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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Resumo de Unidades Temáticas XIII - XXIV

Nélia Fernando Ezerane - 708204502

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Geografia dos Transportes, Comunicação
e Turismo
Ano de Frequência: 3° ano
Turma E, Sala 9

Docente: Álvaro Anhandane

Tete, Julho de 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Pontuaçã Nota do
Subtotal
o máxima tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional relevante
na área de estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

ii
Folha para recomendações de melhoria

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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 3

1.1. Objectivo geral ......................................................................................................................... 3

1.1.1. Objectivos específicos ........................................................................................................... 3

1.2. Metodologias ............................................................................................................................ 3

2. RESUMO DAS UNIDADES ................................................................................................... 4

2.1. Unidade XIII - Corredores de desenvolvimento no mundo ..................................................... 4

2.2. Unidade XIV - Corredores de desenvolvimento em Moçambique .......................................... 4

2.3. Unidade XV - Relação de transportes e comunicações com o meio ambiente ........................ 5

2.4. Unidade XVI – Comércio ......................................................................................................... 6

2.5. Unidade XVII - Acordo geral das tarifas.................................................................................. 6

2.5.2. Principais exportações e importações .................................................................................... 7

2.6. Unidade XVIII - Introdução ao estudo do turismo ................................................................... 7

2.7. Unidade XIX - Tipos de turismo e sua classificação................................................................ 9

2.8. Unidade XX - Movimentos turísticos ..................................................................................... 10

2.9. Unidade XXI - Turismo e seus agentes económicos .............................................................. 10

2.10. Unidade XXII - Estudo da diversidade turística ................................................................... 11

2.10.1. Classificação do turismo quanto a distância do lugar de origem ...................................... 11

2.11. Unidade XXIII - Turismo em Moçambique ......................................................................... 12

2.11.1. Factores de Procura Turística em Moçambique ................................................................ 12

2.11.2. Principais regioes turísticas em Moçambique ................................................................... 12

2.12. Unidade XXIV - Turismo e meio ambiente no mundo ........................................................ 13

3. Conclusão ............................................................................................................................... 14

4. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 15


1. Introdução

O presente trabalho visa apresentar o resumo das unidades temáticas patentes no Módulo de
Geografia dos Transportes, Comunicações e Turismo, no interval de 13 à 24. No decurso dos
últimos decénios, sobretudo a partir do último quartel do século passado, o turismo internacional
tornou-se numa das primeiras actividades económicas do mundo, tornando-se determinante em
alguns países.

Convém, também, referir que o turismo foi definido pelo Governo moçambicano como uma área
prioritária para a diversificação da economia do país, ao lado da agricultura, da energia e das
infraestruturas. Relativamente ao turismo argumenta-se que Moçambique possui um potencial rico
para se tornar um destino turístico de nível regional e internacional, devidas as suas vantagens
comparativas. O potencial para o desenvolvimento do turismo em Moçambique é interessante e
diversificado, sendo que os documentos oficiais e estudos sobre o turismo em evidenciam por um
lado as matérias naturais e elementos culturais.

1.1. Objectivo geral


Conhecer a Geografia dos Transportes, Comunicações e Turismo.
1.1.1. Objectivos específicos
Resumir as unidades temáticas do modulo;
Definir o turismo
Descrever o turismo em Moçamnique;
Indicar os factores da procura turística em Moçambique.

1.2. Metodologias

De acordo com Demo (1987), a metodologia é uma preocupação instrumental, que trata do caminho
para a ciência tratar a realidade teórica e prática e centra-se, geralmente, no esforço de transmitir
uma iniciação aos procedimentos lógicos voltados para questões da causalidade, dos princípios
formais da identidade, da dedução e da indução, da objetividade, etc.

Portanto, a metodologia utilizada na pesquisa foi uma abordagem teórica metodológica, onde a
mesma foi pautada em uma pesquisa qualitativa, com carácter bibliográfico, assim, diversos
autores puderam prestar suas contribuições para esse trabalho.

