Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BIOFÍSICA I
possuir canais iônicos seletivos. Essa diferença
é que gera a DDP = surge uma voltagem, em
termos fisiológicos você mede a resultante da
AULA 1 (18/02) participação de todos os íons.
BIOELETROGÊNESE/ MEMBRANA FLUIDO EXTRA X FLUIDO INTRA
PLASMÁTICA (BIOLÓGICAS)
Seres vivos, máquinas elétricas.
Produção e consumo de eletricidade
dependência de potencial elétrico DDP
(diferença de potencial relacionada as
propriedades da membrana plasmática).
COMPOSIÇÃO DO FLUIDO
CORPOREO
1-Por que o FLUIDO INTRACELULAR e
FLUIDO EXTRACELULAR são diferentes na
composição iônica?
1
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Concentração de dado íon: gradiente osmótico
(TENDÊNCIA NORMAL EM TERMOS
OSMÓTICOS – da região mais concentrada
para menos concentrada).
Definição: a maioria das células apresenta o
meio INTRACELULAR COM CARGA
NEGATIVA E EXTRACELULAR COM CARGA
POSITIVA DEVIDO A DIFERENÇA NA
DISTRIBUIÇÃO DOS ÍONS (tem que
decorar!!!!!!!!!!!!!!!!!).
**As setas representam os vetores.
2
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
MODELO:MOSAICO-FLUIDO
3
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
AULA 3 (04/03)
CANAIS IÔNICOS
São canais proteicos, possuem propriedades
fundamentais para desempenho de suas
funções:
Transporte extremamente rápido: Figura A: Alteração do potencial de membrana
aproximadamente de 1milhão de após estímulo. ENa e EK (força eletromotriz) =
íons/seg. Quando abre o canal os íons potenciais de equilíbrio do Na+ e K+.
fluem rapidamente através do canal.
Altamente seletivos: seus poros ***OBS: força motriz = movimento de íons
restringem a passagem de apenas íons através da membrana. O gradiente
com tamanho e carga específicas. ELETROQUÍMICO de um íon define o seu
Maioria não está permanente aberta. movimento através da membrana. O gradiente
ELÉTRICO e QUÍMICO = são iguais em
magnitude, mas apresentam direções opostas;
ou seja é um EQUILÍBRIO ELETROQUÍMICO –
Gradiente de íons e potencial de membrana
NÃO há passagem efetiva através da
Na+ e K+ íons que participam da transmissão membrana.
de impulsos nervosos. (bomba sódio potássio
também evita o aumento do volume celular)
Figura B: Potencial de membrana inicialmente
Na+ bombeado para fora da célula
aumenta a medida de canais de SÓDIO
concentração maior fora do axônio
DEPENDENTE DE VOLTAGEM SE ABREM.
K+ bombeado para dentro da célula Potencial de membrana decresce até os canais
concentração maior do lado de dentro do de Na+ serem inativados e os canais de K+
axônio controlados por voltagem serem abertos. Esses
são inativados e o potencial retorna ao seu valor
de repouso.
6
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
CANAIS de sódio: seletividade de íons INATIVAÇÕES DE CANAIS DE SÓDIO
• Poro estreito (FILTRO POR TAMANHO) E POTÁSSIO
permite a passagem de Na+ ligado a
uma molécula de água.
• Interfere na passagem do K+ ou íons
maiores.
7
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Mecanismo básico (GUYTON): quando 3 íons DIFERENTES TIPOS DE CANAIS IÔNICOS
sódio fixam-se à parte interna dessa proteína (slide)
carreadora, a função ATPásica é ativada. Ela
- CANAL DE K+ (passivo) → DETERMINA O
então cliva a molécula de ATP, liberando a
POTENCIAL DE REPOUSO, comum a todas as
energia de uma ligação fosfato de alta energia.
células excitáveis ou não. É encontrado em
Essa energia é utilizada para provocar
toda a membrana plasmática.
alteração conformacional na proteína
carreadora, soltando íons sódio para o exterior - CANAL DE Na+ DEPENDENTE DE
e íons potássio para o interior. VOLTAGEM → permite fase de
DESPOLARIZAÇÃO do potencial de ação. É
Natureza eletrogênica da bomba sódio-
encontrado apenas ao longo do axônio.
