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Controle nervoso

1 Prof. Rosi Paixão do coração


Funções
 Transporte de gases dos pulmões
aos tecidos e dos tecidos aos
pulmões
 Transporte dos nutrientes das vias
digestivas aos tecidos
 Transporte de toxinas
 Distribuição dos hormônios vindos
das glândulas
 Distribuição de anticorpos
 Manutenção da temperatura
Componentes
Veias
 Trazem sangue do corpo para o coração ( aferentes)
 O sangue exerce baixa pressão sob as paredes destes
vasos – paredes finas.
Artérias
 Transportam sangue do coração aos tecidos( aferentes)
 O sangue exerce alta pressão sob as paredes destes
vasos – paredes espessas
Coração
 Órgão muscular oco
 4 cavidades: 2 átrios e
2 ventrículos
 Localização: cavidade
torácica ( mediastino )
 Revestido por um saco
fibroso ( pericárdio )
Circulação no coração
Tipos de circulação:
 Venosa:
- sangue rico em CO2
- CO2 produzido na
respiração celular
 Arterial:
- sangue rico em O2
- O2 vindo dos pulmões

Obs.: a hemoglobina das


hemácias transporta os
gases
Circulação no Corpo
Pequena circulação (pulmonar)
 Transporte de sangue do coração
(artéria pulmonar) aos pulmões e
destes ao coração (veia pulmonar)
 Participa da troca de gases nos
alvéolos
Grande Circulação (sistêmica)
 Transporte de sangue do coração
aos tecidos (artéria aorta ) e volta
ao coração pela veia cava
 Oxigena os tecidos
Obs.: sístole( contração do coração )
e diástole ( relaxamento do
coração
Controle nervoso do coração
 Ajustes no ritmo cardíaco,
a fim de manter a
homeostase e atender à
demanda de condições
variáveis, são possíveis
pela inervação do nodo
SA pelas divisões
simpáticas e
parassimpáticas do SNA.
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 O aumento na estimulação
dos nervos simpáticos
aumenta a liberação de
noradrenalina pelas
terminações nervosas e o
ritmo do nodo SA.
 O aumento na estimulação
do nervo vago
(parassimpático) aumenta a
liberação da acetilcolina pelas
terminações nervosas e
diminui o ritmo do impulso
8 do nodo SA.
A estimulação vagal
maciça pode parar o
coração por vários
segundos.

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Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
Walter Cannon:

Função simpática: fight or flight (lutar ou fugir);


Situações de emergência na qual o indivíduo se confronta, por
exemplo, com a iminência de um ataque perante o qual deverá exercer
grande esforço físico, seja para lutar ou para fugir;

Função parassimpática: rest and digest (repousar e digerir);


Participação da divisão parassimpática na contínua homeostasia do
dia-a-dia. Funções normais do repouso fisiológico, em particular as
digestivas.

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Sistema Nervoso Autônomo
(SNA)
Dois modos de controle do organismo:
Modo reflexo: recebimento de informações provenientes de
cada órgão ou sistema orgânico e a programação e execução
da resposta apropriada.
Ex.:
Durante uma refeição, os mecanorreceptores situados nas paredes
do estômago indicam que ele está cheio. Divisão parassimpática
aciona os seus neurônios e os efetores (fibras musculares lisas,
células produtoras de ácido clorídrico, células produtoras de muco
e enzimas digestivas...) para lubrificar, dissolver, digerir e propelir
adiante o bolo alimentar;

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O CONCEITO DE OPERAÇÃO DO MODO REFLEXO PODE
SER APLICADO NAS VÁRIAS SITUAÇÕES FISIÓLOGICAS
FUNÇÃO DIGESTIVA – presença física do bolo alimentar nos segmentos do
trato digestivo desencadeia reflexos que levam a secreção de muco e sucos
digestivos e movimentos peristálticos.

FUNÇÃO RESPIRATÓRIA – secreção de muco e broncoespasmo em


resposta a presença de substancias irritantes na mucosa respiratória

FUNÇÃO VISUAL – contração pupilar que ocorre com estímulo luminoso.

RESPOSTA INFLAMATÓRIA – lesões tissulares terminações nervosas livres


que por sua vez desencadeiam reflexos locais que levam a vasodilatação
local.

REGULAÇÃO RÁPIDA DA PRESSÃO ARTERIAL – aumento da pressão em


certos segmentos arteriais desencadeiam reflexos autonômicos que
interferem diretamente na função cardíaca – reflexo barorreceptor.

