Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Ética e Livre vontade do agir humano caso de Moçambique

Fabião Artur Manjate

708202779

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Ética Social
Ano de Frequência: 3º Ano
Docente: Dr. Maximiliano Kissengel

Chongoene, Maio, 2022

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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Introdução
Este trabalho foi elaborado na cadeira de Ética social e tem como tema: Ética e Livre vontade do
agir humano caso de Moçambique. Com objectivo de compreender a ética e livre vontade do agir
humano. Para o cumprimento do objectivo principal definiu se ética com base nos vários autores;
semelhança e diferença entre a ética e moral; livre vontade de agir humano focalizando a
sociedade moçambicana.
Para produção deste trabalho baseamos nas consultas bibliográficas e documentais das obras que
possuem conteúdos relacionados com a nossa pesquisa.
Objectivos
Geral
 Compreender a Ética e Livre vontade do agir humano caso de Moçambique
Específicos
 Conceituar Etica;
 Descrever as Semelhanças e Diferenças da ética e moral
 Conceituar a Livre Vontade do Agir Humano
 Explicar Livre vontade do agir humano na sociedade moçambicana

Metodologia
Quanto a tipo de abordagem dos conteúdos deste trabalho baseamos das consultas bibliográficas
e documentais de obras científicas, com destaque para algumas teses, monografias, livros e
manuais que não tiveram tratamento científico, como revistas, jornais, fotografias, mais que
possuem informação pertinente para este estudo.
Na análise e discussão de dados usamos o método comparativos que nos ajudou a fazer a
comparação de diferentes posicionamentos dos autores em matéria assim como diferença de
obras usadas.
A Ética e Sua Origem / Conceito de Ética Social
1.0 Conceituação
1.1 Ética - é a teoria normativa relacionada com a conduta e os costumes humanos.
A Ética é uma disciplina teórica, um estudo sistemático sobre as diversas morais e, por
conseguinte, opera no plano da reflexão (SROUR, 2003, p. 31-36) que não desconsidera o
relativismo e o respeito ao diferente, sob pena de comprometer a sua análise dos fenómenos
morais.
Nicola Abbagnano (p. 360) observa que a palavra Ética, em geral, refere-se à ciência da conduta
e, neste horizonte, podemos encontrar duas concepções, a saber: a primeira em que encontramos
uma ciência dos fins a que a conduta dos homens se deve dirigir e os meios para alcançá-los. A
segunda que considera a Ética como a ciência do motivo (móvel) da conduta humana e que
procura determinar tal motivação com vistas a dirigir ou disciplinar o agir.
Ética é o estudo que tem a ver com o comportamento, hábitos costumes sociais.

1.2 Semelhanças e Diferenças da ética e moral

Em suas origens, as palavras éticas e moral significavam o mesmo: um conjunto de valores,
códigos, juízos que visam regular o comportamento humano, a acção concreta, o agir quotidiano
de um determinado grupo, delimitando, em um determinado contexto histórico e social, o que é
certo e errado.
Semelhanças: Apesar da Ética estar relacionada com conduta e costumes, encontra-se em co-
relação com a Moral que completa, procurando estabelece regras que são assumidas pela pessoa
na sociedade.
A Moral passa a ser uma reflexão Teológica, estudo do Transcedente (Divino) que vai
estabelecer a balança equitativa do bem-estar social do Homem na Sociedade, através dos seus
actos comportamentais aceite dentro do seu meio social.
Na medida em que percebe-se que a Ética social procura dar conta da importância da dimensão
do agir social do homem e propor uma nova compreensão do ambiente de relacionamento no
lugar onde convivemos, mudando o nosso comportamento, a nossa maneira de ser e contribuindo
para as boas relacionamento. Relaciona-se de certa maneira também aos hábitos e costumes
dependentes e interdependentes do comportamento entre indivíduos enquanto social e
proveniente ou habitante dum certo grupo de pessoas.
A semelhança mais clara que podemos apresentar sobre ética e moral estaria basicamente em sua
etimologia. Ethos vem do grego e daí o vocábulo ética em português, o que significa carácter,
jeito, modo de ser, perfil de uma pessoa. E mores vem do latim, daí em português a palavra
moral, que significa modo de vida, costumes, princípios e valores que moldam o carácter de uma
pessoa. Justamente por possuírem significados originários muito semelhantes, as palavras ética e
moral são utilizadas como sinónimos na linguagem comum e até mesmo na linguagem
académica.
Neste sentido, a moral faz parte da prática real das pessoas e se expressa por costumes, hábitos e
valores social e culturalmente estabelecidos. Já a ética trata de concepções de fundo acerca da
vida, do universo, do ser humano e de seu destino, além de instituir os princípios que orientam o
agir das pessoas e a organização das sociedades.
Leonardo Boff exemplifica sua distinção sobre moral e ética a partir da pessoa humana,
considerando-a moral ou imoral, ética ou antiética. Nesta perspectiva, uma pessoa é moral
quando age em conformidade com os costumes, hábitos e valores consagrados por seu grupo.
Isto resulta, obviamente, que uma pessoa só pode ser considerada moral ou imoral dentro de um
grupo de referência, ou seja, em relação ao comportamento dos outros.
Por outro lado, uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções mais gerais, o
que não têm uma relação directa com os costumes de um grupo, mas com princípios e valores
últimos, fundamentais ou universalizáveis, ou seja, com princípios que são válidos [ou
desejáveis] sempre, em qualquer tempo e lugar.