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2. RESUMO DAS UNIDADES
2.1. Unidade XIII - Corredores de desenvolvimento no mundo

De acordo com Barat (1972), os corredores são definidos como segmentos do sistema de
transportes, ligando áreas ou pólos entre os quais ocorre, ou deverá ocorrer em futuro próximo,
intercâmbio de mercadorias de densidade tal que justifique a adopção de modernas tecnologias de
manuseio, armazenagem e transportes, tendo-se em vista principalmente a generalização. Exigem
aplicações intensivas de capital, mas proporcionam reduções significativas nos custos de
transferência de mercadorias.

 No primeiro caso, são as possibilidades do comércio internacional e seus reflexos na evolução


tecnológica – condicionante de novos tipos de veículos – que determinam o dimensionamento
da capacidade dos portos (e aeroportos) e, consequentemente, da sua retaguarda de transporte
para atender ao tráfego denso de superfície (ferrovias, vias navegáveis, dutos e rodovias-tronco
expressas).
 No segundo caso, em termos mais amplos, são as potencialidades de expansão da produção
(resultante das disponibilidades de factores de produção mobilizáveis num dado momento e em
certas regiões) e as possibilidades de expansão do consumo final urbano ou intermediário
industrial, que permitirão identificar as grandes concentrações de embarque e desembarque de
carga, as quais, em última análise, dimensionarão a capacidade do transporte linear para
atendimento do tráfego denso.

2.2. Unidade XIV - Corredores de desenvolvimento em Moçambique

Os corredores constituem o ponto fulcral para iniciativas de desenvolvimento regional.


Inicialmente, baseados em rotas de transporte, os corredores são importantes para o alcance dos
objectivos económicos e políticos da região, particularmente devido ao facto de que quase metade
dos Estados membro da SADC serem do interior e requererem ligações regionais eficientes de
transporte para terem acesso ao mar.

Portanto, em Moçambique, com os projectos de investimento nos corredores de desenvolvimento


culminou a transformação dos antigos corredores de transportes nos principais corredores de
desenvolvimento, nomeadamente os corredores de desenvolvimento de Nacala, Beira e de Maputo.

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 Corredor do Desenvolvimento de Nacala - visa desenvolver um corredor económico
ligando o Malawi no interior ao porto de Nacala em Moçambique. Aproximadamente 70
por cento da população do Malawi reside ao longo do corredor.
 Corredor do Desenvolvimento da Beira - retendem desenvolver uma região económica
que liga Malawi, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe, através do porto da Beira.
 Corredor do desenvolvimento de Maputo - este liga a província de Gauteng da África do
Sul ao porto de Maputo em Moçambique. Os desenvolvimentos ao longo do corredor
focalizaram-se na reabilitação e modernização das tradicionais ligações do comércio e
transporte como uma base para um desenvolvimento económico abrangente.

Os corredores de desenvolvimento constituem meios que impulsionam o crescimento da economia


e desenvolvimento social do país, e, a construção de novas infra-estruturas bem como a reabilitação
das já existentes, criam condições para um ambiente favorável à novas investimentos públicos e
privados, a abertura do país aos mercados regionais e globais, a criação de emprego, a
geração de rendimentos, a independência financeira, as vantagens institucionais, ligações culturais
e o melhoramento do ambiente de gestão de recursos.

2.3. Unidade XV - Relação de transportes e comunicações com o meio ambiente

De acordo com Rodrigues (2007), um sistema de transportes é constituído pelo modo (via de
transporte), pela forma (relacionamento entre os vários modos de transporte), pelo meio (elemento
transportador) e pelas instalações complementares (terminais de carga). (p.25)

O principal problema é que boa parte dos transportes que utilizamos actualmente se move a partir
da queima de combustíveis fósseis, como a gasolina e o óleo diesel, lançando grandes quantidades
de gases tóxicos na atmosfera. Automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos motorizados são
hoje a principal causa de poluição do ar na maioria das cidades do mundo.

