Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fisiologia cardiovascular
CONTRAÇÃO MUSCULAR SEM INERVAÇÃO
Maior parte do coração é composto de miocárdio OBS: com aumento da atividade o coração utiliza
(células musculares). Maior parte do miocárdio é quase todo o O2 trazido pelas coronárias, e assim a
contrátil e 1% especializada em gerar potencial de única maneira de conseguir mais O2 para o musculo
ação espontaneamente (capacidade única do coração cardíaco é com aumento do fluxo sanguíneo. A
de se contrair sem sinal externo). redução desse fluxo por estreitamento do vaso
coronário, coágulo ou depósito de gordura pode
O sinal para iniciar a contração é miogênico (originado
causar danos ou levar células miocárdicas a morte.
no musculo cardíaco), por células autoexcitáveis ou
marca-passo, pois determinam a frequência dos
batimentos. São anatomicamente distintas das
contráteis:
ENTRADA DE CÁLCIO E
- Menores, tem menos fibras contráteis, não tem ACOPLAMENTO EC
sarcômeros organizados (por isso não contribuem na
contração). No musculo cardíaco o potencial de ação se origina
nas células marca-passo e se propaga para as
Diferenças entre músculo cardíaco, esquelético e contráteis pelas junções comunicantes, dando início
liso: ao acoplamento excitação-contração (EC), também
Cardíacas são menores que as esqueléticas e chamado de liberação de Ca2+ induzida pelo Ca2+.
em geral, tem um núcleo por fibra Caminho do potencial pelas células contráteis:
Células musculares cardíacas se unem as
células vizinhas por discos intercalares, 1. Potencial de ação que entra na célula contrátil
compostos por: vai percorrer o sarcolema e entrar nos túbulos
Desmossomos, que são conexões que T,
mantem as células unidas permitindo que a 2. Onde os canais de Ca2+ dependente de
força seja transferida de uma para a outra, e voltagem tipo L se abrem na membrana da
junções comunicantes célula
Junções comunicantes, que conectam essas 3. Ca entra nas células por esses canais seguindo
células eletricamente, permitindo que a onda um gradiente eletroquímico, e dentro da
e despolarização se espalhe rápido de uma a célula abrem os canais liberadores de cálcio
outra e todas contraiam quase do tipo rianodínico (RyR) no retículo
simultaneamente. sarcoplasmático
Túbulos T das cardíacas são maiores que do 4. Quando esses canais se abrem, o cálcio
músculo esquelético, e RS é menor e por isso estocado flui para fora do RS e entra no
é dependente do Ca extracelular para iniciar citosol
a contração. 5. A abertura múltipla de diferentes canais RyR e
Mitocôndrias ocupam 1/3 do volume da célula liberação de Ca cria fagulhas, a soma dessas
cardíaca contrátil devido a grande demanda fagulhas gera o sinal de Ca2+
energética (consome 80% do O2 levado pelo
sangue).
OBS: Liberação de cálcio do RS fornece 90% do Ca 7. Quando a concentração de Ca diminui no
necessário na contração muscular, e os 10% restantes citoplasma o Ca se desliga da troponina, o
entram na célula pelo liquido extracelular. sítio ativo da actina se solta da miosina e os
filamentos retornam à posição relaxada
6. Cálcio se difunde pelo citosol até os
8. Ca é transportado de volta ao RS pela
elementos contráteis onde se liga a troponina
CA2+ATPase (como no musculo esquelético)
Ca se combina com subunidade C da troponina (TnC), 9. E sai de dentro da célula pelo trocador NA +
fazendo com a tropomiosina se desloque e exponha o CA2+ (NCX)
local ativo onde a actina se com a cabeça da miosina, 10. Em que um Ca sai da célula contra o
e o ATP se decompõe em ADP e energia produzindo o gradiente eletroquímico em troca de 3 Na
movimento. para dentro da célula a favor do gradiente.
Esse Na que entra vai ser removido pela Na +-
K+ATPase.
CONTRAÇÃO DO
MÚSCULO CARDÍACO
PODE SER GRADUADA
Células do musculo cardíaco tem habilidade de uma
única fibra executar contrações graduadas, onde a
fibra varia a quantidade de força que gera.
