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Introdução 1.0
objetivos
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objecto do trabalho
 Articulação e
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discurso académico
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Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas  Rigor e coerência
Referências APA 6ª edição das
4.0
Bibliográficas em citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

ii
Índice

I. NTRODUÇÃO.....................................................................................................5

1.1 Estrutura...............................................................................................................6

1.2 Objectivos............................................................................................................6

1.2.1 Objectivo geral.....................................................................................................6

1.2.2 Obectivo específico..............................................................................................6

II. ORIGEM DOS PARQUE E RESERVAS EM MOÇAMBIQUE........................7

2.1 Diferença entre Parque e reserva..........................................................................8

2.1.1 Parque Nacional...................................................................................................8

2.1.2 Reserva Nacional.................................................................................................9

2.2 Objetivo de criação dos parque e reservas de Moçambique................................9

2.3 Critérios Tomados em Conta na definição dos parques e reservas em


Moçambique......................................................................................................................10

2.4 Número total de parques e reservas existentes em Moçambique e bem como a


sua localização e extensão.................................................................................................12

2.5 Tipo de Recursos naturais existentes nos parque e reservas de Moçambique...14

2.6 Contribuição Ambiental dos Parques e reservas de Moçambique.....................16

III. CONCLUSÃO....................................................................................................17

3.1 Bibliografia........................................................................................................18

iii
Índice de Figuras
Figura 1Localizaçao de Parque e Reservas Nacionais, Fonte: Biofund...................12
Figura 2: Recursos naturais existentes nos parque e reservas de Moçambique........15

Índice de Tabelas
Tabela 1Parques Nacionais e sua Extensão..............................................................13
Tabela 2 Reservas Nacionais e sua Extensão............................................................13

iv
I. NTRODUÇÃO

A larga maioria da população moçambicana possui uma grande dependência em


relação aos recursos naturais para a sua subsistência e geração de rendimentos, o que impõe
o reconhecimento de que o sucesso e relevância dos planos de combate à pobreza depende
em grande medida do modo como os recursos naturais de que o país dispõe são geridos e
conservados, e da relação directa entre o uso e exploração de recursos naturais e a geração
de rendimentos para benefício directo dos pobres.

A conservação está hoje expressamente reconhecida na Constituição, na legislação nacional


e nos principais instrumentos políticos e estratégicos aprovados pelo Governo. Este último
tem vindo a realizar um esforço assinalável e significativo na criação e desenvolvimento de
uma rede nacional de áreas de conservação, representativas da diversidade biológica do
país. Contudo, os esforços de promover a conservação como mecanismo de combate à
pobreza enfrentam inúmeras dificuldades. Destaque para a necessidade de se
institucionalizar os programas de maneio comunitário de recursos naturais e as áreas
comunitárias de conservação e ecoturismo, através da definição do regime jurídico das
áreas de domínio público comunitário, previstas na Constituição da República e na
legislação sobre florestas e fauna bravia. É nesse contexto que o presente trabalho ira fazer
uma abordagem sobre a Origem de parques e reservas naturais de Moçambique.

E no que concernente à metodologia, o presente trabalho, baseou-se em pesquisa


bibliográfica, que assenta basicamente sobre a consulta de várias obras de diversos autores
que versam sobre o tema, consulta na legislação moçambicana que abordam a matéria da
conservação ambiental sobretudo para a criação de parques e reservas, o uso de Internet e
módulos da UCM.

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I.1 Estrutura

O presente trabalho encontra-se estruturada em três capítulos, onde o no primeiro capítulo


iremos apresentar a introdução do trabalho definir objetivos, e metodologia, no segundo
capítulo iremos fazer o desenvolvimento do tema, no terceiro capítulo as notas conclusivas
e a respectiva referência bibliográfica.

I.2 Objectivos

I.2.1 Objectivo geral

 Fazer uma análise da origem de parques e reservas naturais de Moçambique.

I.2.2 Obectivo específico

 Definir Parques e Reserva naturais no âmbito da conservação;


 Identificar os Parques e Reservas de Moçambique;
 Analisar a contribuição ambiental dos Parques e reservas em Moçambique.

