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Fisiologia Veterinária I

Unidade 1

Bases moleculares: proteínas, carboidratos e lipídeos.

PROTEÍNAS:

• Composição: aminoácidos
• Ligações peptídicas
• Forma x Função: mudanças na forma da proteína podem alterar sua função.
• Ph e temperatura x Função: podem alterar a função da proteína.

* não existe enzima de origem lipídica.

Funções relacionadas às proteínas

• Catálise: processo no qual tem como objetivo acelerar e otimizar determinadas reações,
economizando energia e possibilitando uma reação mais rápida.
• Reação de acoplamento: reaproveitamento de ATP. Ex.: contração da musculatura
esquelética no qual com a presença de uma enzima, transforma o gasto de um ATP em
ADP.
• Transporte: maioria das moléculas para dentro e fora da célula.
• Estrutura: a seletividade da membrana plasmática é devido às proteínas constituintes
que seleciona o que entra ou sai da célula de acordo com a necessidade.
• Sinalização: alteração na sua forma com o objetivo de enviar informações; possui
receptores na membrana plasmática para identificação de substâncias.

*Diabetes tipo 1: pâncreas não produz insulina, portanto a quantidade de glicose fica no sangue
sem ser digerida pelas células é o que causa a diabetes.

*Diabetes tipo 2: pâncreas produz insulina, mas as células não possuem receptores para acoplar
à insulina e realizar a digestão da glicose.

• Osmolaridade do sangue é em torno de 290.


• Fluidoterapia geralmente é isotônica. Hidroeletrolítica.
• *Solução hipertônica em caso de lesão neurológica é interessante por causa do acúmulo
de líquido na lesão, a solução passará pela lesão e estimulará a saída do líquido da lesão
para a haver a homeostase do ambiente.
• O sistema nervoso controla toda relação homeostática do corpo. Receptores espalhados
por todo o corpo (parte sensorial) enviam sinais pelos nervos (parte motora).
• Glândulas endócrinas enviam sinais pelo LEC para as mitocôndrias de todo o corpo.

Melyssa S. Nacarati
• LIC – líquido intracelular – Grande quantidade de K+, Mg+ e fosfato;
• LEC – líquido extracelular e líquido intersticial – composto por íons e nutrientes
necessários para manutenção da vida; todas as células vivem imersas nesse líquido.
Grande quantidade de Na+, Cl-, HCO3, O2, glicose, ácidos graxos, CO2 e dejetos
metabólicos (rins);
• LIV – líquido intravenoso – dividido em plasma e glóbulos vermelhos e brancos.

*O LEC é o meio de comunicação do corpo, transporte rápido de substâncias pelo corpo tanto
para levar quanto para retirar de uma célula. Rápida difusão e comunicação das necessidades
do corpo.

Feedback Negativo ou Positivo

São respostas corporais para a homeostasia.

Negativo: resposta contrária a situação.

• Ex.: nível de glicose no sangue está alto, insulina é ativada e é realizada a digestão da
glicose; corrige o problema. Nível baixo de glicose no sangue, glucagon é ativado para
liberar glicose dos músculos e tecidos.
• Ex.: pressão alta, barorreceptores identificam, ocorrem reações para controlar a
situação, diminuição da pressão sanguínea.

Positivo: ciclo vicioso, patológico; a favor da situação.

• Ex.: insulinoma, multiplicação de células beta produtoras de insulina. O nível de insulina


fica tão alto no corpo que o paciente fica hipoglicêmico.
• Ex.: hemorragia, quanto mais sangue o paciente perde menos batimentos por segundo
o coração realizará, o que se repete até a morte.

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Positivo benéfico: ciclo vicioso com fim; quando atinge o objetivo, o ciclo para.

• Ex.: contrações uterinas, hipotálamo produz GnRh (gonadotropina), que estimula a


hipófise a produzir FSH (luteinizante), que estimula os ovários a produzirem estrógeno
e oxitocina (em meio ao miométrio) que na contração, estimula o hipotálamo a produzir
GnRh. Tem fim quando o parto termina.
• Ex.: coagulação sanguínea em um ferimento, acontece até que haja o estancamento da
ferida e a produção de fibrinas para.

Membranas Biológicas

Mosaico fluido está associado ao poder de locomoção das proteínas na membrana para
seletividade de substâncias que entram e saem.

Funções:

֎ Compartimentação – aprimoramento das reações de cada organela.


֎ Transporte seletivo – seletividade de substâncias que terão mais ou menos
permeabilidade.
֎ Processamento e transmissão de informações – “órgão sensorial” intrínseco, sinalização
e interação entre as células quando há necessidade.
֎ Organização espacial de reações químicas – organelas distribuídas estrategicamente de
acordo com suas funções. “em sequência”.

Transporte através das células

• A célula sofre osmose, é passiva na situação.


• Osmose acontece em requisitos básicos: a membrana deve ser permeável a água (m.
biológica), haver diferença de concentração entre os meios e o soluto não deve ser
permeável a membrana, senão haveria difusão ao invés de osmose.

Transporte por membranas biológicas

• Quando a célula se encontra em meios de concentração de solutos não permeáveis que


estão acima (hipertônico) ou abaixo (hipotônico) da concentração intracelular a água
tem passagem facilitada pela membrana.
• Lise celular: morte celular, “explosão”.

