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organizacionais  Discussão 0.5
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 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas  Rigor e coerência
Referências APA 6ª edição das
4.0
Bibliográficas em citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

i
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

ii
Índice
I. NTRODUÇÃO.....................................................................................................4

1.1 Estrutura...............................................................................................................5

1.2 Objectivos............................................................................................................5

1.2.1 Objectivo geral.....................................................................................................6

1.2.2 Obectivo específico..............................................................................................6

II. A IMPORTÂNCIA DE PLANIFICAR O USO DE TERRA..............................6

2.1 As Funções Da Terra............................................................................................7

2.2 Diferença existente entre as etapas de planificação de uso de terra analise da


situação e analise de problema...........................................................................................8

2.3 Os desafios da lei que regula o uso e aproveitamento de terra............................9

2.4 Zoneamento..........................................................................................................9

2.5 Características Em Comum Entre Os Vários Tipos De Zoneamento................10

2.6 A diferença entre o zoneamento ambiental do zoneamento Geoambiental.......10

2.6.1 Zoneamento Ambiental......................................................................................10

2.6.2 Zoneamento Geoambiental................................................................................10

2.7 Os principais tipos de erro que podem advir do processo de zoneamento.........11

2.8 Os princípios da cartografia das unidades paisagísticas....................................12

2.9 Importância Do Zee Para Planificação De Uso De Terra..................................13

2.10 A importância do planeamento participativo.....................................................14

2.11 O planeamento participativo é uma realidade?..................................................14

2.12 A relação entre a educação ambiental e o planeamento participativo...............15

2.13 Implicações Do Crescimento E Desenvolvimento De Uma Região..................16

III. CONCLUSÃO....................................................................................................18

3.1 Bibliografia........................................................................................................19

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I. NTRODUÇÃO

A terra, incluindo os seus atributos como água, solo, litologia e vegetação, pode ser
considerada como o principal recurso disponível para o desenvolvimento económico. Com
vista a um uso ótimo e sustentável, no planeamento do uso do solo, os diversos atributos da
terra são analisados e avaliados. As principais informações requeridas sobre esses atributos
são a sua distribuição espacial, os padrões (forma e arranjo das unidades de recursos) e o
tipo de recurso. (Frechauth, 2011).

O planeamento é a correcta gestão do território assumem-se como elementos


essenciais para o bem-estar, progresso e sustentabilidade ambiental, em qualquer sociedade.
Para este fim, torna-se indispensável a caracterização da ocupação do solo através de
cartografia actualizada e detalhada.

Portanto, para o presente trabalho, da cadeira Planificação Regional De Uso De


Terra e Desenvolvimento, tem como principal objectivo principal dar resposta as questões
levantadas na primeira secção presencial.

E no concernente à metodologia, o presente trabalho, baseou-se em pesquisa


bibliográfica, que assenta basicamente sobre a consulta de várias obras de diversos autores
que versam sobre o tema, uso internet e módulos da UCM.

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I.1 Estrutura

O presente trabalho encontra-se estruturada em três capítulos, onde o no primeiro


capítulo iremos apresentar a introdução do trabalho definir objetivos, e metodologia, no
segundo capítulo iremos prosseguir com a resolução das questões levantadas na secção
presencial, no terceiro capítulo as notas conclusivas e a respectiva referência bibliográfica.

I.2 Objectivos

I.2.1 Objectivo geral

 Dar respostas as questões levantadas na primeira secção presencial.

I.2.2 Obectivo específico

 Fazer o estudo em função das questões levantadas;


 Analisar os aspetos inerente a matéria de planificação e uso de terra em função das
questões dadas.

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II. A IMPORTÂNCIA DE PLANIFICAR O USO DE TERRA

Chande, apud Floriano, (2004). Aponta que:

Planificar é, talvez, a principal característica que distingue as actividades


humanas das dos outros animais. Por ser racional, o Homem pode analisar o que
ocorreu em situações semelhantes para prever o que é necessário fazer no futuro,
repetindo o que deu certo e evitando os erros do passado; a este processo de
organizar previamente as actividades futuras com base no conhecimento do passado
chama-se planeamento.

