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Estudo dirigido para avaliação da Unidade I

1 Explique a composição do corpo e a distribuição da água nos diferentes compartimentos


corporais.

Cerca de 50-70% do corpo humano é formado por água. A água encontra-se distribuída no
corpo em dois compartimentos: Líquido Intracelular (LIC) e no Líquido Extracelular (LEC). No
LIC, há a maior quantidade de água (2/3) e se localiza no interior das células. Nesse meio
predominamos cátions potássio (K+), magnésio (Mg2+) e como ânions, há as proteínas e os
fosfatos orgânicos. Já no LEC, líquido fora das células, há a predominância de íons de sódio
(Na+), cálcio (Ca2+), cloreto (CL2-), bicarbonato (HCO3-). Pode ser dividido em: Líquido
Intersticial, que banha as células; e Plasma, relacionado com os vasos sanguíneos. A diferença
entre esses compartimentos do LEC é que o plasma apresenta proteínas em maior
quantidades.

2 Quais as características da membrana celular?

A membrana celular é formada por uma bicamada de fosfolipídeos e entre elas há proteínas.
Assim, há uma parte lipídica e uma proteica. O componente lipídico é responsável pela
permeabilidade a moléculas lipossolúveis (CO2, O2, hormônios...), e por não ser estática e fixa,
é caracterizada como fluida. A bicamada é anfipática, com a parte mais interna hidrofóbica, e
as extremidades (voltadas para o meio externo e o meio intracelular) é hidrofílica. O
componente proteico é responsável por diversas funções, como transporte, atividade
enzimática, receptores de hormônios, canais, podem está associadas a carboidratos. Devido a
diversidade de proteínas na membrana, o modelo que a descreve é o do mosaico-fluido.

3 Explique o que é transporte ativo (primário e secundário) e passivo. Cite exemplos de cada
tipo

O transporte ativo é um tipo de transporte em que os componentes se deslocam contra o seu


gradiente de concentração eletroquímico e há gasto de energia (ATP). Se o ATP é usado
diretamente, o transporte é ativo primário e como exemplo há a bomba de Na+-K+ (Na-K-
ATPase) e a Ca+-ATPase. Se o ATP não for usado diretamente, o transporte ativo é secundário.
Nesse transporte, há a combinação de 2 ou mais solutos, sendo que um deles se desloca a
favor do seu gradiente. Por exemplo, cotransporte Na+-glicose; antiporte Ca2+-Na+.
O transporte passivo não gasta energia e os solutos se deslocam a favor do seu gradiente
eletroquímico, por exemplo a difusão simples (CO2, O2) em decorrência da movimentação
térmica das moléculas.
4 Explique o que é a osmose.

Fluxo de água através de membrana semipermeável devido a diferença de pressão entre os


meios, a qual é gerada pela diferença de concentração de solutos.

5 Explique o potencial de repouso da membrana

É a diferença de potencial através da membrana de células excitáveis entre os potenciais de


ação, provocada pela diferença de concentração de íons entre os meios. Em geral, o potencial
de repouso de membrana é de -70mV, o que quer dizer que o meio intracelular é negativo,
isso se deve a maior permeabilidade da membrana aos íons de K+ Cl-; é mantida pela ação da
bomba de sódio-potássio.

6 Explique o que é e como acontece o potencial de ação, suas características e os períodos


refratários absoluto e relativo.

O potencial de ação ocorre quando células excitáveis são estimuladas até um determinado
limiar. Com o estímulo, a membrana se despolariza, ou seja, há uma corrente de influxo -
cátions entrando no interior celular - assim a membrana fica menos negativa, se essa corrente
chegar ao limiar (por volta de -55mV), ocorre o potencial de ação. Atingido o limiar, uma
despolarização rápida acontece, caracterizando a fase ascendente do potencial, as correntes
de influxo ocorrem devido a abertura de canais de sódio (Na+). Porém, a mesma
despolarização que abre uma das comportas do canal de sódio, pouco tempo depois, se fecha
impossibilitando a entrada de mais sódio. Iniciando, assim, a repolarização, quando o potencial
de membrana retorna ao repouso. Mais canais de potássio (K+) são abertos, a corrente de
efluxo (saída) é maior que a de influxo. E a membrana se torna mais negativa, isso leva a
condutância do K+ pela membrana a ser maior que no repouso, e a membrana fica mais
negativa que no repouso, o chamado pós-potencial hiperpolarizante (hiperpolarização), pouco
depois retorna ao repouso.

O potencial de ação pode ser caracterizado por possuir amplitude e formato estereotipados -
cada tipo celular apresenta um potencial de ação normal, com a mesma despolarização e
retorno ao mesmo potencial de repouso.; Propagação - o potencial provoca a despolarização
em sítios adjacentes, a manutenção da amplitude é constante.; e Resposta tudo ou nada -se o
potencial não atingir o limiar, não ocorre potencial de ação normal.

O período refratário é um período em que a célula é incapaz de produzir potencial de ação


normal. O Absoluto independente da intensidade não haverá potencial, devido ao fechamento
dos canais de sódio, pela despolarização. O Relativo se sobrepõe a hiperpolarização e pode
provocar potencial se a corrente de influxo for maior que o normal.
7 Explique como ocorre a contração muscular no músculo esquelético e no músculo liso

A contração muscular recebe o nome de Acoplamento Excitação-Contração. Quando a fibra


muscular é estimulada até provocar o potencial de ação ele se propaga através dos túbulos
transversos, levando a despolarização para o interior da fibra. Nos túbulos T, há os receptores
de di-hidropiridina que aciona os receptores de rianodina no retículo sarcoplasmáticos. Essa
interação leva a abertura dos canais de cálcio (Ca2+) do retículo, aumentando a concentração
de cálcio no meio intracelular. O cálcio se liga a troponina-c, um dos filamentos finos,
alterando a conformação do complexo tropomiosina. Assim, a tropomiosina libera o espaço
para que a actina e a miosina se interajam, com a exposição dos sítios de ligação. É iniciado o
ciclo das pontes cruzadas, que irá produzir a hidrólise do ATP e ao fim a geração de força, a
contração. Com a miosina se deslocando sobre a actina e encurtando os sarcômeros.

