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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

A Democracia, Um Modelo de Governação Numa Sociedade

Ralfo Afonso Mimbir

Código: 708216244

Cadeira: Fundamentos de Teologia Católica

Ano de Frequência: 2º

Tutor: Pe. Victor Alfiado Makola

Maputo, Novembro de 2022


Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
(expressão escrita
Conteúdo
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria:
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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 1
Objectivos ....................................................................................................................................... 1
Objectivo geral ............................................................................................................................ 1
Objectivos especificos ................................................................................................................. 1
Democracia ..................................................................................................................................... 2
Governação ..................................................................................................................................... 4
Papel da democracia numa sociedade ............................................................................................. 4
Democracia Cristã ........................................................................................................................... 5
A Partidarização da democracia cristã ............................................................................................ 5
Democracia política ........................................................................................................................ 6
Conclusão ........................................................................................................................................ 7
Introdução

Apesar de conhecermos de perto a democracia, o conceito que designa a palavra é amplo


e pode ser dividido e representado de diferentes maneiras. A relação da Igreja com a democracia
é um percurso histórico, que se inicia com a desconfiança motivada pela incompatibilidade
ideológica com os fundamentos com que alguns a quiseram identificar, para mais tarde se aceitar
na sua acepção meramente social e recusar como formação partidária.

Objectivos
Para Marconi & Lakatos (2002, p.24) “toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para
saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.”

Objectivo geral
 Compreender a democracia como um modelo de governação numa sociedade.

Objectivos especificos
De acordo com Marconi & Lakatos (2003, p. 219) os objetivos específicos “apresentam caráter
mais concreto. [...], permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo a
situações particulares”.

 Conceituar os termos democracia


 Identificar os tipos de democracia;

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Democracia
A palavra democracia tem origem no grego demokratía, composta por demos (que significa
"povo") e kratos (que significa "poder" ou "forma de governo"). Neste sistema político, fica
resguardado aos cidadãos o direito à participação política.

A democracia surgiu na Grecia onde o governo era exercido pelo povo (democracia direta)
que fazia reuniões em praça pública para tratar de assuntos e problemas, com o crescimento da
população as reuniões ficaram impossíveis de acontecer, surgiu, então um novo tipo de
Democracia, que é utilizada hoje por alguns governos, são os dos representantes, que tomam as
decisões em nome daqueles que os elegeram. A democracia apresenta altos e baixos, um dos
constantes e enormes problemas de se governar dessa maneira é a, compra de votos, a corrupção
e o desvio de dinheiro, entretanto acima de tudo, ainda temos a alternância de poder, a liberdade
de ir e vir, e ainda a liberdade de expressão, (Mirelle Moutinho Lima 2016)

O conceito de democracia não é algo perfeito, estático, ao contrário, “é algo dinâmico, em


constante aperfeiçoamento, sendo válido dizer que nunca foi plenamente alcançado” , visto sua
construção e aprimoramento decorrerem dos acontecimentos históricos, como um “processo de
continuidade transpessoal, irredutível a qualquer vinculação do processo político a determinadas
pessoas.”

Democracia é o regime político no qual a soberania é exercida pelo povo. Os cidadãos são
os detentores do poder e confiam parte desse poder ao Estado, para organizar a sociedade.

Assim, a democracia é uma série de princípios que orientam a atuação dos governos para
que estes garantam o respeito às liberdades e cumpram a vontade geral da população.

Tipos de regime democrático

Democracia, palavra de origem grega, demos - povo e arché - governo, governo do povo,
é o regime político em que todo o poder emana da vontade popular. Na clássica definição, é o
governo do povo, pelo povo e para o povo. O regime democrático pode ser exercido:

a) de forma direta;

b) por representantes; ou

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c) combinando ambos os critérios.

Democracia directa

Na democracia direta as decisões são tomadas pelo próprio povo em assembleias.


Exemplos: as antigas cidades gregas, em que os cidadãos julgavam e tomavam decisões políticas
importantes em assembleias. Sobrevive esse sistema de democracia direta ainda em alguns cantões
suíços de pequenas populações.

Democracia Representativa

Na democracia representativa as decisões são tomadas por representantes livremente


escolhidos pelo povo. Em grandes países, é absolutamente impossível pretender reunir toda a
população em uma praça para a obtenção de uma decisão única.

