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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recurso de Chimoio

Tema: A sociedades Africanas na conservação das Nações em Africa e em Moçambique

Nome: Nhacha Simão Manjiche

Código: 708193535

Curso: Licenciatura em ensino Geografia

Disciplina: História das Sociedades IV

Ano de frequência: 40

1º Trabalho

Docente: dr. Quintino Diogo Mazue

Chimoio, Maio de 2022

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organizacionais  Discussão 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Índice
1. Introdução......................................................................................................................1

1.1. Objectivos......................................................................................................................2

1.1.1. Geral...........................................................................................................................2

1.1.2. Específicos..................................................................................................................2

1.2. Metodologia...................................................................................................................2

2. Desenvolvimento............................................................................................................3

2.1. Conceito de nação e ideologia........................................................................................3

2.2. A Situação após a II Guerra Mundial.............................................................................3

2.5. A Revolta dos Intelectuais.............................................................................................5

2.6. Factores da Emergência do Nacionalismo Africano......................................................6

2.7. Impacto sócio – cultural.................................................................................................6

3. Conclusão.......................................................................................................................8

4. Referencias bibliográficas..............................................................................................9

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1. Introdução

Neste presente trabalho aborda em torno das sociedades Africanas na conservação das Nações em
Africa e em Moçambique, com base neste tema é preciso falar antes do papel económico das
colonias, na sua essência as colónias sempre tiveram um papel económico bastante fundamental
para metrópole, visto que, desde sua formação elas foram uma fonte de economia, de matéria-
prima, de produtos que a metrópole tanto almejava, que era ao mesmo tempo de grande valor
económico para mesma. Entretanto as colónias sempre tiveram a função de alimentar a metrópole
de bens económicos que não eram produzidos pela metrópole, como também, serviam de locais
de colocação de produtos manufacturados, de investimentos de capitais e de produção de
matériaprima para alimentar as indústria na metrópole.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar situação das sociedades Africanas na conservação das Nações em Africa e em
Moçambique.

1.1.2. Específicos
 Mencionar a situação económica das cinco colónias portuguesas em África
nomeadamente Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Cabo verde;
 Compreender a função económica das colónias portuguesas durante e depois da segunda
guerra mundial, a política portuguesa depois da guerra e a função económica das colónias
para Portugal;
 Caracterizar o estado novo nas suas políticas económicas;

1.2. Metodologia

Para a elaboração deste trabalho aplicou se o método bibliográfico.

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2. Desenvolvimento
2.1. Conceito de nação e ideologia

Lvovich (2004, p. 66) afirma que a Nação é um fenómeno multiforme, o que colabora para
limitar as construções teóricas. Sob a perspectiva das ciências sociais, as dificuldades refletem-se
na conformação de conceitos básicos, justamente porque objecto de estudo é analisado sob
diferentes perspectivas.

O termo ideologia foi utilizado inicialmente pelo pensador francês Desturt de Tracy (1754-
1836), segundo o qual ideologia é o estudo científico das ideias e, as ideias são resultado da
interação entre o organismo vivo e a natureza, o meio ambiente. Tracy procurou elaborar uma
explicação para os fenômenos sensíveis que interferem na formação das ideias, ou seja, a
vontade, a razão, a percepção e a memória.

2.2. A Situação após a II Guerra Mundial

As organizações internacionais da atualidade tiveram o seu surgimento, em sua maioria, na


segunda metade do século XX. No entanto, foi com a globalização e o fim da Guerra Fria que
elas se consolidaram como importantes atores no cenário internacional, passando por um relativo
período de fortalecimento.

Em virtude da recente ampliação da integração geoeconômica global, essas organizações


tornaram-se atores importantes no cenário mundial, com a missão de estabelecer um ordenamento
das relações intranacionais de poder e influência política. Atuam na elaboração e regulação de
normas, suscitam acordos entre países, buscam atender determinados objetivos, entre outras
funções.