potássio: o fato da bomba mover 3 íons sódio
para o exterior e 2 íons potássio para o interior, ***(GUYTON) O agente necessário para a
significa que uma carga positiva é removida do produção da despolarização e da repolarização
interior celular e levada para fora a cada ciclo da membrana neuronal é o canal de sódio
da bomba. Isso gera uma carga positiva fora da voltagem-dependente.
célula, mas deixa um déficit no seu interior, ou
seja, o interior fica com carga negativa. A - Canal de K+ dependente de voltagem →
bomba é dita ELETROGÊNICA por criar uma permite rápida REPOLARIZAÇÃO do neurônio
diferença de potencial entre as duas faces da de volta ao potencial de repouso.
membrana, por seu funcionamento. ***(GUYTON) O canal de potássio voltagem-
dependente também tem participação
ORIGEM DO POTENCIAL DE
importante na VELOCIDADE da
REPOUSO NAS CÉLULAS REPOLARIZAÇÃO da membrana.
Os dois canais voltagem-dependente (sódio e
potássio) atuam junto com a bomba e com os
canais de vazamento Na+ – K+.
- Canal de Na+ dependente de estímulo
mecânico → presente nas células receptoras
do tato.
- CANAIS DEPENDENTES DE ESTÍMULO
QUÍMICO → são abertos apenas na presença
Bases moleculares do potencial de ação de uma determinada molécula =
NEUROTRANSMISSOR.
CANAIS
-Formados por proteínas que “rasgam” a
membrana (que constituem a membrana) – OBS: A atividade elétrica nos tecidos vivos é um
PORO de passagem de íons. fenômeno que se dá em nível celular,
dependente da membrana celular. Em
CANAIS IÔNICOS SELETIVOS
-Diferentes permeabilidades da membrana praticamente todas as células vivas em que
celular das células excitáveis: isso foi medido detectou-se alguma diferença
ESPECIFICIDADE para cada íon de potencial (DDP) elétrico citoplasma e o
exterior.
CANAIS ABERTOS OU FECHADOS
Permeabilidade ao íon
-A permeabilidade é maior quanto mais canais
específicos para o íon estiverem abertos
8
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE REPOUSO = POTENCIAL DE
POTENCIAL DE AÇÃO MEMBRANA
9
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
10
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Resumindo: Papel de outros íons durante o potencial de
ação
Íons permanentes com carga NEGATIVA
(ÂNIONS) no interior do axônio: dentro do
axônio existem muitos íons com carga negativa
que não podem passar pelos canais da
membrana. Incluem os ânions das moléculas
de proteína, muitos compostos fosforados,
compostos sulfatados etc. Como esses íons
não podem sair do interior do axônio, qualquer
déficit de íons positivos por dentro da
Etapas sucessivas do potencial de ação: membrana produz excesso desses íons
negativos. Assim, esses íons negativos são
Etapa de REPOUSO: corresponde ao potencial
responsáveis pela carga NEGATIVA NO
de repouso da membrana antes que comece o
INTERIOR DA FIBRA, quando existe déficit de
de ação. A membrana nesse momento está
íons potássio com carga positiva e de outros
“polarizada”, devido a presença de grande
íons positivos.
potencial negativo da membrana = –90mV.
-Moléculas proteicas
Etapa de DESPOLARIZAÇÃO: nessa etapa a
membrana fica subitamente permeável aos -Compostos fosfatados
íons sódio, permitindo o fluxo de grande
quantidade de íons sódio com carga negativa -Compostos sulfatados
para o interior do axônio (influxo). O estado ***Mantém a carga negativa se houver déficit de
“polarizado” normal ( de – 90mV) desaparece, Na+ e K+.
com o potencial variando rapidamente na
direção da positividade = despolarização. Nas ÍONS CÁLCIO: bomba de cálcio semelhante a
fibras nervosas mais grossas, o potencial de de sódio, o cálcio atua junto ou no lugar do
membrana “ultrapassa” (overshoots) o sódio para gerar o potencial de ação. A bomba
potencial zero, atingindo valor positivo. Mas em de cálcio bombeia cálcio do interior para o
algumas fibras delgadas e em muitos neurônios exterior da membrana celular (ou para dentro
do SNC, o potencial chega próximo ao potencial do reticulo sarcoplasmático), criando um
zero e não o ultrapassa, não atingindo um valor gradiente para o íon cálcio.
