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MEMBRANA PLASMÁTICA

SINALIZAÇÕES CELULARES
Disciplina: Ciências Moleculares e Celulares – CMC

Professores: Eva Claudino e Gleice Cristina


MEMBRANA PLASMÁTICA

CARACTERÍSTICAS

♦ Envoltório do citoplasma;
♦ Delimita os meios intra e extracelular;
♦ Possui permeabilidade seletiva;
♦ Estabelece conexões entre as células e
delas com o meio extracelular.

ESPESSURA DA MEMBRANA
♦ 6 - 10 nm
MEMBRANA PLASMÁTICA
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MEMBRANA

•Lipídios:
Fosfolipídios, Glicolipídios e Colesterol.

•Proteínas:
Integrais ou Intrínsecas
Periféricas ou Extrínsecas
Glicocálix
As células animais podem apresentar um revestimento
externo intimamente associado à membrana plasmática,
constituído por glicoproteínas (moléculas de glicídios
associados a proteínas) e por glicolipídios (moléculas de
glicídios associados a lipídios. As glicoproteínas e os
glicolipídios associados se entrelaçam, formando uma espécie
de malha protetora externa à membrana , chamada glicocálix.
Glicocálix ou Glicocálice

▪ Funções:
- Inibição por contato;
- Reconhecimento celular;
- Ação antigênica.
Glicocálix ou Glicocálice
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA
PLASMÁTICA
O transporte passivo é o transporte que ocorre entre duas
soluções que tem por objetivo igualar as concentrações. Ele ocorre
sem o gasto de energia e se divide em dois tipos: difusão e
osmose.

Esquema de transporte passivo

Tempo

Imagem: Karol Langner,


refeito por Quasar Jarosz /
Membrana Semi-permeável Public Domain.
Difusão simples
O soluto penetra na célula quando sua concentração é menor no
interior celular do que no meio externo e sai da célula no caso
contrário. Neste processo não há consumo de energia. Ocorre a
favor do gradiente.

Difusão facilitada
Algumas substâncias como a glicose, galactose e alguns
aminoácidos são grandes em relação aos poros da membrana e
não são solúveis em lipídios, o que também impede a sua
difusão pela matriz lipídica da membrana. No entanto, essas
substâncias passam através da matriz, por transporte passivo,
contando, para isto, com o trabalho de proteínas canais
(proteínas transportadoras)
DIFUSÃO PASSIVA
DIFUSÃO FACILITADA
Osmose - (osmos= empurrar) É um fenômeno de difusão em
presença de uma membrana semipermeável. Nele, duas soluções
de concentrações diferentes estão separadas por uma membrana
que é permeável ao solvente e praticamente insolúvel ao soluto.
Há, então, passagem do solvente de onde está em maior
quantidade (solução hipotônica) para onde está em menor
quantidade (solução hipertônica).
Solução Hipotônica Solução Hipertônica

Água Pura Solução aquosa de


NaCl concentrada

Imagem: Martin Meise / GNU Free Documentation License.


Permeabilidade celular à água (osmose)

Hemácias em solução
Hemácias em solução isotônica hipertônica e hipotônica
1 2 3

2 - Hemácias em solução hipertônica


1 - Hemácias em solução
(água + NaCl 1,5%) perdem água
isotônica (água + NaCl 0,9%)
(murcham).
não sofrem alteração de
3 - Hemácias em solução hipotônica
volume.
(água + NaCl 0,4%) ganham água
(turgência).
Hipertônico Isotônico Hipotônico

Células do Sangue
Imagem: LadyofHats / Public Domain.

Células Vegetais
Imagem: LadyofHats / Public Domain.

Plasmolizado Flácido Turgido


Transporte ativo:
É a passagem de uma substância de um meio menos concentrado
para um meio mais concentrado (contra o gradiente), que ocorre
com gasto de energia (ATP).
Bomba de NA+ e K+:
Este tipo de transporte se dá, quando íons como o sódio (Na+) e o
potássio (K+), tem que atravessar a membrana contra um gradiente de
concentração.
• Encontramos concentrações diferentes, dentro e fora da célula, para o
sódio e o potássio.

• Na maioria das células dos organismos superiores a concentração do


sódio (Na+) é bem mais baixa dentro da célula do que fora desta.

• O potássio (K+) apresenta situação inversa. A sua concentração é mais


alta dentro da célula do que fora desta.
BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO
Esquema da bomba de sódio (Na) e potássio (K)

Imagem: Phi-Gastrein / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported


Imagem: LadyofHats / Public domain.
Tradução nossa.
Esquema de Fagocitose e Pinocitose

Imagem: LadyofHats / Public domain.


Tradução nossa.
Esquema de Exocitose

Imagem: LadyofHats / Public Domain.


Tradução nossa.
ENDOCITOSE e EXOCITOSE
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
PLASMÁTICA

• Microvilosidades

• Cílios e Flagelos

• Desmossomos

• Junção Comunicante
Microvilosidades
• As microvilosidades são muito frequentes em células
epiteliais.
• São projeções da membrana plasmática.São
especializações estáveis e permanentes na superfície
das células.
• As projeções são sustentadas por citoesqueleto.
• Ampliam a superfície da membrana plasmática
aumentando sua eficiência para as trocas com a
cavidade ou o meio extracelular.
Cílios e Flagelos
• Cílios e flagelos são estruturas vibráteis da superfície
celular.
• Os cílios se caracterizam por serem filamentos curtos e
muito numerosos.
• Enquanto os flagelos são filamentos longos e pouco
numerosos.
• São estruturas que servem a locomoção de protozoários
ciliados e flagelados. Também existem em pluricelulares.
• O epitélio da traquéia é ciliado, e o batimento ciliar
movimenta constantemente o muco que forra a traquéia,
filtrando e aquecendo o ar.
Desmossomos
•  Desmossomos são junções intercelulares que
contribuem para a coesão entre células vizinhas.
• Abundantes em epitélios. Essa ligação varia de acordo
com o tipo de epitélio, mas é principalmente
desenvolvida nos epitélios mais propensos a intensas
trações e pressões, como a pele, por exemplo.
• São estruturas adesivas localizadas na região lateral das
célulasInterações entre caderinas de duas células e entre
filamentos intermediários da mesma célula conferem
resistência e rigidez à camada celular. 
Junções Comunicante ou Junções Gap
• Estabelece comunicação entre as células