Por outro lado, Frechauth, ( 2011) par o ramo da florestal o planeamento de uso de
terra, a capacidade de uso da terra, que é a sua adaptabilidade para fins diversos, sem que
sofra degradação pelos factores de desgaste e empobrecimento, é considerada uma
ferramenta poderosa bastante utilizável. Pois, classificada a capacidade de uso, define-se a
sua possibilidade de ser utilizada para culturas anuais, culturas perenes, pastagens,
reflorestamento, vida silvestre, entre outros, sem sofrer danos consideráveis.

Por tanto, como aponta Chande, a informação sobre o uso da terra pode ser usada
para desenvolver soluções para a gestão de problemas relacionados a recursos naturais
como por exemplo qualidade da água. O levantamento do uso da terra é de grande
importância, na medida em que a ocupação desordenada do solo causa a deterioração do
meio ambiente. Os processos de erosão intensos, as inundações, os assoreamentos de
reservatórios e cursos de água são consequências do mau uso do solo.

II.1 As Funções Da Terra

Segundo Henriques & Narciso ( 2011), os recursos naturais terra e água são
suportes dos ecossistemas naturais e seminaturais, desempenham funções vitais para as
populações rurais. A terra e a água por serem os recursos mais valiosos não podem ser
vistos e analisados isoladamente, mas sim no contexto da organização social, económica e

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cultural das sociedades. Portanto, os serviços dos diferentes padrões de ocupação da terra
são a capacidade de cada uso da terra em fornecer, direta ou indiretamente, os bens e
serviços que satisfazem necessidades humanas.

Para Chande (S/ano), aponta que a terra, incluindo atributos como água, solo,
litologia e vegetação, pode ser considerada talvez como o principal recurso disponível para
o desenvolvimento económico em regiões tropicais, e o por outo lado, a terra é um recurso
finito, enquanto os recursos naturais que ela sustenta podem variar com o tempo e de
acordo com as condições de gestão e os usos a eles atribuídos. Indo de acordo com o
raciocínio do Narciso, podes assim afirmar que a terra sendo recurso infinito, a que
considerar as mudanças de uso da terra que estão diretamente relacionadas a questões de
mudança do clima também. Por exemplo, as queimadas afetam o clima. Por outro lado, as
práticas de reflorestamento podem contribuir para o aumento de estoque de carbono.

II.2 Diferença existente entre as etapas de planificação de uso de terra


analise da situação e analise de problema.

1) Análise De Situação

Segundo Floriano (2004), é fase que se define se o assunto merece ou deve ser
objeto de planejamento. No caso de impactos ambientais, pode-se avaliar sua importância
através do método “5i”. De qualquer maneira, procura se responder às seguintes perguntas:

a) Existem normas que obrigam, ou a legislação exige que o assunto seja


objeto de planejamento?
b) Agestão sobre o assunto exige?
c) As diretrizes da organização exigem?
d) Não há alternativas para o planejamento, por exemplo: uma instrução
normativa de um órgão ou outro documento que substitua um plano para o
assunto?
e) O assunto é tão importante que deve ser objeto de planejamento?
f) O impacto ambiental é significativo?
g) Se o planejamento não for realizado, as conseqüências podem ser grandes o
suficiente para que a alternativa de não realizá-lo seja rejeitada?

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h) Afinal...é, realmente, necessário realizar o planejamento?

Por tanto neste fase comprende as seguinte açoes programadas: Reconhecimento de


situações, Desmembramento de situações e Determinação da seqüência de análise.

2) Analise De Problema

Ainda de acordo com Floriano (2004), é a fase de enunciaçao do problema são o


objeto e o problema defeito, ou desvio que o mesmo apresenta. Ao responder as duas
perguntas seguintes, estará definido o enunciado do problema:

a) Qual é o objeto? meio físico, processo, tarefa ou efeito);


b) Qual é o problema? (desvio do padrão normal, ou defeito que o objeto apresenta);

Porta tanto, nesta etapa são levados a cabo as seguintes ações programadas:
Elaborar o enunciado do problema; Especificar o problema; Verificar que mudanças
ocorreram; Identificar as causas potenciais das mudanças; Determinar as causas mais
prováveis.

