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Sabemos que o corpo humano possui diversos mecanismos fisiológicos

para manter o equilíbrio em todas as atividades corporais, ou seja, para manter


a homeostase. Sendo assim, existem também mecanismos fisiológicos para
manter o controle da pressão arterial. Esse controle é uma das mais complexas
funções fisiológicas do nosso organismo, e consiste em ações integradas dos
sistemas cardiovasculares, renal, neural e endócrino.

A pressão arterial média (débito cardíaco x resistência vascular


periférica) pode ser determinada pelo volume sanguíneo, pelo débito cardíaco
e pela resistência vascular periférica, sendo que o volume de sangue é
determinado pela ingestão de água e sal e pela perda dessa água e sal. Esses
três itens são regulados, sendo que a regulação pode ser local, neural ou
hormonal.

A regulação local acontece no próprio leito capilar, no qual ocorrem


variações locais que regulam a vasomotricidade. Por exemplo, na capacidade
vasodilatatória, a dilatação das artérias vai relaxar o esfíncter pré capilar
aumentando o fluxo sanguíneo nas redes capilares; E pode acontecer nos
vasos também as vasoconstrições, que vai ter os efeitos opostos. Essa
capacidade do tecido de se autoajustar é chamada de autoregulação e ela
pode ser causada por 2 tipos de estímulos: alterações físicas, como no
aquecimento que ocorre numa situação de atividade física, ou numa situação
de frio onde vai ocorrer a vasoconstrição. Isso acontece nos músculos lisos das
arteríolas e é conhecido como resposta miogênica. A nível celular, segundo
SILVERTHORN (2016), quando as células do músculo liso vascular das
arteríolas são estiradas, canais mecanicamente ativados se abrem na
membrana do músculo. A entrada de cátions despolariza a célula. A
despolarização abre canais de Ca2 dependentes de voltagem, e o Ca2 flui para
o interior da célula, a favor de seu gradiente eletroquímico. O cálcio, entrando
na célula, combina-se com a calmodulina e ativa a cinase da cadeia leve da
miosina (MLCK). A MLCK, por sua vez, aumenta a atividade da ATPase
miosínica e a atividade das ligações cruzadas, resultando em contração. Em
resumo, esse mecanismo que gera o controle do fluxo sanguíneo.

A regulação neural parte do Sistema Nervoso Autônomo, tanto


Simpático quanto Parassimpático, e trata-se de uma regulação rápida. Existem
nas paredes das artérias carótidas e aorta os barorreceptores, que são
mecanorreceptores sensíveis ao estiramento, e monitoram a todo tempo a
pressão sanguínea. Esses receptores recebem os estímulos do estiramento
tonicamente ativos, que disparam potenciais de ação em maior ou menor
frequência, de acordo com o grau de estiramento. Esses disparos percorrem o
nervo Glossofaríngeo e chegam ao Bulbo, onde ativam o centro de controle
cardiovascular bulbar. Aí são integradas as entradas sensoriais e inicia-se a
reposta que aumenta a atividade parassimpática e diminui a atividade
simpática, com a finalidade de diminuir a atividade do coração e dilatar as
arteríolas. As eferências do centro de controle cardiovascular saem do bulbo e
são induzidos pelo nervo vago até a veia cava, e alteram o débito cardíaco, a
resistência arteriolar ou ambos, diminuindo a hipertensão arterial.

Outros receptores presentes no processo de controle fisiológico da


pressão arterial são os quimiorreceptores, que são células sensíveis à falta de
oxigênio e ao excesso de dióxido de carbono e de íons hidrogênio. Segundo
Guyton & Hall (2011) os quimiorreceptores carotídeos e aórticos captam o
efeito da falta de oxigênio sobre a Pressão Arterial. Existe um reflexo
quimiorreceptor, intimamente associado ao sistema de controle pressórico
barorreceptor, operando da mesma maneira que este, a não ser pelo fato de a
resposta ser desencadeada por quimiorreceptores em vez de por receptores de
estiramento. Quando ativados pelos baixos níveis sanguíneos de oxigênio
aumentam o débito cardíaco.

A regulação hormonal ou endócrina é uma regulação a longo prazo.


