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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

CAMPUS SEDE

Caio Sabino Ferreira


Gesieli Balbino
Joabe Neves Gonçalves
Vitor Gabriel Silva da Costa

2º ano de Fonoaudiologia

Fundamentação Teórica sobre Afasia

AEP - Atividade de Estudo Programado


apresentado ao Centro Superior de Maringá -
Unicesumar como requisito parcial para
obtenção de conceito bimestral das
disciplinas.

MARINGÁ
2021

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 2

2 DEFINIÇÃO 2

3 CLASSIFICAÇÃO DE AFASIAS 4

3.1 AFASIAS EMISSIVAS 7

3.2 AFASIAS RECEPTIVAS 8

3.3 FORMAS MISTAS 9

4 INTERVENÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS NAS AFASIAS 10

5 REFERÊNCIAS 12

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo levantar informações sobre as


afasias, levando em consideração as suas devidas informações, causas e
consequências, e como a fonoaudiologia pode auxiliar nas devidas circunstâncias.
Além disso, todas as informações levantadas servirão para o desenvolvimento de
um produto inovador no bimestre posterior.

2 DEFINIÇÃO

A afasia, é considerada como um distúrbio que tem relação com


alterações linguísticas de origem articulatória e discursiva, produzidas por lesão focal
advindas do sistema nervoso central” (COUDRY, 1996, p. 5).
Essas lesões estão presentes em zonas corticais e subcorticais, podem
estar ou não associadas a danos cognitivos. Um indivíduo torna-se afásico “quando,
do ponto de vista linguístico, o funcionamento de sua linguagem prescinde de
determinados recursos de produção ou interpretação (Morato (2001) afirma que a
tradição estruturalista, fundamentada no estruturalismo de Saussure, classificou as
afasias em dois grandes tipos, a saber: não-fluentes, anteriores, motoras e fluentes
posteriores, sensoriais, sendo características principais do primeiro grupo, cujas
manifestações linguísticas são creditadas às lesões da região cortical anterior, os
problemas de expressão1, e do segundo grupo os problemas de compreensão, a
ausência de déficits articulatórios e a alteração nos aspectos semânticos da
linguagem.
Nas afasias de compreensão, cujas manifestações linguísticas são
creditadas às lesões da região cortical posterior, é comum a presença de distúrbios
perceptivos e gestuais. A afasia expressiva ou motora está presumivelmente ligada a
lesões no centro anterior da linguagem no hemisfério dominante (área de Broca),
estando, pois, relacionada a uma incapacidade de traduzir conceitos falados em
sons significativos, ou seja, incapacidade de produzir a fala, resultando em um
discurso disfluente, com pausas entre palavras ou frases. Já a afasia receptiva ou

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sensorial se associa a lesões na área posterior da linguagem no hemisfério


dominante (área de Wernicke), estando, pois, relacionada à dificuldade de
compreensão da fala. É interessante notar que, à medida que os processos
expressivos da fala necessitam da integridade na recepção e decodificação dos
enunciados, a expressão da linguagem também pode estar comprometida em
pacientes afásicos sensoriais, apresentando palavras ininteligíveis, troca de palavras
(parafasias) entre outros distúrbios, o que produz uma fala em geral fluente, porém
repleta de erros (MURDOCH, 1997).
Muitos distúrbios de linguagem, resultantes de lesões do lado esquerdo
do cérebro, permitiram diversas classificações de afasias (FROMKIN, 1983).
Murdoch (1997) afirma que, devido à enorme complexidade e variabilidade de
afasias, há um grande número de sistemas de classificação de afasias, além de
geralmente os pesquisadores desenvolverem uma terminologia própria para definir
as síndromes afásicas que estudam. Dentre as possíveis classificações estão o
sistema de classificação de Boston, de Luria, as síndromes afásicas subcorticais, as
afasias relacionadas ao hemisfério direito e as afasias infantis, todas mantendo
similaridades e peculiaridades.

3 CLASSIFICAÇÃO DE AFASIAS

Existe um contexto histórico para a classificação dos tipos de afasias.