No músculo liso, a despolarização abre os canais de Ca2+ dependentes de voltagem na


membrana da célula muscular, aumentando a concentração intracelular de cálcio (a
despolarização subliminar é suficiente). Cálcio adicional é liberado do retículo sarcoplasmático,
O cálcio ainda pode ser decorrente de canais de Ca2+ dependentes de ligantes abertos por
hormônios ou neurotransmissores e além disso, por canais de liberação de Ca2+ dependentes
de IP3. O cálcio se liga a calmodulinas, esse complexo ativa a cinase da cadeia leve da miosina,
isso provoca a fosforilação da cadeia leve da miosina, permitindo a ligação com a actina,
iniciando o ciclo das pontes cruzadas e a posterior contração.

8 Explique as características do sistema nervoso simpático e parassimpático e como o


sistema nervoso autônomo se diferencia do sistema nervoso somático.

O sistema nervoso Simpático se localiza, ou melhor, tem sua origem na região toracolombar da
medula espinal; o comprimento dos axônios pré-ganglionares é curto e o do pós-ganglionares
são longos; o neurotransmissor nos órgãos efetores é a norepinefrina e os receptores a1, a2,
b1 e b2 (a=alfa e b=beta). Está ligado a mobilização do corpo, resposta de fuga ou luta. S.N.
Parassimpático se origina na região craniossacral da medula espinal, o comprimento dos
axônios pré-ganglionares é longo, e o do pós é curto. O neurotransmissor é a acetilcolina e os
receptores são muscarínicos. Está ligado a conservação de energia e restauração.
A diferença S.N.Autônomo é que ele está relacionado com movimentos involuntários,
inervando a musculatura lisa, cardíaca e as glândulas.

9 Explique as características dos receptores autônomos adrenérgicos e colinérgicos citando


exemplos de órgãos onde esses receptores são encontrados.

Os adrenorreceptores recebem a norepinefrina, existem 4 tipos:

alfa1: ação de contração, encontrado na musculatura lisa vascular da pele, mm. esquelético,
região esplânica, nos esfincters do trato gastrointestinal, bexiga e mm. radial da íris.

alfa2: ação inibitória, terminais nervosos pré-sinápticos adrenérgicos e colinérgicos e no trato


gastrointestinal.
Beta1: encontrado no coração, ação de aumentar a frequência cardíaca, a velocidade de
condução, e contratibilidade.

beta2: ação de relaxamento e dilatação, musculatura lisa vascular dos músculos esqueléticos,
nas paredes do trato gastrointestinal.

10 O que são receptores sensoriais?

São receptores que recebem o estímulo do ambiente e são responsáveis pela transmissão da
informação ao S. N. Central. Podem ser mecanorreceptores, fotorreceptores,
quimiorreceptores, termorreceptores, e nociceptores.

11 Explique o que é transdução sensorial.

É a conversão do estímulo em energia eletroquímica, devido a geração de potencial receptor,


o qual é produzido pela abertura ou fechamento de canais iônicos, que alteram o potencial de
membrana

12 O que é potencial receptor (ou potencial gerador)?

O Potencial Receptor é graduado, e dependente da intensidade e da duração do estímulo. Este


processo de converter uma determinada forma de energia em sinal elétrico é denominado de
Transdução do estímulo.

13 O que são campos receptivos? O que é inibição lateral?

é uma área do corpo que quando estimulada resulta na mudança de frequência de descarga de
um neurônio sensorial. A inibição lateral contrasta o estímulo, limitando o campo receptivo,
aumentando a precisão da localização do estímulo.

14 Explique e exemplifique o que são receptores de adaptação rápida e lenta.

O lento é um receptor que quando estimulado gera potencial até o fim do estímulo. Indicam a
intensidade e a duração do estímulo. Exemplo: receptores de Merckel-pressão constante. O
rápido é um receptor que o potencial é produzido no início e no final. Indicam alterações no
estímulo (mudança na velocidade). Exemplo: corpúsculos de Paccini-vibrações.

15 Quais os tipos de receptores somato-sensoriais?

Tato fino; pressão; discriminação de dois pontos; vibração; propriocepção; dor; temperatura; e
tato grosseiro (coluna dorsal e anterolateral);mecanorreceptores, fotorreceptores,
quimiorreceptores, termorreceptores, e nociceptores.
16 Descreva como são mediadas as sensações de dor, tato e temperatura e explique que
receptores estão envolvidos na captação de cada estímulo.

O sistema responsável por transmitir a info. somatossensorial sobre dor, temperatura e toque
grosseiro é o sistema anterolateral. Compostos por fibras III e IV. Os neurônios fazem sinapses
com termorreceptores e nociceptores da pele. A dor rápida é transmitida por fibras A-delta e
dos grupos II e III, possui inicio e fim abrupto e é precisamente localizada. A dor lenta é
transmitida por fibras C, ex.: queimadura, possui localização imprecisa.

