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

CAMILA MILITÃO – TURMA LIII

BIOÉTICA
critérios clínicos e tecnológicos definidos por
resolução do Conselho Federal de Medicina.
AULA 7 (08/04) Art. 4º: a retirada de tecidos, órgãos e partes do
corpo de pessoas falecidas para transplantes
PROVA M1
ou outra finalidade terapêutica, dependerá da
AULA 8 (15/04) autorização do cônjuge ou parente, maior de
Devolutiva M1 idade, obedecida a linha sucessória, reta ou
colateral, até o segundo grau inclusive, firmada
AULA 9 (22/04)
em documento subscrito por duas testemunhas
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS presentes à verificação da morte. (preferência
do cônjuge)
Lei nº 9.434, de 1997
Discussão: Autonomia do doador?
Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e Inexistente, quem decide é a família.
partes do corpo humano para fins de Importante ter um diálogo acerca do fim da
transplante e tratamento e dá outras vida e doação de órgãos.
providências.
Art. 5º: A remoção post mortem de tecidos,
Art. 1º: A disposição GRATUITA de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa
órgãos e partes do copo humano, em vida ou juridicamente incapaz poderá ser feita desde
post mortem, para fins de transplante e que permitida expressamente por AMBOS
tratamento, é permitida na forma dessa lei. OS PAIS, ou por seus responsáveis legais. (ex:
 Parágrafo único: não estão compreendidos crianças)
entre os tecidos a que se refere este artigo Art. 6º: É vedada a remoção post mortem de
os o sangue, esperma e o óvulo.
tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas
Art. 2º: A realização de transplante ou enxertos não identificáveis. (impossível de rastrear a
de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano família, não pode realizar a remoção)
só poderá ser realizada por estabelecimento de
Art. 7º (VETADO)
saúde, público ou privado, e por equipes
médico-cirúrgicas de remoção e transplante  Parágrafo único: no caso de morte sem
previamente autorizados pelo órgão de assistência médica, de óbito em decorrência
gestão nacional do SUS. de causa mal definida ou de outras situações
nas quais houver indicação de verificação da
 Parágrafo único: a realização de causa médica da morte, a remoção de
transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos tecidos, órgãos ou partes de cadáver para
e partes do corpo humano só poderá ser fins de transplante ou terapêutica somente
autorizada após a realização, no doador, poderá ser realizada após a autorização do
de todos os testes de triagem para patologista de serviço de verificação de óbito
diagnóstico de infecção e infestação responsável pela investigação e citada em
exigidos em normas regulamentares relatório de necrópsia.
expedidas pelo Ministério da Saúde.
Art.8º: Após a retirada de tecidos, órgãos e
Art. 3º: A retirada post mortem de tecidos, partes, o cadáver será imediatamente
órgãos ou partes do corpo humano destinados necropsiado, se verificada a hipótese do
a transplante ou tratamento deverá ser parágrafo único do art. 7º, e em qualquer caso,
precedida de diagnóstico de morte condignamente recomposto para ser entregue,
encefálica, constatada e registrada por DOIS em seguida, aos parentes do morto ou seus
MÉDICOS não participantes das equipes de responsáveis legais para sepultamento.
remoção e transplante, mediante a utilização de
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Art. 9º: É permitida à pessoa juridicamente assim inscrito em lista única de espera, após
capaz dispor gratuitamente de tecidos, aconselhamento sobre a excepcionalidade e os
órgãos e partes do próprio corpo vivo, para riscos do procedimento.
fins terapêuticos ou para transplantes em
 Parágrafo 1º: nos casos em que o receptor
cônjuge ou parentes consanguíneos até o
seja juridicamente incapaz ou cujas
quarto grau, inclusive, na forma do parágrafo 4 condições de saúde impeçam ou
deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, comprometam a manifestação válida da sua
mediante autorização judicial, dispensada esta vontade, o consentimento de que trata este
em relação a medula óssea. artigo será dado por um de seus pais ou
responsáveis legais.
 Parágrafo 3º: só é permitida a doação
 Parágrafo 2º: a inscrição em lista única de
referida neste artigo quando se tratar de
espera não confere ao pretenso receptor ou
órgãos duplos, de partes de órgãos,
à sua família direito subjetivo a indenização,