Resumidamente, as primeiras descobertas de casos de afasia surgiram em 1861,
com o neurologista francês Pierre Paul Broca, e em 1873, com o neurologista
alemão Carl Wernicke. Broca identificou problemas de expressão severos e
preservação da compreensão mediante uma lesão no terço posterior do giro frontal
(inferior), área que ficou desde então conhecida como área de Broca. Já Wernicke
identificou uma dificuldade severa de compreensão, porém com a expressão
preservada mediante uma lesão no terço posterior do giro temporal superior
esquerdo, área que ficou desde então conhecida como área de Wernicke (BENSON,
ARDILA, 1996).

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Essas descobertas fizeram a linguagem ser vista do ponto de vista anatômico


e localizacionista, o que foi combatido por Luria (1984) em sua teoria sobre o
sistema funcional de linguagem, que descarta a divisão dos processos mentais de
percepção e memorização, gnosia e praxia, linguagem e pensamento, escrita, leitura
e aritmética em áreas limitadas do cérebro. Como existem muitos estudos sobre a
afasia, existem também muitas classificações diferentes, sendo muito popular a
dicotomia entre distúrbios expressivos e receptivos, que são as duas manifestações
clínicas mais óbvias (BENSON, ARDILA, 1996).

A classificação tradicional avalia o paciente nas seguintes variáveis: a


linguagem espontânea, compreensão, repetição e nomeação. A partir da avaliação
de processamento da linguagem e os subprocessos que ocorrem em cada atividade
específica, temos manifestações que podem ser observadas e que são importantes
para entender as classificações de afasias. Para rápida compreensão, trazemos
estas manifestações no Quadro 1.

Quadro 1: Manifestações básicas para a classificação e diagnóstico das afasias

Parafasia fonética Alteração de fala, caracterizada por uma distorção na produção


dos fonemas, sendo estes mal pronunciados.

Parafasia fonêmica Alteração caracterizada por uma inadequação na seleção dos


fonemas ou na combinação destes na cadeia da fala, a qual pode
se manifestar como trocas, omissões, acréscimos de fonemas ou
de sílabas.

Parafasia morfêmica Alteração caracterizada pela substituição dos morfemas


gramaticais das palavras.

Parafasia formal A troca, substituição, omissão ou o acréscimo originam outra


palavra da língua.

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Parafasia verbal A troca, em sua emissão, não é identificável quanto à forma nem
quanto ao conteúdo.

Parafasia semântica A troca de um vocábulo por outro, estando os dois relacionados


semanticamente.

Paráfrase O sujeito, ao tentar dizer uma palavra, a substitui por uma frase.

Anomias Nada mais são do que a ausência do nome.

Circunlóquio Manifestação em que se evidencia claramente que o paciente não


consegue acessar o tema principal da enunciação nem discorrer
sobre este.

Agramatismo Alteração na estrutura sintáxica, caracterizada pela omissão de


elementos da frase.

Redução Diminuição do número de enunciados numa unidade de tempo.


As frases costumam ser restritas quanto ao número de elementos.

Neologismos Seqüências fonêmicas ou grafêmicas que obedecem às regras da


língua, assemelhando-se às palavras, mas que não existem na
língua

Estereotipias Repetições perseverativas e involuntárias de um determinado


comportamento, que podem ocorrer na comunicação oral e/ou na
gráfica.

Perseveração A manutenção da mesma resposta para estímulos distintos.

Supressão A ausência total de uma emissão oral ou gráfica. Pode ser


considerado sinônimo de mutismo, quando utilizado em relação à
emissão oral.

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Fonte: Elaboração nossa a partir de ORTIZ (2010).

É importante citar que existe uma problemática que aponta para a


insuficiência da classificação das manifestações afásicas em síndromes clássicas,
pois por síndrome entende-se o conjunto de manifestações previstas, o que não é o
caso. Mas, ao mesmo tempo, não é suficiente para o desenvolvimento da terapia ter
apenas a visão global que não investiga a fundo as nuances do distúrbio. Portanto,
traremos a classificação mais comum que classifica as afasias como: emissivas,
receptivas e mistas.

