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SISTEMA DIGESTÓRIO

Fisiologia da Musculatura Lisa Visceral


Tópicos:
• Considerações gerais
• Tipos de músculos lisos
• Estimulação da musculatura lisa
• Mecanismos de contração
• Potencial de membrana
• Controle da contração
Musculo Liso

1. Pela localização
1. Vascular
2. Gastrointestinal
3. Urinário
4. Respiratório
5. Reprodutivo
6. Ocular
2. Padrão de contratação
1. Fásico
1. Ciclos de contração
2. Permanecem contraídos
1. Tônicos
2. P.ex esfincters
3. Modo de comunicação entre células vizinhas
1. Unitário
2. Multi unitário
 O TGI é formado por musculatura
lisa, exceto na cavidade oral,
faringe, parte superior do esôfago
e esfincter anal externo
TIPOS DE MÚSCULO LISO

 Músculo liso multiunitário

 Músculo liso unitário (visceral)


MÚSCULO LISO MULTIUNITÁRIO

 Contração dependente de ação neural


ou endócrina
 Músculo ciliar do olho, músculo piloeretor,
vasos sanguíneos
MÚSCULO LISO UNITÁRIO (VISCERAL)

ico

 Cada neurônio autonómico inerva


vários músculos lisos unidos entre
si
 Sincício funcional
 Contração espontânea
 Paredes dos órgãos ocos ou
vísceras
MÚSCULO LISO UNITÁRIO (VISCERAL)

Sincício morfológico e funcional - unitária


CONTRAÇÃO MUSCULAR

Propriedades sinciciais elétricas


• Junções comunicantes
• Passagem de íons
• Transmissão de corrente elétrica
• Espalhamento da atividade elétrica nas três dimensões
• SNE controle da direção e da distância do espalhamento
da atividade elétrica
DISPOSIÇÃO DOS FILAMENTOS MUSCULARES

 Corpos densos
 Perfil de contração diferente do esquelético
 RS (Retículo sarcoplasmático) pouco
desenvolvido
 Inexiste sistemas de tubulos T
 Miosina/Actina/Tromomiosina
 Não contém troponina

Rede disposta obliquamente ligada ao citoesqueleto


Distribuição não harmonica

Tensão distribuida em toda célula ao contrair


Aspecto globular
PADRÕES DE CONTRAÇÃO DO MUSCULO LISO VISCERAL

Relaxamento e contração periódicos


 Contração fásica Segundos ou minutos
Locais: esôfago, corpo e antro
do estômago, intestinos.

Mantida e sustentada
 Contração tônica Minutos ou horas (“tônus”)
Mecanismos pouco
esclarecidos
Locais: Esfincteres e
fundo do estômago.

*Miogênico
Sofrem despolarizações espontâneas
Músculo Liso
1. Operar em uma faixa de comprimentos
1. Paredes de órgãos ocos e os tubos
2. Camadas dispostas em diferentes direções
3. Contrai e relaxa muito mais lentamente
4. Utiliza menos energia para gerar e manter tensão
5. Pode manter as contrações por longos períodos sem fatigar
6. Formados por células fusiformes pequenas e mononucleadas
7. Elementos contrateis não estão organizados em sarcômeros
8. A contração pode ser iniciado por sinais elétricos, químicos ou
ambos
9. Controlado pelo sistema nervoso autônomo
10.Não apresenta regiões receptores especializadas
11.Ca2+ necessário vem do LEC e do reticulo sarcoplasmático
12.Ca2+ inicia uma cascata que termina com a fosforilação da
cadeia leve da miosina e a ativação da miosina -ATPase
Contração e relaxamento do músculo liso

