Elementos da Função Cardíaca Fase 4 – Depende de onde ela está
(slides) ocorrendo.
As células do coração, como os neurônios Contrátil – Manutenção do potencial de
(esses disparam mais que o coração por ter repouso. um período refratário maior), são Purkinje – Não tem manutenção do excitáveis e geram potenciais de ação. potencial de repouso, despolarização lenta Esses potenciais de ação promovem a até o limiar de excitabilidade. Ativação contração e, assim, o ritmo cardíaco. espontânea de canais de sódio e cálcio Distúrbios na atividade elétrica podem lento, automatismo. levar a uma alteração séria do ritmo cardíaco e, por vezes, letal.
dois principais tipos de potenciais de ação
que ocorrem no coração. O primeiro tipo, a resposta rápida, ocorre em miócitos atriais e ventriculares normais e em fibras condutoras especializadas (as fibras de Purkinje e His do coração) e é dividido em cinco fases. A fase ascendente do potencial de ação é chamada de fase 0. Essa despolarização é seguida por breve período inicial de repolarização parcial (fase 1) e, O outro tipo de potencial de ação, a então, por um platô (fase 2), que persiste resposta lenta, ocorre no nó sinoatrial por cerca de 0,1 a 0,2 segundo. A (SA), que é a região marca-passo natural do membrana é então repolarizada (fase 3) coração, e no nó atrioventricular (AV), que até que a polaridade de repouso (fase 4) é um tecido especializado na condução do seja novamente atingida. A repolarização impulso cardíaco dos átrios para os final (fase 3) ocorre mais lentamente que a ventrículos. As células de resposta lenta despolarização (fase 0). Tabela slide não apresentam a fase inicial de Potencial de ação rápido repolarização (fase 1). Outras diferenças entre as propriedades elétricas das células Fase 0 – Abertura dos canais de Na+ de resposta lenta e as de resposta rápida dependente de voltagem (influxo rápido) incluem as descritas a seguir. O potencial rápida despolarização, alta velocidade de de repouso da membrana (fase 4) das condução. células de resposta rápida é Fase 1 – Inativação dos canais de Na+, consideravelmente mais negativo que o abertura dos canais de K+ e de Cl -, rápida das células de resposta lenta. Além disso, a e transitória repolarização. velocidade de despolarização (fase 0), a amplitude do potencial de ação e a Fase 2 – Fase de platô, queda lenta, tende retomada do potencial são maiores nas a despolarizar devido a entrada lenta de células de resposta rápida que nas de Ca+2 e tende a repolarização pelo efluxo resposta lenta. Tabela slide de potássio, devido às tendências opostas a carga se mantém. Potencial lento Fase 0 – Despolarização lenta, influxo de Fase 3 – Fase de repolarização, os canais de cálcio pelos canais do tipo L. Ca+2 se fecham, mantêm a saída de Fase ausente – 1. potássio. Fase 2- Fase de Platô, menos estável e de resposta rápida. A condução lenta e longa do que no potencial rápido. uma tendência a bloqueios aumentam a Fase 3 – Repolarização com a inativação probabilidade de ocorrência de alguns dos canais de cálcio e ativação dos canais distúrbios do ritmo. de potássio, efluxo de potássio. Fase 4 – Automatismo, ativação dos canais As várias fases do potencial de ação de Na+ e de cálcio tipo T. Desativação das cardíaco estão associadas às variações da correntes repolarizantes de potássio. permeabilidade da membrana celular, principalmente para os íons Na+, K+ e Ca++. Variações da permeabilidade da membrana celular alteram a intensidade do movimento desses íons através da membrana e, portanto, modificam sua voltagem (Vm). Tais mudanças são produzidas pela abertura e fechamento de canais iônicos específicos para cada íon. Como em todas as outras células do corpo, a concentração de K+ no interior da célula muscular cardíaca ([K+] i) excede a concentração no exterior ([K+] e). O gradiente inverso de concentração existe para o Na+ e o Ca++. Estimativas das O período refratário efetivo (PRE) e o concentrações extracelular e intra de Na+, período refratário relativo (PRR) estão K+ e Ca++ e os potenciais de equilíbrio de destacados. Note que, quando comparado Nernst para esses íons são mostrados com as fibras de resposta rápida, o abaixo. potencial de repouso das fibras lentas é menos negativo, a despolarização (fase 0) é menos rápida, a amplitude do potencial de ação menor, a fase 1, está ausente e o PRR se extende bastante pela fase 4, após as fibras estarem totalmente repolarizadas.
