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Tema:
Cultura e os Projectos dos Estados Democráticos
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Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5
Objectivo Geral................................................................................................................................ 6
Objectivos Especificos..................................................................................................................... 6
Metodologia ..................................................................................................................................... 6
Definição de cultura......................................................................................................................... 7
Tipos de Democracias...................................................................................................................... 9
Conclusão ...................................................................................................................................... 16
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Introdução
O presente trabalho pertence a cadeira de História das Sociedades IV e possui como tema a
cultura e os projectos de construção dos Estados democráticos. A abordagem deste tema
focaliza-se nos seguintes Aspectos: a construção dos Estados democráticos; relações entre
cultura e democracia no geral; relações entre cultura e a democracia em Moçambique; tipos de
democracia; a democracia em África; a democracia em Moçambique e a reflexão sobre a
democracia em Moçambique.
Explica de forma clara e objectiva o processo da democratização do nosso pais desde a tomada
de poder pelo saudoso presidente Alberto Joaquim Chissano, altura das assinaturas do acordo
geral da paz entre a Renamo e a Frelimo e altura do surgimento e oficialização de vários outros
partidos políticos em Moçambique independente.
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Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Metodologia
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A Cultura e os Projectos de Construção dos Estados Democráticos
Etimologia de Cultura
Cultura vem do latim cultura que quer dizer cultivar o solo, cuidar. É um conceito empregue
primeiramente por antropólogo Edward Burnett Tylor para designar o todo complexo e
metabiológico criado pelo homem; são práticas e acções sociais que seguem um padrão
determinado no espaço.
Definição de cultura
Tylor (1871), refere que “cultura é um conjunto complexo que inclui conhecimentos, crenças,
arte moral, leis e costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo indivíduo
como membro da sociedade”.
Sociedade é a reunião de pessoas unidas pela mesma origem e pelas mesmas leis; é a ralação
entre pessoas; agremiação; associação, casa onde se reúnem os membros de uma agremiação;
convivência (Dicionário L. Portuguesa 1995, p. 1320).
Conceito de Democracia
Democracia vem da palavra grega que significa “poder do povo” (demos = povo; cratia =
poder). Nas democracias, é o povo que detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o
executivo.
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De acordo com BASTOS (1999), democracia “é considerada como sendo o poder político
exercido pela comunidade, através da delegação do seu exercício a um conjunto de órgãos com
participação efectiva ou a representação da pluralidade dos governados” (p.174).
Democracia é um termo familiar à muitos, mas em alguns casos este termo tem sido mal
entendido ou mal usado ao longo da história. Como exemplo, temos os regimes totalitários e
ditaduras militares na Europa e África que tomaram o poder, sob o signo ou emblema de
democratas.
KI-ZERBO (2006), diz que “as principais referências da democracia são a participação máxima
das diferentes categorias da população, a limitação e a partilha do poder bem como a
solidariedade” (p. 65).
Nos dias que correm, a cultura é tão transversal como as transformações sócio-políticas que
ocorrem. É por isso mesmo, que a cultura se afigura como uma das melhores armas para moldar
os maus hábitos que possam ocorrer entre os homens face as diferentes formas de manifest ar a
democracia. Neste sentido, através da educação, que também é uma das componentes da cultura,
podemos moldar gerações futuras, inculcando novos valores e hábitos com vista a podermos
fazer face aos grandes desafios culturais que a democracia impõe as sociedades.
É a diversidade cultural que faz e explica que não haja formas de democracias uniformes para
todos os povos, e que o modelo da democracia bem-sucedida no país pode não sê-lo noutro país.
A cultura está associada a mudanças, tanto ao nível dos processos como da dimensão dos actores
sociais e das suas acções, sustentadas por projectos. Facilmente se esquece a diferença entre a
acção dos actores sociais e a difusão cultural e, ainda se apresenta a primeira como alternativa.
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Tipos de Democracias
Democracia Directa- refere-se ao sistema onde os cidadãos decidem directamente cada assunto
por votação. O exemplo mais marcante das primeiras democracias directas é a de Atenas (e de
outras cidades gregas), nas quais o povo se reunia nas praças e ali tomava decisões políticas. É
pouco comum ou é menos usada hoje em dia, contudo pode ser observada nalguns cantos Suíços.
Democracia Popular- foi seguida no bloco da Ex-URSS e nos países satélites. É uma
democracia que suprime a liberdade individual, a título de facilitar a perfeita realização da
vontade do povo. Aqui não há multipartidarismo, mas sim o partido único; não há liberdade de
expressão nem de associação.
A Democracia em África
Alguns eurocentristas argumentaram que a liberdade era um costume desconhecido dos povos
tropicais, acentuando que o ocidente tem de ser modesto ao exportar um sistema de governo que
somente é adequado para este. Mas, estas visões eurocentristas que negam a prática e a
experiência democrática são rejeitadas por muitos estudiosos africanos, justificando que o ideal
de democracia não é estranho e nem supérfluo para a África.
O estado africano tradicional era uma instância da gestão do bem comum e das decisões tomadas
em nome de toda cidade, de todo reino, mas foi destruído pela colonização e, no melhor dos
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casos, substituído por novos tipos e regimes democráticos aos quais os africanos não estavam
habituados e nem podiam reconhecer-se nem se moldar como acontece nos países europeus.
A todos os níveis, o africano era acima de tudo um ser social. Existia o debate permanente
africano que se realizava debaixo das árvores - a assembleia - onde cada um tinha não só, a
liberdade de se expressar, mas também a obrigação de se exprimir.
