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Índice

Capitulo I:...................................................................................................................................4

1.1 Introdução.........................................................................................................................4

1.2 Objectivos.........................................................................................................................4

1.2.1 Objectivo geral...........................................................................................................4

1.2.2 Objectivos específicos...............................................................................................4

1.3 Metodologia de Pesquisa..................................................................................................4

Capitulo II: Fundamentação teórica...........................................................................................5

2.1 Patologias da Linguagem.................................................................................................5

2.1.1 As Perturbações da Fala.............................................................................................5

2.1.2 As Perturbações de Enunciação.................................................................................6

2.1.3 As Perturbações da Linguagem.................................................................................6

2.2 Teorias da aquisição e aprendizagem da escrita.............................................................10

Capitulo III:..............................................................................................................................12

Considerações finais.............................................................................................................12

Referências bibliográficas....................................................................................................13
Capitulo I:

1.1 Introdução

A linguagem é o meio de comunicação utilizado pelo homem para interagir com o


mundo em que habita. De acordo com sua significação, a língua é a sistematização de
linguagem em códigos reconhecidos em uma comunidade específica, em um tempo e modo
característicos, fundamental para que o ser humano possa relacionar-se de modo organizado
com as pessoas que daquele grupo fazem parte.

Na concepção Vygotskiana (2001), o desenvolvimento humano ocorre por meio de


uma interação dialética entre o indivíduo e o meio, mundo físico e social, e suas dimensões
cultural e interpessoal, do qual faz parte desde o seu nascimento.

Del Ré (2006) aponta que as pesquisas nessa área visam buscar explicações sobre os
modos como acontece o processo de aquisição da linguagem no ser humano, desde o seu
nascimento, levando em consideração os modos de expressão, as formas de interação e de
comunicação com o outro.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Falar das patologias de linguagem.

1.2.2 Objectivos específicos

 Conceitualizar as patologias de linguagem;


 Mencionar os tipos de afasias;
 Descrever as teorias de aquisição e aprendizagem da escrita.

1.3 Metodologia de Pesquisa

Para a elaboração deste trabalho usou se o método de Pesquisa bibliográfica, onde se


fez uma série de recola de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em
abordagem. Que é aquela que pode ser elaborada através de material já existente como livros,
artigos científicos, entre outros meios, seguida de uma pesquisa do tipo discretiva.
Capitulo II: Fundamentação teórica

2.1 Patologias da Linguagem

Wertzner (2004) define patologia de linguagem como uma dificuldade de fala


caracterizada pelo uso inadequado de sons, podendo envolver erros em sua produção,
percepção ou organização.

Ele é diagnosticado após os 4 anos de idade, fase em que, para a Fonoaudiologia, a


criança já teria capacidade de ter seu sistema fonológico completamente desenvolvido. O
Desvio Fonológico tem causa desconhecida e vem sendo alvo de pesquisas quanto aos fatores
associados e aos aspectos clínicos observados, incluindo a escuta do fonoaudiólogo. Quanto
aos fatores associados, o que poderia ser uma aproximação de um aspecto ambiental: a
história familiar, tem enfoque no sintoma da fala, pois as pesquisas acabam por atestar uma
probabilidade genética.

Distinguem-se três grandes perturbações do comportamento da comunicação verbal:

 Perturbações da Fala;
 Perturbações da linguagem;
 Perturbações de enunciação.

2.1.1 As Perturbações da Fala

As perturbações da fala são, normalmente, originárias por problemas nos órgãos


periféricos de emissão (gaguez), quer por problemas nos órgãos periféricos de recepção (as
dislexias).

A Gaguez

É uma perturbação caracterizada por bloqueios no discurso do indivíduo e tem como


causas factores orgânicos como lesões cerebrais mínimas, uma mudança forçada na
dominância cerebral, hereditariedade oi o nível de QI. Uma técnica de tratamento da gaguez
consiste na “ fala prolongada” que inclui cinco partes: o prolongamento, o fuxo, o
encorajamento, as pausas e o abrandamento.
A Dislexia

A dislexia é um tipo de afasia sensorial que se caracteriza pela incapacidade de


compreender palavras escritas ou impressas. O indivíduo disléxico é incapaz de ler
correctamente, apesar da sua visão ser perfeita e de poder soletrar ou mesmo escrever.

Segundo Rego (1997) Existem dois tipos básicos de dislexia:

Dislexia de desenvolvimento - que se manifesta em crianças, sem que aconteça


qualquer lesão cerebral.

Dislexia adquirida/alexia - que se traduz por uma incapacidade ou dificuldade


adquirida de ler, como consequência de uma lesão cerebral.