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II. ORIGEM DOS PARQUE E RESERVAS EM MOÇAMBIQUE

Segundo Matos (2011), A história da conservação é recente no contexto


moçambicano, tendo-se iniciado os primeiros passos para a preservação da flora na década
de 50 do seculo XX, quando foram criadas as primeiras áreas de preservação denominadas
por reservas florestais. A criação de reservas florestas nos anos 50 foi o primeiro passo,
dado pela administração colonial portuguesa, no sentido de restringir o uso de determinados
recursos naturais pelas comunidades locais e a sua separação física, com o objetivo de
interesse exógenos às comunidades. Na década seguinte, em 1960, foi criado o primeiro
parque Nacional de Gorongosa, o único criado nesta década.

A preocupação com exploração dos recursos naturais, principalmente a flora,


levaram a administração colonial a declarar certas áreas como espaço de domínio publico,
de gestão estatal, cujo acesso e uso dos recursos existentes, principalmente a exploração de
determinadas espécies florestais como Umbila e Chanfuta fosse vedada.

Segundo Brower (2006) apud Matos (2011), a preocupação com floresta deu se ao
facto de:

1) A floresta ser o espaço de preferência do camponês para a prática de agricultura e


ao mesmo tempo espaço de refugiu de camponeses expulsos das suas terras no
âmbito da expansão da agricultura de plantação empresarial desenvolvida pelos
colonos;

2) Ser fonte de produtos e serviços tanto para a comunidade local como como para os
interesse empresariais, pois a população recorria a floresta para obtenção de plantas
medicinais, frutos, caça, obtenção de material de construção e combustível, quanto
que as empresas as convertiam em áreas de produção agrícola, ou exploravam
extraindo madeira e organizando safaris.

Estas ações, que de certa forma ponham em causa a biodiversidade, terão levado, a
visão do autor a criação de parques nacionais como a Gorongosa, Banhine, etc. com o

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objetivo principal de preservação de ecossistemas e a sua exploração pelo turismo de
contemplação, reserva especiais como Marromeu e Maputo como objetivo e preservação e
exploração turística de determinados espécies (Búfalos e Elefantes) reservas florestais com
o objetivo de preservação de estoques de madeira (Umbila e Chanfuta; e coutadas (Áreas de
exploração orientada), para a caça turística comercial.

Portanto, do total das áreas de conservação criadas em Moçambique, excetuando se


as fazendas de caça e, incluindo as reservas florestais, constata se que até ao final do
período colonial, a administração portuguesa havia criado cerca de 90% delas. O Governo,
pois, a independência criou dois parques nacionais e uma reserva nacional (a reserva
nacional de Chimanimani). Todas as áreas de conservação estabelecidas durante a
administração portuguesa seguiram a filosofia ocidental de criação de áreas protegidas, que
excluem física e politicamente as comunidades locais. A administração das áreas protegidas
estava a cargo da responsabilidade do governo colonial e o controle do acesso e uso dos
recursos era efetivo.

II.1 Diferença entre Parque e reserva

II.1.1 Parque Nacional

Seundo Junior (2011), Os parques constituem unidades de conservação, terrestres


ou aquáticas, normalmente extensas, destinadas à proteção de áreas representativas de
ecossistemas, podendo também ser áreas dotadas de atributos naturais ou paisagísticos
notáveis, sítios geológicos de grande interesse científico, educacional, recreativo ou
turístico, cuja finalidade é resguardar atributos excepcionais da natureza, conciliando a
proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos
científicos, educacionais e recreativo. Assim, os parques são áreas destinadas para fins de
conservação, pesquisa e turismo. Podem ser criados no âmbito nacional, estadual ou
municipal, em terras de seu domínio, ou que devem ser desapropriadas para esse fim.

Os parques são definidos como áreas destinadas à preservação de ecossistemas


naturais, áreas de grande beleza cénica, e representativos do património nacional, são

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Unidades de Proteção Integral para a preservação dos ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica. São proibidas construções.

Segundo o artigo 16 da Lei n.º 16/2014, estabelece que: O parque nacional é uma
área de conservação total, de domínio público do Estado, delimitada, destinada a
propagação, proteção, conservação preservação e maneio da flora e fauna bravia bem como
à proteção de locais, paisagens ou formações geológicas de particular valor científico,
cultural ou estético, no interesse e para recreação pública, representativos do património
nacional.