Obs: Dois tipos de canais de Ca++ (tipo L e
tipo T) foram identificados no tecido Em resumo: cardíaco. São chamados canais do tipo L porque, uma vez abertos, são lentamente Fase 4: potencial de membrana em inativados e Canais do tipo L são repouso. As células miocárdicas contráteis bloqueados por antagonistas do canal de têm um potencial de repouso estável de Ca++. aproximadamente - 90 mV.
A amplitude do potencial de ação e a Fase 0: despolarização. Quando a onda de
velocidade de repolarização são despolarização entra na célula contrátil determinantes importantes da velocidade através das junções comunicantes, o de propagação ao longo das fibras potencial de membrana torna-se mais miocárdicas. No tecido cardíaco de positivo. Os canais de Na dependentes de resposta lenta, o potencial de ação se voltagem se abrem, permitindo que a propaga mais lentamente e a condução é entrada de Na despolarize rapidamente a mais facilmente bloqueada que no tecido célula. O potencial de membrana atinge cerca de + 20 mV antes de os canais de Na Obs: rápido: o potencial da membrana –90 se fecharem. Estes são canais de Na com mV; o limiar de excitação de cerca de –50 duas comportas, similares aos canais de Na mV; potencial de ação +20 mV; dependentes de voltagem do axônio. lento: o potencial da membrana –60 mV; o Fase 1: repolarização inicial. Quando os limiar de excitação de cerca de –40 mV; canais de Na se fecham, a célula começa a potencial de ação +20 mV; repolarizar à medida que o K deixa a célula pelos canais de K abertos.
Fase 2: o platô. A repolarização inicial é
muito breve. O potencial de ação, então, se achata e forma um platô como resultado de dois eventos: uma diminuição na permeabilidade ao K e um aumento na permeabilidade ao Ca2. Os canais de Ca2 dependentes de voltagem ativados pela despolarização foram abertos lentamente durante as fases 0 e 1. Quando eles o período refratário é o período após um finalmente abrem, o Ca2 entra na célula. potencial de ação durante o qual um Ao mesmo tempo, alguns canais “rápidos” estímulo normal não pode desencadear um de K se fecham. A combinação do influxo segundo potencial de ação. No músculo de Ca2 com a diminuição do efluxo de K faz cardíaco, o longo potencial de ação faz o o potencial de ação se achatar e formar um período refratário e a contração platô. terminarem simultaneamente. Quando um segundo potencial de ação pode ocorrer, a Fase 3: repolarização rápida. O platô célula miocárdica está quase termina quando os canais de Ca2 se completamente relaxada. fecham e a permeabilidade ao K aumenta Consequentemente, não ocorre somação. mais uma vez. Os canais lentos de K, Em contrapartida, o potencial de ação e o responsáveis por essa fase, são similares período refratário do músculo esquelético aos dos neurônios: eles são ativados pela terminam justamente com o início da despolarização, mas são abertos contração. Por esse motivo, o disparo de lentamente. Quando os canais lentos de K um segundo potencial de ação se abrem, o K sai rapidamente e a célula imediatamente após o período refratário retorna para seu potencial de repouso causa a somação das contrações. Se uma (fase 4). série de potenciais de ação ocorrer em rápida sucessão, resultará em uma contração sustentada, conhecida como tétano.
Obs: Canais de K+ são caracterizados como
canais retificadores tardios (ik). O canal de ativação mais lenta é designado canal iKs, enquanto o canal de ativação mais rápida é designado canal iKr.