II.3 Os desafios da lei que regula o uso e aproveitamento de terra.

Segundo CHIZIANE (2007), os principais defios da lei que regula o uso e


aproveitamento de terra são:

 Falta de critérios claros sobre a representação das comunidades locais e


transparência dos processos de consulta comunitária no âmbito da atribuição do
DUAT;
 Deficiente contribuição da legislação sobre terras para promover o investimento
privado estrangeiro, e assegurar benefícios para a população e para o erário público
nacional;
 Uso insustentável dos recursos naturais de forma a garantir a qualidade de vida para
as presentes e futuras gerações;
 Deficiente conhecimento e aplicação da legislação sobre terras pela Administração
Publica.

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Serra, Dondeyne, & Durang, (2012) Em resumo, o sucesso na implementação da
política e da lei depende largamente de como é que estas se podem pôr efectivamente em
prática, apropriadas e que estão prontamente disponíveis para os praticantes, o pessoal do
sector público e os intervenientes. Se estas puderem ser utilizadas e assimiladas como
instrumentos do quotidiano, muito se pode alcançar.

II.4 Zoneamento

Para FLORIANO (2004), defie zoneamento sendo nada mais é do que o


planejamento da ocupação espacial de forma ordenada e de acordo com suas características
e potencialidades. Nos dias atuais, utiliza-se muitas ferramentas de apoio de alta tecnologia
para realizar o zoneamento ambiental como imageamento por satélite, sistema de
posicionamento geográfico e processamento de imagens e informações através de
programas sofisticados que realizam analises, as mais diversas, para se proceder a
classificação de áreas para ocupação e para monitoramento das ações antrópicas.

E Segundo (Silva & dos Santos, 2004) , Zoneamento é a identificação e a


delimitação de unidades ambientais em um determinado espaço físico, segundo suas
vocações e fragilidades, acertos e conflitos, determinadas a partir dos elementos que
compõem o meio planejado.

Portanto, indo de acordo com FLORIANO (2004), pode se assim difir Zonemaneto
como sendo o planejamento da ocupação espacial de forma ordenada e de acordo com suas
características e potencialidades do solo. sendo este um conceito que abragem todos
aspectos territoriais,

II.5 Características Em Comum Entre Os Vários Tipos De Zoneamento

A realização do zoneamento consiste no levantamento das informações geográficas,


que por sua vez vão formar um banco de dados geográficos sobre o referido território que
deve ser continuamente atualizado.

9
E, de acordo Chande, (S/ano) afirmam que actualmente só é possível com o
desenvolvimento de técnicas de colecta, tratamento e análise de informações por meio de
Sistemas de Informações Geográficas, que permitem o estabelecimento de relações
espaciais entre informações temáticas georreferenciadas. Pota tanto as caracteristicas em
comum entre varios tipos de zonemaneto é que, das informações geradas a partir destes
dados, são produzidas análises, diagnósticos e prognósticos ambientais que servirão de base
para o zoneamento e fornecerão os subsídios à gestão do território. Tais produtos
caracterizam-se por conterem informações integradas do território, expressando as
potencialidades, vocações, fragilidades, susceptibilidades, acertos e conflitos.

II.6 A diferença entre o zoneamento ambiental do zoneamento


Geoambiental

II.6.1 Zoneamento Ambiental

Segundo Floriano (2004), Zoneamento ambiental nada mais é do que o


planejamento da ocupação espacial de forma ordenada e de acordo com suas características
e potencialidades.

Neste sentido, é o zoneamento que leva em consideração, inicialmente, apenas o


aspecto preservacionista. O termo, posteriormente, evolui para Zoneamento Ecológico-
Econômico, com a prerrogativa de englobar as questões social e econômica à ambiental.