3.1 AFASIAS EMISSIVAS

Essas afasias caracterizam-se pelo comprometimento na capacidade de


expressão maior do que na capacidade de compreensão. São afasias emissivas:
Afasia de Broca: Sendo a mais comum, tem como característica a não
fluência, e o comprometimento da expressão oral. Na fase aguda é possível ocorrer
supressão de fala e de escrita ou estereotipia. Pode haver ainda parafasias fonéticas
e/ou fonêmicas, redução e agramatismo, inclusive a anomia pode manifestar-se no
discurso. Nesta afasia a compreensão encontra-se preservada ou pouco
comprometida, enquanto há dificuldades de compreensão de frases complexas,
textos e elementos gramaticais. Na escrita podem ser identificadas alterações
graves de surpressão ou estereotipias, sendo possível a evolução para redução,
agramatismos e paragrafias na fase aguda. Pode acontecer de a compreensão da
escrita estar mais alterada que a compreensão oral.
Afasia de Condução: Tipo de afasia fluente, caracterizando-se por
parafasias fonêmicas e verbais formais, podendo ocorrer anomias ou parafasias
semânticas na conversação. No discurso podem surgir hesitações e autocorreções.
Os erros de repetição é a característica mais presente nesta afasia, mostrando uma
emissão com maior prejuízo que a da fala espontânea. No ditado ou escrita
espontânea observa-se paragrafias literais e grafêmicas, sendo que pode haver
bons resultados na cópia. Ao ler em voz alta, este tipo de afásico desempenha
melhor do que nas provas de repetição. Esse tipo de afasia pode ser uma evolução
da afasia de Wernicke.

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Afasia Transcortical Motora: Tipo de afasia não fluente, apresentando


redução de fala como sua maior característica. A linguagem espontânea fica
extremamente comprometida, apresentando uma expressão lenta, marcada e
suscinta. A repetição é boa, sendo muito superior à emissão oral durante a fala
espontânea. A compreensão geralmente se preserva. Observa-se inércia na escrita
e a leitura mantém-se normal ou pouco prejudicada.

3.2 AFASIAS RECEPTIVAS

Essas afasias caracterizam-se pelo comprometimento na capacidade de


compreensão maior do que na capacidade de expressão. São afasias receptivas:
Afasia de Wernicke: Entre as afasias de compreensão é a mais grave,
comprometendo muito a compreensão oral. A expressão é fluente e exagerada,
apresentando fala logorreica, uso de jargões e neologismos. Na fala observa-se
entonação normal, e uma ausência de consideração do interlocutor. Na articulação
há preservação da precisão e uso dos fonemas. É encontrado prejuízo nas tarefas
de denominação e repetição. É comum associação com anosognosia. Pode haver
comprometimento da compreensão gráfica até na mesma intensidade da oral.
Observa-se recorrente redução na expressão gráfica, e ditado sempre muito
alterado, pior do que a cópia.
Afasia Transcortical Sensorial: Tipo de afasia fluente, na qual é comum
comprometimento moderado da compreensão, mas que podem também ser mais
severos. As provas de repetição são realizadas sem dificuldade, mas sem
necessariamente ter a compreensão do que se repete. Há fluência na emissão oral,
entretanto há parafasias semânticas, anomias e circunlóquios. Também está
presente a alteração da compreensão da escrita, havendo possibilidade de uma
leitura em voz alta quase normal ou com algumas parafasias, mas também sem
compreensão do que foi lido. Na escrita espontânea encontra-se todo tipo de
paragrafias, havendo maior possibilidade de bom desempenho no ditado do que nas
demais provas.

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Afasia Amnéstica/Anômica: Tipo de afasia fluente com presença de


alterações semânticas, como as parafasias semânticas, perífrases e anomias,
caracterizando um prejuízo no acesso do léxico. Está presente a anomia, como em
muitos tipos de afasia, o que pode indicar uma evolução de outros tipos de afasia,
principalmente a de Wernicke ou a transcortical sensorial. É possível identificar a
compreensão oral como preservada ou levemente comprometida. Apresenta-se
falhas na escrita, sendo estas as anomias, discurso “evasivo” e paragrafias, que
também são encontradas no discurso oral. Preserva-se a leitura e a compreensão.