O sinal elétrico para a contração começa
quando o nó SA dispara um potencial de ação e a despolarização se propaga para as células vizinhas através das junções O eletrocardiograma (ECG) representa a comunicantes. A condução elétrica é soma da atividade elétrica de todas as rápida através das vias de condução células do coração registradas na superfície internodais 2, porém mais lenta através corporal. das células contráteis do átrio 3. Quando Triângulo de Einthoven. Os eletrodos do os potenciais de ação se espalham pelos ECG são fixados nos braços e na perna, átrios, eles encontram o esqueleto fibroso formando um triângulo. Uma derivação do coração na junção entre os átrios e os consiste em um par de eletrodos, um ventrículos. Esta barreira impede que os positivo e um negativo. Um ECG registra sinais elétricos sejam transferidos dos uma derivação de cada vez. átrios para os ventrículos. Consequentemente, o nó AV é o único A atividade elétrica de todas as células do caminho através do qual os potenciais de coração em um determinado momento ação podem alcançar as fibras contráteis pode ser representada por um vetor dos ventrículos. O sinal elétrico passa do elétrico resultante, como mostrado aqui nó AV para o fascículo AV e seus ramos até pela despolarização atrial. o ápice do coração. Os ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje) A direção da deflexão no traçado do ECG transmitem os impulsos muito indica a relação entre a direção do vetor do rapidamente, com velocidades de até 4 ms, fluxo de corrente elétrica e o eixo da de modo que todas as células contráteis do derivação. ápice se contraem quase ao mesmo tempo 5.
Um eletrocardiograma é dividido em ondas
(P, Q, R, S, T), segmentos entre as ondas (p. ex., os segmentos P-R e S-T) e intervalos, que consistem da combinação de ondas e segmentos (assim como os intervalos PR e QT). Este traçado de ECG foi registrado na derivação I.
A primeira onda é a onda P, a qual
corresponde à despolarização atrial. O próximo trio de ondas, o complexo QRS, representa a onda progressiva da despolarização ventricular. Por vezes, a onda Q está ausente em um ECGs normal. A onda final, a onda T, representa a repolarização dos ventrículos. A repolarização atrial não é representada por uma onda especial, mas está incorporada no complexo QRS.
Onda P: despolarização atrial
O eletrocardiograma reflete a atividade elétrica do coração Segmento P-R: condução através do nó AV de um batimento extra benigno ou de e do fascículo AV condições mais sérias, como a fibrilação atrial, na qual o nó SA perde o controle de Complexo QRS: despolarização ventricular marca-passo. Onda T: repolarização ventricular. Todas as ondas normais estão presentes em uma forma reconhecível? Após determinar a frequência cardíaca e o ritmo, o próximo passo ao analisar um ECG é olhar as ondas individuais. Para ajudar na sua análise, você pode precisar escrever as letras sobre as ondas P, R e T.
contração muscular cardíaca
(slides)
Patologia: As arritmias são problemas
elétricos que surgem durante a geração ou condução de potenciais de ação através do coração e, em geral, podem ser observados em um ECG.
Um ECG fornece informações da
frequência cardíaca e do ritmo, da velocidade de condução e até mesmo da condição dos tecidos do coração. Assim, embora seja simples obter um ECG, sua No músculo esquelético, a acetilcolina do interpretação pode ser muito complicada. neurônio motor somático estimula um potencial de ação e dá início ao Qual é a frequência cardíaca? A frequência acoplamento excitação-contração cardíaca é normalmente cronometrada do (acoplamento EC). No músculo cardíaco, início de uma onda P até o início da um potencial de ação também inicia o próxima onda P, ou do pico de uma onda R acoplamento EC, contudo, o potencial de até o pico da onda R seguinte. Uma ação origina-se espontaneamente nas frequência cardíaca de 60 a 100 células marca-passo do coração e se batimentos por minuto é considerada propaga para as células contráteis através normal, embora atletas treinados das junções comunicantes. Outros frequentemente tenham frequência aspectos do acoplamento EC cardíaco são cardíaca de repouso menor. Uma similares aos processos encontrados na frequência mais rápida que a normal