II.1.2 Reserva Nacional

Para Borba (2022), Reservas naturais são espaços protegidos no intuito de


preservar espécies que os habitam. Uma vez que esses espaços são designados como
reservas naturais ficam impedidas ou limitadas no local explorações comerciais,
construções e demais outras situações que possam alterar suas condições naturais, afetando
a fauna e a flora local bem como sua paisagem.

De acordo com o conceito acima podemos ainda definir reserva natural como um
espaço protegido por algum regime especial que permite a preservação das espécies que
habitam no mesmo. Quando um certo terreno é designado como reserva natural, adquire um
estatuto particular que impede a sua exploração comercial, a construção de estruturas e
outras questões podendo alterar as suas condições naturais.

Um governo pode declarar reserva natural a uma área quando a fauna ou a flora do
lugar tem uma grande importância. Desta forma, ao converter essas terras numa reserva
natural, garante-se que não haja desflorestação ou que não se polua o terreno. Graças a
esta proteção, é provável que os recursos protegidos subsistam no tempo, ao contrário
daquilo que acontece quando não se trabalha na conservação e se deixa via livre às
explorações produtivas.

II.2 Objetivo de criação dos parque e reservas de Moçambique

9
O principal objetivo da criação de parques e reservas nacionais é proteger os
organismos vivos que estão à beira da extinção. No entanto, apesar do nome comum, cada
parque nacional foi criado para um propósito específico.

Por exemplo, de acordo com AQUINO (2001), aponta que os objetivos da criação
dos parque e reservas são:

1) Manter a diversidade biológica e os recursos genéticos de um território e nas águas


jurisdicionais;
2) Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;
3) Preservar e restaurar a diversidade de ecossistemas naturais;
4) Incentivar o uso sustentável dos recursos naturais;
5) Estimular o desenvolvimento regional integrado com base nas práticas de
conservação;
6) Manejar os recursos da flora e da fauna para sua proteção, recuperação e uso
sustentável;
7) Proteger paisagens naturais ou pouco alteradas, de notável beleza cênica;

Em termos de proteção de vastas áreas de vida selvagem, os objetivos dos parques e


reservas nacionais são muito semelhantes. Seu objetivo é preservar formações naturais
únicas, manter a diversidade biológica e paisagística e preservar o pool genético de plantas
e animais selvagens. Ao mesmo tempo, o regime de reservas de conservação da natureza é
mais estrito. Apenas atividades científicas e apenas ocasionalmente turismo são permitidos
aqui.

II.3 Critérios Tomados em Conta na definição dos parques e reservas em


Moçambique.

O método de elaboração de diretrizes normativas para disciplinamento da


conservação da biodiversidade, uso e ocupação do solo e utilização de recursos naturais é
formulado a partir do conceito de Zona Ambiental. Conceitua-se Zona Ambiental como um
padrão territorial com peculiaridades de natureza biótica e abiótica, paisagística, cultural e
com características decorrentes do processo de uso e ocupação do solo.

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De acordo com NETO (2010), os critérios de delimitação têm a finalidade de definir
os elementos físicos ou bióticos do território da zona que estabeleceu o traçado de seus
limites. Têm, também, a finalidade de esclarecer tecnicamente o traço dos limites entre
duas zonas com características e usos diferenciados. Assim, podem ser utilizados os
seguintes elementos da paisagem para a delimitação das zonas ambientais:

 Linha de cumeada dos morros, serras e chapadas (divisor de águas);


 Calha maior dos cursos d'água;
 Linha do talvegue dos cursos d'água;
 Curvas de nível que coincidam com limites de ecossistemas e/ou feições
geomorfológicas;
 Linha média das marés;
 Limites de uma unidade de conservação mais restritiva;
 Rodovias federais, estaduais e vicinais que já tenham um traçado permanente.

