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Tema do Trabalho:
COMPONENTES LÍQUIDOS E GASOSOS DO SOLO
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 1
2.2.2. pH ......................................................................................................................... 9
3. Conclusão .......................................................................................................................... 14
4. Referências: ....................................................................................................................... 15
1. Introdução
Os solos são corpos naturais formados pela desagregação das rochas. Os solos são variados e
formados pela desintegração das partículas que compõem a rocha, o nome desse processo é
intemperismo. Os solos são classificados de diversas formas, como quanto à textura e à
presença de areia ou argila em sua composição, e esta é influenciada pelos elementos
presentes neles.
O Solo é composto por três fases. Entre os constituintes do solo destacam-se os componentes
líquidos e gasosos que são tão importante tanto quanto a componente sólida do solo
constituída por matéria orgânica e mineral. A água e o ar ou atmosfera do solo são
indispensáveis para a vida do solo que por sua vez garantem o desenvolvimento e a
manutenção dos seres vivos no solo.
Humidade do Solo;
Noções sobre ácido, base e pH
Origem da acidez do solo
Tipos de acidez do solo
Correcção da acidez do solo
O trabalho está estruturado da seguinte maneira: capa; Folha de Feedback; Folha para
recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos;
metodologia; análise e discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e
referencias bibliográficas.
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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Falar sobre os Componentes Líquidos e Gasosos do Solo.
1.1.2. Específicos
Descrever os Componentes Líquidos e Gasosos do Solo;
Distinguir a Componente Liquida da Sólida;
Explicar a ocorrência de cada uma das componentes.
1.2.Metodologia
Metodologia é o percurso percorrido para se alcançar um determinado fim. Para se alcançar os
objectivos traçados, o presente trabalho realizou-se, ou seja, desenvolveu-se com base nas
regras de produção e publicação de trabalhos científicos da Universidade Católica de
Moçambique. Os conteúdos foram desenvolvidos recorrendo-se a leitura de varias obras
literárias, artigos, referências bibliográficas e manuais que abordam assuntos relacionado com
o tema em questão. Como não basta-se, recorreu-se também ao uso da internet.
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2. Componentes Líquidos e Gasosos do Solo
2.1.Humidade do Solo
A água ocupa os microporos e o ar ocupa os macroporos. Entretanto, após uma chuva intensa,
tanto os macroporos quanto os microporos estarão ocupados por água e, depois de algumas
horas, a água presente nos macroporos será drenada até chegar ao lençol freático. De acordo
com Teixeira (2009), refere-se que:
Essa drenagem da água dos macroporos ocorre por simples acção da gravidade que
puxa a água para baixo. A gravidade, no entanto, não consegue retirar a água presente
nos microporos e, desta forma, a água dos microporos fica disponível para as plantas e
os organismos que vivem no solo. Com o passar do tempo, a água presente nos
microporos será absorvida pelas plantas e organismos, e também pode ocorrer o
processo de evaporação a partir da superfície (p. 46).
Conforme o ponto de vista do autor acima citado, podemos afirmar que devido a isso, os
microporos vão perdendo água, sendo preenchidos por ar. Assim, será necessária uma nova
chuva para que os microporos sejam preenchidos novamente com água. A água presente no
solo vem principalmente das chuvas, mas a composição da água da chuva é bem diferente da
água do solo. Ainda segundo Teixeira (2009):
A fase líquida, ou a água do solo é chamada de solução do solo. Este nome é dado
porque no solo a água não é pura, ou seja, quando a água infiltra no solo muitos iões
se solubilizam, ou seja, dissolvem-se nela. Portanto, a solução do solo é resultante de
inúmeras reacções que ocorrem com as outras fases que constituem o solo,
principalmente a fase sólida (p. 47).
Entretanto, conforme os pensamentos do autor acima citado, pode-se dizer que a solução do
solo é um sistema dinâmico, e que troca matéria com suas vizinhanças as plantas absorvem a
água e nutrientes que necessitam da solução do solo. O ar do solo ocupa principalmente os
macroporos. Sua característica é semelhante ao do ar atmosférico, diferenciando apenas na
concentração dos gases que os constituem. De acordo com Lucci, et al (2014), refere-se que:
Segundo o autor acima citado, para determinação do peso seco e da massa de água, o método
tradicional é a secagem em estufa, na qual a amostra é mantida com temperatura entre 105 °C
e 110 °C, até que apresente peso constante, o que significa que ela perdeu a sua água por
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evaporação. Conforme Lucci, et al (2014), o peso da água é determinado pela diferença entre
o peso da amostra (P) e o peso seco ( ). Desta forma temos:
Para Luis (2017), o componente líquido do solo vem a ser a água do solo, porém na realidade
trata-se de uma solução, uma vez que a água contém minerais (catiões e aniões) dissolvidos, e
essa água e esses minerais serão absorvidos pelas plantas. A água do solo fica retida nos
microporos e é drenada para as camadas mais profundas do solo, pela acção da gravidade,
quando está nos macroporos, os quais são responsáveis pela aeração do solo. O autor acima
citado expressa que:
A água do solo está retida a tensões variáveis, porém, quando os valores de tensão são
muito elevados, mesmo existindo água no solo a mesma não pode ser absorvida pelas
plantas, que murcham, às vezes de maneira irreversível. A água é um factor
determinante na génese do solo, sendo indispensável à vida das plantas. Em geral, o
teor de água no solo exprime-se através da percentagem de água em relação ao peso
do solo, que foi seco a 105ºC (p. 49).