tecidos ou partes do corpo cuja retirada não
se o transplante não se realizar em
impeça o organismo do doador de
decorrência de alteração do estado de
continuar vivendo sem risco para a sua
órgãos, tecidos e partes, que lhe seriam
integridade e não represente grave
destinados, provocado por acidente ou
comprometimento de suas aptidões vitais e
incidente em seu transporte.
saúde mental e não cause mutilação ou
deformação inaceitável, e corresponda a Art. 11º: É proibida a veiculação, através de
uma necessidade terapêutica qualquer meio de comunicação social de
comprovadamente indispensável à pessoa anúncio que configure:
receptora.
 Parágrafo 4º: o doador deverá autorizar, a) publicidade de estabelecimentos autorizados
preferencialmente por escrito e diante de a realizar transplantes e enxertos, relativa a
testemunhas, especificamente o tecido, estas atividades;
órgão ou parte do corpo objeto da retirada.
 Parágrafo 5º: a doação poderá ser b) apelo público no sentido da doação de tecido,
revogada pelo doador ou pelos órgão ou parte do corpo humano para pessoa
responsáveis legais a qualquer momento determinada identificada ou não, ressalvado o
antes de sua concretização. disposto no parágrafo único;
 Parágrafo 6º: o indivíduo juridicamente
incapaz, com compatibilidade imunológica c) apelo público para a arrecadação de fundos
comprovada, poderá fazer doação nos para o financiamento de transplante ou enxerto
casos de transplante de medula óssea, em benefício de particulares.
desde que haja consentimento de ambos os
 Parágrafo único. Os órgãos de gestão
pais ou seus responsáveis legais e
nacional, regional e local do Sistema único
autorização judicial e o ato não oferecer
de Saúde realizarão periodicamente,
risco para a sua saúde.
através dos meios adequados de
 Parágrafo 7º: é vedado à gestante dispor de
comunicação social, campanhas de
tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo,
esclarecimento público dos benefícios
exceto quando se tratar de doação de tecido
esperados a partir da vigência desta Lei e de
para ser utilizado em transplante de medula.
estímulo à doação de órgãos.
 Parágrafo 8º: o auto-transplante depende
apenas do consentimento do próprio Art. 13º: é obrigatório, para todos os
indivíduo, registrado em seu prontuário estabelecimentos de saúde notificar, às
médico ou, se ele for juridicamente incapaz, centrais de notificação, captação e
de um de seus pais ou responsáveis legais. distribuição de órgãos da unidade federada
Art.10º: o transplante ou enxerto só se fará onde ocorrer, o diagnóstico de morte
com o consentimento expresso do receptor, encefálica feito em pacientes por eles
atendidos.
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 Parágrafo único. Após a notificação prevista função, mistério, ofício ou profissão, e cuja
no caput deste artigo, os estabelecimentos revelação possa produzir dano a outrem:
de saúde não autorizados a retirar tecidos,
órgãos ou partes do corpo humano  Pena: detenção, de três meses a um
destinados a transplante ou tratamento ano, ou multa.
deverão permitir a imediata remoção do
paciente ou franquear suas instalações e Paragrafo único: Somente se procede mediante
fornecer o apoio operacional necessário às representação.
equipes médico-cirúrgicas de remoção e É vedado ao médico:
transplante, hipótese em que serão
ressarcidos na forma da lei. • Artigo 111: permitir que sua participação na
divulgação de assuntos médicos, em qualquer
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
meio de comunicação de massa, deixe de ter
Intervivos: rim (porque tem 2), fígado caráter exclusivamente de esclarecimento e
(regenera), pulmão (porque tem 2) e medula educação da sociedade.
óssea (regenera)
• Artigo 112: divulgar informação sobre assunto
Doador cadáver médico de forma sensacionalista, promocional
ou de conteúdo inverídico.
Coração batendo: pâncreas, fígado, pulmão e
coração. • Artigo 113: divulgar, fora do meio científico,
processo de tratamento ou descoberta cujo
Coração parado: córneas, rins, pele e ossos.
valor ainda não esteja expressamente
reconhecido cientificamente por órgão
competente.
AULA 10 (29/04)
• Artigo 114: anunciar títulos científicos que não
USO DE MÍDIAS SOCIAIS E
possa comprovar e especialidade ou área de
PUBLICIDADE MÉDICA atuação para a qual não esteja qualificado e
Sigilo Profissional registrado no Conselho Regional de Medicina.