Existem, pelo menos 4 subtipos de dislexia adquirida:

A dislexia fonológica: o indivíduo tem incapacidade de lerem voz alta as não palavras
e as pseudo palavras, mas mantém intacta a capacidade de ler correctamente vocábulos
correntes.

A dislexia profunda: o indivíduo manifesta incapacidade de ler sem cometer erros


semânticos. Assim, ele pode ler “contente” ao invés de “satisfeito”

A dislexia de superfície: o indivíduo manifesta a incapacidade de ler por distúrbios

A dislexia de estrutura de palavra: o indivíduo é incapaz de ler a não ser que


pronuncie, em voz alta, uma letra de cada vez.

2.1.2 As Perturbações de Enunciação

As perturbações de enunciação manifestam-se quando há perturbação do esquema de


comunicação que afectam quer as relações emissor-receptor, quer as relações emissor-
referente.

Assim o psicótico pode parecer estar a falar consigo mesmo ou proferir um discurso
que não se articula com a realidade.

2.1.3 As Perturbações da Linguagem

São originárias por lesões cerebrais focalizadas (as afasias) ou difusas (as afasias dos
dementes). As lesões podem resultar de acidentes vasculares cerebrais como é o caso de
hemorragias internas, de tumores cerebrais ou ainda de traumatismo externos cerebrais (que
acontecem muitas vezes em acidentes de viação ou utas cororais).

Afasias

Fala-se de afasia, se uma ou mais partes da linguagem deixam de funcionar


correctamente como resultado de danos cerebrais. Afasia – A (não) fasia (falar) significa
então que alguém já não é capaz de dizer o que pretende. Essa pessoa já não é capaz de usar a
linguagem. Para além da afasia, podem occorrer igualmente paralesias e/ou problemas
relacionados com:

 Actos de consciência;
 Observação dos meios rodeantes;
 Concentração, tomada de iniciativa e memória.

Tipos de afasias

SKINNER (1957) diz que as alterações afásicas de compreensão da linguagem oral


existem na maior parte dos afásicos. As provas de designação evidenciam a alteração na
compreensão das palavras e a execução de ordens durante um exame mostrará a compreensão
das frases.

A linguagem escrita, como uma das formas de expressão do pensamento, pode apresentar
alterações significativas. A grafia é a manifestação escrita das alterações afásicas na
linguagem oral.

Tipo de afasia Características

Afasia de condução  Tem uma extraordinária perturbação da


repetição que impede o doente de
reproduzir palavras ou frases que ele
compreende.

 A expressão espontânea, oral ou escrita


é fluida, embora rica em parafasias,
apresentando uma maior dificuldade no
encadeamento de elementos linguísticos.
 A compreensão da linguagem oral ou
escrita, está pouco perturbada e se
observa um esforço de autocorreção.
Afasia motora  O doente conserva a linguagem, porém
não pode falar, embora não apresente
distúrbio da musculatura que intervém
na articulação das palavras.

 É de origem cerebral.

 O Doente compreende o que ouve mas


há impossibilidade de pronunciar as
palavras. E a leitura e escrita são
conservadas.

Afasia sensorial  Observam-se uma espécie de surdez


verbal, uma perturbação da palavra
espontânea, da leitura e da escrita.

 Costuma ser encontrada nos pacientes


involutivos, tanto em casos de demência
de Alzheimer, quanto nas demências
vasculares.

Afasia de broca  É caracterizada pelo fenómeno da


redução da linguagem.
 Observa-se uma alteração da
compreensão da linguagem oral, mais
acentuada para as frases ou ordens
complexas do que para as palavras
relativamente bem conhecidas.
 Todas as modalidades da linguagem
podem estar perturbadas em maior ou
menor grau, mas há sempre
predominância da perturbação da
palavra articulada, da leitura e da escrita.

 Geralmente a Afasia de Broca se


apresenta como sequela de um AVC
Afasia de wernicke  A expressão oral é fluida, espontânea,
abundante.

 A linguagem escrita costuma estar tão


perturbada quanto a linguagem oral,
porém é possível haver uma dissociação
relativa.

 A linguagem espontânea se caracteriza


pela imprecisão dos termos, utilização
de circunlocuções de aproximações
sucessivas e o paciente costuma manter-
se relativamente consciente de seus
erros.

 A linguagem escrita costuma estar tão


perturbada quanto a linguagem oral,
porém é possível haver uma dissociação
relativa.
Afasia global  É caracterizada pela perda completa da
articulação da palavra e surdez verbal.