é contração dos músculos esquelético e liso. chamada de taquicardia, e mais baixa que a normal é chamada de bradicardia. Ilustra o acoplamento EC e o relaxamento do músculo cardíaco. Um potencial de ação O ritmo dos batimentos cardíacos é que entra em uma célula contrátil se move regular (i.e., ocorre em intervalos pelo sarcolema e entra nos túbulos T 1, regulares) ou irregular? Um ritmo onde abre os canais de Ca2 dependentes irregular, ou arritmia, pode ser resultado de voltagem tipo L na membrana das 8. Entretanto, no músculo cardíaco, o Ca2 células. também é removido de dentro da célula pelo trocador Na-Ca2 (NCX) 2. O Ca2 entra nas células através desses canais, movendo-se a favor do seu 9. Um Ca2 é movido para fora da célula gradiente eletroquímico. A entrada de contra o seu gradiente eletroquímico em cálcio abre os canais liberadores de cálcio troca de 3 Na para dentro da célula a favor do tipo rianodínico (RyR) no retículo do seu gradiente eletroquímico. O sódio sarcoplasmático. que entra na célula durante essa troca é removido pela Na -K -ATPase 10. 3. Esse processo do acoplamento EC no músculo cardíaco é também chamado de O ciclo cardíaco (slides) liberação de Ca2-induzida pelo Ca2 (LCIC). Quando os canais RyR se abrem, o cálcio O coração contrai e relaxa durante um ciclo estocado flui para fora do retículo cardíaco cada ciclo cardíaco possui duas sarcoplasmático e entra no citosol. fases: diástole, o tempo durante o qual o músculo cardíaco relaxa, e sístole, período 4, criando uma fagulha que pode ser vista durante o qual o músculo contrai. utilizando-se métodos bioquímicos especiais. A abertura múltipla de diferentes 1 O coração em repouso: diástole atrial e canais RyR se somam para criar o sinal de ventricular. Começamos o ciclo cardíaco Ca2 no breve momento durante o qual tanto os átrios como os ventrículos estão relaxados. 5. A liberação de cálcio do retículo Os átrios estão se enchendo com o sangue sarcoplasmático fornece, vindo das veias e os ventrículos acabaram aproximadamente, 90% do Ca2 necessário de completar uma contração. À medida à contração muscular, sendo que os 10% que os ventrículos relaxam, as valvas AV restantes entram na célula a partir do entre os átrios e os ventrículos se abrem e líquido extracelular. O cálcio difunde-se o sangue flui por ação da gravidade dos pelo citosol para os elementos contráteis, átrios para os ventrículos. Os ventrículos onde se liga à troponina e inicia o ciclo de relaxados expandem-se para acomodar o formação de pontes cruzadas e o sangue que entra. movimento 2 Término do enchimento ventricular: 6. A contração ocorre pelo mesmo tipo de sístole atrial. A maior quantidade de movimento de deslizamento de filamentos sangue entra nos ventrículos enquanto os que ocorre no músculo esquelético. O átrios estão relaxados, mas pelo menos relaxamento no músculo cardíaco 20% do enchimento é realizado quando os geralmente é similar ao do músculo átrios contraem e empurram sangue para esquelético. Com a diminuição das dentro dos ventrículos. A sístole, ou concentrações citoplasmáticas de Ca2, o contração atrial, inicia seguindo a onda de Ca2 desliga-se da troponina, liberando a despolarização que percorre rapidamente actina da miosina, e os filamentos os átrios. A pressão aumentada que contráteis deslizam de volta para sua acompanha a contração empurra o sangue posição relaxada para dentro dos ventrículos. Embora as 7. Como no músculo esquelético, o Ca2 é aberturas das veias se estreitem durante a transportado de volta para o retículo contração, uma pequena quantidade de sangue é forçada a voltar para as veias, sarcoplasmático com a ajuda da Ca2- ATPase uma vez que não há valvas unidirecionais para bloquear o refluxo do sangue. 