O sistema nervoso autônomo atua promovendo rápida redistribuição do


fluxo sanguíneo para os diferentes órgãos e sistemas.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Órgão ou Ativação simpática Ativação parassimpática Mecanismo
tecido
Bexiga Enchimento (relaxamento Esvaziamento (contração Antagonista
da musculatura lisa e da musculatura lisa e
contração do esfíncter relaxamento do esfíncter
interno) interno)
Brônquios Broncodilatação Broncoconstrição Antagonista
(relaxamento da (contração da musculatura
musculatura lisa) lisa)
Coração Taquicardia e aumento da Bradicardia e diminuição Antagonista
força contrátil da força contrátil
Cristalino Acomodação para longe Acomodação para perto Antagonista
(relaxamento do músculo (contração do músculo
ciliar) ciliar)
Esfíncteres Fechamento (contração da Abertura (relaxamento da Antagonista
digestivos musculatura lisa) musculatura lisa)
Fígado Aumento da liberação de Armazenamento de Antagonista
glicose glicogênio
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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Órgão ou Ativação simpática Ativação Mecanismo
tecido parassimpática
Glândulas Diminuição da secreção Aumento de secreção Antagonista
digestivas
Glândulas Lacrimejamento Diminuição do Antagonista
lacrimais (vasodilatação e lacrimejamento
secreção) (vasoconstrição)
Glândulas Salivação viscosa Salivação fluida Sinergista
salivares
Glândulas Sudorese (alguns terminais - Sinergista ou
colinérgicos, que também provocam
sudoríparas secreção)
exclusivo
Íris Midríase (contração das Miose (contração das Antagonista
fibras radiais) fibras circulares)
Órgãos Imunossupressão Imunoativação (aumento Antagonista
linfóides (redução da produção de da produção de linfócitos)
(timo, baço e linfócitos)
linfonodos)

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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Órgão ou Ativação simpática Ativação Mecanismo
tecido parassimpática
Pâncreas Redução da secreção de Aumento de secreção de Antagonista
endócrino insulina insulina
Pênis e Supressão da ereção e Ereção e intumescimento Antagonista
clitoris do intumescimento após (vasodilatação)
o orgasmo
Tecido Lipólise e liberação de - Exclusivo
adiposo ácidos graxos
Trato Diminuição do Ativação do peristaltismo Antagonista
gastrintestin peristaltismo (contração da
al (relaxamento da musculatura lisa)
musculatura lisa)

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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Órgão ou tecido Ativação simpática Ativação Mecanismo
parassimpática
Vasos sangüíneos Vasoconstrição - Exclusivo
em geral
Vasos sangüíneos Vasoconstrição Vasodilatação Antagonista
pélvicos e de
algumas glândulas
(salivares,
digestivas)
Efeito de íons na função cardíaca

 O potássio e o cálcio têm marcada influência na


transmissão do impulso no músculo cardíaco.
 Excesso de íons de potássio no LEC, além de diminuir
a velocidade cardíaca, origina flacidez e dilatação do
coração.
 Íons de cálcio em excesso produzem
efeito oposto, o coração sofre uma ação
espasmódica.
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Regulação Nervosa da Circulação
 SNA controla quase inteiramente o
controle nervoso da circulação;
 Redistribuição do fluxo sanguíneo para
diferentes regiões do corpo;
 ↑ou ↓do bombeamento cardíaco;
 Controle rápido da pressão arterial
sistêmica.

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Inervação simpática da circulação sistêmica

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Sistema vasoconstritor simpático
↑ intenso rins
intestinos
Efeito baço
vasoconstritor pele

cérebro
↓ intenso m. esquelético

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Inervação parassimpática
 Papel secundário na
regulação da circulação;
 Controle através dos
nervos vagos;
 ↓Frequência cardíaca;

 ↓Contratilidade do
músculo cardíaco

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 O centro vasomotor é
responsável por controlar a
constrição vascular e a
atividade cardíaca;
 Quando há necessidade, a
estimulação simpática
eleva a frequência
cardíaca e a contratilidade.
 Quando há estimulação dos
núcleos dos nervos vagos
diminui a frequência e
contratilidade das fibras
cardíacas.

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Centro vasomotor
ÁREA SENSORIAL: recebe sinais
sensoriais do sistema circulatório
(vago e glossofaríngeo) ajudando a
controlar as áreas vasoconstritora e
vasodilatadora, fazendo um controle
reflexo.

ÁREA VASODILATADORA: projetam-


se até a área vasoconstritora, inibindo
sua atividade, causando
vasodilatação.

ÁREA VASOCONSTRITORA: excita


neurônios vasoconstritores pré-
26 Prof. Rosi Paixão ganglionares do SNS.
Eletrocardiograma

 Quando um impulso se propaga ao longo das fibras


musculares cardíacas, uma corrente elétrica é
gerada pelo fluxo iônico.
 Essa corrente se espalha nos líquidos em volta do
coração e uma pequena porção flui para a
superfície do corpo.