Além da poluição que sai do escape dos veículos, existe ainda outro tipo de poluição que acontece
quando os condutores e passageiros atiram pela janela, embalagens, pontas de cigarro e outros
objectos indesejáveis que sujam as vias públicas, os rios, os lagos e o mar.

É necessário que haja a participação de todos na definição das estratégias de mitigação dos
impactos ambientais causados pelos transportes de modo que haja um transporte sustentável.

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2.4. Unidade XVI – Comércio
2.4.1. Comércio internacional e sua liderança

Segundo Joaquim (s/a), o comércio internacional ou comércio exterior é a troca de bens e serviços
através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande
parcela do PIB. O comércio internacional está presente em grande parte da história da humanidade,
mas a sua importância econômica, social e política se tornou crescente nos últimos séculos. O
avanço industrial, dos transportes, a globalização, o surgimento das corporações multinacionais, o
outsourcing tiveram grande impacto no incremento deste comércio. O aumento do comércio
internacional pode ser relacionado com o fenômeno da globalização.

Importa referir que uma zona de livre comércio caracteriza-se inicialmente pelo estabelecimento
de tarifas preferenciais para, no momento seguinte, eliminar todas as barreiras interiores à
circulação de mercadorias, sejam de natureza aduaneira ou não. Em outras palavras, são abolidos
quaisquer obstáculos às importações e exportações de produtos originários de Estados-membros
da zona, desde que se cumpra um requisito: a comprovação, através de certificados de origem, que
a maior parte da mão-de-obra e das matérias-primas provêm efetivamente de um dos países do
bloco de livre comércio.

Contudo, a contribuição do GATS para o comércio mundial de serviços se baseia em dois pilares
principais: assegurar a crescent transparência e previsibilidade de regras relevantes e promover a
liberalização progressiva dos serviços, através de sucessivas rodadas de negociações, como
instrumento de promoção do crescimento da economia de todos os estados membros e o
desenvolvimento dos países em desenvolvimento.

2.5. Unidade XVII - Acordo geral das tarifas


2.5.1. Balança commercial

A Balança comercial é um termo económico que representa as importações e exportações de bens


entre os países. Dizemos que a balança comercial de um determinado país está favorável, quando
este exporta (vende para outros países) mais do que importa (compra de outros países). Do
contrário, dizemos que a balança comercial é negativa ou desfavorável.

A balança comercial favorável apresenta vantagens para um país, pois atrai moeda estrangeira,
além de gerar empregos dentro do país exportador.
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2.5.2. Principais exportações e importações

As exportações e importações de produtos são fundamentais para a economia da Alemanha, que é


o segundo país no ranking de comércio exterior da OMC e o maior exportador de mercadorias do
mundo. Portanto, a economia alemã tem das exportações, principalmente os produtos
industrializados, e das importações, especialmente energia e matérias-primas.

No ranking de comércio exterior da Organização Mundial do Comércio (OMC), a Alemanha fica


atrás apenas dos Estados Unidos, ainda que a China tenha conquistado espaço nos últimos anos.
Em 2006, a participação alemã no comércio mundial de mercadorias foi de 8,2%, ante 12,1% dos
Estados Unidos e 7,2% da China, a terceira colocada. A indústria é responsável por mais de 80%
das exportações alemãs.

Segundo a Associação Nacional de Comércio Exterior e de Atacado, um em cada três postos de


trabalho na Alemanha depende das exportações. Em nenhum outro país do mundo há tanta
presença de produtos importados nos supermercados como na Alemanha. Tradicionalmente, a
indústria automobilística é o sector de maior peso na pauta de exportações da Alemanha. O segundo
lugar é do sector de máquinas pesadas. A indústria química é o terceiro maior exportador alemão.