positivo. Além disso existem CANAIS DE CÁLCIO
Etapa de REPOLARIZAÇÃO: após a DEPENDENTES DE VOLTAGEM – esses
membrana ter ficado muito permeável aos íons canais são muito permeáveis aos íons sódio,
sódio, os canais de sódio começam a se fechar, bem como aos íons cálcio; quando abertos,
enquanto os canais de potássio se abrem mais tanto os íons cálcio como os íons sódio fluem
que o normal. Isso permite a rápida difusão de para o interior da fibra = chamados de canais
potássio para o exterior da fibra, o que Ca+ – Na+.
restabelece o potencial normal negativo de Esses canais de cálcio tem ativação
repouso da membrana = repolarização. lenta (tempo de 10 a 20 vezes menor de
ativação que o da ativação dos canais de
sódio) = são canais lentos, os canais de
sódio são os canais rápidos.
Canais de cálcio são muito numerosos
nos músculos cardíaco e liso.
11
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
DESENCADEAMENTO DO fechamento/inativação dos canais de sódio e
POTENCIAL DE AÇÃO abertura dos canais de potássio, terminando
assim o potencial de ação.
1. Membrana da fibra nervosa em
repouso/imperturbável PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE
AÇÃO
(potencial de membrana = –90mV)
PRINCÍPIO DO TUDO OU NADA
2. Elevação do potencial de ação – atinge o
LIMIAR para o início = –65mV ***um evento Uma vez que o potencial de ação tenha sido
capaz de causar variação do potencial em gerado em qualquer ponto da fibra normal, o
direção a zero processo da despolarização vai trafegar por
toda a membrana, caso as condições sejam
***O limiar é gerado quando o número de íons
adequadas, ou não o fará, caso as condições
Na+ que entram na fibra for maior que o número
sejam inadequadas = princípio do tudo ou nada.
de íons K+ que saem dela.
Aplica-se a todos os tecidos excitáveis normais.
3. Abertura dos canais voltagem-
Restabelecimento do gradiente iônico após
dependentes de sódio ***a própria variação
potenciais de ação: depende da BOMBA
da voltagem fará com que muitos canais de
SÓDIO-POTÁSSIO que “devolve” sódio e
sódio voltagem-dependentes comecem a se
potássio aos seus estados originais (potencial
abrir
de repouso). A recarga da fibra nervosa é um
4. Influxo rápido de sódio e geração do processo metabolicamente ativo – usa energia
potencial de ação ***a abertura dos canais derivada do ATP. ***A fibra nervosa produz
permite o influxo rápido de sódio o que provoca excesso de calor, aumenta seu consumo de
a maior variação do potencial de membrana energia quando aumenta a frequência de
que também gera a abertura do maior número impulsos (=ATP para restabelecer o gradiente).
de canais de sódio voltagem-dependentes. É
um ciclo vicioso de feedback positivo que se for
intenso o suficiente, continua até que todos os
canais de sódio dependente de voltagem
estejam abertos (ativados).
(slide) Fatores que estimulam o influxo de sódio
e a abertura dos canais de sódio:
(excitação/produção do potencial de ação)
• Distúrbio mecânico simples (como uma
pressão mecânica sobre a pele)
• Efeito químico sobre a membrana (como
os neurotransmissores)
• Passagem de eletricidade através da
membrana (transmissão do estímulo
elétrico pelo coração)
(slide) POTENCIAL DE AÇÃO: alteração
5. Inativação dos canais de sódio e abertura transitória na diferença de potencial elétrico da
dos canais de potássio, término do membrana de neurônios (e de células
potencial de ação ***o potencial de musculares) cuja duração e amplitude são
membrana, com o valor crescente, em uma fixas.
fração de milissegundo, promove o começo do
12
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
PLATÔ EM ALGUNS POTENCIAIS DE AÇÃO Aspectos especiais da transmissão do sinal nos
troncos nervosos
Em alguns casos a membrana excitável não
repolariza imediatamente após sua Um tronco nervoso médio apresenta de 2x mais
despolarização; pelo contrário, o potencial fibras amielínicas que mielínicas.
permanece em platô. O platô aumenta muito a
FIBRAS MIELÍNICAS: fibras mais calibrosas,
duração do período de despolarização. Esse
presença de nódulos de Ranvier onde o
tipo de potencial ocorre nas fibras do músculo
potencial de ação de fato ocorre de modo
CARDÍACO, onde o tempo de duração do platô
saltatório (“Gaps”) – a vel. da condução é de até
é o tempo de contração do músculo cardíaco.