*O sal causa pressão alta visto que a concentração de sódio no sangue fica mais alta que a do
líquido intersticial, fazendo-o perder líquido para o intravascular, aumentando a quantidade de
sangue intravenoso, gerando mais batimentos cardíacos por minuto.

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Difusão Passiva

• Soluto é transportado de um ambiente com maior concentração para o de menor. A


favor do equilíbrio. Não ocorre gasto de ATP.
Ex.: O2 e CO2.

Pressão oncótica: parecido com a osmose, mas há troca de proteínas entre os meios. Saída de
líquido intravenoso (plasma) que contêm menos proteínas dissolvidas que o conteúdo do líquido
intersticial. Não há gasto de ATP.

Difusão Facilitada

• Também a favor do gradiente, mas mais rápido. Ocorre devido às permeases (canais
proteicos), que facilitam a passagem das substâncias pela bicamada fosfolipídica, há
passagem de íons. Não há gasto de ATP.
• Ponto de saturação ocorre quando todas as permeases estão ocupadas transportando
uma substância; neste ponto é quando ocorre a velocidade máxima de difusão.

Transporte em quantidade

• Endocitose (fagocitose e pinocitose) e exocitose (ex. células pancreáticas que liberam o


conteúdo proteico de suas vesículas citoplasmáticas).

Fagocitose

• Processo em que as células, por meio de pseudópodes, englobam em seu citoplasma


partículas sólidas. A partícula se fixa à receptores da membrana, desencadeando uma
resposta do citoesqueleto para a formação dos pseudópodes. A estrutura englobada se
tronará um fagossomo no citoplasma e se fundirá com os lisossomos para haver a
digestão. Não há gasto de ATP.

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Pinocitose

• Englobamento de gotículas de líquido (geralmente óleos). Poucas células realizam, vista


em meios de cultura. Pode ser seletiva ou não. A seletiva é mais incomum, dependendo
de receptores de membrana (ex. células da barreira hematoencefálica e células da glia
que captam os nutrientes do sangue e transportam para os neurônicos). Não há gasto
de ATP.

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Transporte Ativo

Transporte que ocorre contra o gradiente de concentração. Há gasto de ATP.

Bomba de Na e K.

• Transporte impulsionado por gradientes iônicos – Cotransporte


• A células utilizam energia do potencial de gradientes dos íons para transportar
moléculas e íons através da membrana.
• Ocorre quando duas moléculas utilizam o mesmo canal para entrar ou sair da célula. A
primeira molécula passa e permite a entrada da segunda.
• Ex.: no sistema digestório, primeiro entra o Na+ e depois o Cl-, pois eles têm cargas
elétricas opostas, portanto se atraem.
• Esse transporte é eficiente em economizar energia da célula. Não há gasto de ATP.
• Simporte – quando acontece a entrada de duas substâncias juntas ou saída.
• Antiporte – quando uma entra para outra sair.

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Potencial de Membrana

Capacidade de algumas células de gerar potencial energético, que vão propagar na membrana.
Tecidos excitáveis musculares e nervosos.

Para que ocorra o potencial de membrana precisa haver estímulo e diferença de potencial
energético entre os meios interior e exterior.

Potencial de difusão – canais iônicos podem converter sinais químicos em elétricos.

Potencial de repouso – momento em que a bomba de sódio e potássio vai acontecer para regular
o potencial elétrico necessário para fazer o ambiente propício a receber estímulos.

A bomba de sódio e potássio é assimétrica, portanto, saem 3 Na+ e entram 2 K+.

Potencial de ação

Para que ocorra o potencial de ação, a célula tem que receber estímulo e sua voltagem a estar
em -90mv.

• Sequência:
▪ Potencial de repouso (-) bomba de Na+ K+
▪ Estímulo: -90mv, limiar de ação
▪ Despolarização (+) inversão da carga elétrica da membrana
▪ Potencial de ação (+ dentro – fora), neste momento abrem-se canais de Na+
fazendo o meio intracelular ficar +, e o meio extracelular ficar -.

Repolarização (-) o interno volta a ficar + e o externo fica -, e por alguns instantes essa região
fica em período refratário, o que faz com que essa região não receba estímulos, fazendo com
que aconteça um processo unilateral. Dendritos, corpo celular e axônio.

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• Quando um feedback positivo termina é para começar o negativo – despolarização para
repolarização.
• O PA não varia em intensidade, mas em frequência;
• O PA é tudo ou nada;
• Quem varia em intensidade é o estímulo.

PERÍODO
REFRATÁRIO –
potencial de
difusão e
repolarização;
célula
irresponsiva,
canais de Na+
fechados.

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BOMBA DE SÓDIO Na+ E POTÁSSIO K+

Contra o gradiente de concentração

Ela acontece em qualquer célula eucarionte que necessite de receber estímulos e enviar aos
seus receptores para haver resposta.

Na membrana celular, existem proteínas especializadas que facilitarão o processo da bomba,


abrindo canais de Na e K quando necessário.

Para que estas proteínas se abram para o K+ entrar, elas precisam que 3 íons de Na estejam na
proteína anterior, que liberará um ATP e se transformará em ADP quando um fosfato se ligar a
ela para que haja a abertura da passagem de entrada de 2 K. as proteínas tem sítios ativos
especializados para Na e K.

Proteína se abre para que o sódio saia, o ATP chega, agrega um fosfato na proteína, ADP volta
para dentro da célula, sódio sai e ainda aberto o potássio se gruda ao sítio ativo e entra na célula.

Melyssa S. Nacarati

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