2.0 Livre Vontade do Agir Humano

2.1 Conceito:
O estudo da livre vontade do agir do humano é um dos aspecto principal de analise ético, pois
qualquer manifestação, a aceitação de certos costume reflecte-se pelo simple execução dos factos
o que implica que, o homem consente a partir da sua consciência e pela facto ético, avalia no seu
interior e executa algo como um fim dotado de valor ético Bom ou Mau.
A simples livre vontade do agir humano que se considera como algo individual, provas mostram
que os seus efeitos apesar de ser dum fim Bom ou Mau mediante o acto, esta livre vontade,
podem ser e ter impacto colectivo ou pode afectar uma sociedade inteira. A vontade é algo
intrínseco no homem, apenas pode ser observado na medida em que este demonstra com um
certo impacto de continuidade na execução do facto ético, através de emoção, vivacidade e
acções energética apresentada na sua manifestação, etc.
A vontade de agir humano é livre de determinação, pode dirigir ou apartar-se ou separar se do
objecto propósto, pode também eleger um objecto entre vários escolhidos. O acto de livre
vontade pode receber influências modificadoras e estas alterar ou determinar as condições.
Hegel, que a vontade livre possui como tarefa própria concretizar sua liberdade no mundo
objectivo do espírito, o que diferencia, propriamente, sua tarefa da tarefa do pensamento.
Sob esta perspectiva, portanto, Hegel concebe a vontade livre fundamentalmente como uma
actividade e, mais especificamente, como uma actividade livre finalista que
Intenta realizar-se na objectividade.

2.2 Livre vontade do agir humano na sociedade moçambicana

Trata-se da dimensão do dever, da obrigação, dos mandamentos, das proibições. Na verdade,
parece que a moral sempre se pergunta sobre como não devemos agir. A moral é a dimensão da
vida que apresenta regras que visam regular o agir humano e que incidem sobre os
comportamentos socialmente considerados como errôneos. Daí sua ênfase na formulação
negativa: não faça isso, não faça aquilo. Neste sentido, certo e errado dependem de nossa
convivência com os outros e daquilo que consideramos errado. Assim, a moral, em geral, é do
campo das proibições. Um bom exemplo de código moral seriam os 10 Mandamentos,
principalmente as regras negativas que lá figuram (não matar; não roubar; não mentir; não
desejar as coisas alheias etc). Se prestarmos atenção, veremos que a maioria dos 10
mandamentos estão formulados negativamente.
Trata-se de uma dimensão que se opõe e complementa a dimensão moral. Na dimensão ética,
definem-se os nossos valores e se constroem nossos projectos de vida de vida boa, incidindo
assim sobre as atitudes desejadas, segundo um critério pessoal ou grupal sobre o que é bom. A
ética seria a dimensão das possibilidades, da gratuidade, do aconselhamento e da superação, por
isso ela diz respeito à nossa concepção de vida boa. Mas, atenção! Não confunda o que
comumente chamamos de “boa vida” [a vida com conforto] com o que em filosofia chamamos
de “vida boa” [a vida vivida com justiça e felicidade, ou seja, baseada em virtudes].
Conclusão
Terminado o trabalho percebeu-se que as palavras éticas e moral significavam o mesmo: um
conjunto de valores, códigos, juízos que visam regular o comportamento humano, a acção
concreta, o agir quotidiano de um determinado grupo, delimitando, em um determinado contexto
histórico e social, o que é certo e errado. Mas também Leonardo Boff exemplifica sua distinção
sobre moral e ética a partir da pessoa humana, considerando-a moral ou imoral, ética ou
antiética. Nesta perspectiva, uma pessoa é moral quando age em conformidade com os costumes,
hábitos e valores consagrados por seu grupo. Isto resulta, obviamente, que uma pessoa só pode
ser considerada moral ou imoral dentro de um grupo de referência, ou seja, em relação ao
comportamento dos outros.
Concluiu-se ainda que a vontade de agir humano é livre de determinação, pode dirigir ou apartar-
se ou separar se do objecto propósto, pode também eleger um objecto entre vários escolhidos. O
acto de livre vontade pode receber influências modificadoras e estas alterar ou determinar as
condições.
Bibliografia
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. 4ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BOURGEOIS. Hegel Os actos do Espírito. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004
HEGEL, G.W.F. Introdução à Filosofia da História de Hegel. Lisboa: Edições 70, 1988.
LOSURDO, D. Hegel, Marx e a Tradição Liberal. Liberdade, Igualdade, Estado. São Paulo: Ed.
Unesp, 1998.
MÜLLER, M. A Génese Lógica do Conceito Especulativo de Liberdade. In: Analytica,
Rio de Janeiro: ed. UFRJ, 1993
SOUZA, Ricardo Timm. Ética como fundamenta: uma introdução à Ética contemporânea. São
Leopoldo, Nova Harmonia, 2004;
TELES e HENRIQUES, Introdução a ética filosofia, Porto Editora, Lisboa, 1989;