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Fisiologia
Digestão e Absorção no Trato Gastrointestinal - 2427
SISTEMA DIGESTÓRIO
Motilidade dos órgãos para o transporte do alimento
O músculo liso é excitado por uma atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta que
pode ser gerado por ondas lentas ou por potenciais em espícula.
Ondas lentas:
Não são potenciais de ação, mas oscilações do valor de potencial de repouso das fibras.
São geradas pela interação entre as células musculares lisas e as células intesticiais de Cajal
ICC de forma rítmica.
O potencial elétrico da membrana das ICC passa por mudanças cíclicas devido à abertura e à
entrada (influxo) periódica dos canais específicos de Na+ (marca-passo) , gerando as
ondas lentas. Não estão ligadas ao influxo de Ca2+, portanto, não geram a contração
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muscular sozinhas, mas estimulam a chegada ao limiar que leva ao potencial em ponta que
desencadeia a contração.
Potencial em espícula (em ponta):
Verdadeiros potenciais de ação, ocorrem com a despolarização temporária (mais
positivas) da membrana das fibras musculares lisas gastrointestinais através de canais para
cálcio-sódio, isto é, canais que permitem entrada de grande quantidade de cálcio associada
a pequenas quantidades de sódio. Esses canais apresentam uma lenta cinética de abertura e
fechamento, garantindo potenciais de ação de longa duração.
Controle do SNA:
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Inervação Parassimpática:
Nervo Vago e Nervo Pélvico → Acetilcolina: estímulo às funções digestivas: aumenta a
frequência de ondas lendas e os estímulos ao desencadeamento do potencial de ação.
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Movimentos fisiológicos do trato gastrointestinal
No trato gastrointestinal existem dois principais movimentos: propulsivo e de mistura.
Mastigação e Deglutição
Arcada dentária + Músculos mastigatórios - inervados pelo Ramo do Nervo Trigêmeo.
Reflexo Mastigatório
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☑ Extensão da mandíbula → Flexão da mandíbula → Força compressiva bolo
alimentar-dentes → Estímulo mecânico → Receptores → Ramo sensitivo do
Nervo Trigêmeo → SNC → Ramo Motor do Nervo Trigêmeo → Estímulo ao
relaxamento muscular e à posterior contração.
Importância da mastigação
Demais alimentos → Ação das enzimas em maior superfície e contato com as partículas
alimentares (ação mais efetiva sobre o substrato).
Secreção Salivar
Reflexo da Deglutição
Condução do alimento da cavidade oral para a faringe, passando pelo esôfago, até o
estômago.
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Estágio Voluntário: Movimentação da língua empurra o bolo alimentar para a
faringe.
Correlação Clínica
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Refluxo Gastroesofágico:
Relaxamento excessivo do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), permitindo o refluxo de
conteúdo estomacal para o esôfago. Pode ser causado por distúrbios na regulação
neural da Cárdia. (Bolo alimentar volta)
Acalasia:
Contração excessiva do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), obstruindo a passagem do
bolo alimentar para o estômago. (Bolo alimentar não chega)
Digestão no Estômago
Armazenamento, mistura do alimento à secreções gástricas, deslocamento do quimo.
Omento menor é o espaço disponível para o distendimento do estômago, que deve estar
com a musculatura relaxada (sinalizado pelo Reflexo Vasovagal do Estômago) para
receber o bolo alimentar.
Ondas de Mistura: ondas peristálticas constritivas fracas geradas do meio para o antro
do estômago
Bomba Pilórica: peristaltismo intenso que produz anéis constritivos e leva ao gradual
esvaziamento gástrico → condução do quimo para o duodeno.
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Duodeno (-) → Reflexos nervosos nas paredes duodenais que se comunicam com o
estômago de forma regulatória, por meio do SNE e de fibras nervosas simpáticas. São
estímulos inibitórios:
Secreção Gástrica
Células Mucosas do Colo: secreção de muco → viscoso e alcalino, atua como proteção
da parede gástrica contra a ação do HCl e das próprias enzimas proteolíticas gástricas.
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Feedback + → Acetilcolina (parassimpático), Gastrina e Histamina → estimulam a
secreção de HCl pelas células parietais.
Histamina → AMP cíclico ativa a PKA, que fosoforila a bomba H+/K+ ATPase e altera o
potencial da membrana das células parietais, estimulando a secreção de HCl.
Ao chegar até a Válvula Ileocecal, o quimo tende a ficar retido por horas, até que o
paciente faça outra refeição: apenas assim ocorre o Reflexo Gastroileal responsável por
intensificar o peristaltismo na região do Íleo e forçar a passagem do quimo remanescente
pela Válvula Ileocecal, atingindo o ceco do intestino grosso
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Absorção no Intestino Delgado
Absorção de Eletrólitos
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O enchimento/distendimento do ceco aumenta o tônus da Válvula Ileocecal, gerando um
feedback negativo e fechando-a. O deslocamento do bolo fecal pelo cólon gera
diferença de pressão necessária para a reabertura da válvula e o gradativo deslocamento
do bolo fecal do íleo ao ceco.
Reflexo da Defecação
Movimento de massa dos cólons → enchimento do reto → Reflexo da defecação
Reflexo Extrínseco: Para que o Reflexo Intrínseco seja efetivo, é necessário esse reflexo
adicional mediado por fibras nervosas parassimpáticas dos Nervos Pélvicos. Quando o
reto é estimulado pelo Reflexo Intrínseco, os sinais são transmitidos para a medula
espinal de volta à região local pelos Nervos Pélvicos, garantindo a intensificação das
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ondas peristálticas e o relaxamento do Esfíncter Anal Interno. Além disso, esses sinais
iniciam outros efeitos no organismo, como a inspiração profunda e a contração dos
músculos da parede abdominal de forma a forçar o bolo fecal dos cólons para o reto.
Obs: Quando sintetizadas pelos ácinos essas enzimas proteolíticas encontram-se em sua
forma inativa (zimogênio) sendo ativadas quando secretadas.
Fosfolipase: enzima responsável pela hidrólise dos ácidos graxos presentes nos
fosfolipídios
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Anidrase carbônica → CO2 + H2O → H2CO3 → H+ e HCO3- (Tampão)
Bomba Na+/K+ → Cria gradiente favorável ao influxo de Na+ para células pancreáticas, os
íons HCO3- entram em cotransporte com o sódio.
Secreção de HCO3- → Cotransporte com Cl- na membrana luminal
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Secreção Biliar
Sais biliares: Moléculas anfipáticas que formam micelas ao redor das gotículas
lipídicas, emulsificando a gordura e transportando as partículas de lipídio (quilomícrons)
pela parede do Intestino Delgado.
Os sais biliares liberados no duodeno são reabsorvidos por transporte ativo no íleo
por cotransportadores de Na+-ácidos biliares, e retornam ao fígado pela circulação
porta → Circulação Entero-Hepática.
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Fermentação por falta de lactase → H2, CO2, CH4.. → gases absorvidos pelo sangue e
exalado pelos pulmões → crescente concentração desses gases na respiração pode indicar
intolerância à lactose.
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