• Similares aos do músculo esquelético, com algumas


diferenças importantes:
• o Ca2+ é proveniente tanto do LEC quanto do retículo
sarcoplasmático,
• não é necessária a geração de potenciais de ação para a
liberação do Ca2+,
• não existe troponina,
• Ca2+ inicia a contração, ativando uma sequência de
eventos, que inclui a fosforilação das cadeias leves da
miosina, e
• um evento adicional no processo de relaxamento do
músculo liso é a desfosforilação das cadeias leves da
miosina pela miosina fosfatase.
ATIVIDADE ELÉTRICA DO MUSCULO LISO DO TGI

A atividade elétrica do músculo liso do TGI é dada por atividade elétrica intrínseca
lenta e quase contínua ao longo das fibras musculares

 Ondas lentas

 Potencial em ponta
Potencial marca-passo

Qdo atinge o limiar contrátil da fibra há contração


Fatores mecânicos, neurais e hormonais

Entre os potenciais de ação não há retorno as linhas de


base, havendo sempre contração mantida

Oscilações ou despolarizações subllimiares – varia em cada região do TGI – deternimada pelo marcapasso
MLCK, myosin light chain kinase
MLCP, myosin light chain
Phosphatase
NCX, Na+-Ca2+ exchanger
RyR - receptor de rianodina
- canal de liberação de cálcio
LCIC – liberação de cálcio
induzida por cálcio
IP3 - trifosfato de inositol
RS - retículo sarcoplasmático
Muitos canais de calcio e poucos de sodio

Mecanismos pouco esclarecidos para a


contração tônica
Contração/Relaxamento
MUSCULO LISO MUSCULO ESTRIADO
• Não precisa de potencial de ação • Precisa de potencial de ação
• Depende de Cálcio • Depende de Cálcio
• Troponina independente • Troponina dependente
(contração) (contração)
• Mediado por fosfatases • Mediado por troponina
(relaxamento) (relaxamento)
• RS pouco • RS bem desenvolvido
desenvolvido • Possui sistemas de
• Sistema de Túbulos T Túbulos T
inexistente
CONTRAÇÃO MUSCULAR – PASSO A PASSO

Acoplamento eletromecânico
•Despolarização da membrana
•Abertura de canais de Ca++ voltagem dependente
•Aumento do [Ca++] no citosol
•Complexo Ca++ -Calmodulina
•Ativa cadeia leve da miosinacinase (MLCK)
•Hidrólise do ATP
•Transferência do grupo fosforil à miosina
•Ativação da miosina
•Formação do complexo actomiosina
RELAXAMENTO MUSCULAR – PASSO A PASSO

Desacoplamento eletromecânico
•Bombeamento de Ca++ para fora da célula (Ca++ ATPase e
cotransportador Ca++ /Na+
• Concentração de Ca++ diminui
• Cessa a atividade da miosinacinase (MLCK)
• Fosfatase remove o grupo fosforil da miosina
• Desfaz-se o complexo actomiosina
• Queda de tensão e relaxamento muscular
CONTROLE DA CONTRAÇÃO DO MUSCULO LISO

 SNA (SISTEMA NERVOSA AUTONOMO) e SNE (SISTEMA NERVOSA ENTÉRICO)

 Mecanismos neurais intrínsecos

Regulam a amplitude e a frequência das ondas lentas e dos potencias que acontecem
nos picos

 Mecanismos endócrinos e parácrinos intrínsecos (AcH e Noradrenalina)

 Controle químico
REGULAÇÃO NEURAL DO FUNCIONAMENTO GASTROINTESTINAL
Medula Toracolombar
Esofago ate
Medula Cefalica e sacral colon transverso

Colon sigmoide
ate EAI

Fibras parassimpáticas: Fibras simpáticas:


-Geralmente excitatórias -Geralmente inibitórias
-AcH -Noradrenalina
-Aumenta a motilidade -Vasoconstricção
-Aumanta a secreção -Reduz a motilidade
-Aumenta o fluxo de sg do TGI -Reduz a secreção glandular
-Redução do fluxo de sg
-Se direcionam aos vasos sanguíneos
10º Nervo craniano
INERVAÇÃO EXTRÍNSECA