3.3 FORMAS MISTAS

Essas afasias caracterizam-se por quadros mistos, nos quais a recepção


e a emissão estão comprometidas em grau equivalente. São afasias de forma mista:
Afasia Transcortical Mista: Caracteriza-se pela emissão e compreensão
severamente comprometidas, enquanto a repetição encontra-se preservada, embora
com falhas. Na emissão oral nota-se estereotipias ou ecolalias, com recorrente
supressão de escrita.
Afasia Mista: Neste tipo de afasias os pacientes apresentam
características de vários dos quadros descritos, sem restringirem-se a nenhum deles
(ORTIZ, 2010).
Afasia Global: Caracterizando-se pelo comprometimento severo da
emissão e da compreensão oral e gráfica, esta é a forma mais grave de afasia. É
recorrente o mutismo na emissão oral, ou restrição à estereotipia e automatismos.
Ocorre supressão da emissão gráfica. Existem várias formas clínicas, no entanto
muitos dos casos evoluem para uma afasia de Broca. Pode acontecer também uma
melhora da compreensão, que, se não melhorar o suficiente para caracterizar a
afasia de Broca, caracteriza então uma afasia motora mista.
É importante ressaltar que os quadros afásicos nem sempre são
compatíveis com estas “afasias clássicas”. Em alguns casos identifica-se alterações
de fala associadas a alterações “sutis” de linguagem, como pode ocorrer nas lesões
subcorticais. Nestas lesões observa-se, comumente, distúrbios afásicos associados

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à disartria ou disfonia, mas podem também originar uma grande variabilidade de


distúrbios da fala e da linguagem.
Além disso, visto que as afasias têm sua origem em lesões cerebrais, e
que estas podem ter diferentes extensões e gravidade, destacamos que, para além
de alterações de linguagem, existem também outras alterações associadas, como
alterações motoras (hemiplegia ou hemiparesia), que representam mais desafios aos
fonoaudiólogos e a equipe de reabilitação.

4 INTERVENÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS NAS AFASIAS

Assim que o paciente apresenta o quadro de uma provável afasia, o


fonoaudiólogo deve fazer uma série de questionamentos ao paciente e às pessoas
que convivem com ele, prática que denominamos de anamnese. O processo de
anamnese é feito visando dois objetivos: O primeiro é de conhecer melhor os dados
pessoais do paciente, como sua nacionalidade, por conta da presença do
bilinguismo; escolaridade, caso o paciente tenha tido um ensino “limitado”; e
profissão, para que seja avaliado o nível de funções exercidas pelo profissional
antes da incidência de uma afasia; e o segundo é o objetivo de saber os fatores
neurológicos apresentados por este paciente.
As perguntas são referentes ao motivo do distúrbio presente, com a
finalidade de investigar qual a causa da possível afasia. Em seguida se investiga a
especificação do que ocorreu. Caso tenha sido Acidente Vascular Cerebral (AVC), é
necessário saber o tipo, e se, já ocorreu outras vezes. No caso de um tumor é
necessário saber a gravidade e a intensidade do mesmo, assim como quais os
problemas relatados diariamente pelo paciente, ou seja, as alterações ocorridas
após a afasia, sejam elas boas ou ruins. Pergunta-se também o que o paciente
costuma fazer em seu cotidiano, entre outras coisas, que são pontos importantes a
serem observados pelo examinador.
Após a anamnese é feita uma avaliação com o paciente. Nessa avaliação
o profissional busca, de forma precisa, entender se existe relação entre as
informações relatadas anteriormente. Desta forma, os resultados gerados irão
demonstrar se no quadro do paciente a forma da afasia é parafásica, se houver
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substituição de sílabas em certas palavras quando o paciente fala; paragráfica, se