Por outro lado, de acordo com Ministério de turismoTurismo (2021), foram usados os
seguintes critérios para a definição e delimitação das Zona de proteção de total ZPT:

 Áreas que estão em condições relativamente intactas e que também são


representativas dos tipos principais de habitats naturais, terrestres e marinhos, que
se encontram no parque;
 Áreas que contêm níveis relevantes de biodiversidade localmente, regionalmente e
mundialmente representativa;
 Áreas onde existem espécies raras, ameaçadas ou em perigo de extinção;
 Para as zonas marinhas, zonas que tenham mangais, ervas marinhas e recifes de
coral, de preferência que estejam próximos uns dos outros, uma vez que muitas
espécies precisam das três para completarem o seu ciclo de vida;
 Áreas consideradas importantes para a presença e migração de fauna e para a
cobertura vegetal;
 Áreas consideradas essenciais para a sobrevivência de espécies endémicas,
localmente raras e ameaçadas;
 Áreas identificadas como necessitando de uma alta proteção para os programas de
reintrodução/repovoamento da fauna;

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 Áreas sem assentamentos humanos permanentes (na parte terrestre) e com
potencialidades para restauração de habitats naturais;
 Áreas com potencialidade para o desenvolvimento do ecoturismo.

II.4 Número total de parques e reservas existentes em Moçambique e bem


como a sua localização e extensão

Segundo a (BIOFUND, 2023) A Rede Nacional das Áreas de Conservação ,


dirigida pela ANAC, tem sob a sua gestão 7 parques nacionais, nomeadamente Quirimbas,
Gorongosa, Mágoè, Bazaruto, Limpopo, Zinave e Banhine, e 12 reservas nacionais, sendo
Niassa, Gilé, Marromeu, Lago Niassa, Chimanimani, Pomene, Malhazine, Ponta de Ouro e
a Reserva Biológica de Inhaca, a Zona de Protecção Total de Cabo de São Sebastião, e a
Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas.

Encontram-se, igualmente, no quadro de gestão da ANAC outras categorias de


áreas de conservação, como é caso de coutadas oficiais e fazendas de bravio destinadas ao
desenvolvimento do turismo cinegético como também as 3 Áreas de Conservação
Comunitária de Mitchéu. Tchuma Tchato e Chipanje Chetu, e as Reservas Florestais.
Esta diversidade biológica de que Moçambique dispõe através da sua rede de áreas de
conservação, confere-lhe uma diversidade biológica muito rica, congregando ecossistemas
distintos, tanto terrestres como marinhos. Esta diversidade de ecossistemas, joga um papel
importante no fornecimento de serviços ambientais. Abaixo segue a localização de parques
e reservas nacionais.

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Legenda:

Figura 1Localizaçao de Parque e Reservas Nacionais, Fonte: Biofund

 Parques Nacionais

Província Designação Ano de Área (Km2)


Criação
CABO Parque Nacional das Quirimbas 2002 7.560
DELGADO
SOFALA Parque Nacional de Gorongosa 1960 3.770 (Área central)
INHAMBANE Parque Nacional de Zinave 1973 4.000 (Área tampão)
Parque N. do Arquipélago de 2001 6.000
Bazaruto
GAZA Parque Nacional do Limpopo 1971 10.000
Parque Nacional de Banhine 1973 1.400

Tabela 1Parques Nacionais e sua Extensão

Fonte: https://www.cplp.org

 Reservas Nacionais

Província Designação Ano de Criação Área (Km2)


NIASSA Reserva Nacional do Niassa 1964 42.000
Reserva Parcial do Logo Niassa 2010 18.720

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ZAMBEZIA Reserva Nacional de Gilé 1960 2.100
SOFALA Reserva Especial de Marromeu 1960 1.500
MANICA Reserva Nacional de 2000 7.500
Chimanimani
INHAMBANE Reserva Nacional de Pomene 1964 200
MAPUTO Reserva Especial de Maputo 1960 700

Tabela 2 Reservas Nacionais e sua Extensão

Fonte: https://www.cplp.org

II.5 Tipo de Recursos naturais existentes nos parque e reservas de


Moçambique

Os recursos e espaços naturais de uso comum, como águas superficiais


e subterrâneas, florestas, atmosfera e parques, são cada vez mais disputados e enaltecidos
nos âmbitos econômico, social, ambiental e cultural Rodrigues ( 2009). Especialmente
quando refletimos sobre questões como a utilização sustentável dos recursos naturais,
as diferenças de padrões de consumo e produção entre os países, o crescimento
populacional, a diminuição das desigualdades sociais, os variados valores atribuídos à
natureza, a dinâmica das tecnologias e ciências modernas, entre outras.