Após a IIGM, ocorreram mudanças substâncias em todo o mundo. As organizações


internacionais tornaram-se mais influentes. O conceito de autodeterminação, ganhando assim o
espaço pelas maioria das potências coloniais.

Mas Portugal permaneceu com a sua Sé Católica foi tendência até que as revindicações do
governo indiano sobre Goa chamaram atenção para a situação dos territórios coloniais e começou
a sentir a necessidade de defender a sua posição como colonizador e entrou nas Nações Unidas e

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a sua primeira acção ocorreu em 1951 que transformou as colónias em províncias ultramarinas,
tornando-as parte integrante de Portugal fugindo assim o princípio de auto-determinação.

A agitação de Angola que se transformou em um movimento armado em 1961 contribuiu mais


um impulso para esta mudança.

2.3. O papel da Igreja em Moçambique

Em 1940 foi assinada um acordo entre Portugal e o Vaticano designado concordata. Este acordo
o governo português é obrigado a subsidiar os programas missionários da Igreja, e por sua vez a
igreja Católica Romana de papel de pacificador do africano para rebelar sobre a autoridade
colonial.

Por outro lado os portugueses acreditavam a maioria possibilidade de um Africano se tornar


português em todos os sentidos se ele for católico. As missões protestantes foram acusadas de
fomentar sentimentos anti-portugueses entre as populações africanas e responsáveis pela
ascensão do nacionalismo em Angola e em Moçambique.

No caso da FRELIMO, a maior parte dos membros do comité central que dirigiu todo o programa
da luta armada foram católicos. Também é necessário referir que a igreja Católica desempenhou
um papel na divulgação de mensagem do regime de Lisboa tanto nas colónias.

Segundo Mondlane (1995:65) “ a igreja Católica Romana está inequívocas com a


independência e intensificou pontos de que a independência para o povo africano era um erro
contrário a vontade de Deus”.

Esta teoria tinha finalidade segundo os europeus tornar o africano civilizado e fazer dele um
português. Na prática nada acontece, o sistema foi elaborado de forma a tornar quase impossível
ao africano obter uma educação que lhe dê acesso a algo mais que não seja trabalho social.

2.4. O Começo do Nacionalismo

Devido à proibição de qualquer associação política, a erosão da sociedade tradicional e a ausência


de uma educação mais moderna nas áreas rurais, se desenvolveu ideias de uma acção de âmbito
nacional.

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“Nas cidades o poder colonial era visto mais perto, era mais fácil compreender que a força do
colonizador assentava na nossa fraqueza e que o sucesso por eles alcançado

dependia do trabalho do africano.” (Ramalho, 2012)

Encorajados pelo Liberalismo da Nova República (1910:1926), estes grupos criaram sociedades e
iniciaram a publicação de jornais através dos quais conduziam campanhas contra abusos do
colonialismo, exigindo direitos iguais até que pouco à pouco, começaram a denunciar todo o
sistema colonial.

Em 1920 foi criada em Lisboa a Liga Africana, uma organização unindo os poucos estudantes
africanos e mulatos que chegavam a cidade. O propósito era conferir um carácter organizado as
ligações entre os povos colonizados.

Esta liga defendia a unidade nacional e a unidade entre as colónias contra a mesma potência
colonizadora, uma maior unida de africana contra as todas as potências colonizadora a unidade de
todos os povos negros do mundo oprimido. Mas de facto, ela era fraca na medida que apenas
cerca de 20 membros e estava sediada em Lisboa longe do possível campo de acção.

No início dos anos 20, surgiu em Moçambique uma organização chamada Grémio Africano que
mais tarde transformou na associação Africana com apoio pelos Ventos Fascista que sopravam
em Portugal, iniciou uma campanha de intimidação e infiltração tendo conseguida apoio de
alguns dirigentes para desviar a associação para uma linha mais conformativa.