Democracia participativa

Nem uma democracia direta, como era feita na Antiguidade, e nem totalmente indireta,
como acontece com a democracia representativa, a democracia participativa mescla elementos de
uma e de outra. Existem eleições que escolhem e nomeiam membros do Executivo e do
Legislativo, mas as decisões somente são tomadas por meio da participação e autorização popular.

Essa participação acontece nas assembleias locais, em que os cidadãos participam, ou pela
observação de líderes populares, nas assembleias restritas, que podem ou não ter direito a voto.
Também acontecem plebiscitos para ser feita uma consulta popular antes de tomar-se uma decisão
política. Esse tipo de democracia permite uma maior participação cidadã, mesmo com a ampliação
do conceito de cidadania e pode ser chamada democracia semidireta.

Democracia Semidireta

Na democracia semidireta combinam-se ambas as formas de democracia; é a democracia


representativa, com alguns instrumentos de participação direta do povo na formação da vontade
nacional. Meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

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Governação
A governação pode ser definida como a coordenação efectiva num ambiente onde tanto o
conhecimento como o poder são distribuídos. Qualquer organização é baseada na sua capacidade
de governação, quer esta seja formal ou informal, ineficaz ou de sucesso (Lane e Roy, 2002).

A governabilidade refere-se mais à dimensão estatal do exercício do poder. Diz respeito às


“condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as
características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os Poderes, o sistema de
intermediação de interesses” (Santos, 1997, p. 342).

Boa governação

Esta caracteriza-se pela capacidade de ter um projecto, orientado a favorecer uma


convivência social mais livre e mais justa, em que vários grupos de cidadãos, mobilizando-se para
elaborar e exprimir as próprias orientações, para fazer frente às suas necessidades fundamentais,
para defender legítimos interesses.

A comunidade política e a sociedade civil, embora reciprocamente ligadas e


interdependentes, não são iguais na hierarquia dos fins. A comunidade política está essencialmente
ao serviço da sociedade civil e, em última análise, das pessoas e dos grupos que a compõem. A
sociedade civil, portanto, não pode ser considerada um apêndice ou uma variável da comunidade
política: antes, ela tem a preeminência, porque justifica radicalmente a existência da comunidade
política.

Papel da democracia numa sociedade


Para a construção de uma sociedade melhor a importância da ética e moral não pode ser
deixada de lado. A ética está associada ao estudo dos valores morais que orientam o
comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e
convenções estabelecidas por cada sociedade. Deixando claro que não é uma forma de governar
maravilhosa ou que ela agradaria por completo, mas é bastante convincente que a democracia é,
sem dúvida nenhuma, a forma de governo que melhor atende aos direitos, à vida e à liberdade do
ser humano. Levando em conta as democracias de verdade, que são poucas, podemos dizer que
elementos como a alternância de poder, a escolha pelo voto dos representantes populares, liberdade
de expressão, entre outras, são fundamentais para que o ser humano possa exercer seus direitos

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inquestionáveis e sua liberdade tão necessária. De alguma forma , ainda escolhemos nossos
representantes. As vantagens da democracia são maiores do que as suas desvantagens e chegando
à conclusão de que viver em um regime democrático, nesse caso um regime democrático de
verdade é extremamente importante para uma vida digna e plena de qualquer indivíduo.

Democracia Cristã
A Democracia Cristã radica a sua filiação nos partidos de carácter católico, embora estes
tivessem outros propósitos próprios de situações em que o Catolicismo perdia a expressão. Por
toda a Europa, a partir dos anos 90 do século XIX, assistiu-se à criação e desenvolvimento de
partidos de cariz católico, fruto do incitamento do Papa Leão XIII através da Encíclica Rerum
Novarum, pois aqui se declarava uma forte intenção de apelo à participação política por parte de
todos os Católicos. Fruto deste incitamento, os partidos formados foram adotando a designação de
Democracia Cristã, embora não fosse bem aceite pela autoridade papal, pois revelavam uma
conotação política que se queria evitar a todo o custo.

No caso português, verifica-se que a primeira referência à Democracia Cristã encontra-se


no Centro Académico de Democracia Cristã (1901-1971), mas, de acordo com as ideias referidas
anteriormente, não evidenciava qualquer carácter político. Entre outros, fizeram parte deste
movimento António de Oliveira Salazar e o Cardeal Gonçalves Cerejeira.