17 Explique os reflexos miotático, miotático inverso e de flexão (ou retirada).

O reflexo miotático (patelar) é um dos reflexos medulares e é caracterizado por ter uma única
sinapse. Inicia-se com o mm. estirado que ativa as fibras aferentes Ia no fuso muscular que vai
a medula espina (sinapse) com motoneurônios alfa, que ao ser ativado provoca contração
muscular.
O reflexo miotático inverso (reflexo tendinoso de Golgi) possui duas sinapses (bissináptico),
ocorre quando o receptor de estiramento no órgão tendinoso de golgi é ativado, e a atva as
fibras aferentes Ib, que fazemsinapse comum interneurônio (inibitório), que por sua vez, faz
sinapses com um motoneurônio alfa e provoca o relaxamento do músculo.
Já o reflexo de flexão e retirada é polissináptico, provocado por estímulo doloroso ou nocivo,
ativando fibras aferentes do reflexo flexor, quefaz várias sinapses com interneurônios na
medula espinal, levando a ativaçaõ ipsilateral dos músculos flexores mais o relaxamento dos
músculos extensores e simultaneamente a ativação contralateral dos músculos flexores e
contração dos músculos extensores.

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Estudo dirigido para avaliação da Unidade II

1 Explique o potencial de ação nas células:


a. do nó sinoatrial

O potencial de ação no nó sinoatrial se caracteriza pela automaticidade - capacidade de gerar


espontaneamente potenciais de ação sem estímulo neural.; e por ter o potencial de
membrana em repouso instável. A fase 0 (ou fase ascendente) é onde ocorre a deflexão do
potencial - que não é tão rápida como nos demais tipos celulares - em decorrência do aumento
na condutância do Ca2+ e da corrente de influxo (entrada na célula) de Ca2+ (através de canais
L. canais T também participam. Após a deflexão, ocorre a repolarização, devido ao aumento na
condutância ao K+ e a sua corrente de efluxo (saída da célula).Por fim, tem-se a fase de
despolarização espontânea (potencial de marca-passo), a fase mais longa do potencial, e onde
há a automaticidade das células do nodo sinoatrial.
O potencial de repouso não fica estável, ocorrendo lenta despolarização, devido a corrente de
influxo de Na+ por canais If, a qual é ativada pela repolarização do potencial de ação anterior,
que é o que garante que cada potencial no nodo sinoatrial será seguido por outro.

b. átrios, ventrículos e ramos subendocárdicos (fibras de Purkinge)

O potencial de ação nos átrios, ventrículos e ramos subendocárdicos se caracteriza por ter
longa duração, pelo potencial de membrana estável no repouso e por apresentar um platô.

O potencial de ação inicia com uma despolarização rápida e ascendente, produzida pelo
aumento da condutância do Na+ (abertura de canais de sódio), gerando assim corrente de
influxo, por um breve período, não atingido o potencial de equilíbrio do Na+, pois as
comportas de inativação dos canais de sódio se fecham com a despolarização. Após essa
deflexão, ocorre um breve período de repolarização, devido a corrente de efluxo, pois os
canais de sódio se fecham, diminuindo corrente de influxo; e há grande força motriz sobre os
íons K+, favorecendo o movimento para fora da célula. Em seguida, no platô, há um longo
período de potencial de membrana despolarizado, relativamente estável, ou seja, corrente de
influxo é igual a corrente de efluxo. Esse equilíbrio é atingido pelo aumento da condutância do
Ca2+. gerando corrente de influxo (corrente lenta de influxo, por canais L) que é
contrabalançado pela corrente de efluxo do K+. Com o final do platô, há a repolarização, que
tem inicio lento e logo depois é rápido. Acontece diminuição de entrada de Cálcio e aumento
da saída de K+, que chega próximo ao potencial de equilíbrio do K+. Assim, o potencial de
membrana se repolariza totalmente e retorna ao estado de repouso, e se torna novamente
estável (influxo -Na+ e Ca2+) = efluxo (K+).

2 Explique o ECG definindo as ondas, segmentos e intervalos.

O Eletrocardiograma (ECG) mede pequenas diferenças de potencial na superfície do corpo, que


refletem a atividade elétrica.

Onda P: despolarização dos átrios; intervalo PR: Vai da despolarização dos átrios (onda P) até a
despolarização inicial dos ventrículos; segmento PR->isoelétrico, condução pelo nodo
atrioventricular.; Complexo QRS: despolarização dos ventrículos; onda T: repolarização dos
ventrículos; intervalo QT: período da despolarização ventricular até a última repolarização
ventricular; segmento ST-> isoelétrico, platô de potencial de ação ventricular.

3 Explique o acoplamento excitação contração no coração.

O acoplamento excitação-contração no músculo cardíaco é o responsável por transformar


(traduzir) o potencial de ação em tensão. Potencial de ação tem inicio na membrana da célula
cardíaca, com a sua despolarização que se propaga pelos túbulos T para o interior
da célula. Durante o platô, corrente de influxo de Ca2+ entram na célula (canais L- receptores
de di-hidropiridina). Isso provoca aumento na concentração de cálcio no interior celular, esse
cálcio provoca liberação de mais cálcio para o meio intracelular armazenados no retículo
sarcoplasmático (ativando receptores de rianodina) - Ca2+ desencadeador; aumentando ainda
mais a concentração de Ca2+. O Ca2+ se liga a Troponina C, permitindo a ligação do complexo
Miosina-Actina, que iniciam o ciclo das pontes cruzadas, em que os filamentos deslizam-se
entre si e gera tensão. A intensidade da tensão desenvolvida é diretamente proporcional a
concentração de cálcio intracelular. Para o relaxamento, o Ca2+ é realocado para o retículo
sarcoplasmático pela Ca2+-ATPase e também pelo trocador Na+-Ca2+.