• É um canal que atravessa a membrana das células


vizinhas

• Permite a passagem de nucleotídeos, aminoácidos,


íons

• Podem estar abertas ou fechadas


SINALIZAÇÕES CELULARES
Comunicação Celular
Cada célula é programada para responder a
combinações específicas de moléculas sinalizadoras
Sinalização Celular
• Células devem se comunicar para que possam proliferar,
diferenciar, migrar e manter seu estado funcional.

• A comunicação célula-célula permite o funcionamento


coordenado de células dentro de um tecido, entre
vários tecidos e órgãos e o organismo como um todo.

• Sinalização informa às células “o que” elas são, “aonde”


estão e “o que deveriam estar fazendo”.
Respondendo ao mundo exterior
Células interagem com seu ambiente
através da interpretação de sinais
extracelulares de proteínas que se
localizam em sua membrana plasmática
chamados receptores
Receptores são compostos de domínios
extracelulares e intracelulares
O domínio extracelular transmite
informações sobre o mundo exterior ao
domínio intracelular
O domínio intracelular interage com
outras proteínas de sinalização
intracelular
Estas proteínas de sinalização
intracelular retransmitem a mensagem
para uma ou mais proteínas efetoras
Proteínas efetoras medeiam a resposta
apropriada
Tipos de Receptores Celulares
Canais iônicos (Receptores
Ianotrópicos)
• Os próprios receptores atuam como canais
iônicos;
• A interação com os ligantes extracelulares é
que regula o fluxo iônico;
Exemplos:
- Receptores de acetilcolina da célula muscular
esquelética, que atuam como um canal de
sódio,
- Receptores gabaérgicos expressos nos
neurônios
RECEPTORES ASSOCIADOS A
PROTEÍNA G
• Maior família de receptores de superfície
celular;

• Todos possuem uma estrutura similar: cadeia


única de peptídeo que atravessa a membrana
sete vezes;

• Na forma inativa o GDP está ligado à proteína


G Quando há troca de GDT por GTP, a
subunidade α se dissocia em β e ɣ.
Receptor acoplado à proteína G
(Receptor Metabotrópico)
Tipos de Sinalização
• Sinalização Endócrina

• Sinalização Parácrina (autócrina)

• Sinalização Sináptica

• Sinalização Dependente de contato


SINALIZAÇÃO ENDÓCRINA
SINALIZAÇÃO ENDÓCRINA
• SINAIS QUÍMICOS SÃO TRANSPORTADOS PELA
CORRENTE SANGUÍNEA;

• GERALMENTE É UM PROCESSO LENTO;

• SÍNTESE DE HORMÔNIOS PELAS GLÂNDULAS


ENDÓCRINAS;

• SÍNTESE DE HORMÔNIOS PELAS CÉLULAS


NEUROENDÓCRINAS;

• SÍNTESE DE HORMÔNIOS PELO PÂNCREAS


ENDÓCRINO.
SINALIZAÇÃO PARÁCRINA
SINALIZAÇÃO PARÁCRINA
• COMUNICAÇÃO FEITA DE CÉLULA PARA CÉLULAS
VIZINHAS OU PARA A PRÓPRIA CÉLULA
(SINALIZAÇÃO AUTÓCRINA).

• SÍNTESE DE MEDIADORES QUÍMICOS DE AÇÃO


LOCAL

• HISTAMINA E HEPARINA;
• PROSTAGLANDINAS;
• NO (ÓXIDO NÍTRICO).
SINALIZAÇÃO SINÁPTICA
SINALIZAÇÃO SINÁPTICA
• COMUNICAÇÃO REALIZADA ENTRE CÉLULAS
NERVOSAS E DE CÉLULAS NERVOSAS PARA OUTRAS
CÉLULAS.

• NEUROTRANSMISSOR – MOLÉCULAS QUE


TRANSPORTAM SINAIS ENTRE NEURÔNIOS E
OUTRAS CÉLULAS ALVO.

• SINAPSE NEUROMUSCULAR – TRANSMISSOR É A


ACETILCOLINA – CONTRAÇÃO MUSCULAR.
SINALIZAÇÃO DEPENDENTE DE
CONTATO
SINALIZAÇÃO DEPENDENTE
DE CONTATO
• Proteínas ligadas à membrana plasmática de uma
célula podem interagir com receptores de uma célula
adjacente.
BIBLIOGRAFIA
• BÁSICA:
- DE ROBERTIS-HIB. Bases da Biologia Celular e Molecular.
Guanabara Koogan, 2006.
- JUNQUEIRA & CARNEIRO Biologia Celular e Molecular.
Guanabara Koogan, 2012.
• COMPLEMENTAR:
- ALBERTS et al. Fundamentos da Biologia Celular. Artmed,
2006.
- ALBERTS, et al. Biologia Molecular da Célula. Artmed,
2004.
- COOPER, G. M. A Célula – Uma Abordagem Molecular.
Artmed, 2001

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