Constituição Federal de 1988 • Artigo 115: participar de anúncios de


empresas comerciais, qualquer que seja sua
Art.5º: “Todos são iguais perante a lei, sem natureza, valendo-se de sua profissão.
distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no • Artigo 116: apresentar como originais
País a inviolabilidade do direito à vida, à quaisquer idéias, descobertas ou ilustrações
liberdade, à igualdade, à segurança e à que na realidade não o sejam.
propriedade nos termos seguintes: ... • Artigo 117: deixar de incluir, em anúncios
• XIV – é assegurado a todos o acesso à profissionais de qualquer ordem, seu nome, seu
informação e resguardado o sigilo da número no Conselho Regional de Medicina,
fonte, quando necessário ao exercício com o estado da Federação no qual foi inscrito
profissional. e Registro de Qualificação de Especialista
(RQE) quando anunciar a especialidade.
Código Penal
 Parágrafo único. Nos anúncios de
Violação do segredo profissional estabelecimentos de saúde, devem constar
o nome e o número de registro, no Conselho
Art.154: Revelar alguém, sem justa causa, Regional de Medicina, do diretor técnico.
segredo, de que tem ciência em razão de

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AULA 11 (06/05) Resolução CFM nº1.821/2007
(continuação Publicidade Médica) CONSIDERANDO que o prontuário do
Resolução CFM nº 1.974/2011 (manual de paciente, em qualquer meio de
publicidade da CODAME) versa sobre a armazenamento, é propriedade física da
publicidade médica ***está no site do instituição onde o mesmo é assistido –
CREMESP independente de ser unidade de saúde ou
consultório -, a quem cabe o dever da guarda o
documento;
PRONTUÁRIO MÉDICO CONSIDERANDO que os dados ali contidos
pertencem ao paciente e só podem ser
Resolução CFM nº1.638/2002
divulgados com sua autorização ou a de seu
Prontuário médico: “documento único responsável, ou por dever legal ou justa causa;
constituído de um conjunto de informações,
CONSIDERANDO que o prontuário e seus
sinais e imagens registradas, geradas a partir
respectivos dados pertencem ao paciente e
de fatos, acontecimentos e situações sobre a
devem estar permanentemente disponíveis, de
saúde do paciente e a assistência a ele
modo que quando solicitado por ele ou seu
prestada, de caráter legal, sigiloso e científico,
representante legal permita o fornecimento de
que possibilita a comunicação entre membros
cópias autênticas das informações pertinentes;
da equipe multiprofissional e a continuidade da
assistência prestada ao indivíduo”. CONSIDERANDO que o sigilo profissional,
que visa preservar a privacidade do
• Cria a comissão de revisão de prontuários
indivíduo, deve estar sujeito às normas
-Identificação do paciente (nome completo, estabelecidas na legislação e no Código de
data de nascimento, sexo, nome da mãe, Ética Médica, independente do meio utilizado
naturalidade, endereço completo) para o armazenamento dos dados no
prontuário, quer eletrônico quer papel;
-Anamnese, exame físico, exames
complementares solicitados e resultados, • Aprova regras para a digitalização dos
hipótese diagnóstica, diagnóstico definitivo e prontuários físicos e o uso dos prontuários
tratamento realizado eletrônicos
-Evolução diária do paciente, com data e hora, • Estabelece o prazo mínimo de 20 anos do
discriminação dos procedimentos realizados, último registro para preservação do prontuário
com identificação dos profissionais que
realizaram o procedimento Código de Ética do Estudante de Medicina

