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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Resumo de Unidades Temáticas (12 – 24)

Neque Domingos Serrote - 708204526

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Técnicas e Metodologias em
Geografia Humana
Ano de Frequência: 4° ano
Turma/Sala: 3
Docente: Dr. Álvaro Bernardo Nhandane

Tete, Junho, 2023


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria

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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 3

1.1. Objectivos ................................................................................................................................. 4

1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................................... 4

1.1.2. Objectivos Específicos .......................................................................................................... 4

1.2. Metodologias ............................................................................................................................ 4

2. Resumo de Unidades Temáticas .............................................................................................. 5

2.1. Unidade XII - Alguns métodos Geográficos Importantes e sua Utilização ............................. 5

2.2. Unidade XIII - Pesquisas Científicas e suas aplicações ........................................................... 5

2.3. Unidade XIV- Fluxograma De Uma Pesquisa Científica ......................................................... 6

2.4. Unidade XV - As Etapas de Uma Pesquisa Científica ............................................................. 7

2.5. Unidade XVI - Estrutura e Apresentação dos Relatórios de uma Pesquisa Científica............. 8

2.6. Unidade XVII - Normas Complementares e Gerais de Apresentação de um Relatório........... 9

2.7. Unidade XVIII - A teoria fundamentada nos dados como abordagem da pesquisa
interpretativa.. ................................................................................................................................ 10

2.8. Unidade XIX - A teoria fundamentada nos dados Aplicada na Pesquisa .............................. 11

2.9. Unidade XX - Codificação Selectiva - modificação e integração do conceito....................... 12

2.10. Unidade XXI - Critérios científicos que devem cumprir Ambos Métodos .......................... 12

2.11. Unidade XXII - Formulação de Hipóteses ........................................................................... 13

2.12. Unidade XXIII - Requisitos das Hipóteses........................................................................... 13

2.13. Unidade XXIV - Tipos de Hipóteses .................................................................................... 14

3. Conclusão ............................................................................................................................... 15

4. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 16


1. Introdução

O presente trabalho referente a Cadeira de Técnicas e Metodologias em Geografia Humana, visa


apresentar um resumo das Unidades Temáticas 12-24, patentes no Módulo desta disciplina.

A teoria fundamentada nos dados como abordagem da pesquisa interpretativa estaria localizada
como uma variante dentro do interaccionismo simbólico que também incluiria a etnografia. Ficam
claras, pois, as raízes da teoria fundamentada nos dados, voltada, segundo a perspectiva
interaccionista, para o conhecimento da percepção ou do "significado" que determinada situação
ou objecto tem para o outro.

A pesquisa interpretativa tem sido utilizada nominando os estudos da linha qualitativa e as


pesquisas indutivas. O termo "pesquisa interpretativa" deriva do reconhecimento básico dos
processos interpretativos e cognitivos inerentes à vida social e enfatizados nessas abordagens.

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1.1. Objectivos

Segundo Andrade (1997), toda pesquisa deve ter objectivos claros e definidos, pois assim torna-se
mais fácil conduzir a investigação.

Portanto, o trabalho será norteado por 1 objectivo geral e 3 específicos que sustentam o principal.

1.1.1. Objectivo Geral

 Resumir as unidades temáticas patentes no módulo.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Descrever métodos Geográficos;

 Apresentar tipos de pesquisas científicas e suas aplicações;

 Indicar etapas de uma pesquisa científica.

1.2. Metodologias

De acordo com Lakatos & Marconi (1986), metodologia científica é um conjunto de abordagens,
técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição
objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.

Contudo, no que diz as metodologias neste trabalho privilegiou-se a pesquisa bibliográfica que
correspondem aos documentos que nos permitiram uma confrontação de ideias e posicionamentos
teóricos adoptados por vários estudiosos em que se assenta este estudo.

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2. Resumo de Unidades Temáticas
2.1. Unidade XII - Alguns métodos Geográficos Importantes e sua Utilização

De acordo com Trujillo Ferrari (1974), o método científico é um traço característico da ciência,
constituindo-se em instrumento básico que ordena, inicialmente, o pensamento em sistemas e traça
os procedimentos do cientista ao longo do caminho até atingir o objetivo científico preestabelecido.

 Método Histórico - o método histórico, o foco está na investigação de acontecimentos ou


instituições do passado, para verificar sua influência na sociedade de hoje; considera que é
fundamental estudar suas raízes visando à compreensão de sua natureza e função.
 Método Estatístico - “este método se fundamenta na aplicação da teoria estatística da
probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em ciências sociais.”
Devemos considerar, no entanto, que as explicações obtidas mediante a utilização do
método estatístico não devem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas portadoras
de boa probabilidade de serem verdadeiras (Gil, 2008, p.17).
 Método Regional - pmétodo e abordagem empregada nas pesquisas geográficas sobre o
rural, o método regional teve sua instauração na academia brasileira devido a influência da
geografia francesa, de Vidal de La Blache sendo adoptada sua teoria e método por seus
discípulos, como Pierre Monbeig e Pierre Deffontaines.
 Método Comparativo - a utilização do método comparativo permitirá assinalar que
existem casos análogos, mas nunca casos perfeitamente idênticos. Imediatamente,
aparecerá a ideia da multiplicidade das causas tanto quanto de seus efeitos”, ou seja, a
comparação serve como uma ferramenta para desenvolver ideias em regiões, paisagens ou
estudos conhecidos.
2.2. Unidade XIII - Pesquisas Científicas e suas aplicações

Segundo Lakatos & Marconi (2007), a pesquisa pode ser considerada “um procedimento formal
com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho
para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.” Significa muito mais do que
apenas procurar a verdade, mas descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas
levantados através do emprego de métodos científicos (p.157).