4 Explique a modulação do sistema nervoso autônomo sobre:

a. a frequência cardíaca (efeito cronotrópico)

SNA Simpático: efeito cronotrópico positivo = aumenta a frequência cardíaca.


SNA Parassimpático: efeito cronotrópico negativo = diminui a frequência cardíaca.

b. a velocidade de concentração (efeito dromotrópico)

SNA Simpático: efeito dromotrópico positivo = aumenta a velocidade de condução.


SNA Parassimpático: efeito dromotrópico negativo = diminui a velocidade de condução.

c. força de contração (inotrópico)

SNA Simpático: efeito inotrópico positivo = aumenta a contratilidade.


SNA Parassimpático: efeito inotrópico negativo = diminui a contratilidade.

5 O que são vasos de capacitância e de resistência. Explique.

A resistência é a tendência que o vaso possui de se opor ao fluxo saeo (impedimento ao fluxo).
A resistência é inversa ao fluxo. As arteríolas são os vasos com maior resistência ao fluxo,
devido a presença de paredes com músculo liso bem desenvolvidos; a atividade nervosa
autônoma simpática pode variar a constrição desses vasos, implicando em maior resistência
caso o diâmetro da arteríola diminua.

A capacitância (complacência) de um vaso determina o volume de sangue que vaso é capaz de


conter sob determinada pressão. Os vasos de maior capacitância são as veias, o que significa
dizer que

elas mantêm grande volume de sangue sob baixa pressão. Ao contrário, nas artérias, há baixo
volume de sangue sob alta pressão.
6 Defina os volumes e capacidades pulmonares

Espirometria. Volume corrente (~500mL)é o volume da respiração calma, normal; inspiração +


expiração (ar alveolar + ar das vias aéreas) sob condições de repouso. Volume Inspiratório de
Reserva (~3000 mL) é o volume da inspiração máxima (forçadamente inspirado), além do
volume corrente. Volume Expiratório de Reserva (~1200 mL) é volume da expiração máxima
(forçadamente expirada). Volume residual (~1200mL) é o volume de gás que resta nos
pulmões, após a expiração forçada máxima (não é obtido pela espirometria).

Capacidade Inspiratória: Volume Corrente + Volume Inspiratório de Reserva (3500mL).

Capacidade Residual Funcional: Volume Expiratório de Reserva + Volume Residual (~2400mL),


é o volume de equilíbrio dos pulmões.

Capacidade Vital: Capacidade inspiratória + Volume Expiratório de Reserva (4700mL) é o


volume que pode ser expirado após inspiração máxima (>tamanho do corpo; masculino;
condicionamento físico; e <idade).

Capacidade pulmonar Total: Soma de todos os volumes, capacidade vital + volume residual
(5900mL).

Capacidade vital forçada: volume de ar que pode ser expelida, quando o indivíduo realiza a
inspiração o mais profundo possível e expira completamente de modo forçado o mais rápido
possível.

Volume expiratório forçado no primeiro segundo: quantidade da Capacidade vital que é


expirada durante o primeiro segundo do teste de capacidade vital forcada.

7 Para um determinado paciente considere os seguintes valores:

Volume corrente = 500 mL; Capacidade inspiratória = 3.300 mL; Volume expiratório de
reserva = 1.100 mL e Capacidade pulmonar total = 5600 mL. Calcule o volume residual e a
capacidade residual funcional.

VC= 500mL

CI=3300mL

VER=1100mL

CPT=5600mL

VR=?

CRF=?
CPT= CI + VER + VR

5600= 3300 + 1100 + VR

VR= 5600 - 4400 = 1200mL

CFR = VER + VR

CFR = 1100 + 1200 = 2300mL

8 Explique os fatores que podem causar um deslocamento da curva de dissociação O2-


hemoglobina para a direita e para a esquerda.

A curva de dissociação O2-Hemoglobina representa a porcentagem de saturação de


hemoglobina (quantidade de O2 ligado a hemoglobina) pela pressão parcial de O2 no sangue.

As mudanças na curva de dissociação refletem a variação da afinidade da hemoglobina pelo


O2 e produz alteração do P50.

Quando curva é desviada para direita ocorre redução da afinidade a P50 aumenta, o que
FACILITA LIBERAÇÃO do O2 para os tecidos. Os fatores que causam essa resposta são:
Aumento da pressão parcial de CO2 e consequente diminuição do pH (efeito Bohr). O aumento
da atividade metabólica no tecido produz mais CO2, o que aumenta a concentração de H+
(reduz pH); O aumento da temperatura (aquecimento indica atividade metabólica do tecido,
logo maior demanda por 02) também provoca deslocamento para direita; Ainda há o aumento
da concentração de 2,3-difosfoglicerato. produto secundário da glicólise, liga-se à cadeias beta
da desoxiemoglobina reduzindo a afinidade ao O2, esse efeito é importante em condições de
hipóxia.

Quando a curva é deslocada para esquerda acontece o inverso, aumento da afinidade e


diminuição do P50, o que DIFICULTA a descarga (liberação) do O2 para os tecidos. Os fatores
que provocam tal resposta são: Redução do metabolismo (demanda ou necessidade de 02 é
reduzida), que diminui a pressão parcial do CO2 (menos produção de CO2) e aumenta pH;
Redução da temperatura (menos calor produzido); a diminuição da concentração do 2,3-
difosfoglicerato, devido ao metabolismo tecidual ter sido reduzido. Além disso, pode ocorrer a
hemoglobina F, variante fetal da hemoglobina, em que as cadeias beta são substituídas por
gamas, levando ao aumento da afinidade por O2; O monóxido de carbono (CO) também
provoca desvios para esquerda da curva, pois ele reduz a quantidade de O2 ligado à
hemoglobina, já que sua afinidade (CO) é 250x maior que a do oxigênio, e com isso os grupos
heme não ligados ao CO têm afinidade aumentada pelo O2.