II.6.2 Zoneamento Geoambiental

Para Chande (S/ano), é um tipo de zoneamento voltado para os elementos e aspectos


naturais do meio físico e biótico, de forma a se obter zonas que apresentam as
potencialidades de suporte do meio físico de acordo com os condicionadores naturais, em
função dos modificadores socioeconômicos.

Indos para os dois conceitos tanto para Zoneamento Ambiental assim como
geoambiental é possível notar uma diferença, na medida em que, o zoneamento ambiental
esta virada para o ordenamento considerando as características e potencialidade do
território onde inclui apenas aspecto preservacionista. Enquanto, o Zoneamento
geoambiental é voltado para os elementos e aspectos naturais do meio físico e biótico, de

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forma a se obter zonas que apresentam as potencialidades de suporte do meio físico de
acordo com os condicionadores naturais.

II.7 Os principais tipos de erro que podem advir do processo de


zoneamento

Seundo Chande (S/ano), aponta que para tentar amenizar possíveis erros ou
dificuldades encontradas em zoneamentos, a seguir será descrito alguns tipos de erros que
didacticamente foram divididos em:

a) Erro conceitual: é quando um zoneamento no qual determinadas zonas são


demarcadas por uma única actividade ou processo dominante e não pela integração
de dados comuns a todas as zonas. Sem integração, o resultado não é representativo
do meio.
b) Erro metodológico: a metodologia empregada deve ser criteriosamente observada
de acordo com o objectivo do zoneamento. Dependendo da metodologia aplicada
geração de dados espaciais e determinações de zonas homogéneas são inferidas
mudanças abruptas nos limites entre superfícies contínuas e características primárias
(como por exemplo: temperatura, relevo, precipitação, entre outros), como por
exemplo, quando existe diferenciação entre relevo suave e íngreme, percebe-se uma
mudança gradual de uma característica para outra, e não uma mudança brusca como
quando utiliza lógica, criando-se áreas ambíguas.

c) Erros inerentes ao processo: Outro erro bem comum quando se trabalha com
dados espacializados é a questão da escala de trabalho, onde em escalas com menor
nível de detalhamento (Ex: 1:200.000) os dados de características pontuais não
serão significativos dentro do seu zoneamento.

II.8 Os princípios da cartografia das unidades paisagísticas

A paisagem sempre foi título de muitos estudos no campo da ciência geográfica,


logo que, a paisagem pode ser definida como um composto de inter-relações juntamente
com a formações tanto naturais quanto antropólogas onde segundo LIMA (2018):

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Desta maneira, a paisagem caracteriza-se pelas seguintes propriedades: a
comunidade territorial: através da homogeneidade na composição dos elementos
que a integram, e o caráter de suas interações e inter-relações; o caráter sistêmico e
complexo de sua formação que determina a integridade e sua unidade; o nível
particular do intercâmbio de fluxos de substâncias, energia e informação, que
determina seu metabolismo e funcionamento; a homogeneidade relativa da
associação espacial das paisagens, que territorialmente caracterizam-se por um
nível inferior, com regularidade de subordinação espacial e funcional.

Ao selecionar a paisagem, o primeiro passo segue na delimitação deste pelo


pesquisador. Partindo disso, ao escolher os parâmetros para as dinâmicas da paisagem do
perímetro urbano, delimita-se as mesmas com auxílio dos processos cartográficos.

Nessa ordem de ideia, de acordo com (Chande, S/ano) aponta que a cartografia é um
instrumento importante no adequado desenvolvimento dos procedimentos de planeamento e
de ordenamento do território, pois permite a partir de mapas e bases cartográficas,
visualizar o arranjo espacial tradicional e colectivo da terra, demonstrando os seus diversos
usos. Onde, a unidade de paisagem é reconhecida como resultado da conjunção de factores
distintos como a história geológica, a morfogênese do relevo, o clima em seu movimento, a
dinâmica biológica e a participação da acção humana em sua evolução histórica.