100m/s.
CAUSAS do platô:
A condução saltatória é importante porque:
• Canais voltagem-dependentes: sódio
-acelera a vel. da transmissão neural (porque
e cálcio; esses canais permitem a
faz com que a despolarização ocorra aos saltos
difusão principalmente de íons cálcio,
pela fibra nervosa);
mas também de alguns íons sódio.
-conserva energia para o axônio, já que apenas
Canais rápidos – SÓDIO – componente do
os nodos sofrem a despolarização e perdem os
spike (POTENCIAL DE PONTA) do potencial
íons (precisa então de pequena participação do
de ação
metabolismo para restabelecer as diferenças
Canais lentos – CÁLCIO – a abertura lenta e de concentração de Na e K através da
prolongada desses canais lentos é a principal membrana após uma série de potenciais de
responsável pela parte do PLATÔ DO ação).
POTENCIAL DE AÇÃO.
Outra característica da condução saltatória:
• (segunda causa) Canais de potássio bainha de mielina isolante térmico; o
dependente de voltagem: abertura excelente isolamento produzido pela
mais lenta que a usual, só se abrindo membrana faz com que na repolarização ocorra
suficientemente próximo ao verdadeiro pequena transferência de íons.
fim do platô. Isso retarda o retorno do
potencial de membrana a seu valor de
repouso.
13
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
FIBRAS AMIELÍNICAS: fibras mais delgadas, Período refratário absoluto e relativo
condução contínua, velocidade de condução
OBS: enquanto a membrana estiver
menor.
despolarizada pelo potencial precedente NÃO
OCORRE novo potencial em uma fibra
excitável.
Período refratário absoluto: período no qual
NENHUM potencial de ação pode ser
produzido, mesmo com estímulos muito
intensos.
***Após o período refratário absoluto, existe o
período refratário relativo.
Período refratário relativo: durante esse período
estímulos mais intensos podem excitar a fibra.
CAUSAS:
(1) no seu decurso, alguns canais de sódio
ainda estão inativados e não se abriram;
(2) canais de potássio estão totalmente abertos
nessa fase – no geral – o que permite o fluxo
excessivo de potássio de carga positiva para
fora da célula; o que vai CONTRA um novo
estímulo (contra o início de um novo potencial
de ação)
CANALOPATIAS
****Doenças desmielinizantes: afetam a Grupo de desordens neurológicas
velocidade de transmissão do impulso. emergenciais devido a determinadas alterações
genéticas na função de canais iônicos. Seu
estudo é importante para a compreensão do
funcionamento de tecidos eletricamente
excitáveis, como coração, músculos e cérebro.
14
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
EQUAÇÃO DE NERST E EQUAÇÃO Potencial de equilíbrio – equação de Nernst:
DE GOLDMAN
-A equação de Nernst é uma “idealização” que
Equação de Nernst: cálculo do potencial de considera que a membrana celular é permeável
Nernst para qualquer ÍON UNIVALENTE. a apenas um tipo de íon.
Calcula o potencial eletroquímico gerado por
cargas móveis assimetricamente distribuídas. A -Sua aplicação não prevê o valor final do
grandeza desse potencial é determinada pela potencial presente na membrana celular
levando-se em consideração a ação dos
proporção entre as concentrações iônicas nas
diversos íons presentes nas regiões intra e
duas faces da membrana – quanto maior a extracelular.
proporção, maior a tendencia dos íons se
difundirem em uma direção e assim, maior é o -Ela é válida para íons monovalentes, para íons
potencial de Nernst. de outra valência é necessário dividir pela
valência do íon (z).
Potencial de Nernst valor X de potencial
entre os dois lados da membrana que IMPEDE Potencial da membrana = –90mV
a difusão de um íon específico em qualquer
direção da membrana. PREDIZ A DIREÇÃO
DO FLUXO IÔNICO PARA UM
DETERMINADO ÍON.