9 O que é a P50? O que a sua elevação e queda indicam?


A P50 é o valor da pressão parcial de O2 (PO2) em que a hemoglobina está 50% saturada.
Alteração na P50 indica mudança na afinidade entre o O2 e a hemoglobina. Assim, AUMENTO
da P50 indica REDUÇÃO da afinidade; e sua QUEDA indica AUMENTO da afinidade.

10 Explique como ocorre a absorção de Na+ em cada parte do néfron

Balanço do SÓDIO: No túbulo convoluto proximal é onde a maior parte do Na+ é reabsorvido
(67%), e onde ocorre reabsorção isosmótica (mesma quantidade de água é reabsorvida), isso é
importante para a manutenção do volume de LEC. Na porção inicial do túbulo convoluto
proximal, os principais solutos reabsorvido juntos com o Na+ são a glicose, aminoácidos e
HCO3-; por transporte ativo secundário através da membrana luminal. O cotransporte <Na-
glicose (TSG); Na-aminoácido; Na-fosfaato; Na-lactato;citrato> coloca Sódio para dentro da
célula, a favor do seu gradiente eletroquímico, é retirado (para o sangue) pela bomba
Na+K+ATPase, os demais solutos saem por difusão facilitada; o contratransporte <Na-H> o H+
reage com o HCO3- produzindo CO2 e água deslocados para dentro da célula. No meio
intracelular, CO2 e água são convertidos em H+ (que sai pela Na-H) e HCO3-, que é reabsorvido
por difusão facilitada. Já na porção final do túbulo conv. prox. existe diferença da composição,
já que a maior parte dos solutos foram reabsorvidos anteriormente na parte inicial. Há agora
Cl- em grande quantidade e a reabsorção do sódio se dá pela reabsorção do NaCl, que pode
ser de duas formas: celular, com Na-H e trocador Cl-formato (cloreto de sódio para dentro da
célula), o cloreto sai por difusão. E paracelular (por entre as células), em que as junções
oclusivas são permeáveis ao NaCl.

Na alça de Henle, o ramo descendente fino é permeável a água e pequenos solutos (NaCl e
ureia); o ramo ascendente fino é permeável ao NaCl, mas não a água, e o ramo ascendente
espesso reabsorve o sódio ativamente (25%), mecanismo dependente de carga.
<cotransportador Na-K-2Cl (3íons)> é eletrogênico (mais cargas negativas do que positivas no
interior celular, gerando diferença de potencial lúmen-positiva); o ramo ascendente espesso é
impermeável a água, por isso é chamado de segmento diluidor, já que o NaCl é reabsorvido
(diluindo o líquido tubular).

No néfron terminal (túbulo convoluto distal + ductos coletores) -8%, o mecanismo é


dependente de carga. Na parte inicial do tub. con. distal (5% reabsorvido) pelo
<cotransportador Na-Cl>, essa parte é impermeável a água (segmento diluidor cortical, dilui
ainda mais o líquido tubular); e o trecho final do tub. e o ducto coletor tem funções
semelhantes (última parte a influenciar na quantidade de Na+ a ser excretada na urina), o
mecanismo nessa porção é realizado pelas células principais, que possuem canais de sódio (a
aldosterona aumenta a reabsorção de Na+ pelas células principais).

11 Explique como ocorre a absorção de K+ em cada parte do néfron


Balanço do K+: O K+ é filtrado nos capilares glomerulares. No túbulo convoluto proximal, 67%
do K+ é reabsorvido (pela reabsorção do líquido isosmótico); no ramo ascendente espesso,
20% reabsorvido, entrada pelo <cotransportador Na-K-2Cl> e saída por canais de K+; no túbulo
convoluto distal e ductos coletores há o ajuste fino, regulam de acordo com a quantidade de
K+ ingerida, com reabsorção ou secreção de potássio. Se pouco K+ é ingerido, então ocorre
reabsorção adicional de K+ pelas células intercaladas alfa <H-K-ATPase> (transporte ativo
primário). Caso o K+ seja ingerido em grande quantidade, ou o normal K+ é secretado pelas
células principais (K+ do sangue para o lúmen, que será excretado na urina), é determinada
pela magnitude do gradiente eletroquímico de K+ através da membrana luminal. Fatores que
aumentam o gradiente, aumentam a secreção (alimentação rica em K+; hiperaldosteronismo;
alcalose; diuréticos tiazídicos; diuréticos de alça; ânions luminais)

12 Explique como ocorre secreção do K+ na parte terminal do néfron.

Caso o K+ seja ingerido em grande quantidade, ou o normal K+ é secretado pelas células


principais (K+ do sangue para o lúmen, que será excretado na urina), K+ entra na célula pela
bomba Na-k-ATPase e sai por canais de k+; é determinada pela magnitude do gradiente
eletroquímico de K+ através da membrana luminal. Fatores que aumentam o gradiente,
aumentam a secreção (alimentação rica em K+; hiperaldosteronismo; alcalose; diuréticos
tiazídicos; diuréticos de alça; ânions luminais).

13 Explique a multiplicação por contracorrente.

São os dois mecanismos com função de manter o gradiente osmótico corticopapilar dos rins.
Esse gradiente é importante para osmorregulação renal.