-Legibilidade da letra (MUITO IMPORTANTE) Art.31: O estudante de medicina deve escrever


de forma correta, clara e legível no prontuário
do paciente.
Prontuário: Art.32: O estudante de medicina deve
manusear e manter sigilo sobre informações
• é do paciente, elaborado pelos
contidas em prontuários, papeletas, exames e
profissionais da saúde
demais folhas de observações médicas, assim
• está sob custódia do médico/instituição
como limitar o manuseio e o conhecimento dos
• pode ser impresso e/ou eletrônico prontuários por pessoas por pessoas não
obrigadas a sigilo profissional.

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Código de Ética médica • Artigo 81: atestar como forma de obter
vantagem.
É vedado ao médico:
• Artigo 82: usar formulários institucionais para
Art.87: Deixar de elaborar prontuário legível
atestar, prescrever e solicitar exames ou
para cada paciente:
procedimentos fora da instituição a que
 Parágrafo 1º: O prontuário deve conter os pertençam tais formulários.
dados clínicos necessários para a boa
condução do caso, sendo preenchido, em • Artigo 83: atestar óbito quando não o tenha
cada avaliação, em ordem cronológica com verificado pessoalmente, ou quando não tenha
data, hora, assinatura e número de registro prestado assistência ao paciente, salvo, no
do médico no Conselho Regional de último caso, se o fizer como plantonista, médico
Medicina. substituto ou em caso de necropsia e
 Parágrafo 2º: O prontuário estará sob verificação médico-legal.
guarda do médico ou da instituição que
assiste o paciente. • Artigo 84: deixar de atestar óbito de paciente
 Parágrafo 3º: Cabe ao médico assistente ou ao qual vinha prestando assistência, exceto
a seu substituto elaborar e entregar o quando houver indícios de morte violenta.
sumário de alta ao paciente ou, na
• Artigo 85: permitir o manuseio e o
impossibilidade, ao seu representante legal.
conhecimento dos prontuários por pessoas não
Art.88: Negar ao paciente ou, na sua obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua
impossibilidade, a seu representante legal, responsabilidade.
acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer
• Artigo 86: deixar de fornecer laudo médico ao
cópia quando solicitada, bem como deixar de
paciente ou a seu representante legal quando
lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como
aquele for encaminhado ou transferido para
deixar de lhe dar explicações necessárias à sua
continuação do tratamento ou em caso de
compreensão, salvo quando ocasionarem
solicitação de alta.
riscos ao próprio paciente ou a terceiros.
• Artigo 91: deixar de atestar atos executados
Art.89: Liberar cópias do prontuário sob sua
no exercício profissional, quando solicitado pelo
guarda exceto para atender a ordem judicial ou
paciente ou por seu representante legal.
para sua própria defesa, assim como quando
autorizado por escrito pelo paciente.
 Parágrafo 1º: Quando requisitado AULA 12 (13/05)
judicialmente, o prontuário será
encaminhado ao juízo requisitante
CORRUPÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE
 Parágrafo 2º: Quando o prontuário for Uso indevido de recursos públicos por agentes
apresentado em sua própria defesa, o públicos, objetivando ganhos privados.
médico deverá solicitar que seja observado
o sigilo profissional. -Perdas anuais por volta de 500 bilhões de
dólares
Art.90: Deixar de fornecer cópia do prontuário
médico de seu paciente quando de sua O setor da saúde é o mais exposto a corrupção.
requisição pelos Conselhos Regionais de
O setor da saúde se caracteriza pela
Medicina.
diversidade e multiplicidade de atores. A
• Artigo 80: expedir documento médico sem ter complexidade da cadeia da saúde dificulta o
praticado ato profissional que o justifique, que combate à corrupção. A corrupção pode, assim,
seja tendencioso ou que não corresponda à acontecer nos diferentes elos do setor da
verdade. saúde: planos de saúde, fornecedores de
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suprimentos, hospitais, pacientes, profissionais • aspectos socioeconômicos: as
de saúde e governos. empresas devem procurar o
desenvolvimento econômico sustentável
Ex: -oftalmologistas e óticas
pensando na humanidade. Elas são as
-medicamentos de empresas farmacêuticas fontes de emprego e de bem estar
que oferecem ganhos ao médico que receitar X econômico.
vezes • aspectos ambientais: aprimorar,
implementar e aplicar padrões de
***o problema é prescrever a medicação SEM
produção e consumo ambientais
INDICAÇÃO TÉCNICA e aceitar o ganho por
sustentáveis faz parte das preocupações
fora da empresa
da sociedade contemporânea.
-fazer internações indevidas devido ao
Programa de compliance: garantir que as
convênio médico que o paciente tem ($$$)
políticas da empresa sejam cumpridas e
• Discussão estejam em conformidade com as regras
internas e externas.