Neste contexto, vários estudiosos africanos afirmam que os Estados africanos pré-coloniais eram
favoráveis á democracia e não ignoravam o mecanismo de controlo do poder. Cita-se o caso do
povo Ashanti do Ghana que, uma vez indicado o rei prestava um juramento de não ser
autocrático nem déspota.
Durante a última década, a maioria dos Estados africanos orientou-se para processos de
democratização, apoiados por políticas de desinvestimentos e de descentralização. No plano
regional e sub-regional, foram feitos esforços de integração que nem sempre tiveram o
acompanhamento da componente política desejada. Contudo, esta realidade não constitui crise de
governação nem défice de cultura política em África, mas período de assimilação de uma nova
realidade democrática.
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Ki-Zerbo (2006), refere que “o verdadeiro problema consiste na maneira de conceber o político
em África” (p. 63).
O segundo momento igualmente forte, do ponto de vista sócio-político e com um impacto directo
na vida quotidiana dos cidadãos, foi o processo de pacificação que levou ao fim a guerra de
desestabilização que durava há cerca de dezasseis anos.
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Hoje em dia, a democratização em Moçambique tem suscitado debates e discussões. Assim, têm
surgido muitas questões sobre como será que o modelo democrático ocidental se adequa a
realidade moçambicana e se a democracia em Moçambique é um sucesso. A estas e outras
questões, há necessidade de reflexão profunda sobre o assunto. Para tal partir-se-á de uma análise
sumária sobre o modelo democrático ocidental e sua concretização em Moçambique.
Eleições em Moçambique
Segundo Nhantumbo (2008), Sociedade Civil “trata-se de todas relações sociais, instituições e
organizações voluntariamente constituídas que não são reduzíveis a mera compreensão
administrativa do Estado” (p. 9).
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O envolvimento da sociedade civil e engajamento cívico reforçam a qualidade da
governação democrática ao providenciar evidência para os decisores das preferências do
cidadão em relação às políticas;
Eles são necessários para a legitimação das decisões e políticas;
O conhecimento e as habilidades da cidadania são desenvolvidos pela participação na
sociedade civil;
Organizações da sociedade civil e cidadãos civicamente engajados podem providenciar
bens e serviços que nem o Estado que nem o mercado pode substituir;
Limita e controla o poder do Estado através de monitoria do que o governo faz e expondo
os actos maus e erros, e faz chegar a informação disponível para o público, etc;
Nos momentos que se seguiram à independência o Estado moçambicano optou por uma linha de
orientação socialista. Assim, Moçambique tenta implementar uma concepção socialista do poder
e do Estado de Direito.
Dizem os estudiosos que, o modelo da democracia popular baseado no estado de partido único
pela constituição de 1975, foi substituído por um novo conceito de democracia rep resentativa do
tipo ocidental. De facto, a constituição de 1990 veio introduzir o estado de direito democrático,
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Lei das associações (lei 8/91 de 18 de Julho) vem materializar o exercício do direito de
livre associação;
Lei dos partidos políticos vem a consagrar o processo de constituição e criatividade dos
partidos políticos;
A primeira lei eleitoral estabeleceu o poder eleitoral, forma-se sucedendo várias leis até a
actual lei eleitoral.
A CRM de 2004 vem reafirmar, desenvolver e aprofundar os princípios fundame ntais do Estado
moçambicano, consagrar o carácter soberano do estado de direito democrático, baseado no
pluralismo de expressão, organização partidária, respeito pelos direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos.
A democracia ela própria é um desafio, porque começa a ser antes um processo de construção
interna. A própria sociedade moçambicana é chamada a ser capaz de fazer a democracia e ser
democrática, tendo em conta a sua cultura e a experiência de outros povos. A reconstrução
nacional é um processo que envolve os diversos actores sociais e agentes económicas. Ela faz-se
por um diálogo entre o social, o político, o económico, o intelectual e a cultura. Refere-se ao
diálogo comunicativo que não se reduz ao ouvir a ideia dos outros, mas ao fazê- lo participar na
construção do plano de acções, na tomada de decisões e na realização consequênte do acordado.
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Falta de confiança entre os partidos políticos e os orgãos eleitorais, concretamente a CNE
e o STAE;
Fraca educação cívica para o eleitorado das zonas rurais o que origina reduzido afluxo
dos eleitores na mesa de voto;
Ausência de cultura democrática por parte de determinados partidos políticos;
Fraco impacto das Organizações da Sociedade Civil no seio da população;
Intolerância por parte dos intervenientes políticos a nível nacional;
Para que esta situação seja invertida é necessário que alguns dos constrangimentos, já
mencionados, sejam resolvidos com base na tolerância, confiança e participação dos cidadãos,
das organizações da sociedade civil e dos actores políticos activos e passivos na decisão
democrática, A perfeição da democracia vai depender dos moçambicanos em que o elemento
identitário tem de se fazer presente para não nos transformarmos em meros objectos da história;
Temos de partir de nós próprios para chegarmos a nós próprios, dizia Ki-Zerbo.
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Conclusão
Democracia é o governo na qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os
cidadãos, directamente ou através dos seus representantes livremente eleitos. A democracia
como uma prática política ou forma de governar era conhecida na África pré-colonial.
O estado africano tradicional era uma instância da gestão do bem comum e das decisões tomadas
em nome de toda cidade, de todo reino, mas foi destruído pela colonização e, no melhor dos
casos, substituído por novos tipos e regimes democráticos aos quais os africanos não estavam
habituados e nem podiam reconhecer-se nem moldar-se como acontece nos países europeus.
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Referencia Bibliografica
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