A multiplicação por contracorrente ocorre nas alças de Henle, e funciona com o NaCl sendo
levado para o líquido intersticial das regiões profundas dos rins. Ocorre em duas etapas: I)
efeito isolado (único)--> No ramo ascendente espesso, o NaCl é reabsorvido pelo
contransportador 3-íons, e é impermeável a água, assim o líquido tubular fica diluído, levando
ao aumento da osmolaridade do líquido intersticial. O ramo descendente é permeável a água,
com isso a água sai, e a osmolaridade aumenta ao nível do líquido adjacente. Em níveis altos
de ADH o gradiente corticopapilar é aumentado.

II) A outra etapa desse processo é o fluxo do líquido tubular. O líq. continuamente pelo néfron,
novo líquido entra no ramo descendente e volume igual se desloca para o ramo ascendente.
Cada deslocamento aumenta a osmolaridade no ramo descendente e no líquido intersticial, e
diminui a osmolaridade no ramo ascendente. Esse processo é repetido até atingir o gradiente
osmóstico corticopapilar total.

14 Explique a reciclagem da ureia.


A reciclagem da ureia acontece nos ductos coletores da medula interna. O ADH aumenta a
permeabilidade da água e diminui a da ureia nos ductos coletores corticais e da zona externa
da medula, assim a água é reabsorvida e ureia permanece no líquido tubular. Nos ductos
coletores da zona interna da medula, o ADH aumenta a permeabilidade da água e também
aumenta o transportador de difusão facilitada da ureia. Forma-se um gradiente de
concentração da ureia, e a ureia passa para o líquido intersticial a favor do seu gradiente,
sendo adicionada ao gradiente osmótico corticopapilar.

Estudo dirigido para avaliação da Unidade III

1. Explique como ocorre a diferenciação sexual.

O processo de diferenciação sexual envolve o desenvolvimento das gônadas, do trato


genital interno e da genitália externa. A diferenciação em 'masculinidade' e feminilidade'
se dá em três formas (níveis)- genético, gonádico e fenotípico. O sexo genético é definido
pelos cromossomos sexuais: XY (homens) e XX (mulheres). Em geral, o sexo genético
determina o sexo gonádico. O sexo gonádico define-se pela presença de testículos
(homens) e ovários (mulheres); Os testículos possuem c. germinativas (espermatozoides),
c. de Sertoli (produz e secreta H. Antimulleriano e inibina) e c. de Leydig (produz e secreta
testosterona); os ovários possuem as células germinativas (ovogônias), c. da granulosa
(junto com o estroma cerca as ovogônias, formando o ovócito) e c. da teca (produz
estradiol com as c. da granulosa, e produz a progesterona). O sexo fenotípico define-se
pelas características internas e externas do trato genital. ; O fenótipo masculino
desenvolve-se a partir da ação da testosterona., que estimula o crescimento dos ductos de
wolff (que originará o epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatórios e glândula seminal),
além disso, o h. antimulleriano inibe o crescimento dos ductos de muller (que originaria as

estruturas femininas; para o fenótipo feminino, como não há testosterona e nem o h.


antimulleriano, os ductos de Muller se desenvolvem e se diferenciam no trato genital
feminino e na genitália externa feminina.

2. Qual evento primário determina o início da puberdade.

Secreção pulsátil do Hormônio liberador de Gonadotrofinas (GnRH) do hipotálamo. Esse


evento estimula a secreção pulsátil de h. Foliculoestimulante (FSH) e do h. Luteinizante
(LH) pela adeno-hipófise. Um grande pulso noturno de LH e o aumento da sensibilidade
dos receptores de GnRH na deno-hipófise (suprarregulação) são eventos que também
caracterizam o inicio da puberdade. A secreção de LH é maior que a de FSH. Essa secreção
pulsátil de LH e de FSH estimula a secreção de hormônios esteroides gonádicos
(testosterona e estradiol), tendo como resposta o aparecimento de características sexuais
secundárias.
3. Explique as características da puberdade em meninos e meninas

Em meninos, há o aumento das c. de Leydig, responsáveis pela síntese e secreção da


testosterona; crescimento dos testículos, de órgãos sexuais acessórios; estirão puberal do
crescimento, fechamento das epífises; aparecimento de pelos pubianos e axilares;
mudança da voz; espermatogênese.

Em meninas, os ovários sintetizam e secretam estradiol; brotamento mamário, menarca


(1ª menstruação); estirão puberal do crescimento, fechamento das epífises; aparecimento
de pelos pubianos e axilares.

4. Explique os efeitos mediados pela testosterona e pela dihidrotestoterona.

Testosterona: Diferenciação do epidídimo, ducto deferente, glândulas seminais; estirão do


crescimento na puberdade, com aumento da massa muscular, fechamento das placas
epifisárias, mudança de voz, libido, crescimento do pênis e das vesículas seminais,
espermatogênese, retroalimentação negativa sobre a adeno-hipófise e o hipotálamo.

Di-hidrotestosterona: Diferenciação da genitália externa (pênis, escroto), e da próstata,


padrões de distribuição de pelos e da calvície masculina, atividade das glândulas sebáceas
e crescimento da próstata

5. Explique os efeitos mediados pelos estrogênios e pela progesterona.

Estrogênios: maturação e manutenção do trato genital feminino, desenvolvimento de


características sexuais secundárias na puberdade, causa o desenvolvimento das mamas,
proliferação e desenvolvimento das c. da granulosa, manutenção da gravidez,
retroalimentação negativa e positiva sobre a secreção de FSH e LH, Redução do limiar
uterino para estímulos contráteis, estimula a secreção de prolactina.

