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Universidade Católica de Moçambique

Instituto da Educação a Distancia

Ética e Moral

Deta Manhipane Fernando Cossa


Código: 708200644

Curso: Ensino de Geografia


Disciplina: Ética Social
Ano: 2° ano
Docente: dr. Maximiliano Kissengel

Maputo, Abril, 2022

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Índice 05
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais
Discussão 05
Conclusão 0.5
Bibliografia 05
Introdução Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia 2.0
adequada ao
objectivo do
Conteúdo trabalho
Análise e Articulação e 2.0
discussão domínio do discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência/
coesão textual)
Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração de dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação Paginação tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letra,
gerais paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6 Rigor e coerência
Referencias edição em das citações/
Bibliográfica citação e referências 4.0
s bibliografia bibliográficas

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Índice
Capitulo I:...................................................................................................................................3

1.1 Introdução.........................................................................................................................3

1.2 Objectivos.........................................................................................................................3

1.2.1 Objectivo geral...........................................................................................................3

1.2.2 Objectivos específicos...............................................................................................3

1.3 Metodologia de pesquisa..................................................................................................3

Capitulo II: Fundamentação Teórica..........................................................................................4

2.1 Ética e Moral....................................................................................................................4

2.1.1 Semelhança e diferença entre a Ética e a Moral........................................................4

2.2 Livre Vontade de Agir Humano.......................................................................................6

2.2.1 Livre vontade de agir Humano na sociedade moçambicana......................................6

Capitulo III:................................................................................................................................8

3.1 Conclusão.........................................................................................................................8

3.2 Referências Bibliográficas................................................................................................9

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Capitulo I:

1.1 Introdução

O presente trabalho com o tema proposto da cadeira de ética social, que por muitos
autores é definida como sendo teoria normativa relacionada com a conduta e os costumes
humanos ou conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática dentro duma
sociedade ou meio social e duma maneira mais ampla, podemos considerar como a ciência do
agir do homem enquanto individuo na sociedade. O trabalho visa responder de forma clara os
questionários indicados para o cumprimento dos objectivos do trabalho.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Estudar a cerca da ética, moral e a vontade de agir humana.

1.2.2 Objectivos específicos

 Conceitualizar o termo ética e moral;


 Mencionar as semelhanças e diferenças que existem entre a ética e a moral;
 Descrever a livre vontade de agir humano na sociedade moçambicana.

1.3 Metodologia de pesquisa

Para a elaboração deste trabalho usou se, o método de Pesquisa bibliográfica, onde se
fez uma série de recola de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em
abordagem. Que é aquela que pode ser elaborada através de material já existente como livros,
artigos científicos, entre outros meios, seguida de uma pesquisa do tipo discretiva.

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Capitulo II: Fundamentação Teórica

2.1 Ética e Moral

Etimologia da Palavra Ética

Provém do Grego e latin : éthos + mos= Ética ( Hábitos, costumes, Valores)

Ética é um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou
errado. A palavra ética e moral têm a mesma base etimológica: a palavra grega ethos e a
palavra latina moral, ambas significam hábitos e costumes. (PERREIRA, 1991).

PERREIRA (1991), outro conceito difundido de ética nos negócios diz que “é ético
tudo que está em conformidade com os princípios de conduta humana; de acordo com o uso
comum, os seguintes termos são mais ou menos sinônimos de ético: moral, bom, certo, justo,
honesto”

Segundo COTRIM (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que


orientam o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada
comunidade ou grupo social.

Para COTRIM (2002) a ética é um estudo reflexivo das diversas morais, no sentido de
explicitar os seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência
humana que sustentam uma determinada moral.

Segundo CORTELLA (2009, p. 102), a ética é o que marca a fronteira da nossa


convivência. [...] é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores
para existirmos juntos [...] é o conjunto de seus princípios e valores que orientam a minha
conduta.

2.1.1 Semelhança e diferença entre a Ética e a Moral

Semelhança entre a Ética e a Moral

Em suas origens, as palavras ética e moral significavam o mesmo: um conjunto de


valores, códigos, juízos que visam regular o comportamento humano, a ação concreta, o agir
cotidiano de um determinado grupo, delimitando, em um determinado contexto histórico e
social, o que é certo e errado.