3 Contração ventricular precoce e contração ventricular torna-se a força primeira bulha cardíaca. Enquanto os motriz para o fluxo sanguíneo. O sangue átrios se contraem, a onda de com alta pressão é forçado pelas artérias, despolarização se move lentamente pelas deslocando o sangue com baixa pressão células condutoras do nó AV e, então, pelas que as preenche, empurrando-o ainda mais fibras de Purkinje até o ápice do coração. A adiante na vasculatura. Durante essa fase, sístole ventricular inicia no ápice do as valvas AV permanecem fechadas e os coração quando as bandas musculares em átrios continuam se enchendo. espiral empurram o sangue para cima em 5 Relaxamento ventricular e a segunda direção à base. O sangue empurrado bulha cardíaca. No final da ejeção contra a porção inferior das valvas AV faz ventricular, os ventrículos começam a elas se fecharem, de modo que não haja repolarizar e a relaxar, diminuindo a refluxo para os átrios. As vibrações pressão dentro dessas câmaras. Uma vez seguintes ao fechamento das valvas AV que a pressão ventricular cai abaixo da geram a primeira bulha cardíaca, S1, o pressão nas artérias, o fluxo sanguíneo “tum” do “tum-tá”. Com ambos os começa a retornar para o coração. Este conjuntos de valvas AV e válvulas fluxo retrógrado enche os folhetos semilunares fechadas, o sangue nos (cúspides) em forma de taça das válvulas ventrículos não tem para onde ir. semilunares, forçando-os para a posição Entretanto, os ventrículos continuam a se fechada, as vibrações geradas pelo contrair, comprimindo o sangue. Isso é fechamento das válvulas semilunares similar a uma contração isométrica, na qual geram a segunda bulha cardíaca, S2, o “tá” as fibras musculares geram força sem do “tum-tá”. produzir movimento. Retomando a analogia do tubo de creme dental, é como Uma vez que as válvulas semilunares se apertá-lo ainda com a tampa: alta pressão fecham, os ventrículos novamente se é gerada no interior do tubo, mas o creme tornam câmaras isoladas. As valvas AV dental não tem por onde sair. permanecem fechadas devido à pressão ventricular que, embora em queda, ainda é Essa fase é chamada de contração maior que a pressão nos átrios. Esse ventricular isovolumétrica, a fim de período é chamado de relaxamento destacar o fato de que o volume sanguíneo ventricular isovolumétrico, porque o no ventrículo não está variando. Enquanto volume sanguíneo nos ventrículos não está os ventrículos iniciam sua contração, as mudando. Quando o relaxamento do fibras musculares atriais estão ventrículo faz a pressão ventricular cair até repolarizando e relaxando. Quando as ficar menor que a pressão nos átrios, as pressões no átrio atingem valores valvas AV se abrem. O sangue que se inferiores às pressões nas veias, o sangue acumulou nos átrios durante a contração volta a fluir das veias para os átrios. O ventricular flui rapidamente para os fechamento das valvas AV isola as câmaras ventrículos. O ciclo cardíaco começou cardíacas superiores das inferiores e, dessa novamente. forma, o enchimento atrial é independente dos eventos que ocorrem nos ventrículos. (a) O ciclo cardíaco entre contração (sístole) e relaxamento (diástole). 4 A bomba cardíaca: ejeção ventricular. Quando os ventrículos contraem, eles geram pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares e empurrar o sangue para as artérias. A pressão gerada pela (b) As mudanças na pressão-volume do ventrículo esquerdo durante o ciclo cardíaco. Essa curva pressão-volume representa um ciclo cardíaco. Movendo-se em torno da curva de A para B, C e D e retornando para A, temos a representação do enchimento do coração com sangue ao longo do tempo; em seguida, ele contrai. Obs: O ventrículo agora contém o volume máximo de sangue que ele manterá durante este ciclo cardíaco (ponto B). Como o enchimento máximo do ventrículo ocorre no final do relaxamento ventricular (diástole), este volume recebe o nome de volume diastólico final (VDF).
O coração não se esvazia completamente
de sangue a cada contração ventricular. O volume sanguíneo deixado no ventrículo ao final da contração é chamado de volume sistólico final (VSF). O VSF (ponto D) é a menor quantidade de sangue que o O diagrama de Wiggers. Este diagrama ventrículo contém durante um ciclo relaciona as pressões do coração à cardíaco. esquerda e da aorta com o volume sanguíneo do coração à esquerda e o ECG A quantidade de sangue (volume) em um ciclo cardíaco. As letras dentro das bombeado por um ventrículo durante uma caixas referem-se aos itens 28 a 30 de contração é chamada de volume sistólico. “Revisando conceitos”: É medido em mililitros por batimento e pode ser calculado da seguinte forma: Volume sanguíneo antes da contração- volume sanguíneo após a contração volume sistólico= VDF- VSF = volume sistólico.