O raciocínio para elaboração da cartografia das unidades de paisagem segue um


fluxo de referência metodológica que parte da conscientização sobre os questionamentos
que são feitos sobre o ambiente, que devem ser dirigidos tanto a natureza bem como a
sociedade.

Segundo (Chande, S/ano) refere que, para se efectivar a cartografia tem de se


considerar fundamental o conhecimento lito-geomorfológico, em nível dinâmico da
realidade que deverá ser colocada sobre o mapa. Assim, a superfície terrestre modelada em
formas esculturais do relevo deve ser relacionada não só as rochas e aos arranjos estruturais
de diferentes idades e origens que as sustentam, bem como as formações superficiais e aos
solos decorrentes que as recobrem.

II.9 Importância Do Zee Para Planificação De Uso De Terra

12
TAGLIANI (2016), diz que um dos principais instrumentos de apoio à tomada de
decisão no licenciamento ambiental municipal é o zoneamento ecológico-econômico
(ZEE), o qual consta nos respectivos Planos Ambientais Municipais como um dos
programas ambientais a serem desenvolvidos pelos municípios. Embora, o zoneamento
deva ter uma característica local, deve ser tão integrado quanto são os ecossistemas
presentes, ou seja, não poderá estar desvinculado dos demais zoneamentos dos municípios
vizinhos, ou a gestão ambiental municipal continuará deficiente, com consequências
negativas sobre a bacia de drenagem, como também sobre toda a Zona Costeira.

Por outro lado, Segundo CHANDE, aponta que o ZEE tem como objectivo
diagnosticar vulnerabilidades e potencialidades naturais e socioeconômicas, bem como
fazer o arranjo jurídico-institucional, prognosticar uso do território e tendências futuras e
propor diretrizes de proteção, recuperação e de desenvolvimento com conservação, onde,
serve de subsídio para a formulação de políticas territoriais voltadas para a protecção
ambiental, a melhoria das condições de vida da população e a redução dos riscos de perda
de capital natural. Por isso mesmo a ZEE tornace imppotante na medida em que busca a
sustentabilidade de uma região, e a tal importância se refere aos conhecimentos sobre as
características sociais, culturais, económicas e ambientais e a implementação de políticas
públicas por meio desse zoneamento.

Portanto, para a efetivação do Zoneamento Ecológico-Economico, faz -se


necessário o conhecimento de sua génese, constituição física, forma e estágio de evolução,
bem como sua cobertura vegetal. Para isso, utiliza informações de mapas geológicos,
geomorfológicos, pedológicos, de vegetação ou uso da terra e dados climatológicos.

II.10A importância do planeamento participativo

Para Gandin (2001), refere que o planeamento Participativo pretende ser mais do
que uma ferramenta para a administração; parte da ideia que não basta uma ferramenta para
“fazer bem as coisas” dentro de um paradigma instituído, mas é preciso desenvolver
conceitos, modelos, técnicas, instrumentos para definir “as coisas certas” a fazer, não
apenas para o crescimento e a sobrevivência da entidade planejada, mas para a construção

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da sociedade; neste sentido, inclui como sua tarefa contribuir para a construção de novos
horizontes, entre os quais estão, necessariamente, valores que constituirão a sociedade.

O autor ainda defende que o chama Planeamento Participativo não é o fato de nele
se estimular a participação das pessoas. Isto existe em quase todos os processos de
planeamento, não há condições de fazer algo na realidade atual sem, pelo menos, pedir às
pessoas que tragam sugestões. Usa-se esta “participação” até para iludir. O Planeamento
Participativo é, de facto, uma tendência (uma escola) dentro do campo de propostas de
ferramentas para intervir na realidade.

Por tanto, nesta corrente de passamentos, podemos assim diz, o planeamento


participativo, é a parte onde os actores sociais devem intervir durante as diversas fases dos
trabalhos, desde a concepção até a gestão, com vistas à construção de seus interesses
próprios e colectivos, para que o ZEE seja autêntico, legítimo e realizável.

II.11O planeamento participativo é uma realidade?