A semelhança mais clara que podemos apresentar sobre ética e moral estaria
basicamente em sua etimologia. Ethos vem do grego e daí o vocábulo ética em português, o
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que significa caráter, jeito, modo de ser, perfil de uma pessoa. E mores vem do latim, daí em
português a palavra moral, que significa modo de vida, costumes, princípios e valores que
moldam o caráter de uma pessoa. Justamente por possuírem significados originários muito
semelhantes, as palavras ética e moral são utilizadas como sinônimos na linguagem comum e
até mesmo na linguagem acadêmica. (CORTINA, 2003).

Diferença entre a Ética e a Moral

Há autores que observam não existir vantagem alguma em confundir os termos,


porque deixaria em segundo plano um dado essencial: a ética sempre buscou estabelecer
princípios constantes e universalmente válidos para a boa conduta em qualquer sociedade.
Princípios que deveriam inspirar, independente das diversidades, do relativismo. Ora,
sistemas de normas morais não podem pretender tal universalidade porque estão enraizados
em ideologias variadas com interesses e bens simbólicos diferentes. As morais definem a
melhor forma de agir no horizonte de representações compartilhadas pelo grupo.

Assim, por moral podemos compreender um conjunto de regras do agir, códigos de


conduta que determinadas coletividades adotam. Enquanto discurso normativo, a moral de
determinado grupo define a forma correta de agir que poderá não ter validade para outro.

A Ética é uma disciplina teórica, um estudo sistemático sobre as diversas morais e, por
conseguinte, opera no plano da reflexão que não desconsidera o relativismo e o respeito ao
diferente, sob pena de comprometer a sua análise dos fenômenos morais. (SROUR, 2003)

ABBAGNANO (p. 360-361) observa que a palavra Ética, em geral, refere-se à ciência
da conduta e, neste horizonte, podemos encontrar duas concepções, a saber: a primeira em que
encontramos uma ciência dos fins a que a conduta dos homens se deve dirigir e os meios para
alcançá-los. A segunda que considera a Ética como a ciência do motivo (móvel) da conduta
humana e que procura determinar tal motivação com vistas a dirigir ou disciplinar o agir.

SROUR (2003), observa que por moral compreende-se o “conjunto de regras de


comportamento, códigos de conduta que coletividades adotam. (...) Como discursos
normativos que são, as morais definem qual a forma correta de agir, orientam e justificam as
ações dos agentes sociais. (...) A ética diz respeito à disciplina teórica, ao estudo sistemático,
as morais correspondem às representações imaginárias que dizem aos agentes sociais o que se
espera deles, quais comportamentos são bem vindos e quais não”.

“A moral faz parte da vida concreta e a ética faz parte da filosofia”. (BOFF, 2003).
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2.2 Livre Vontade de Agir Humano

Livre vontade

Segundo CHOUCHARD a vontade é um esforço mental que incita à acção; é o Poder


que o homem possui de representar a si mesmo e de realizar ou não realizar qualquer algo. A
vontade é algo intrinseco no homem, apenas pode ser observado na medida em que este
demonstra com um certo impacto de continuidade na execução do facto ético, através de
emoção, vivacidade e acções energética apresentada na sua manifestação, etc.

Acto voluntário Humano

A acto voluntario é sempre um acto iluminado pelo entendimento, inteligência é


apresenta a vontade perante os objectivos desejável, os motivos de apetibilidade, etc. A
vontade de agir humano é livre de determinação, pode dirigir ou apartar-se ou separar –se do
objecto propósto, pode também eleiger um objecto entre vários escolhidos. O acto de livre
vontade pode receber influências modificadoras e estas alterar ou determinar as condições. Os
elementos que podem diminuir são:

 Quando o nosso conhecimento não alcança claramente o juízo, pode modificar o acto,
(Ex Ignorância, dúvida);
 Quando a vontade e atraído, aumenta a paixão aumenta também a força de inclinação
de tal modo que a razão fica induzido e o raciocínio diminui;
 Quando o Bem é aliado a ameaça ou desviado (Medo), pode chegar a destruir a raiz da
vontade ou estado livre sobre o acto.