AULA 13 (20/05)
 Objetivo: prevenir, detectar e eliminar falhas
de conformidade.
COMPLIANCE NA SAÚDE Programa de compliance: como montar?
Setor da saúde: HOSPITAL
• Mapeamento de riscos: por setor, por
-Fornecedores, operadoras de saúde, operação da empresa. Deve ser
ambulatórios reavaliado de tempos em tempos,
buscando melhorias.
-Materiais, medicamentos, OPME, médicos e
• Código de conduta e responsabilidade
demais profissionais
social: as empresas devem divulgar
Compliance (inglês = “to comply with”): estar em esses códigos de modo recorrente. É a
conformidade com leis, normas e regras regra interna da empresa.
internas ou externas. • Comprometimento da alta administração
• Treinamento e comprometimento
Finalidade: evitar práticas ilícitas e condutas
• Canal de denúncias: deve ser anônimo.
antiéticas.
retaliações ao denunciante de boa fé é
***A NÃO CONFORMIDADE compromete o considerada uma infração.
desenvolvimento da organização? SIM. • Incentivos e penalidades: proporcionais
à violação e ao nível de responsabilidade
O compliance pode ser utilizado como
dos envolvidos.
instrumento de promoção da ética, da
• Monitoramento
transparência e da integridade, além de apontar
as punições em caso de não conformidade. Programa de integridade: é um programa de
compliance especial, que visa coibir a
Coloca em evidência as seguintes variáveis:
corrupção, prevenindo, detectando e
• direitos humanos e trabalhistas: tornar o remediando tais atos.
ambiente de trabalho seguro e saudável.
• As faltas de conformidades no setor de saúde,
Trata das questões de discriminação,
de qualquer uma das partes envolvidas
assédio, abuso, trabalho infantil, trabalho
(fornecedores – representantes, distribuidores
forçado, jornada de trabalho, liberdade
e fabricantes; pacientes, planos de saúde), não
de associação, treinamento etc.
são decorrentes de uma simples conduta
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inadequada de um indivíduo, mas dos • Artigo 75: fazer referência a casos clínicos
problemas sistêmicos da organização. identificáveis, exibir pacientes ou imagens que
os tornem reconhecíveis em anúncios
profissionais ou na divulgação de assuntos
Fraudes na saúde: obtenção de benefício por médicos em meios de comunicação em geral,
meio de transgressão, sem necessariamente mesmo com autorização do paciente.
ter uma violação da lei.
• Artigo 76: revelar informações confidenciais
• Usuário do sistema de saúde obtidas quando do exame médico de
suplementar empresta a carteirinha para trabalhadores, inclusive por exigência dos
outra pessoa ser atendida no seu lugar. dirigentes de empresas ou de instituições, salvo
• Médico que exagera na prescrição de se o silêncio puser em risco a saúde dos37
algum material com a finalidade de ter empregados ou da comunidade.
um ganho • Artigo 77: prestar informações a empresas
• Plano de saúde que atrasa o pagamento seguradoras sobre as circunstâncias da morte
para diminuir valores e postergar do paciente sob seus cuidados, além das
desencaixe financeiro contidas na declaração de óbito, salvo por
• Hospital que informa ter usado algo de expresso consentimento do seu representante
melhor qualidade. legal.
ESTUDOS M1 • Artigo 78: deixar de orientar seus auxiliares e
SIGILO MÉDICO alunos a respeitar o sigilo profissional e zelar
para que seja por eles mantido.
• É vedado ao médico:
• Artigo 79: deixar de guardar o sigilo
• Artigo 73: revelar fato de que tenha profissional na cobrança de honorários por
conhecimento em virtude do exercício de sua meio judicial ou extrajudicial.
profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou
consentimento, por escrito, do paciente. REMUNERAÇÃO PROFISSIONAL
Parágrafo único. Permanece essa proibição: • É vedado ao médico:
a) mesmo que o fato seja de conhecimento • Artigo 58: o exercício mercantilista da
público ou o paciente tenha falecido; medicina.
b) quando de seu depoimento como • Artigo 59: oferecer ou aceitar remuneração ou
testemunha (nessa hipótese, o médico vantagens por paciente encaminhado ou
comparecerá perante a autoridade e declarará recebido, bem como por atendimentos não
seu impedimento); prestados.
c) na investigação de suspeita de crime, o • Artigo 60: permitir a inclusão de nomes de
médico estará impedido de revelar segredo que profissionais que não participaram do ato
possa expor o paciente a processo penal. médico para efeito de cobrança de honorários.
• Artigo 74: revelar sigilo profissional • Artigo 61: deixar de ajustar previamente com
relacionado a paciente criança ou adolescente, o paciente o custo estimado dos
desde que estes tenham capacidade de procedimentos.
discernimento, inclusive a seus pais ou
representantes legais, salvo quando a não • Artigo 62: subordinar os honorários ao
revelação possa acarretar dano ao paciente. resultado do tratamento ou à cura do paciente.