A utilização e a apropriação dos bens e espaços naturais de uso comum são


influenciadas por diferentes interesses. Uma das correntes é marcada pela defesa de
processos socio-culturais associados ao manejo dos recursos naturais por grupos que
estabelecem regras conjuntas para evitar a utilização perdulária dos comuns. Outra vertente
defende a privatização ou a administração estatal dos recursos e espaços de uso comum,

Segundo (BIOFUND 2023), Moçambique é um país rico em diversidade


biológica, com 14 regiões ecológicas compostas por uma vasta diversidade de ecossistemas
terrestres, marinhos, costeiros e aquáticos. O País possui abundantes recursos naturais:
água, terra arável cobrindo 10 diferentes zonas agro-ecológicas sendo cultivadas apenas

14
12%, gás e outras riquezas do subsolo. Significativos recursos minerais e pesqueiros têm
jogado um papel importante como reserva económica.

Aponta se que também, possui uma notável abundância de recursos naturais e


biodiversidade que são pilares vitais para o desenvolvimento do país. A população
moçambicana, depende da biodiversidade e dos serviços ecossistémicos para a sua
subsistência e recorre a estes recursos para garantir o seu bem-estar social, ambiental e
económico. No entanto, a contínua sobre-exploração da biodiversidade e perda de habitats,
acelerada pela agricultura itinerante, poluição, juntamente com a introdução de espécies
exóticas e os efeitos das mudanças climáticas, levou à degradação das espécies e
ecossistemas únicos do país.

Ainda de acordo (BIOFUND, 2023), Moçambique é o habitat de uma rica flora com
6000 espécies de plantas, das quais, mais de 300 espécies de plantas estão na lista vermelha
da IUCN e 22% são endémicas, uma fauna terrestre com 726 espécies de aves, 171 espécies
de répteis, 85 de anfíbios (dos quais 28 são endémicas) e 3075 espécies de insectos.

Em 2021, 29 Áreas de Biodiversidade Chave foram identificadas e delineadas,


cobrindo uma área total de cerca de 139.947,05 km2, com 25 (86%) cobrindo uma área de
134.019,16 km2 em terra e 4 (14%) ocupando 5.927,89 km2 no ambiente marinho. As
áreas terrestres ocupam 17% do território continental de Moçambique e as marítimas 1% da
Zona Económica Exclusiva (ZEE) do país.

Abaixo a ilustração da ocorrência dos recursos naturais nos parque e reservas de


Moçambique.

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Figura 2: Recursos naturais existentes nos parque e reservas de Moçambique
Fonte: BIOFUND 2023.

II.6 Contribuição Ambiental dos Parques e reservas de Moçambique

Podemos sentir esses efeitos no clima, na elevação de temperaturas, no aumento de


chuvas, na piora da qualidade do ar. Condições climáticas em tal estado, são no mínimo,
contraproducentes, além de propiciarem mal-estar à saúde humana. Podemos sentir esses
efeitos no clima, na elevação de temperaturas, no aumento de chuvas, na piora da qualidade
do ar. Condições climáticas em tal estado, são no mínimo, contraproducentes, além de
propiciarem mal-estar à saúde humana.

De acordo com Alves (2020), afirma que a preservação ambiental é necessária para
se garantir estabilidade e mais qualidade de vida e não se trata apenas uma ação de
marketing. Ou pelo menos não deveria ser tratada assim. Outro benefício de se preservar
essas áreas de recursos naturais é o de propiciar o estudo da biodiversidade existente no
16
local. do desenvolvimento das espécies e dos animais existentes na região, assim como seus
comportamentos, é útil para descobertas de novas soluções que podem ser aplicadas para
fins medicinais ou até mesmo para a indústria.

E para (Medeiros & Young, 2011) diz que as áreas protegidas em todo o mundo são
importantes instrumentos de conservação in situ da biodiversidade, ou seja, são áreas
fundamentais à manutenção da integridade de espécies, populações e ecossistemas,
incluindo os sistemas e meios tradicionais de sobrevivência de populações humanas.