Progesterona: Manutenção da atividade secretora do útero na fase lútea; manutenção da


gravidez; atua no desenvolvimento das mamas; retroalimentação negativa sobre a
secreção de FSH e LH durante a fase lútea.

6. Explique o ciclo menstrual, explicando seus eventos.

Com duração típica de 28 dias, o ciclo menstrual é dividido em 3 fases:

Fase folicular (proliferativa)-> Dura do dia 0 até 0 14º. Ocorre a maturação de um folículo
primordial, e degeneração dos outros (atresia); os receptores de FSH e LH estão

aumentados nas c. da teca e da granulosa, há o aumento nos níveis de estradiol,


principalmente o 17b-estradiol. Esse aumento causa proliferação endometrial do útero, o
que gera retroalimentação negativa da secreção de FSH e LH, inibindo a secreção adicional
desses hormônios. Além disso, os níveis de progesterona são baixos.

Fase de ovulação-> Sempre ocorre 14 dias antes da menstruação. O pico do nível de


estradiol ao final da fase folicular gera uma retroalimentação positiva sobre a secreção de
FSH e LH, que em consequência causa a ovulação do óvulo maduro; a quantidade de muco
cervical aumenta, o que contribui com a penetração dos espermatozoides.

Fase lútea (secretora)-> do 14º ao 28º dia. O corpo lúteo se desenvolve e sintetiza
estradiol e progesterona. O aumento dos níveis de progesterona irá preparar o útero para
receber o óvulo fertilizado, por meio do aumento da vascularização e secreção do
endométrio, a temperatura corporal basal aumenta por conta da ação da progesterona
sobre o centro termorregulador do hipotálamo. Se não houver fecundação, o corpo lúteo
regride, diminuindo os níveis de estradiol e progesterona, isso leva a menstruação
(descamação do endométrio e sangramento).

7. Cite quais são os hormônios e suas ações:

a. Hipotálamo:

1.H. librador de tireotropina (TRH) - Estimula a secreção de TSH e Prolactina;

2. H. liberador de corticotropina (CRH) - Estimula a secreção de ACTH;

3. H. liberador de gonadotrofinas (GnRH) - Estimula a secreção de FSH e LH;

4. Somatostatina (H. liberador de somatotropina-SRIF) - Inibe a secreção do H. do crescimento;

5. Dopamina (fator de inibição da prolactina-PIF) - Inibe secreção de prolactina;

6. H. liberador do H. do crescimento (GHRH) - Estimula a secreção do H. do crescimento.

b. Hipófise anterior:

1. H estimulante da tireoide (TSH) - Estimula secreção de Hs. tireoideos;

2. H. foliculoestimulante (FSH) - Estimula maturação do esperma nas c. de Sertoli, o


desenvolvimento folicular e a síntese de estrogênios nos ovários;

3. H luteinizante (LH) - Estimula a síntese de testosterona pelas c. de Leydig, a ovulação, a


formação do corpo lúteo e síntese de estrogênio e progesterona nos ovários;

4. H. do crescimento - Estimula a sintese de proteinas e crescimento geral;

5. Prolactina - Estimula a secreção e produção de leite;

6. H adrenocorticotrópico (ACTH) - Estimula sintese e secreção de Hs. adrenocorticoides;

7. H. estimulante de melanócito (MSH) - Estimula síntese de melanina.

c. Hipófise posterior:

1. Ocitocina - Estimula a ejeção de leite e contrações uterinas;

2. Vasopressina (H. antidiurético-ADH) - Estimula a reabsorção de água nas células principais


dos ductos coletores, constrição das arteríolas.

d. Tireoide:

1. Tri-iodotiroxina (T3) e L-tiroxina (T4) - Estimula o crescimento esquelético, consumo de O2,


utilização de proteínas, gorduras e carboidratos, maturação perinatal do SNC.;

2. Calcitonina - redução da concentração de Ca2+ sérica.


e. Córtex suprarrenal:

1. Cortisol - Estimula a gliconeogênese, inibe a resposta inflamatória, suprime resposta imune,


estimula a responsividade vascular a catecolaminas;

2. Aldosterona - Estimula reabsorção de Na+, secreção de K+ e H+;

3. Desidroepiandrosterona - ações da testosterona

8. Cite como o eixo hipotalâmico hipofisário controla a secreção de outros hormônios e os

mecanismos de interrupção da secreção.

O eixo hipotalâmico hipofisário regula a intensidade de secreção de hormônios por


mecanismos de retroalimentação (negativa e positiva). Na retroalimentação negativa, que é
mais comum, alguma característica da ação do hormônio, direta ou indiretamente, inibe a
secreção adicional do hormônio, assim se os níveis do hormônio está adequado ou elevado, a
sua secreção é inibida, interrompida. Por exemplo, no hipotálamo um determinado hormônio
liberador é secretado e estimula a secreção do h. da adenohipófise, esse por sua vez irá atuar
nas glândulas endócrinas periféricas, que causa secreção de hormônios, com ação no
tecidoalvo, tendo por fim a resposta fisiológica. Os hormônios podem agir novamente sobre a
hipófise anterior e o hipotálamo inibindo a secreção adicional de hormônios. Se voltar a agir
por todo o eixo hipotálamo-hipófise, a retroalimentação é chamada de alça longa; se o h. da
adenohipófise voltar a agir no hipotálamo, impedindo a a secreção do h. liberador, é chamado
de retroalimentação de alça curta; e pode ainda, o h. hipotalâmico inibir a sua própria
secreção, retroalimentação de alça curtíssima

9. Explique quais são os hormônios do trato gastrointestinal, onde são produzidos e quais
são as suas funções.

1. Gastrina- secretado por c. G no ântro do estômago; possui ação de secretar H+ pelas células
gástricas, e estimula a secreção da mucosa gástrica.