É utilizada para o cálculo da diferença de
potencial elétrico necessária para a produção
de força elétrica que é igual e contrária à força
da concentração.
15
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
AULA 5 (18/03) Actina e a miosina se ligam, formam-se
pontes cruzadas que, a seguir, são desfeitas,
BASES DA BIOFÍSICA DA os filamentos finos e espessos se movem
ELETROCARDIOGRAFIA adiante um do outro e ocorre o encurtamento
para produzir tensão.
Acoplamento excitação – contração da
célula cardíaca Ciclo de pontes cruzadas continua enquanto a
CORAÇÃO: dotado de mecanismos intrínsecos concentração intracelular de Ca2+ for
que garantem a ritmicidade dos seus suficientemente alta para ocupar os locais de
ligação do Ca2+ na troponina C.
batimentos. Tem a capacidade de produzir e
transmitir potenciais de ação, que se propagam
por todo o músculo cardíaco.
O acoplamento excitação-contração define os
mecanismos pelos quais o potencial de
ação (SINAL ELÉTRICO) faz com que as
miofibrilas (miócito – células cardíacas) do
músculo cardíaco se contraiam
(CONVERSÃO DO SINAL ELÉTRICO EM
AÇÃO MECÂNICA = contração).
(slide)
Tropomiosina é movida para fora do caminho e
a interação da actina com a miosina pode
ocorrer.
16
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
• Imagem: “liberação de Ca induzida por Junções GAP (comunicantes): membranas
Ca” – é a liberação de cálcio adicional celulares de células adjacentes se
pelos Túbulos T. unem/fundem umas as outras através de
• Acoplamento no músculo esquelético é junções comunicantes, que permitem a difusão
DIFERNTE do acoplamento no músculo dos íons. (são acopladas eletricamente pelas
cardíaco. junções GAP) ***são consideradas junções
abertas.
***Sem esse Ca adicional, a força da contração
muscular cardíaca seria reduzida. ***o retículo DISCOS INTERCALARES: são as áreas
sarcoplasmático do musc cardíaco é menos escuras que atravessam as fibras musculares
desenvolvido que o do musc esquelético e não cardíacas. São membranas celulares que
armazena tanto Ca suficiente para fazer a separam duas fibras musculares cardíacas
contração forte. (IMPORTÂNCIA DOS adjacentes. As fibras são “ligadas em série”.
TÚBULOS T)
Formam as junções comunicantes permeáveis
Túbulos T: Invaginam na fibra cardíaca nas (gap junction), por onde os íons movem-se com
linhas Z (induz a contração). facilidade pelos eixos longitudinais das fibras,
de modo que os potenciais de ação passem de
Ca = segundo mensageiro químico para o uma célula a outra através dos discos com
potencial de ação da célula cardíaca (além de pouca resistência.
Na e K)
Logo: CORAÇÃO É UM SINCÍCIO funcional –
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO formado por muitas células musculares
cardíacas interligadas = se comporta como
uma ÚNICA CÉLULA (quando uma é
excitada o potencial se propaga para todas
as demais célula a célula). Permitindo a
despolarização e a contração sincronizada.
17
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Os dois sincícios são separados por TECIDO Por que o potencial inicia no nó sinusal e
FIBROSO não no nó A-V ou nas fibras de Purkinje?
• Potencial de ação
18
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Influxo de íons eletropositivos: Automatismo do tipo lento
potencial intracelular aproxima-se do potencial
limiar. Canais lentos de Ca2+
“Pré – potencial”: intervalo entre potencial de
repouso/PR ( em torno de – 60mV) potencial • Repolarização também lenta devido à
limiar/PL (em torno de – 40mV) gradativa diminuição da permeabilidade
ao K+.
Célula no potencial LIMIAR (PL): ***As células contráteis, tanto dos átrios quanto
dos ventrículos, bem como as fibras de
–40mV Purkinje, possuem potencial de ação rápido.
19
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
POTENCIAIS DE MARCAPASSO
20
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Canais de potássio
• Canal de K+ retificador de influxo –
Manutenção do P.R. próximo ao Peq K+.
• Canal de K+ ativado por acetilcolina –
Participação importante na determinação
do P.R. do miocardio atrial, NSA e NAV.
• Canal de K+ regulado por ATP – Pouco
sensível ao potencial de membrana.