Parassimpática
AcH
Aumenta:
Motilidade
Secreção
Fluxo de sg

Há também fibras aferentes vagais


em todas as camadas da parede do
Simpática intestino, que detectam : conteúdo
Nora luminal, acidez, concentração de
Vaso nutrientes, osmolaridade, grau de
c
Redu
estiramento ou contração, dor
Diminui
ção motilidade
de
Diminui secreção
fluxo
sg
O músculo liso gastrintestinal apresenta
diferentes padrões de contração

• Entre as refeições,
• trato está em grande parte vazio,
• série de contrações - começam no estômago e passam lentamente de segmento em segmento,
levando aproximadamente 90 minutos para alcançarem o intestino grosso.
• complexo motor migratório,
• “limpeza da casa” que varre as sobras do bolo alimentar e bactérias do trato GI superior
para o intestino grosso.

• Durante e após uma refeição


• O peristaltismo são ondas progressivas de contração que se movem de uma seção do trato GI
para a próxima,
• assim como as “ondas” humanas
• 2 e 25 cm/s.
• contrações segmentares,
• segmentos curtos (1-5 cm) de intestino contraem e relaxam alternadamente
Sistema nervoso entérico
- Rede neural intrínseca na parede do TGI
• Plexo mioentérico e submucoso
Funções diferenciais dos plexos
• Plexo mioentérico controla os movimentos do TGI
– Aumento da contração tônica
– Aumento da intensidade das contrações rítmicas
– Aumento na frequência do ritmo de contração
– Maior velocidade de condução das ondas excitatórias
– Está em todo o trato

• Plexo submucoso: controla a secreção gastrointestinal


e o fluxo sanguíneo local
– Controlam a secreção
– Absorção local
– Somente no intestino
• O SNE é autônomo
• Capaz de regular todas as funções motoras,
secretoras e endócrinas do SGI, mesmo na
ausência do SNA
• Mesmo número de neurônios da medula
espinhal
• “pequeno cérebro do intestino”- capaz de
realizar vias reflexas e sua própria função
integrativa, muitas vezes através de “peptídeos
cérebro-intestinais”
• “eixo cérebro-intestinal”
PRINCÍPIOS DE TRANSMISSÃO DE SINAIS NO TGI

http://medweb.bham.ac.uk/research/toescu/Teaching/GIT/OutlineDetailsMeds.htm#anchor225964
Neurotransmissores e
neuromoduladores do SGI
PRINCÍPIOS DE TRANSMISSÃO DE SINAIS NO TGI

http://medweb.bham.ac.uk/research/toescu/Teaching/GIT/OutlineDetailsMeds.htm#anchor225964
Mediadores parácrinos

Regulam a função secretora e motora


Ex: Histamina secreção de HCl
Somatostatina secreção de
HCl
PRINCÍPIOS DE TRANSMISSÃO DE SINAIS NO TGI

http://medweb.bham.ac.uk/research/toescu/Teaching/GIT/OutlineDetailsMeds.htm#anchor225964
Hormônios gastrintestinais

Células endócrinas

Agem sobre as células secretoras (TGI) –


alteram a velocidade e a composição das
secreções
Agem sobre as células musculares lisas
CONSTITUINTES
MACROSCÓPICOS DO SGI
•CAVIDADE ORAL
•ESÔFAGO
•ESTÔMAGO
•INTESTINO DELGADO
•INTESTINO GROSSO

ESTRUTURAS
ACCESSÓRIAS
•GLS. SALIVARES
• PÂNCREAS EXÓCRINO
• FÍGADO
• VESÍCULA BILIAR
Motilidade Motilidade
Estômago Intestino delgado Intestino grosso
Estudo dirigido
Cite 3 diferenças entre a musculatura estriada
esquelética e a lisa.

Cite 3 diferenças entre o processo de contração/


relaxamento da musculatura esquelética estriada
e lisa.
FIM

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