Por sua vez, essas áreas preservam e promovem a beleza natural da fauna e da flora
que potencialmente podem atrair milhares de pessoas de todas as regiões do país e do
exterior. Ou seja, se apresentam como uma nova forma de se obter recursos para serem
revertidos em prol do coletivo.

III. CONCLUSÃO

Reconhecendo a importância das unidades de conservação, nas suas diversas


funções e objetivos de manejo, tais como o equilíbrio ambiental, a proteção aos mananciais,

os refúgios de flora e fauna e as áreas de lazer faz- se necessário que os poderes públicos
em todas as suas instâncias incluam em suas Políticas Públicas Ambientais a criação
de Sistemas Municipais, Estaduais, de Unidades de Conservação mais eficazes, com
os respetivos zoneamentos ambientais das áreas a serem protegidas.

Em relação a origem da rede de conservação em Moçambique, é possível notar que


o exercício ganha forca a partir da década de 50 do seculo XX, quando foram criadas as
primeiras áreas de preservação denominadas por reservas florestais ainda no período
colonial.

17
Contudo, as reservas são zonas criadas para proteger e preservar espécies raras da
flora e da fauna, ameaçada e em risco de extinção. E para Moçambique tem como destaque
a reserva especial de Niassa, Reserva do Gilé, Reserva do Pomene, e a Reserva de Maputo.
E para rede dos parques destacam se: Parque Nacional de Gorongosa, Parque Nacional do
Bazaruto, Parque Nacional do Zinave, Parque Nacional de Banhine

As Áreas de Conservação em Moçambique possuem caraterísticas diversificadas,


tanto do ponto de vista ecossistémico, como pela sua localização. Algumas Áreas de
Conservação incluem variados ecossistemas, nomeadamente o terrestre, costeiro e marinho,
por exemplo, a Reserva Especial do Maputo, o Parque Nacional do Arquipélago do
Bazaruto, o Parque Nacional das Quirimbas e a Reserva do Lago Niassa.

III.1 Bibliografia

Alves, M. (28 de 10 de 2020). Parque Nacional é uma área protegida e de grande


extensão. Obtido em 12 de Abril de 2023, de Meio Ambiente:
https://agro20.com.br/parque-nacional
AQUINO, A. A. (2001). O PAPEL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA
PRESERVAÇÃO DA NATUREZA. Brasília : UniCeub.
BIOFUND. (28 de Março de 2023). Áreas de Conservação de Moçambique - Biofund.
Obtido em 10 de Abril de 2023, de BIOFUND:
https://www.biofund.org.mz/mocambique/areas-de-conservacao-de-mocambique/
Borba, R. (20 de Maio de 2022). Reservas naturais: o que são e por que devemos preservá-
las? Descubra Torres. Obtido em 05 de Abril de 2023, de https://oeco.org.br/

18
Junior, F. H. (2011). Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de
São Paul. São Paul. Obtido em 05 de Abril de 2023, de
https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/pagina-
inicial/parques-estaduais/parques-conceito
Matos, E. A. (2011). A nova aboradagem de gestaoa de areas de conservacao e suas
implicacoes sociespaciais: Caso de estudo Chimanimani no centro de Moçambique.
Porto Alegre: UFRGS.
Medeiros, R., & Young, C. E. (2011). PROJETO CONTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO BRASILEIRAS PARA A ECONOMIA NACIONAL:RELATÓRIO
FINAL. Rio de Janeiro: UNEP.
NETO, T. G. (2010). CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DE PERÍMETRO E DE
ATIVIDADES EM ZONA DE AMORTECIMENTO DE UNIDADE DE
CONSERVAÇÃO DA NATUREZA DE USO SUSTENTÁVEL. RATI-PR.
Rodrigues, C. G. (2009). O uso do público nos parques nacionais: a relação entre as
esferas pública e privada na apropriação da biodiversidade. Brasília: CDS.
Turismo, M. d. (2021). Parque Nacional das Quirimbas: Plano de Maneio 2012-2021 .
Moçamique.

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