• Canal de K+ retificador retardado –
***Despolarizações de células marca-passo
Responsável pela repolarização final;
rapidamente espalhando pelas células determinação na duração do P.A.; ativado
contrácteis adjacentes através das junções por despolarização com cinética mais
gap. lenta que o canal de Ca+2 (retardado).
AULA 6 (25/03)
ONDAS DE DESPOLARIZAÇÃO E
REPOLARIZAÇÃO
-Se propagam ao longo das fibras cardíacas
-Podem ser consideradas DIPOLOS em
movimento
-Momentos dipolos variáveis
-Dipolos determinam campos elétricos variáveis
• Curso temporal do PA no coração
22
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
-Medição da ddp através de eletrodos na VETOR DESPOLARIAÇÃO (CORAÇÃO)
superfície
Atividade elétrica: representada por um vetor
***DIPOLO com origem no CENTRO ELÉTRICO do
coração.
-Sistema formado por duas cargas elétricas
iguais Vetor do estímulo elétrico = contribuição total
das áreas ativas do coração (sentido do AD
-As cargas apresentam sinais contrários
para o VE)
-A distância entre as cargas é o comprimento
AMPLITUDE: depende da quantidade de
do dipolo
massa muscular ativa (quantidade de
-A reta que as une é o eixo do dipolo CÉLULAS CARDÍACAS/MIÓCITOS)
SENTIDO: espalhamento da frente de
despolarização
ECG
***Momento do dipolo: vetor resultante do
Registro extracelular contínuo da atividade
produto do eixo do dipolo (d) e de uma das
ELÉTRICA do coração
cargas – seus efeitos dependem da direção do
eixo e orientação das cargas Várias posições padronizadas/convencionais
para colocação dos eletrodos = DERIVAÇÕES
ELETROCARDIOGRÁFICAS
***visualização do eixo cardíaco (“câmeras”)
• DERIVAÇÕES
ELETROCARDIOGRÁFICAS
As derivações são constituídas por um par de
eletrodos ligados à superfície do corpo.
A direção do vetor entre o eletrodo negativo e o
positivo é denominado eixo da derivação
ECG NORMAL = 12 DERIVAÇÕES (6
PERIFÉRICAS/MEMBROS e 6
CAMPO ELÉTRICO PRECORDIAIS)
23
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
DERIVAÇÕES BIPOLARES/CLÁSSICAS terceira a partir da SOMA VETORIAL das duas
primeiras. OBS: levar em conta os SINAIS
Derivações bipolares periféricas padrão:
POSITIVO/NEGATIVO dessas duas derivações
conexões elétricas entre os membros do
para fazer a soma.
paciente e o eletrocardiógrafo.
São chamadas de “bipolares” = combinação de
DOIS FIOS e seus eletródios para formar um
circuito completo com o eletrocardiógrafo
(aparelho).
OBS: TRIÂNGULO DE EINTHOVEN
Triângulo de Einthoven: traçado em torno da
área cardíaca. Coração ocupa CENTRO do
triângulo EQUILÁTERO.
É um meio esquemático de simbolizar os dois
braços e a perna esquerda = esses 3 pontos
formam os vértices do triângulo, circundando o
coração.
Os dois vértices na parte superior do
triângulo representam os pontos onde os dois
braços se conectam eletricamente com os
líquidos em torno do coração.
O vértice inferior é o ponto onde a perna
esquerda se conecta com esses líquidos.
24
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
***São todas semelhantes às derivações DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL OU
periféricas padrão (D1, D2, D3) – registro é TRANSVERSO
bem semelhante no ECG.
EXCEÇÃO = aVR é INVERTIDA
25
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
(SLIDES)
ECG NORMAL
(slides)
26
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
AULA 7 (08/04)
27
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
1mm 1mV (quadrado pequeno)
5mm 0,5 mV (quadrado grande)
***Amplitudes das ondas no ECG normal
dependem da maneira pela qual os eletrodos
são colocados na superfície do corpo e de sua
distância ao coração.