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• Artigo 63: explorar o trabalho de outro médico, profissionais participarem do atendimento ao
isoladamente ou em equipe, na condição de paciente.
proprietário, sócio, dirigente ou gestor de
• Artigo 71: oferecer seus serviços profissionais
empresas ou instituições prestadoras de
como prêmio, qualquer que seja sua natureza.
serviços médicos.
• Artigo 72: estabelecer vínculo de qualquer
• Artigo 64: agenciar, aliciar ou desviar, por
natureza com empresas que anunciam ou
qualquer meio, para clínica particular ou
comercializam planos de financiamento ou
instituições de qualquer natureza, paciente
consórcios para procedimentos médicos.
atendido pelo sistema público de saúde ou dele
(Modificado pela Resolução CFM no
utilizar-se para a execução de procedimentos
2.226/2019).
médicos em sua clínica privada como forma de
obter vantagens pessoais. • Artigo 72: estabelecer vínculo de qualquer
natureza com empresas que anunciam ou
• Artigo 65: cobrar honorários de paciente
comercializam planos de financiamento,
assistido em instituição que se destina à
cartões de descontos ou consórcios para
prestação de serviços públicos, ou receber
procedimentos médicos
remuneração de paciente como complemento
de salário ou de honorários.
• Artigo 66: praticar dupla cobrança por ato AULA 14 (27/05)
médico realizado. Parágrafo único. A PROVA M2
complementação de honorários em serviço
privado pode ser cobrada quando prevista em
contrato. AULA 15 (02/06)

• Artigo 67: deixar de manter a integralidade do


pagamento e permitir descontos ou retenção de
honorários, salvo os previstos em lei, quando
em função de direção ou de chefia.
• Artigo 68: exercer a profissão com interação
ou dependência de farmácia, indústria
farmacêutica, óptica ou qualquer organização
destinada à fabricação, manipulação,
promoção ou comercialização de produtos de
prescrição médica, qualquer que seja sua
natureza.
• Artigo 69: exercer simultaneamente a
medicina e a farmácia ou obter vantagem pelo
encaminhamento de procedimentos, pela
prescrição e/ou comercialização de
medicamentos, órteses, próteses ou implantes
de36 qualquer natureza, cuja compra decorra
de influência direta em virtude de sua atividade
profissional.
• Artigo 70: deixar de apresentar
separadamente seus honorários quando outros

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