2.5. A Revolta dos Intelectuais

Segundo Ramalho (2012), em Moçambique surge uma nova geração de insurrectos, activos e
determinados a lutar pelos seus próprios meios e não dentro dos parâmetros impostos pelo
governo colonial. A discriminação racial, e exploração dentro do sistema colonial, a fraqueza real
do colonizador e a evolução do Homem em termos gerais.

A nova resistência inspirou um movimento em todas que começou durante os anos 40 e


influenciou poetas, pintores e escritas de todas as colónias portugueses.

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Em Moçambique os mais importantes foram: os pintores Malangatana, e Craveirinha, o escritor
de contos o Luís Bernado Honwana e os poetas José Craveirinha e Noémia de Sousa.

As pinturas de Malangatana e José Craveirinha (sobrinho de pintor) foram buscar a sua


inspiração às figuras da escultura tradicional e da mitologia Africana incorporando-as em obras
explosivas com temas ligadas a libertação e denúncia da violência colonial.

Os contos de Luís B. Honwana, que tem sido amplamente reconhecido fora de África como um
mestre nesta arte, levam o leitor a fazer as mesmas denúncias através de uma análise perceptiva e
detalhada do comportamento humano.

2.6. Factores da Emergência do Nacionalismo Africano

Para Fage, (1995) os Factores Externos são:

 O abalo da 2ª Guerra Mundial


 O Papel da ONU
 A política dos EUA
 A política da URSS
 O exemplo da Ásia

Para Fage, (1995) os Factores Internos são:

 O movimento dos estudantes


 Surgimento da frente de libertação de Moçambique
 Acção dos intelectuais e das igrejas
 Os Sindicatos Africanos
 O papel dos escritores
 A acção dos trabalhadores

2.7. Impacto sócio – cultural

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Fez com que Moçambique alcançasse a sua independência por via de luta armada, como o
resultado da fusão dos três movimentos (UNAMO, UDENAMO e UNAMI), (Fage, 1995)

Implementou a Unidade Nacional que hoje o país desfruta;

A radicação do analfabetismo e a luta contra a ignorância.

Fez com que apesar de haver a diversidade étnica, religiosa e cultural estes todos uniramse em
prol de um único objectivo (libertar a pátria do jugo colonial);

Despertou aos moçambicanos a consciência de que a colonização era mal e tinham que se libertar
deste mal através da luta e de outras formas;

Despertou o orgulho a nacionalidade moçambicana;

Despertou que o colono estava apenas para pilhar aquilo que eram as nossas riquezas, e
marginalizava a originalidade da cultura moçambicana;

Mostrou ao mundo que a África tinha sua História e civilização própria que faz parte de
civilização universal e com um contributo valioso para a humanidade.

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3. Conclusão

Vale ressaltar que, diferentemente do caso europeu, a África colonizada vai, inicialmente, usar os
próprios meios do estrangeiro, isto é, a sua língua, a sua técnica, a sua religião, as suas ideias...
Por isso a emergência do nacionalismo africano realiza-se nas cidades, onde a presença colonial é
mais constante e próxima. Assim, os escritores e poetas exprimiram a sua revolta na língua
colonial. Na visão de Eduardo Mondlane fez com que Moçambique tornasse independente,
permitiu a unidade dos Moçambicanos. O seu horizonte analítico estendeu-se também com os
conteúdos programáticos de combater o colonialismo como um sistema, a partir de luta armada
de libertação nacional.

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4. Referencias bibliográficas
 Ramalho, J. R. (2012) Ideologia: O Que devemos saber? - Sociologia para o Ensino
Médio: conteúdos e metodologias Rosenval de Almeida e Souza (orgs). – Campina
Grande: editora da UFCG,
 Lvovich, D. (2004) Nación e imaginación. In: VERNIK, Esteban (Org.) et al. Qué es una
nación: la pregunta de Renan revisitada. Buenos Aires: Prometeo Libros.
 Fage, J. D. (1995) História da África, Lisboa: Edições 70,

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