É importante, no entanto, notar que a quantidade de água existente no solo só tem significado
quando considerada em conjunto com a força com que a água se encontra retida no solo. Este
facto facilita ou não a sua absorção pelas plantas.
Fig. 1. Esta água contida nos macroporos escoa-se por acção da gravidade
Água de gravidade
ou de saturação Pequenos agregados
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Fig. 2. Esta água está retida em volta de partículas terrosas ou nos espaços capilares e é
facilmente absorvida pelas raízes.
Água utilizável pelas Pélo radicular
plantas ou reserve útil Espaço capilar
Menor força 𝐹 de
retenção Película liquida
Fig. 3. Esta água está fortemente retida em volta de partículas terrosas e não é absorvida pelas
plantas.
Maior força de Espaço capilar
retenção
Pélo Radicular
Níveis suficientes de humidade do solo são uma condição importante para a formação
adequada das plantas e para o alto rendimento das culturas. Para a planta, a água serve não
apenas como um agente de restauração de humidade, mas também como um regulador de
temperatura. No processo de termorregulação, a planta evapora até 99% de toda a água obtida,
utilizando apenas 0,2% a 0,5% para a formação da massa vegetativa. Portanto, é fácil
entender que a planta tem necessidades diferentes de humidade dependendo das condições
climáticas e estágios de crescimento (Teixeira, 2009).
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2.1.1. Principais métodos de determinação da humidade do solo
Existem métodos directos e indirectos de determinação da humidade do solo. Dentre os
métodos directos, Lucci, et al (2014) afirma que, o gravimétrico é o mais utilizado,
consistindo em amostrar o solo e, por meio de pesagens, determinar a sua humidade
gravimétrica, relacionando a massa de água com a massa de sólidos da amostra ou a
humidade volumétrica, relacionando o volume de água contido na amostra e o seu volume.
Conforme o autor acima citado, refere-se que o método gravimétrico possui a desvantagem de
necessitar de 24 horas ou mais para obter o resultado. Contudo, é o método-padrão para
calibração dos métodos indirectos. Por possuir determinação instantânea da humidade do solo,
os sensores se tornam mais adequados para indicar o início e a duração da irrigação.
Eles medem a humidade do solo em quilopascal (kPa), esta é a unidade padrão de pressão e
tensão no Sistema Internacional. Equivale a força de 1 N aplicada sobre uma superfície de 1
m2. A maioria das hortaliças, flores, fruteiras e em várias das culturas anuais, tem se
recomendado a irrigação em tensões de água no solo que variam, tipicamente, de 10 a 50 kPa
(Lucci, et al, 2014).
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b) Tensiômetro
O tensiômetro é formado por cápsulas porosas contendo água em sua cavidade que são
dispositivos de medição de tensão ou sucção que é mantido em contacto com a superfície do
solo, ou neste inserido. Em equilíbrio, sua leitura é directamente a tensão da água no solo, em
unidade de energia dividida por volume (pressão). As principais vantagens do tensiômetro são
que além de sua construção ser fácil e não necessitar de calibração. Sua faixa de trabalho
teórica é um assunto discutível, porém, nos usos de campo os tensiômetros funcionam bem
entre zero e 70 kPa (Lucci, et al, 2014).
Sua principal limitação é necessitar frequentes manutenções, visto que acontece um acúmulo
de ar na cavidade da cápsula porosa, o que ocorre com velocidade crescente, sempre que a
tensão da água no solo supera 30 kPa. Por esta razão, o tensiômetro não é um sensor adequado
para a automatização de sistemas não assistidos. Outras desvantagens do tensiômetro é o
contacto precário com o solo, na sua construção como haste cilíndrica rígida. O mau contacto
diminui consideravelmente a condução de água entre o solo e a cápsula porosa. Nesse caso a
resposta pode desenvolver-se com inaceitável atraso (Lucci, et al, 2014).
c) Condutividade térmica:
Um método confiável de se estimar a tensão da água no solo é através do acompanhamento da
condutividade térmica de cápsulas porosas de acordo com sua impregnação com água. Neste
caso, a variação da massa de água na cápsula porosa é acompanhada através dos seus efeitos
directos sobre a condutividade térmica. O sensor de tensão de água por condutividade térmica
é constituído de uma fonte de calor, com dissipação térmica ajustada e estável, usualmente
uma resistência eléctrica centralizada, e de um sensor para acompanhar a diferença de
temperatura entre dois pontos, ao longo do raio de cápsulas porosas cilíndricas.