 A dissolução da linguagem é de tal


magnitude que chega a comprometer os
automatismos mais elementares.
2.2 Teorias da aquisição e aprendizagem da escrita

Teoria Inatista

A proposta inatista de CHOMSKY acredita que uma faculdade de linguagem


geneticamente determinada especifique uma certa classe de gramáticas humanamente
acessíveis; isto é, “o ser humano vem programando biologicamente para desenvolver
determinados tipos de gramática”.

Em princípio, a tese inatista não tem relevância para aprendizagem da escrita, pois
esta não pode ser postulada como inata ao homem, uma vez que há cultura agrafas no mundo.
Mas, a partir dessa tese, se as línguas particulares são realizações de um mesmo esquema
abstracto (gramática universal) e se a linguagem escrita pode ser definida como um conjunto
de opções dentro da gramática particular, suas formas são também limitadas e previstas pelo
mesmo esquema.

Teoria biológica de LENNEBERG

Baseia-se na comparação entre a aquisição da fala, de um lado, e aquisição de duas


outras actividades, de outro: andar – que é inquestionavelmente uma actividade
geneticamente herdada – e escrever – que para ele é inequivocamente uma actividade
culturalmente aprendida.

Para fundamentar a sua tese, é importante verificarmos os critérios nos quais ele se baseia
para tirar conclusões:

 A existência da história dentro da espécie;


 O andar não apresenta variação intra-espácie, enquanto a escrita, pelo contrário,
apresenta vários sistemas diferentes;
 A predisposição herdada;
 A existência de “correlatos orgânicos específicos”.

Através desses critérios, LENNEBERG concluiu que falar é uma capacidade inata de
escrever e ler.

Teoria Evolucionista de BICKERTON


Segundo ele, a língua culturalmente adquirida não pode distanciar-se de forma
imprevisível da língua primitiva, bioprogramada.

BICKERTON admite uma evolução da fala, atestada pelo desenvolvimento das


formas primitivas que emergem de línguas em contacto (pidgins) em formas mais elaboradas
(crioulos), até atingir gramáticas altamente complexas.

Teoria Funcionalista

O interesse dessa visão funcionalista reside no facto de que as formas novas que
aparecem são justificadas em função das necessidades comunicacionais, o que permite
examinar a relação entre forma e função. Uma função nova adquire-se através de uma forma
velha e uma forma nova adquire-se através de uma função conhecida.

Teoria Associacionista

Uma tese antiinatista e anticonstrutivista são aquelas propostas por concepções


associacionistas da aprendizagem, segundo as quais quando um certo estímulo ambiental x
está presente, ele tende a provocar uma resposta y, se esta levar a um esforço positivo. Os
processos que levam à aprendizagem são a generalização indutiva e a abstracção.

Teoria Construtivista de PIAGET

O conhecimento resulta de uma actividade estruturadora por parte do sujeito. Esse


conhecimento resulta do próprio comportamento, que gera esquemas de acção através de
interacção do sujeito com o objecto da aprendizagem. O que é inato para PIAGET seria um
núcleo de programas de acção que organiza e coordena acções e percepções, que por sua vez
ajustam-se ao conteúdo específico do contexto onde funcionam.
Capitulo III:

Considerações finais

Os estudos acerca do processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem são um


tanto desafiadores, uma vez que busca explicações de como ocorre esse processo, e
principalmente a rapidez com que ele acontece. Neste trabalho, buscamos, de forma breve,
trazer explicações com base nas diversas teorias que embasam as pesquisas acerca da
aquisição da linguagem e das patologias de linguagem.

Temos consciência de que com este trabalho não foi possível tratar de forma
conclusiva e completa de todos os aspectos que nos propusemos a refletir, mas acreditamos
que a partir das nossas reflexões apresentadas aqui é possível que o leitor possa aprofundar
suas reflexões e análises acerca da aquisição da linguagem com base nas referências.

Diante das reflexões e análises teóricas desenvolvidas, acreditamos que não existe
uma corrente teórica única que dê conta de explicar o processo de aquisição da linguagem,
mas há a necessidade de uma interdisciplinaridade, ou seja, de um diálogo entre as diferentes
áreas do conhecimento que envolve a aquisição da linguagem.
Referências bibliográficas

DEL RÉ, A. (2006). A pesquisa em aquisição da linguagem: teoria e prática. São


Paulo: Contexto.

REGO, T, C. (1997). Vygotsky uma perspectiva histórico-cultural da educação.


Petrópolis: Vozes.

Vigotski, L. S. (2001). A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo,


Martins Fontes.

Wertzner, A. F. (2004). Fonologia: desenvolvimento e alterações. São Paulo: Rocca.

SKINNER, B. F. (1957). Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

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