Essa regulação engloba a função renal, ao hormônio antidiurético (ADH ou
vasopressina) e o sistema renina-angiotensina II. O mecanismo renal regula a
pressão arterial pela variação do volume sanguíneo. Quando a pressão arterial
está alta, receptores nos átrios recebem o estímulo advindo do estiramento dos
átrios, desencadeando alguns reflexos homeostáticos. Eles provocam dilatação
reflexa significava das arteríolas aferentes renais. Com a diminuição da
resistência arteriolar aferente nos rins, acontece a elevação da pressão capilar
glomerular, resultando no aumento da filtração de líquido pelos túbulos renais.
Simultaneamente, o estiramento dos átrios envia sinais para o hipotálamo
provocando a diminuição da secreção de hormônio antidiurético (HAD),
reduzindo a absorção de água dos túbulos. Esses dois efeitos combinados
aumenta a perda de líquido pelos rins, reduzindo o volume sanguíneo e
consequentemente a pressão arterial.

Quanto ao sistema renina-angiotensina, estes estão associados à


hipotensão arterial. Para a manutenção da homeostase na pressão arterial
através do volume do líquido extracelular, os rins possuem esse potente
mecanismo chamado renina-angiotensina. Ele consiste na liberação da enzina
renina quando pressão arterial cai para níveis muito baixos. Segundo Guyton,
ela age enzimaticamente sobre outra proteína plasmática, a globulina referida
como substrato de renina (ou angiotensinogênio), liberando peptídeo com 10
aminoácidos, a angiotensina I, que tem ligeiras propriedades vasoconstritoras.
Alguns segundos após a formação de angiotensina I, dois aminoácidos
adicionais são removidos da angiotensina I, formando o peptídeo de oito
aminoácidos angiotensina II, que é um vasoconstritor extremamente potente.
Ela é capaz de fazer a vasoconstrição em muitas partes do corpo com muita
rapidez e de diminuir a excreção de sal e água dos rins, aumentando o volume
sanguíneo. Isso acontece porque ela faz com que as glândulas adrenais
secretem aldosterona que, por sua vez, aumenta a reabsorção de sal e de
água pelos túbulos renais.

Essas são as maneiras que o nosso organismo age fisiologicamente


para manter a homeostase da pressão arterial. É importante citar que nessas
ocasiões, sempre acontecem reações por meio de feedback negativos, e que
alterações contínuas nessas compensações homeostáticas são as
responsáveis pelo desenvolvimento da hipertensão arterial crônica.

HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. rev.
Rio de Janeiro RJ: Elsevier Editora Ltda, 2011. ISBN 978-85-352-4980-4.

KATAYAMA, Pedro Lourenço. Papel dos quimiorreceptores carotídeos nas


respostas hemodinâmicas e respiratórias à estimulação elétrica do seio
carotídeo/nervo do seio carotídeo. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo.
Organização do Sistema Nervoso

Sistema nervoso central:

Encéfalo (Cérebro, cerebelo e tronco encefálico)

Medula

Sistema nervoso periférico:

Nervos cranianos 12

Nervos raquidianos 31

Terminações nervosas

Sinal – Receptores sensoriais – estimulam neurônios sensoriais aferentes – Interpretados no


Sistema nervoso central – Ações para os neurônios eferentes – Dividem-se em Neurônio
autonômicos e neurônios motores somáticos.

Somáticos= responsáveis por movimentos voluntários, inervam músculos estriados


esqueléticos

Autonômicos= estimulam músculos lisos, cardíaco, glândulas...

Célula de Schwann e Bainha de mielina = camada de gordura que cobre algumas partes do
axônio do neurônio. Neles não tem perda de cargas por não abrir canais. Responsáveis pela ...
saltatória

Os nervos podem ser somente sensoriais, somente motores ou mistos.

OS NERVOS SÃO AFERENTES E EFERENTES?

Neurônios sensoriais são bipolares. Gânglios...

Sistema nervoso autônomo sempre tem 2 neurônios??????????? E o Sistema Nervoso


Somático apenas 1 direto no musculo estriado esquelético

SISTEMA NERVOSO SENSORIAL (AULA 9)

Divide-se em somático e visceral. Visceral são receptores que ficam nos órgãos viscerais
identificando alterações de pressão arterial, osmolaridade, temperatura... A parte somática
são os exteroceptores e os proprioceptores. Os proprioceptores são os que ficam nos
músculos, tendões e articulações. Os exteroceptores podem ser geral (somestésicos) e especial
(sentidos especiais). Sobre os somestésicos, são aqueles que ficam na superfície corporal,
externa como a pele sentindo toque e temperatura, etc e os internos identificando pressão
arterial, estiramento do estômago, por exemplo...

VIAS DESCENTES (EFERENTES)

Via piramidal = via que manda executar o movimentos. As outras controlam ou planejam, mas
é dessa que sai a ordem do movimento. (estudar os tratos)

Extrapiramidal = manter tônus muscular, postura, antigravitacional

Cerebelar= ??

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