Neste sistema, cada cápsula porosa precisa ser calibrada, individualmente, e a relação entre a
tensão de água e a diferença de temperatura medida não é linear e aumenta conforme o solo
seca. Mesmo necessitando calibração individualizada, o sensor por condutividade eléctrica é
um sistema estável que pode ser utilizado na automação de sistemas não-assistidos. A faixa de
tensões água de trabalho depende da porosidade e da distribuição das dimensões dos poros na
cápsula porosa do sensor. Desse modo, pode vir a operar tanto em tensões inferiores a
100kPa, como também em tensões muito superiores a este valor (Lucci, et al, 2014).
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2.2.Noções sobre Ácido, Base e pH
2.2.1. Ácido e Base
a) Definição de Arrhenius (1884)
A definição de Arrhenius de ácido é uma substância que, em solução aquosa, origina iões
. Bases são substâncias que, em solução aquosa, originam iões . Por exemplo, o
ácido clorídrico HCl e o hidróxido de sódio NaOH se comportam, respectivamente, como um
ácido e uma base de Arrhenius, pois, ocorrem os processos de as dissociação iónica quando
adicionados à um volume de água (Shriver, et al, 2008).
Ácido de Arrhenius:
Bases de Arrhenius:
De acordo com a definição de ácidos e bases de Arrhenius, uma reacção entre um ácido e uma
base, processo químico denominado de reacção de neutralização, é descrita pela seguinte
equação na forma iónica:
Segundo Shriver, et al, (2008), refere-se que Uma equação iónica é, logicamente, aquela que
mostra iões. Nestes tipos de equações, no lado esquerdo são apresentadas somente as espécies
que, em solução, realmente reagem e do lado direito as espécies que são formadas. Note que
na equação a seguir, em solução aquosa, os iões Na+ e Cl- não são escritos, isto não significa
que eles não estão presentes, somente que eles não são consumidos ou formados na reacção
química, ou seja:
De início, a definição de Arrhenius é bastante restritiva, uma vez que limita o comportamento
ácido-base a soluções aquosas. Para generalizá-la, novos conceitos surgiram e um deles foi
formulado por Brønsted e Lowry
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b) Definição de Brønsted–Lowry (1923)
De acordo com Shriver, et al (2008), em 1923 Brønsted e Lowry, independentemente
propuseram as seguintes definições para ácidos e bases:
As espécies químicas que diferem uma da outra pelo protão transferido formam um par ácido
e base conjugados. Portanto, na equação acima constitui um par de ácido/base
conjugado, designados como ácido1 e base1, assim como, representam o outro
par de ácido e base conjugados. Em todas as reacções ácido-base de Brønsted – Lowry, há
necessariamente a produção de dois pares ácido/base conjugados (Shriver, et al, 2008).
2.2.2. pH
Segundo Shriver, et al, (2008), o pH é definido como potencial hidrogeniônico, que é uma
escala logarítmica que indica com valores de 0 a 14 se a solução é ácida, neutra ou básica.
Ainda conforme o autor acima citado, refere-se que:
Segundo os autores acima citados, a principal forma de avaliação da acidez do solo é pelo
valor de pH, que representa a concentração (actividade) de iões hidrogénio na solução do
solo. Esta informação apresenta efeito prático muito importante para a avaliação da fertilidade
do solo porque está directamente relacionada à disponibilidade dos nutrientes às plantas.
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Fonte: Grotzinger & Jordan (2013)
Lucci, et al (2014) afirma que, em relação a origem a acidez do solo, tudo indica que a origem
primária da acidez do solo esteja ligada ao . Isso significa que durante as transformações
iniciais das rochas (m. silicatadas) o desempenhou papel relevante como gerador de
protões, segundo a equação a baixo.