2.6. Unidade XVIII - Introdução ao estudo do turismo

Wahab (1991), o turismo é formado por conjuntos de actividades que envolvem diferentes sectores,
uma das primeiras definições elaboradas foi a do economista Herman Von Schullard, em 1910, que
definiu o turismo como sendo “a soma de operações, principalmente na natureza económica que
não estão directamente relacionadas com a entrada, permanência e deslocamento de estrangeiros
para dentro e para fora do país, cidade ou região” (p. 23).

Turismo na antiguidade - na História da Grécia Antiga, dava-se grande importância ao turismo e


para o tempo livre em que dedicavam à cultura, diversão, religião e desporto.

Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir as


olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade de Olímpia). Para lá se deslocavam milhares de
pessoas, misturando religião e desporto.

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O Turismo na Idade Média - ocorreu num primeiro momento um retrocesso devido ao maior
número de conflitos e a recessão económica, entretanto surge nesta época um novo tipo de viagem,
as peregrinações religiosas. Embora já tenha existido na época antiga e clássica, entretanto o
Cristianismo como o Islã estenderam a um maior número de peregrinos e deslocamentos ainda
maiores. São famosas as expedições desde Veneza a Terra Santa e as peregrinações pelo Caminho
de Santiago, foram contínuas as peregrinações de toda Europa, criando assim mapas e todo o tipo
de serviço para os viajantes.

Turismo na idade moderna - neste momento quando aparecem os primeiros alojamentos com o
nome de hotel (palavra francesa que designava os palácios urbanos). Como as viagens das grandes
personalidades acompanhadas de seu séqüito, comitivas cada vez mais numerosas, sendo
impossível alojar a todos em palácio, ocorre à criação de novas edificações hoteleiras.

Esta é também a época das grandes expedições marítimas de espanhóis, britânicos e portugueses
que despertam a curiosidade e o interesse por grandes viagens

Turismo na idade contemporrânea - com a Revolução Industrial se consolida a burguesia que


volta a dispor de recursos econômicos e tempo livre para viajar. O invento do maquinário a vapor
promove uma revolução nos transportes, que possibilita substituir a tração animal pelo trem a vapor
tendo as linhas férreas que percorrem com rapidez as grandes distâncias cobrindo grande parte do
território europeu e norte-americano. Também o uso do vapor nas navegações reduz o tempo dos
deslocamentos.

Segundo Andrade (1995), “turismo pode identificar-se em três tendências para a sua definição: a
económica, a técnica e a holística”.

Duma forma geral, o turísmo é uma das actividades sócioeconómicas de maior importância em
vários países do mundo, chegando até a ser a de maior ênfase em muitos deles. Vendo essa
importâcia, podemos afirmar que esse fenómeno de deslocamento volunário e temporário deve ser
visto e estudado com muita atenção para que não ocorram choques culturais, naturais, polítcos,
sociais e económocos nos centros receptores.

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2.7. Unidade XIX - Tipos de turismo e sua classificação

Segundo Joaquim (s/a), o turismo classifica-se em:

a) Turismo de eventos - é entendido como o deslocamento de pessoas com interesse em participar