2.2.1 Livre vontade de agir Humano na sociedade moçambicana

O termo modernidade, como sublinha VAZ (2000), é uma categoria de leitura do


tempo histórico, em que se submete o passado a um julgamento crítico à luz da razão. No
ocidente europeu, essa leitura do tempo foi acompanhada pela difusão de novas ideias que
anunciavam, manifestavam ou justificavam a emergência de novos padrões da vida vivida.

Diferentemente do ocidente europeu, a leitura do tempo histórico e a representação da


realidade em Moçambique não foi obra de um sujeito individual, mas sim de um sujeito
coletivo: a Frente de Libertação de Moçambique – Frelimo. Esta monopolizou a historicidade,
assumiu-se como único agente da transformação da realidade social e foi a implementadora de
duas modernidades: a socialista e a capitalista neoliberal. (MAZULA, 1995).

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Em sua leitura do tempo histórico, criticando o passado e valorizando o presente, os
principais alvos do projeto de modernidade moçambicana defendidos pela Frente foram as
duas expressões culturais do ethos dos povos bantu de Moçambique: a dita religião
tradicional, considerada como superstição, e a sabedoria de vida, representada pela figura do
velho – o ancião.

A religião, como sustenta Lima Vaz, “[…] é um fenômeno cultural que compreende as
crenças, os ritos, as prescrições, os rituais, os interditos, as práticas regidas por normas de
conduta”. Ela está presente em todas as culturas ou formas de vida e é a portadora privilegiada
do ethos (VAZ, 1999).

Os estudos de JUNOD (1996), no início do século XX, entre os povos do sul de


Moçambique, podem ser tomados como referência para a compreensão da importância da
religião na vida dos povos bantu de Moçambique. Para os povos bantus do sul de
Moçambique, a religião é ancestrológica: há uma forte presença dos ancestrais no seu
universo religioso. É uma religiosidade que gira em torno da adoração dos antepassados e do
respeito para com eles. Embora mortos, acredita-se que tais antepassados se fazem presentes
no cotidiano individual e coletivo.

Nessa religiosidade, os tabus, por exemplo, definidos como interdições a espaços, atos,
pessoas ou objetos sagrados que comportam “[…] certo perigo para um indivíduo ou para a
comunidade”, fazem parte do ethos dos povos bantu e mantêm uma relação com a religião. A
violação de um tabu provoca a ira dos antepassados e, consequentemente, a ruptura do
equilíbrio na vida do indivíduo ou da comunidade. Para se repor o equilíbrio, é necessária a
realização de um ritual religioso – uma ação mágica – “[…] que consiste na manipulação das
forças em desequilíbrio”. (JUNOD, 1996, p. 493).

A religião dos povos bantu, seja afirmando o sagrado, seja afirmando o transcendente,
é uma das privilegiadas expressões culturais do ethos, a despeito de Junod classificar essa
como a religião ancestrológica ou animista e de referir a variação de conteúdo religioso de
uma forma de vida para outra. Foi essa religião que foi denominada, pelos arautos da
modernidade socialista da Frente de Libertação, de tradicional.

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Capitulo III:

3.1 Conclusão

Após a conclusão do trabalho conclui-se que a palavra ética passou a fazer parte do
vocabulário do homem comum e está sempre na mídia, demonstrando a vigência de uma
preocupação urgente e universal. A este respeito, embora a ética esteja na moda, e todo
mundo fale dela, ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e mesmo
essencial para viver. A moral é entendida como um conjunto de normas para o agir específico
ou concreto. Assim, constitui-se de valores e preceitos ligados aos grupos sociais e às
diferentes culturas, determinando o que é ou não aceito por este grupo como bom ou correto.
Já a ética é a reflexão sobre a moral.

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3.2 Referências Bibliográficas

BOFF, L. (2003). Ética e moral: a busca dos fundamentos. Petrópolis: Vozes

CORTINA, A. (2009). Ética Mínima: introdução à filosofia prática. São Paulo:


Martins Fontes.

CORTELLA, M. S. (2009).Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre


gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes.

COTRIM, G. (2002).Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São


Paulo.

JUNOD, H. (1996). Usos e Costumes Banthu. Maputo: Arquivo Histórico de


Moçambique.

LIMA VAZ, H. C. Escritos de Filosofia VII: raízes da modernidade. São Paulo:


Loyola, 2000.

PEREIRA, O. (1991). O que é Moral. Editora Brasiliense Primeiros Passos. São


Paulo.

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