A acidez de um solo caracteriza-se pelo seu valor de pH e seu caráter ácido aumenta na
medida que o pH do solo diminui. Entre os problemas de um solo ácido, destacam-se a menor
disponibilidade de alguns nutrientes (especialmente fósforo e molibdênio) e a toxidez de
alumínio e manganês. Entretanto, as rochas das quais os solos se originam, quando moídas e
em contato com a água, mantém o pH próximo à neutralidade (pH 7,0) e contêm substâncias
muito pouco solúveis enquanto que, após milhares de anos, os solos formados a partir destas
rochas apresentam reação ácida e aumento na concentração de elementos com alta valência
(Fe e Al) (Grotzinger & Jordan, 2013).
a) Ativa: que diz respeito a quantidade de H+ presente na solução do solo. É tão pequena
que é medida em valores de pH (-log H+). Por exemplo, pH 4,0 tem apenas 0,0001
mol H+ l-1.
b) Trocável ou Al Trocável: refere-se a quantidade de Al+3 adsorvido pelas cargas
negativas do solo.
c) Não Trocável: refere-se a quantidade de hidrogênio ligado por ligações de
coordenação aos grupos funcionais dos colóides orgânicos e inorgânicos (argilas e
óxidos). Esse hidrogênio só se dissocia quando se adiciona OH-1 no solo. Assim,
quanto mais OH-1 se adiciona ao solo, mais H se extrai; o que torna obrigatório citar o
pH da solução extratora (por exemplo, acetato de cálcio pH 7,0).
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d) Potencial: o somatório do Al+3 + H é a acidez potencial do solo. Ela representa
exatamente a quantidade de calcário a ser adicionada para elevar o pH do solo a um
valor específico, de acordo com o que foi determinada.
Quando a acidez estiver elevada, afecta a disponibilidade dos nutrientes. Com excepção dos
micronutrientes catiónicos (ferro, cobre, manganês e zinco), todos os demais nutrientes
importantes para a planta têm sua disponibilidade reduzida em baixos pHs. Na figura abaixo,
mostramos como ocorre, na prática, a disponibilidade de nutrientes no solo com a elevação do
pH.
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De acordo com Grotzinger & Jordan (2013), a acidez do solo é corrigida através da
incorporação de sais, principalmente os carbonatos, fornecendo hidroxilas (OH–) para a
neutralização do pH e precipitação do alumínio tóxico. A calagem fornece, ainda, cálcio e
magnésio para o solo, aumentando a sua participação no complexo de troca.
Segundo os autores acima citados. em solos dominados pelas argilas de baixa actividade
(caulinitas e óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio), a calagem promove a dissociação de
grupamentos OH na superfície das argilas e da matéria orgânica do solo, aumenta a sua CTC e
bloqueia sítios de adsorção específica de fósforo.
Conforme o ponto de vista dos autores acima citados, podemos afirmar que a origem da
acidez do solo se deu nos processos pedológicos que por milhões de anos actuaram sobre sua
matriz, lixiviando as bases e concentrando o alumínio trocável. Esses processos atuam em
escala geológica de tempo, o que os tornam praticamente estáveis se considerarmos a escala
de tempo dos cultivos agrícolas ou das actividades humanas como um todo.
Sendo assim, uma vez corrigidos os solos, os processos que provocariam a sua acidificação
são: a exportação de bases pelas plantas, a produção e exsudação de ácidos orgânicos pelas
raízes, a decomposição da matéria orgânica do solo e a aplicação de fertilizantes de reacção
ácida (como o sulfato de amónio). Esses processos causam acidificação gradual dos solos, o
que exige um acompanhamento constante, para evitar perdas de produtividade.
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3. Conclusão
Conclui-se que, o ar presente no solo difere, de alguma forma, daquele presente na superfície.
Preenchendo total ou parcialmente os poros (macroporos), o ar do solo, que varia segundo as
estações do ano, a profundidade, o tipo de solo analisado e, principalmente, a quantidade de
água existente no momento, apresenta maior concentração de gás carbónico e menor de
oxigénio do que aquelas do ar atmosférico, uma vez que há significativa actividade biológica
sem que ocorra o processo fotossintético, devido à ausência de luz.
O ar também se faz presente dissolvido nos líquidos do solo – a água ou as soluções que esta
constitui. A água presente no solo, como ocorre em qualquer ambiente, é componente
essencial à vida, seja como solvente, diluente ou veículo de gases e nutrientes, seja como
recurso metabólico e fisiológico, necessário aos organismos vivos que se encontram no
próprio solo ou captado pela planta por meio de suas raízes.
Nos componentes líquidos e gasosos do solo encontram-se os poros que devem ser
constituídos de 25% para armazenamento de água e 25% para aeração. O componente líquido
do solo é a água do solo em solução, visto que a água contém minerais dissolvidos. O
componente gasoso do solo é o ar do solo, que possui a mesma composição qualitativa do ar
atmosférico.
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4. Referências:
Grotzinger, J. P.; Jordan, T. H. (2013). Para entender a terra (6ª edição). Porto Alegre:
Bookman.
Teixeira, W. (2009). Decifrando a Terra (2ª edição). São Paulo: Companhia Editora Nacional.
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