de eventos focados no enriquecimento técnico, científico ou profissional, cultural incluindo
ainda o consumo. Tendo como principais sub-categorias o Turismo de congresso e o Turismo
de convenção.
b) Turismo cultural - se caracteriza por uma permanência prolongada e um contacto mais
“intimo” com a comunidade, ocorrendo viagens menores e suplementares dentro da mesma
localidade com o intuito de aprofundar-se na experiência cultural.
c) Turismo Cientifico - se constitui como sub dimensão do Turismo Cultural vulgarmente
classificado como uma viagem de estudos, pesquisa ou investigação.
d) Turismo de congress - é uma especial sub dimensão do Turismo Cultural que se caracteriza
por viagens cujo objectivo é reunir-se na tentativa de trocar experiências entre profissionais de
uma mesma categoria.
e) Ecoturismo - é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu estado
natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.
f) Turismo geológico - é o turismo que tem por fim visitar locais de elevado valor geológico,
como vulcões e geoparques.
g) Turismo de aventura é um segmento de mercado do sector turístico que compreende o
movimento de turistas cujo atractivo principal é a prática de actividades de aventura de carácter
recreativo. Podendo ocorrer em qualquer espaço: natural, construído, rural, urbano,
estabelecido como área protegida ou não.
h) Turismo de Incentivo - na maior parte do Mundo é uma ferramenta empresarial utilizada por
instituições particulares ou organizações públicas, com o objectivo de motivar ou premiar
funcionários ou equipes quando metas de produção ou qualidade são atingidas por eles.
i) Turismo rural é uma modalidade do turismo que tem por objectivo apresentar como atracção
as plantações e culturas em áreas onde as mesmas, porventura, sirvam de referência
internacional no chamado agronegócio.

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2.8. Unidade XX - Movimentos turísticos

O turísmo é um fenómeno de carácter volunário e temporário, deve ser visto e estudado com muita
atenção para que não ocorram choques culturais, naturais, polítcos, sociais e económocos nos
centros receptores.

As motivações que levam os indivíduo a viajar são: lazer, eventos desportivos, saúde, religião,
intercâmbio cultural, diversão ou recreio, etc. A prática turística implica a oferta de serviços,
quipamentos e produtos de:

 Hospedagem;
 Alimentação;
 Transporte;
 Recepção e condução de turistas;
 Recreação e entretenimento;
 Operação e agenciamento;
 Outras actividades complementares que existam em função da prática do turismo.

2.9. Unidade XXI - Turismo e seus agentes económicos


2.9.1. Elementos do turismo

Abaixo estão relacionados os cinco elementos de que é composto o turismo.

 Turistas;
 Empresas turísticas;
 Núcleo emissor;
 Governo.
2.9.2. Impacto socioeconómico, cultural e ambiental do turismo

São várias as consequências que o turismo traz para o centro receptor. Consequências essas que
são tanto positivas quanto negativas. Já vimos alguns efeitos que ele traz para a sociedade. Agora
veremos algumas consequências positivas que ele traz para o centro receptor e para os indivíduos
que nele habitam e trabalham. O turismo é uma actividade económica que precisa de uma mão de
obra bastante intensa, mão de obra essa que precisa de qualificação. (Joaquim, s/a)

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Por ser uma actividade complexa, precisa de muitos trabalhadores para realizar as diferentes
funções dentro do esquema de funcionamento do local de trabalho. Então ele é um forte gerador
de emprego.

Com essa chegada, esse centro receptor receberá bastante prestígio por ser uma cidade cobiçada
por turista, o que traz para o poder público investimentos, diversas empresas na cidade fazendo
com que aumente os impostos.

E com isso aumente a entrada de divisas nesse núcleo receptor, gerando assim uma política
interessada e organizada no sector turístico, fazendo uma boa imagem do lugar.

Isso aumenta seu prestigio, além de se criar associações, sindicatos e outros tipos de organizações,
forçando teórica e naturalmente a nascer uma forte organização social.

O turismo também tem seus aspectos negativos, de seguida veremos algumas das principais
consequências ocasionadas pelo turismo: Prostituição; Especulação monetária (câmbio negro);
Baixo salário; Destruição de recursos naturais; Inflacção; Desvio de investimentos para a
sociedade.

2.10. Unidade XXII - Estudo da diversidade turística

No turismo existem diferentes tipos e modalidades para atender as grandes demandas especificadas
e exigentes. São diferentes modalidades para o todo tipo de individuo que queira viajar, sozinho,
com a familia, em grupo, etc. Também em diferentes segmentos: turismo infantil, turismo juvenil,
turismo adulto e terceira idade.