o débito cardíaco (DC) é o volume
sanguíneo ejetado pelo ventrículo esquerdo em um determinado período de força de contração miocárdica. tempo. Aumentando a atividade parassimpática, ocorre diminuição da frequência cardíaca, O reflexo barorreceptor controla a mas somente um pequeno efeito na pressão arterial (slides) contração ventricular. A principal via reflexa para o controle Os barorreceptores aumentam sua homeostático da pressão arterial média é o frequência de disparos quando a pressão reflexo barorreceptor. arterial aumenta, ativando o centro de controle cardiovascular bulbar. Os mecanorreceptores sensíveis ao Em resposta, o centro de controle estiramento, denominados cardiovascular aumenta a atividade barorreceptores, estão localizados nas parassimpática e diminui a atividade paredes das artérias carótidas e aorta, simpática, a fim de reduzir a atividade do onde eles monitoram continuamente a coração e dilatar as arteríolas. Quando a pressão do sangue que flui para o cérebro frequência cardíaca cai, o débito cardíaco (barorreceptores carotídeos) e para o também cai. Nos vasos, a diminuída corpo (barorreceptores aórticos). atividade simpática causa dilatação das Os barorreceptores carotídeos e aórticos arteríolas, reduzindo sua resistência e são receptores sensíveis ao estiramento permitindo maior saída de fluxo sanguíneo tonicamente ativos que disparam das artérias. Como a pressão arterial média potenciais de ação continuamente durante é diretamente proporcional ao débito a pressão arterial normal. Quando a cardíaco e à resistência periférica (PAM = pressão arterial nas artérias aumenta, a DC x RP), a combinação do reduzido débito membrana dos barorreceptores estira, e a cardíaco e da diminuída resistência frequência de disparos do receptor periférica reduz a pressão arterial média. aumenta. Se a pressão sanguínea cai, a frequência de disparos do receptor diminui. Se a pressão arterial se modifica, a frequência de potenciais de ação que viajam a partir dos barorreceptores para o centro de controle cardiovascular bulbar muda.
O CCC integra as entradas sensoriais e
inicia uma resposta apropriada. A resposta do reflexo barorreceptor é muito rápida: mudanças no débito cardíaco e na resistência periférica ocorrem dentro de dois batimentos cardíacos após o estímulo.
Os sinais que partem do centro de controle
cardiovascular são veiculados pelos neurônios autonômicos simpáticos e parassimpáticos. A função cardíaca é regulada por controle antagônico. A aumentada atividade simpática aumenta a frequência cardíaca, encurta o tempo de condução através do nó AV e aumenta a esquerdo. O fluxo sanguíneo para fora das artérias é influenciado principalmente pela resistência periférica, definida como a resistência ao fluxo oferecida pelas arteríolas. Então, a PAM é proporcional ao débito cardíaco (DC) vezes a resistência (R) das arteríolas: PAM = DC x R
Veremos como isso funciona. Se o débito
cardíaco aumenta, o coração bombeia mais sangue para dentro das artérias por unidade de tempo. Se a resistência ao fluxo sanguíneo para fora das artérias não mudar, o fluxo para dentro das artérias fica maior que o fluxo para fora, o volume sanguíneo nas artérias aumenta, e a pressão sanguínea arterial sobe.
Dois fatores adicionais podem influenciar a
pressão sanguínea arterial: a distribuição de sangue na circulação sistêmica e o volume total de sangue. A distribuição relativa de sangue entre os lados arterial e venoso da circulação pode ser um fator importante para manter a pressão sanguínea arterial.
Esfigmomanometria. A pressão sanguínea
arterial é mensurada com um esfigmomanômetro (uma bolsa inflável mais um aferidor de pressão, o manômetro) e um estetoscópio.
A PAM é a força propulsora do fluxo
sanguíneo, mas o que a determina? A pressão arterial é um balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo para fora das artérias. Se o fluxo para dentro excede o fluxo para fora, o volume sanguíneo nas artérias aumenta e a pressão arterial média também. Se o fluxo para fora excede o para dentro, o volume diminui e a pressão arterial média cai. O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual ao débito cardíaco do ventrículo