O planeamento participativo é uma realidade segundo como aponta Gandin (2001),


que convém, desde logo, ressaltar alguns pontos em que o Planeamento Participativo se
distingue das demais correntes, mesmo correndo o risco de alguma repetição posterior para
melhor aprofundar alguma ideia tais como:

a) Ele foi desenvolvido para instituições, grupos e movimentos que não têm
como primeira tarefa ou missão aumentar o lucro, competir e sobreviver,
mas contribuir para a construção da realidade social. Tais entidades,
incluindo aqui governos e seus diversos órgãos, não dispunham de
ferramenta adequada para organizar seus processos de intervenção na
realidade e vão, aos poucos, aproveitando-se do que o Planeamento
Participativo lhes oferece para isto;

b) Ele parte da verificação de que não existe participação real em nossas


sociedades, isto é, de que há pessoas e grupos dentro delas que não podem
dispor dos recursos necessários ao seu mínimo bem-estar. Mais do que isto

14
parte da clareza de que isto é consequência da organização estrutural injusta
destas mesmas sociedades;

c) Propõe-se, por isto, como ferramenta para que as instituições, grupos e


movimentos que para isto existirem, e, obviamente, para os governos e seus
órgãos, porque para isto existem, possam ter uma ação e um ser direcionados
a influir na construção externa da realidade, ou seja, a serem, eles mesmos,
apenas meios para a busca de fins sociais maiores.

d) Como consequência, constrói um conjunto de conceitos, de modelos, de


técnicas e de instrumentos que permitam utilizar processos científicos e
ideológicos e organizar a participação para intervir na realidade, na direção
conjuntamente estabelecida.

II.12A relação entre a educação ambiental e o planeamento participativo

Segundo Santos (2013), Entende-se Educação Ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum
do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

De facto, a educação ambiental não tem a finalidade de reproduzir e dar sentido


universal a valores de grupos dominantes, impondo condutas, mas sim de estabelecer
processos práticos e reflexivos que levem à consolidação de valores que possam ser
entendidos e aceitos como favoráveis à sustentabilidade global, à justiça social e à
preservação da vida.

Porem, inicialmente a Educação Ambiental foi discutida para ser aplicada no


contexto escolar, mas, diante dos avanços nas discussões e amplitude dos impactos
antrópicos ela foi tornando-se elemento chave na possibilidade de estratégias de
planeamento de intervenção para a solução de problemas ambientais em todos os setores
sociais. Portanto, torna-se evidente a necessidade da criação de estratégias de mobilização
comunitária que insiram o poder público e a coletividade na promoção de medidas que

15
contribuam para a mudança da realidade socioambiental do local. So é possivel mediante a
planeamento paticipativo que consite na iclusao de toda camada da sociedade nos processo
e debates dos sistema da ambietal.

II.13Implicações Do Crescimento E Desenvolvimento De Uma Região.

O conceito de desenvolvimento não é acabado, mas, sim, está em constante


transformação, caso da preocupação com a dimensão subnacional, claramente evidenciada
na afirmação de Corrêa, Silveira, & Kist, (2019) de que o desenvolvimento ocorre de forma
desigual e, uma vez iniciado em determinados pontos, tem a característica de fortalecer as
regiões mais dinâmicas em detrimento das menos dinâmicas e se configura em aspectos
intra e inter-relacionados às mesmas.

Identificam-se, então, teorias econômicas e teorias espaciais, ou de localização


dessas e explicar as questões mercadológicas da economia de maneira geral, no caso
daquelas. Ou seja, começa, a partir desse momento, a haver uma preocupação mais focada
nas dimensões subnacionais, surgindo, então, a noção de desenvolvimento regional.

Conceitualmente, praticamente, não há distinção entre desenvolvimento de uma


nação ou desenvolvimento de uma região, no entanto as explicações para um e outro caso
podem ser distintas, por conta de uma questão de escala, das características socio espaciais
e da historicidade diferencial dos territórios, ou mesmo de autonomia administrativa. Por
sua vez, pensar o desenvolvimento regional implica considerar, ainda que de modo
sintético, o que se entende por região, pois, a exemplo do desenvolvimento, há vasta e
respeitável literatura a respeito.