 Um eletrocardiograma é um registro dessa


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atividade
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elétrica medida por um galvanômetro.
Um eletrocardiograma tem a função
primária de verificar a atividade do
coração para transmitir o impulso
cardíaco.

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O eletrocardiograma
registra a atividade
elétrica do coração em
repouso, geralmente,
através da colocação de
eletrodos.
O eletrocardiograma é o
exame cardiológico
mais simples, sendo
obrigatório em qualquer
avaliação dentro dessa
especialidade.
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Como é realizado o eletrocardiograma:

O eletrocardiograma normal é composto por 3 elementos


principais :
*A onda P que traduz a ativação elétrica dos átrios, câmaras
menores e superiores do coração.
*O complexo QRS que traduz a despolarização dos
ventrículos, câmaras maiores e inferiores do coração.
*A onda T que traduz a repolarização dos ventrículos.
Estes elementos são a representação dos fenômenos
elétricos que ocorrem no coração .

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 Onda P Corresponde à despolarização atrial, sendo a sua primeira
componente relativa à aurícula direita e a segunda relativa à aurícula
esquerda, a sobreposição das suas componentes gera a morfologia
tipicamente arredondada, e sua amplitude máxima é de 0,25 mV. A
Hipertrofia atrial causa um aumento na altura e/ou duração da
Onda P.
 Complexo QRS Corresponde a despolarização ventricular. É
maior que a onda P pois a massa muscular dos ventrículos é maior
que a dos átrios, os sinais gerados pela despolarização ventricular são
mais fortes do que os sinais gerados pela repolarização atrial.
 Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS
alargados.
 Onda T Corresponde a repolarização ventricular. Normalmente é
perpendicular e arredondada. A inversão da onda T indica processo
isquêmico.
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Pressão arterial

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Pressão arterial
A pressão do sangue arterial é
regulada pelo volume sanguíneo, pela
resistência periférica total e pela
frequência cardíaca. Para compensar
desvios, mecanismos reguladores
ajustam esses fatores por meio da
retroalimentação negativa. A pressão
arterial sobe e desce durante a sístole
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e a diástole cardíacas.
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Pressão Arterial
 A pressão sanguínea é a pressão exercida pelo
sangue contra as paredes dos vasos.
 O nome aplica-se á pressão arterial, capilar e
venosa.
 Geralmente indica a pressão existente nas
artérias mais volumosas.

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Pressão Arterial
 A pressão arterial é mais alta na artéria braquial
durante a contração dos ventrículos. Esse nível
é conhecido como pressão sistólica.
 A pressão durante a diástole ventricular é
chamada pressão diastólica.
 A diferença entre a pressão sistólica e a
diastólica é a pressão de pulso.

 A PA está sujeita a flutuações.


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Regulação da pressão sanguínea arterial
e distribuição do sg

 A pressão sanguínea arterial e a distribuição do


sangue no sistema circulatório são controladas
principalmente pela modificação da atividade dos
centros vasomotor e cardíaco, localizados no
bulbo.

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Centro vasomotor
 O centro vasomotor consiste de duas partes, uma
chamada de “área pressora” e a outro de “área
depressora”.
 Os estímulos elétricos da área pressora causam
vasoconstrição e, consequentemente, elevam a
pressão arterial.
 A estimulação da área depressora inibe a atividade
vasoconstritora da área pressora causando
vasodilatação e, consequentemente, abaixamento da
pressão arterial.
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Centro cardíaco
 Dois centros cardíacos, o centro cárdio-inibidor e o
centro cárdio-acelerador, controlam a atividade do
coração.
 O centro cárdio-inibidor atua através da divisão
parassimpática do SNA (nervo vago).
 O centro cárdio-acelerador atua através da divisão
simpática.
 As alterações na atividade do coração são
aparentemente ocasionadas pelas variações
recíprocas na atividades desses centros.
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Sistema barorreceptor
de controle da P.A.
 Barorreceptores: responsáveis pela
redução da variação segundo-a-
segundo da PA;
 Reflexo barorreceptor: reflexo
desencadeado por receptores de
estiramento;
 ↑ PA (SIM) estira os barorreceptores
SNC SNA ↓P.A.(PARASIM)

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Reflexos circulatórios desencadeados
pelos barorreceptores
 Depois que sinais barorreceptores chegaram ao
bulbo, sinais secundários inibem o centro
vasoconstritor e excitam o centro parassimpático
vagal, causando:
 Vasodilatação das veias e arteríolas;
 ↓ Força de contração e da frequência cardíaca.
 ↓ PA reflexa devido a redução da resistência
periférica e do débito cardíaco.

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Controle da pressão
 Os barorreceptores tendem
a reprogramar para nível de
pressão no qual estão
expostos após um ou dois
dias.

 Quimiorreceptores: células
sensíveis à falta de O2 e ao
excesso de CO2 e H+;

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