A Partidarização da democracia cristã


A primeira grande guerra, as preocupações da paz e da reconstrução europeia, depois do
aparecimento do sufrágio universal, levariam, porém, o papa Bento XV, eleito em 1914, a admitir
as primeiras formações de inspiração católica, para enquadramento das massas eleitorais católicas.
Bento XV, no seu discurso de início de pontificado em 1 de novembro de 1914, colocou a paz
como grande objectivo da sua intervenção pastoral, congratulando-se pelo facto de surgirem
continuamente “novas associações católicas”, que disse querer apoiar com a protecção e favor
papais, “desde que obedeçam constante e fielmente às prescrições que foram e serão dadas pela sé
apostólica”. E pedia para esse efeito a liberdade para a Igreja, e a cessação do estado anormal em
que se encontrava o chefe da Igreja. Em 1919, Bento XV desenha um acordo com o Estado italiano,
ao tempo liderado por Orlando. A troca da constituição de um Estado do Vaticano, cuja
extraterritorialidade se demonstrara indispensável para a sua presença e actuação internacional
durante a última grande guerra, o Papa levantava o “non expedit”, ou seja, a proibição de os

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católicos participarem na vida pública do Estado italiano, e autorizava D. Luigi Sturzo a fundar
em 1919 o Partido Popular, e a actuar autonomamente na cena política italiana13. Tal acordo, e
sua consagração concordatária, só em 1929 viria, porém, a ser saldado, já com Mussolini, com os
Pactos de Latrão e a respectiva concordata, pelo atraso provocado pelas reservas de Vittorio
Emanuele III.

Democracia política
No final da 2.ª guerra mundial, quando a vitória aliada, dita das democracias, contra os
autoritarismos, se desenhava já com intensa probabilidade, o Papa Pio XII entendeu precisar o
significado cristão da democracia, contra o entendimento “popular” da democracia, que vigorava
na União Soviética, e se preparava para ser implantado em muitos países da futura cortina de ferro.
Na Rádiomensagem do Natal de 1944, Benignitas et Humanitas, Pio XII, reconhecendo que uma
“tendência democrática inunda os povos” saídos da guerra, recorda que a Igreja nada tem a objectar
a qualquer forma de governo, e portanto também a essa, desde que assegure o bem comum,
precisando contudo as “normas que devem regular a democracia para que possa ser chamada uma
verdadeira e sã democracia”, desde logo um entendimento do homem que faça dele não um mero
“objecto e elemento passivo da vida social”, mas o seu “sujeito, fundamento e fim”. “Quando se
reclama mais e melhor democracia, tal exigência não pode ter outro sentido senão o de pôr o
cidadão cada vez mais em condições de ter opinião pessoal própria e de a manifestar e fazer valer
de uma maneira conveniente para o bem comum”.

Partindo da diferença entre povo e massa, o papa enaltece o conceito de povo dotado de
liberdade e de responsabilidade, consciente dos seus direitos e deveres, como elemento vivo do
Estado, como “pessoa consciente das suas responsabilidades e convicções”, e classifica a massa,
enquanto multidão amorfa e inerte, como inimiga da verdadeira democracia. A desigualdade não
é obstáculo à existência de uma comunidade, nem incompatível com a igualdade civil. Pelo
contrário, num Estado deixado ao arbítrio da massa, a igualdade degenera em nivelamento
mecânico, em uniformidade monótona, mera aparência da democracia.

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Conclusão
Depois da pesquisa feita sobre a democrcia, um modelo de governação numa sociedade
chegou-se à conclusão de que as sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da
tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um
consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma
Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do
verdadeiro espírito democrático”.

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Referências Bibliográficas

Angelo Brucculeri, S. (1956). A doutrina Social Catolica. Coimbra.

Brighenti, A. (2019). A accao Catolica. Universtaires,Bruxelas.

Democracia. (1999). A democracia Catolica. Ave Maria.

Ferreira, A. M. (2014). Democracia na igreja catolica. Igreja catolica,Democracia

Lane, B. e Roy, G. (2002). E-government in Canada: Services Online or Public Service Renewal

Gronlund, A. (2002). Electronic Government: Design, Applications & Management. Idea Group
340-355.

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