***Em situações de CARDIOMEGALIA:
aumenta a amplitude pela maior proliferação
de células (hipertrofia muscular para
compensar a sobrecarga)
• Duração (eixo X: tempo)
Ritmo: sinusal Velocidade padrão do papel de registro:
25mm/s. ***o fluxo mais rápido do papel
Anormalidades de condução: bloqueios
aproxima os picos = impressão de taquicardia
-Condução lenta no exame
Eixo horizontal do ECG: tempo
Duas características:
• Amplitude (eixo Y: voltagem)
Reflete a força elétrica da onda
Não tem relação com a força muscular da
contração ventricular ***Encurtamento do intervalo Q-T: indicativo de
DEPENDE DA QUANTIDADE DE CÉLULAS TAQUICARDIA
PARTICIPANDO DO SINAL ELÉTRICO, NÃO ***Alargamento do intervalo Q-T: indicativo de
DE FORÇA MUSCULAR bradicardia
Eixo vertical do ECG: mede a amplitude em Intervalo Q-T: DEFINE A FREQUÊNCIA
milímetros ou voltagem elétrica em milivolts CARDÍACA
(mV)
28
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
EIXOS ELÉTRICOS • Identificar sinais de isquemia ou de
infarto:
-redução do fluxo sanguíneo coronariano
-inversão da onda T
-desnivelamento do segmento ST
-ondas Q anormais
Eixo elétrico do coração – enxerga a posição
espacial/vetorial do vetor ventricular/cardíaco ***Supra ou infradesnivelamento do segmento
ST = indicativo de infarto
Onda P, Complexo QRS e Onda T
RITMO CARDÍACO: SINUSAL
Derivações do plano frontal: D1, D2, D3, aVL,
aVR, aVR Nó/nódulo sinusal
Derivações do plano horizontal: V1, V2, V3, V4, Ondas P: positivas em D1, D2 e D3
V5, V6. -precedem o complexo QRS; tem correlação
fixa com QRS.
-despolarização ATRIAL
• Alterações do ritmo cardíaco normal:
patológico ou não patológico
Classificações: regular ou irregular AULA 8 (15/04)
29
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Ritmo ectópico atrial: Intervalo RR: distância entre duas ondas R
consecutivas (despolarização ventricular)
• Ritmo gerado nas células dos átrios
sístole + diástole = CICLO CARDÍACO
• Ocorre inibição do ritmo sinusal
• Pode aparecer por ineficiência do no ***Esse intervalo pode ter a notação de
sinusal “intervalo RR’ “.
• Ondas P podem aparecer antes ou
depois do complexo QRS, positivas ou
negativas.
Localização e funções
Frequência própria e inerente: produzem
quantidade distinta de contrações por
minuto
Átrios: menos de 60/min
Área de junção do NAV: 40/min a 60/min
Ventrículos: 20 a 40/min
Nódulo sinusal (NS) ou Sinoatrial (NSA): de 60 Valores normais do ECG
a 100/min ***Átrios, área de junção NAV e
ventrículos: permanecem silenciosos porque
recebem impulsos do NSA.
• Marcapassos ectópicos funcionam
apenas em situações de emergência
• Quando o NSA FALHA = garantem o
fluxo sanguíneo necessário no sis
circulatório ***disparam potencial acima
do nó sinusal
• Presença de doenças: MP com
frequência mais rápida torna-se
dominante
Situações especiais:
Focos ectópicos podem emitir impulsos
elétricos de frequência muito alta
contrações rápidas/ AUMENTAM A
FREQUÊNCIA CARDÍACA (150 a 300
batimentos/min)
30
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
Interpretação eletrocardiográfica
Alteração do padrão da transmissão do impulso
cardíaco pode causar potenciais elétricos
anormais em torno do coração e,
consequentemente, alterar as formas das • Duração (D2): até 0,11s (em adultos)
ondas no ECG.
• Amplitude: até 0,25mV
***Quase todas as anormalidades graves do • Eixo: entre +30º e +70º (média de +50º)
músculo cardíaco podem ser detectadas pela • Onda P sempre deve ser positiva em D1
análise dos contornos das diferentes
derivações eletrocardiográficas.
Anormalidades do musc cardíaco =
ARRITMIAS; divididas em dois grupos:
-ocorrência da alteração de ritmo
-ocorrência da alteração da frequência cardíaca
Identificação de onda P, complexo QRS e da Onda P normal e sobrecargas
onda T
32
MEDICINA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA MILITÃO – TURMA LIII
33