2.10.1. Classificação do turismo quanto a distância do lugar de origem

 Turismo interno: o conjunto de especialidade de natureza turística acionado, de modo


parcial ou pleno, por habitantes de determinado país que viajam, se hospedam e usufruem
de serviços específicos, sem deixar o território nacional.
 Turismo externo - o conjunto de actividades turísticas exercidas por cidadãos que
ultrapassam ou viajam além do país de sua residência em direção a um ou mais países
receptivos, onde temporariamente consome bens e serviços de atendimento de suas
nessecidades.

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 Turismo emissive - a emissão de turistas de uma localidade para outra é denominada de
turismo emissivo, já que a emissão é sinónimo de verbo enviar. Neste caso, o individuo sai
da sua localidade para ir a algum centro receptor da sua preferência.
 Turismo receptivo - é o conjunto de bens, serviços, infra-estrutura, atrativos, etc, pronto a
atender as espectativas dos indivíduos que adquiriram o produto turístico
 Turismo de elite - em contraposição ao turismo de massa, essa forma de turismo não se
preocupa principalmente com os gastos e sim com um maior conforto e qualidade nos
serviços.
2.11. Unidade XXIII - Turismo em Moçambique

Segundo Ambrósio (s/a), o turismo em Moçambique remonta desde a antiguidade e ate 1874 foi
criado o 1˚ hotel – o Hotel Real, com o crescente movimento de aventureiros do ouro e de homens
ricos, tendo nos anos 20 sido edificado o majestoso Hotel Polana.

2.11.1. Factores de Procura Turística em Moçambique

Song & Witt (2000), a procura turística para um determinado destino pode definir-se como uma
combinação de produtos e serviços turísticos que os consumidores (turistas) estão dispostos a
comprardurante um determinado período de tempo específico e sob um dado conjunto de
condições.

Os viajantes que praticam o turismo histórico-cultural em Moçambique procuram: Locais


históricos e Estações Arqueológicas; Galerias de arte e artesanato; Teatros; Museus; Eventos
culturais e festivais; Feiras; Comunidades étnicas e bairros; Edifícios com valor histórico e
arquitectónico; Locais tradicionais de culto e sagrados; Parques Nacionais; Reservas Nacionais.

2.11.2. Principais regioes turísticas em Moçambique

Moçambique pode ser dividido em três regiões geográficas que encerram algumas particularidades
turísticas: norte, centro e sul. As províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula pertencem a
região norte, a do centro é constituída pela províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia e por
sua vez, a parte sul é formada por Maputo-Cidade, pelas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.
Cada uma dessas regiões apresenta características geofísicas, desenvolvimento sócio-econômico e
perfís turísticos diferentes e as distâncias entre elas são significativas.

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2.12. Unidade XXIV - Turismo e meio ambiente no mundo

De acordo com Ruschmann (2001), a relação do turismo e o meio ambiente pode ser caracterizada
em quatro fases distintas:

A primeira fase, pioneira, ocorreu no século XVIII, e se caracterizou pela descoberta da natureza
e das comunidades receptoras". Os primeiros turistas tinham muita curiosidade sobre os meios que
visitavam e a leitura que faziam dessas áreas era bem diferente daquela dos viajantes actuais.
Portanto é uma fase onde o turista começa a procurar o meio ambiente para fugir dos grandes
centros, é uma fase ainda de convívio equilibrado entre o turismo e o ambiente pois não são todas
as pessoas que podem viajar, então o número de turistas é reduzido sem a exigência de grandes
modificações no ambiente para que este possa ocorrer.

A Segunda fase, “caracterizada por um turismo "dirigido" e elitista, ocorreu no final do século
XIX e início do século XX. Não havia a preocupação com a protecção ambiental e a intensificação
da demanda estimulou as construções e o boom imobiliário que actualmente caracterizam os
centros turísticos mais antigos da Europa. Trata-se da fase na qual a natureza é domesticada, porém,
não necessariamente esquecida, pois as empresas turísticas limitavam seus produtos às estações e
ao seu entorno, onde a natureza e as civilizações tradicionais tinham seus direitos garantidos."
(Ruschmann, 2001, p.20).