E por outro lado, de acordo Bezerra, Rigotto, Pessoa, & da Silva, (2014) a
chegada do desenvolvimento traz um esteio de destruição que se inicia pelas
desapropriações e avançada sobre a natureza. É claro, para os participantes do grupo, quem
são os beneficiários desse modelo. Ressentem-se da imposição e intervenção sobre suas
vidas, reconhecem o fato de não terem sido consultados sobre os seus destinos. Tal situação
evidencia a não participação nos processos decisórios. Dai que, a implantação de um
processo de desenvolvimento econômico numa comunidade traz impactos de grande

16
magnitude com fortes interferências na organização comunitária e na saúde dos habitantes
do lugar, principalmente dos trabalhadores.

Mas também, Apesar das transformações advindas com o modelo de


desenvolvimento econômico, proporcionar profundas mudanças no modo e estilo de viver
das comunidades, principalmente dos trabalhadores, sejam esses rurais ou urbanos, não
possuem em seu bojo perspectivas fundamentais para a atuação crítica desses trabalhadores,
potencializando sua autonomia e cidadania. Há um descompasso, todavia, com o
desenvolvimento de políticas públicas no que se refere à proteção e promoção à saúde
nesses territórios.

III. CONCLUSÃO

Conforme referido na introdução do trabalho, teve como objetivo dar resposta as


questões levantadas na primeira secção presencial, importar ainda referir que o objetivo
proposto foi alcançado. Contudo, chegou se a conclusão que a matéria do Zoneamento e
planeamento do território tem vasta utilidade para várias áreas da comunidade, tem
contribuído bastante para a melhoria no usso e ocupação do território, na medida em que
permite efectuar um planeamento com foco no usso e racional e sustentável solo
considerando assim suas características e potencialidades, uma vez que é o principal
recurso natural e base de todos ecossistemas.

Por sua vez, lei que regula o uso e aproveitamento de terra tem desafios quanto a
sua implantação apontando a falta de critérios claros, e transparência na atribuição dos
DUAT, verifica se deficiência legislação sore a terra para prover investimentos, o uso
insustentável dos recursos de modo a garantir a qualidade de vida da presente e futuras
gerações e deficiência de conhecimento para aplicação da legislação sobre terra pela
administração publica. Onde, esta situação pode ser ultrapassada se por exemplo as
políticas aptarem pelo planeamento participativo e promover campanas de educação
ambiental.

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Foi possível também verificar que o crescimento e desenvolvimento de uma região
têm suas implicações direitas sobre os recursos naturais e consequentemente a degradação
do meio ambiente. Por isso mesmo com a chegada do desenvolvimento traz um esteio de
destruição que se inicia pelas desapropriações e avançada sobre a natureza.

III.1 Bibliografia

Bezerra, M. d., Rigotto, R. M., Pessoa, V. M., & da Silva, F. V. (19 de Outubro de 2014).
Implicações do desenvolvimento econômico no trabalho ambiente e saúde em
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de Abril de 2023, de https://doi.org/10.1590/1413-812320141910.09802014

Chande, D. I. (S/ano). PLANIFICAÇÃO REGIONAL DO USO DA TERRA E


DESENVOLVIMENTO. Beira: S/editora.

CHIZIANE, E. (2007 ). IMPLICAÇÕES JURIDICAS DO DEBATE SOBRE A


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Corrêa, J. C., Silveira, R. L., & Kist, R. B. (21 de Janeiro de 2019). SOBRE O CONCEITO
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FLORIANO, E. P. (2004). PLANEJAMENTO AMBIENTAL. Santa Rosa,: ANORGS.

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Gandin, D. (Janho de 2001). A Posição do Planejamento Participativo entre as Ferramentas


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HENRIQUES, P. D., & NARCISO, V. (2011). Funções da terra e da água para as


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Notas para reflexão sobre a situação actual e os desafios para o futuro.
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