houver problemas com erro ou substituição de palavras na forma escrita; ou
paralexa, quando o paciente tem problemas relacionados a leitura, seja ela uma
sílaba ou uma palavra ao todo.
Depois de todos os processos, para que seja determinada a situação do
indivíduo, é feita a devolutiva. Nessa etapa o profissional irá passar para o paciente,
juntamente com seus acompanhantes, a situação do mesmo, o modo de tratamento
que eles precisam ter com ele, o tempo de duração que o tratamento irá levar, além
de passar para os mesmos o prognóstico que consiste em relatar a situação que o
paciente irá se encontrar e quais mudanças deverão ocorrer no processo do
tratamento que leva entre 6 meses a 1 ano.
Comprovada a afasia, o profissional regente da área de fonoaudiologia
tem diversos métodos para que o afásico seja tratado. Desta forma temos a
estimulação de áreas no cérebro, agindo como uma transferência de informações
para áreas não afetadas, usando da plasticidade cerebral. A plasticidade cerebral é
a capacidade de modificação da sua organização estrutural, e é semelhante a um
cimento: quanto mais novo mais fácil de se manejar, e quanto mais o tempo passa
mais difícil fica. Nas crianças essa plasticidade cerebral ocorre com maior facilidade,
enquanto em indivíduos com idade mais avançada se torna mais complexa. Essa
plasticidade atua contribuindo e desenvolvendo alterações no sentido de se adaptar
com estímulos repetitivos, dando chance aos neurônios de se rearranjar, fazendo
assim com que novas conexões sinápticas sejam geradas, e, consequentemente,
com que funções do cérebro que foram comprometidas pela afasia sejam feitas por
outra parte dele.
Outro órgão importante é a CIF, que pode ser entendida como um
exemplo de organização e documentação nas informações sobre funcionalidades e
incapacidades, que tem o intuito de oferecer como principal objetivo a saúde do
paciente com base em fatores ambientais e pessoais. Quando há uma lesão
cerebral causada por traumas, AVC, doenças etc., é comum o indivíduo sofrer
alterações que causem prejuízos no seu cotidiano, que é o que acontece na afasia.
A CIF juntamente com a fonoaudiologia atua diretamente no auxílio da afasia,

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ofertando vários tópicos com ações que colaboram no plano de reabilitação. Na


prática, atividades relacionadas à fonoterapia poderão ser usadas, observando por
exemplo, “funções emocionais” que destacam, afeto, tristeza, felicidade, amor, raiva
entre outros, “funções auditivas” onde se permite perceber sons, saber de onde vem,
intensidade e a qualidade, e “função vestibular”, relacionando posição, equilíbrio e
movimento. Exercícios simples poderão ser aplicados, como por exemplo:
expressões verbais, “onde você mora?“, “quantos meses tem o ano?”, “qual o nome
da sua mãe ?“, Compreensão, “abra a boca e feche os olhos!”, “esfregue a barriga e
toque a cabeça!”, “levante a perna esquerda e a mão direita!”, Escrita, “ditado
comum”, todos estes processos são diretamente relevantes para a recuperação do
paciente que está passando por tratamento de uma afasia.

5 REFERÊNCIAS

ANDRADE, R. C. V; FERNANDES, R. C. P; Artigo: Hipertensão arterial e


trabalho: fatores de risco. Hypertension and work: risk factors. Rev. Bras Med Trab.
2016 - 252-61.

BASSO A. Fatores de prognóstico em afasia. In: RODRIGUES N, MANSUR LL,


editores. Temas em Neuropsicologia. São Paulo: SBN; 1993. p. 63-77

BENSON, David Frank; ARDILA, Alfredo. Aphasia: A clinical perspective. Oxford


University Press on Demand, 1996.

COUDRY, M. I H. Diário de Narciso: discurso e afasia: análise discursiva de


interlocuções com afásicos. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

DUARTE A. Desempenho de pacientes afásicos em diferentes testes de


compreensão. [Monografia de Especialização]. São Paulo: Universidade Federal de
São Paulo, Escola Paulista de Medicina; 2004

FROMKIN, V.; RODMAN, R. Introdução à linguagem. Coimbra: Almedina, 1983.

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MORATO, E. Neurolingüística. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Org.).


Introdução à Lingüística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001, p. 143-170.
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MURDOCH, B. E. Desenvolvimento da fala e distúrbios da linguagem: uma


abordagem neuroanatômica e neurofisiológica. Rio de Janeiro: Revinter, 1997.

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<https://pebmed.com.br/voce-sabe-identificar-os-principais-tipos-de-afasia/> Acesso
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MENTHEL. Fonoterapia: por que ela é importante para a reabilitação auditiva.


Disponível em: <https://menthel.com.br/fonoterapia-porque-ela-e-importante/>.
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AGONILHA, D. C. O que é Plasticidade Cerebral? Disponível em:


<https://www.profala.com/artneuro1.htm> Acesso em 03 de abril de 2021.

KUNST, L. R; OLIVEIRA, L. D. Eficácia da fonoterapia em um caso de afasia


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<https://www.scielo.br/pdf/rcefac/2012nahead/210-11.pdf> Acesso em 03 de abril de
2021.

ORTIZ, Karin Zazo (org.). Distúrbios neurológicos adquiridos: linguagem e cognição..


2. ed. Barueri, Sp: Manole, 2010. 484 p.

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