Fase 0: despolarização
Canais de Na se fecham, e a célula se repolariza um Isso é importante pois o músculo cardíaco deve
pouco com a saída e K+ pelos canais de K que se relaxar entre as contrações para que os ventrículos
abrem consigam se encher.
SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO E FC MÚLTIPLOS FATORES
INFLUENCIAM O VOLUME
CONTROLE PARASSIMPÁTICO SISTÓLICO
Acetilcolina ativa receptores colinérgicos muscarínicos
que influenciam canais de K e Na nas células marca
passo. O débito sistólico, o volume sanguíneo bombeado
pelo ventrículo na contração, está diretamente
Permeabilidade ao K aumenta, hiperpolarizando a relacionado a força gerada pelo músculo cardíaco em
célula, fazendo o potencial marca-passo iniciar num cada contração.
valor mais negativo; ao mesmo tempo a
permeabilidade ao Ca diminui e retarda a taxa de Em geral quando a força de contração aumenta, o
despolarização. Combinação dos dois fatores faz a volume sistólico aumenta.
célula levar mais tempo para alcançar o limiar, No coração isolado, a contração ventricular é afetada
atrasando o potencial de ação no marca passo e por dois parâmetros: comprimento da fibra muscular
diminuindo a FC. no início da contração e a contratilidade do coração.
VOLUME DIASTÓLICO
FINAL E PRESSÃO
SANGUÍNEA ARTERIAL
DETERMINAM A PÓS
CARGA
Histologia do coração
ENDOCÁRDIO Camada intermediária e mais espessa das3,
constituído de células musculares cardíacas dispostas
Contínuo com túnica íntima dos vasos sanguíneos que
em espiral ao redor dos orifícios das câmaras.
entram e saem do coração. Constituído de
A FC é controlada pelo nó SA, na junção da veia cava
Endotélio: epitélio simples pavimentoso
superior com o átrio direito. A despolarização gerada
Camada subjacente de tecido conjuntivo
nessas células especializadas, se espalha pelo átrio por
fribroelástico, contendo fibroblastos
vias intermodais até o nó AV, na parede septal acima
Camada de tecido conjuntivo denso, rico em da valva tricúspide. Os sinais vao ser transmitidos para
fibras elásticas misturadas com células os ventrículos pelo feixe AV (His), e essas fibras
musculares lisas passam pelo septo IV conduzindo impulso para o
Abaixo do endocárdio existe uma camada musculo, produzindo contração rítmica, que segue
subendocárdica, delimita o limite do endocárdio, pelo tecido subendocárdico para as fibras de purkinje,
constituída de tecido conjuntivo frouxo, com que transmitem o impulso para as células cardíacas no
pequenos vasos, nervos e fibras de purkinje do ápice do coração.
sistema de condução. Células musculares cardíacas especializadas, que
ficam na parede atrial e no septo interventricular,
produzem e secretam peptídeos. Atriopeptina,
MIOCÁRDIO polipeptídeo, cardiodilatadina e cardionatrina, que
são liberados nos capilares que circundam a região, e
são hormônios que ajudar na manutenção de fluidos e
no balanço eletrolítico, diminuem a pressão Constituído de tecido conjuntivo denso não
sanguínea. modelado, e possui 3 componentes principais:
Eletrocardiograma
quando os eletrodos são colocados nos braços e na
perna esquerda.
Final do século XIX descobriram que seria possível
colocar eletrodos na superfície da pele e registrar Os lados do triangulo são numerados para
atividade elétrica do coração. corresponder as 3 derivações, ou pares de eletrodos,
usados para obter o registro.
A utilização desses eletrodos na superfície para
registrar atividade elétrica interna é possível porque Um ECG registra uma derivação por vez. Um eletrodo
soluções salinas como nosso liquido extracelular à atua como eletrodo positivo da derivação, e um
base de NaCl são bons condutores de eletricidade. segundo como eletrodo negativo da derivação (o
terceiro é inativo).
O registro que mostra a soma da atividade elétrica nas
células do coração é o ECG/ eletrocardiograma. É o Quando a onda elétrica se move diretamente para o
registro extracelular que representa a soma de eletrodo positivo, a linha de ECG ascende na linha de
múltiplos potenciais de ação ocorrendo em muitas base.
células musculares cardíacas.
CICLO CARDÍACO
INTERPRETAÇÕES DE ECG