2. Colecistocinina (CCK) - secretado por c. I da mucosa do duodeno e do jejuno; a ação é


promover a digestão e absorção de lipídios, contração da vesícula biliar, que ejeta a bile no
lúmen do intestino delgado, secreção de enzimas pancreáticas, secreção de HCO3- pelo
pâncreas, crescimento do pâncreas exócrino e da vesícula biliar, e inibição do esvaziamento
gástrico.

3. Secretina - secretado por células S do duodeno; ação de reduzir a quantidade de H+ no


intestino delgado através do estímulo a secreção de HCO3- pancreático e biliar, aumenta a
produção da bile, e inibe a secreção de H+ pelas células parietais gástricas (inibição da
gastrina).

4. Peptídeo insulinotrópico glicose dependente (GIP) - Secretado por células K do duodeno e


do jejuno; estimula a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas, inibe a secreção
gástrica de H+ e o esvaziamento gástrico.

10. Quais são as funções específicas:


a. plexo submucoso: controle das secreções e do fluxo sanguíneo local; além de receber
informações sensoriais.

b. plexo mioentérico: controla os movimentos (motilidade) do músculo liso gastrointestinal.11.


Explique como ocorre a digestão e a absorção dos carboidratos, lipídios e proteínas.

11. Explique como ocorre a digestão e a absorção dos carboidratos, lipídios e proteínas.

Carboidratos: Para serem absorvidos os carboidratos devem ser digeridos a monossacarídeos


(glicose, galactose ou frutose). A digestão do amido inicia-se na boca pela ação da amilase
salivar, porém não é tão significativa; a ação da amilase pancreática quebra as ligações 1,4-
glicosídicas do interior do amido, formando três dissacarídeos (dexitrina alfa-limitada, maltose
e maltotriose), que serão digeridos a monossacarídeos pelas enzimas da borda em escova
intestinal, tendo como produto a glicose, absorvida pelas células epiteliais. Os carboidratos
podem entrar na alimentação na forma de dissacarídeos (trealose, lactose e sacarose) e são
digeridos a duas moléculas de monossacarídeos. A glicose e a galactose são absorvidas (lúmen

do intestino delgado para o sangue) por meio do contransportador Na+-glicose (transporte


ativo secundário), e são transportados para corrente sanguínea por difusão facilitada; já a
frutose é absorvida por difusão facilitada,e por conta disso não pode ser absorvida contra o
sue gradiente eletroquímico, passa também por difusão facilitada para a corrente sanguínea.

Proteínas: O início da digestão é no estômago e continua no intestino delgado. Existem dois


tipos de enzimas proteicas (proteases), as endopeptidases (pepsina, tripsina, quimotripsina e
elastase) e as exopeptidases (carboxipeptidases A e B). No estômago, a pepsina atua em baixo
pH (obs.: a digestão de proteínas pelo estômago não é essencial...); continuando no intestino
delgado, há a ação das proteases pancreáticas e da borda em escova. Inicialmente, os
precursores das enzimas são ativados. As enzimas hidrolisam as proteínas em oligopeptídeos
(não são absorvidos), dipeptídeos, tripeptídeos e aminoácidos, os oligopeptideos são
hidrolisados pelas proteases da borda em escova. Ao final as próprias proteases pancreáticas
se autodigerem. Os aminoácidos são absorvidos pelo cotransportador Na+-aminoácidos;
porém as proteínas são absorvidas principalmente na forma de dipeptídeos ou tripetídeos,
através do cotransportador H+ dependente, ao passarem para o interior celular são
hidrolisados por peptidases citosólicas, formando aminoácidos, que são transportados para
corrente sanguínea por difusão facilitada.

Lipídeos: A digestão começa no estômago e é completada no intestino delgado. No estômago,


ocorre a mistura dos lipídeos que se fragmentam em partículas menores propiciando a ação de
enzimas (gotículas de lipideos emulsificadas por proteinas da dieta), as lipases linguais e
gástricas digerem alguns dos triglicerídeos para forma de glicerol e ácidos graxos livres. A ação
da CCK retarda o esvaziamento gástrico, permitindo que o quimo chegue mais lentamente
para o intestino delgado, para dá tempo para as enzimas pancreáticas realizarem a digestão
dos lipídeos. No intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão, os sais biliares são
secretados no lúmen do intestino e atua junto com a lisolectina para emulsificar os lipídeos,
formado gotículas que aumentam a área de superfície para ação das enzimas pancreáticas. As
lipases pancreáticas hidrolisam os lipídeos em ac. graxos, monoglicerídeos, colesterol e
lisolectina, glicerol. Como esse produtos são hidrofóbicos, a exceção do glicerol, eles tem que
ser solubilizados nas micelas, revestidas por sais biliares, por ser anfipática, a parte hidrofílica
dos sais se dissolvem na parte aquosa do lúmen, o que solubiliza os lipídeos no interior das
micelas. As micelas se difundem pela membrana apical do epitélio intestino, e os lipídeos são
liberados pra dentro da célula, onde são reestificados em triglicerídeos, ésteres de colesterol e
fosfolipídeos, e com as apoproteínas são empacotadas formando quilomícrons. Os
quilomícrons são transportados para fora das células por exocitose, são transferidos para os
vasos linfáticos e levados para a corrente sanguínea pelos ductos torácicos.

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