A terceira fase, que corresponde ao turismo de massa “ocorre a partir dos anos 50 e tem seu apogeu
no transcorrer dos anos 70 e 80. A demanda turística dos países desenvolvidos cresce em ritmo
muito rápido e as localidades turísticas vivem uma expansão sem precedentes. Predominam o
concreto, o crescimento desordenado, a arquitetura urbana, a falta de controle de efluentes de
esgotos, a criação de marinhas, de portos artificiais e de estação de esportes de inverno, onde várias
construções ruíram por causa da falta de estudos geológicos. Em resumo, um período catastrófico
para a protecção do meio ambiente" (Idem).

O turismo passa a considerar os problemas do meio ambiente. A partir dos anos 70, a qualidade do
meio ambiente começa a constituir elemento de destaque do produto turístico: a natureza e
actualmente, em muitos países entrou-se em uma fase na qual as comunidades receptoras ressurgem
no sector dos empreendimentos turísticos, ainda massificadas, porém adaptadas à sensibilidade da
época.

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3. Conclusão

Terminado o trabalho, podemos conluir que Moçambique está fortemente engajado com o turismo
acreditando possuir grande potencial para o desenvolvimento da actividade. Esta crença, justifica-
se pelo facto de a natureza ter sido favorável: proporcionando-lhe uma boa localização, uma costa
extensa com cerca de 2500 km de extensão, com uma combinação de praias com areias finas e
brancas, rochas. Para além desta componente natural, Moçambique conta ainda com um mosaico
cultural singular fruto da sua história, que mais uma vez tem a sua explicação, em parte na sua
localização geografia.

Na região apresenta-se como uma ilha linguística, já que é circundado por países anglófonos.
Assim, as oportunidades para o desenvolvimento do turismo são muitas e diversificadas, a maioria
das quais resultantes das condições físico-naturais, às quais se juntaram aspectos de natureza
cultural, que se beneficiaram da extensa abertura para o oceano Indico.

Assim, o desenvolvimento do turismo envolve alguns riscos, alguns dos quais resultantes da
própria essência desta actividade, caracterizada por ser alimentada por viajantes, visitantes, ou seja,
indivíduos “estranhos aos destinos turisticos”. Não havendo viagens, o turismo pára, o que tem
implicações em todas as áreas com as quais o turismo tem relação.

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4. Referências bibliográficas

Ambrósio, P. C. (s/a). Geografia de Moçambique II. Geografia Económica de Moçambique -


G0146. Manual de Curso de licenciatura em Ensino de Geografia – 3o ano. Universidade Católica
de Moçambique Centro de Ensino á Distância. Beira

Andrade, J. (1995) Turismo: fundamentos e dimensões. São Paulo: Ática.

Demo, P. (1987). Introdução ao ensino da metodologia da ciência. 2.ed. São Paulo: Atlas.

Joaquim, Luís Deixa (s/a). Geografia dos Transportes, Comunicações e Turismo. Manual de Curso
de licenciatura em Ensino de Geografia – 3o ano. Universidade Católica de Moçambique Centro
de Ensino a Distância – CED, Beira

Rodrigues, Paulo Roberto Ambrosio (2007). Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e à
logística internacional. 4. ed rev. eampl. São Paulo: Aduaneiras.

Ruschmann, Doris van de Meene (2001). Turismo e planejamento sustentável. A protecção do


meio ambiente. 7. ed. Campinas: Papirus.

Song. H. & Witt. S. (2000). Tourism demand modelling and forecasting. Modern econometric
approaches. Routledge

Wahab, S. (1991). Introdução à Administração do Turismo. Alguns aspectos estruturais e


operacionais do turismo internacional. São Paulo: Pioneira.

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