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Tipos de Pesquisas

 Pesquisa Bibliográfica - desenvolve-se tentando explicar um problema através de teorias


publicadas em livros ou obras do mesmo género. O objectivo deste tipo de pesquisa é de
conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado
assunto ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para qualquer pesquisa
(Wilson, s/d, p.85).
 Pesquisa Experimental - neste tipo de pesquisa o investigador analisa o problema, constrói
suas hipóteses e trabalha manipulando os possíveis factores, as variáveis, que se referem ao
fenómeno observado (Idem, p.85).
 Pesquisa Descritiva não Experimental - este modelo de pesquisa estuda as relações entre
duas ou mais variáveis de um dado fenómeno sem manipulá-las. A pesquisa experimental
cria e produz uma situação em condições específicas para analisar a relação entre variáveis
à medida que essas variáveis se manifestam espontaneamente em fatos, situações e nas
condições que já existem.
 Pesquisa Exploratória – nela não se trabalha com a relação entre as variáveis, mas com o
levantamento da presença das variáveis e de sua caracterização quantitativa ou qualitativa.
Seu objectivo fundamental é o de descrever ou caracterizar a natureza das variáveis que se
quer conhecer (Wilson, p.86).
2.3. Unidade XIV- Fluxograma De Uma Pesquisa Científica

Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas diferentes


etapas. Algumas delas são concomitantes; outras são o interpostas. O fluxo que ora se apresenta
tem apenas uma finalidade didáctica de exposição. Na realidade ela é extremamente flexível
(Wilson, s/d, p.89).

 Etapa de Preparação e de Delimitação do problema: Escolha do tema; Revisão da


Literatura; Documentação; Crítica da documentação; Construção do referencial Teórico;
Delimitação do problema; Construção das Hipóteses.
 Etapa de Construção do Plano: Problema e Justificativa; Objectivos; Referencial Teórico;
Hipóteses, Variáveis e Definições; Metodologia:Design; População e Amostra;
Instrumentos; Plano de Colecta, Tabulação e Análise de Dados; Estudo Piloto, com
testagem dos instrumentos, técnicas e plano de análise dos dados.
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 Etapa de Execução do Plano: Estudo Piloto; Treinamento dos Entrevistadores; Colecta de
Dados; Tabulação; Análise e Estatística; Avaliação das Hipóteses.

Etapa de Construção e Apresentação do Relatório

Construção do Esquema do Relatório: Problema, referencial teórico, resultado da avaliação do teste


das hipóteses e conclusões;

 Redacção: Sumário, introdução, corpo do trabalho, conclusão, referências bibliográficas,


bibliografia, tabelas, gráficos e anexos;
 Apresentação.
2.4. Unidade XV - As Etapas de Uma Pesquisa Científica

A pesquisa científica tem um procedimento que obedece várias etapas que o pesquisador deve
observar sob o risco de ver a sua pesquisa desorganizada e se cumprir com as recomendações
exigidas para este tipo de trabalhos (Wilson, s/d, p.91).

Primeira Etapa: Preparatória

Esta fase, a preparatória, é dedicada a escolha do tema, à delimitação do problema, à revisão da


literatura, construção do marco teórico e construção das hipóteses. Seu objectivo principal é a que
o pesquisador defina o problema que irá investigar. È nesta etapa que se apresentam as principais
dificuldades para o investigador.

A revisão da literatura é feita buscando-se nas fontes primárias e na bibliografia secundária as


informações relevantes que foram produzidas e que têm relação com o problema investigado. Pode-
se usar como fontes livros, obras publicadas, monografias, periódicos especializados, documentos
e registos existentes em institutos de pesquisa.

Segunda Etapa: Elaboração do Projecto de Pesquisa

A partir da conclusão da etapa preparatória, o investigador pode iniciar a segunda etapa da


investigação, preocupando-se com a elaboração do projecto que estabelece a sequência da
investigação, tendo como curso orientador o problema e o teste das hipóteses.

Sem o projecto o investigador corre o risco de desviar-se do problema que quer investigar,
recolhendo dados desnecessários ou deixando de obter os necessários.

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O projecto de pesquisa é um plano onde aparecem explícitos os seguintes itens: a) Tema, problema
e justificativa; b) Objectivos; c) Quadro de referência teórica; d) Hipóteses, variáveis e respectivas
definições empíricas; e) Metodologia; f) Descrição do estudo piloto; g) Orçamento e cronograma;
h) Referências bibliográficas; i) Anexos.

Terceira Etapa: Execução do Plano

Executado o estudo piloto, se necessário, introduzem-se correcções e se inicia a etapa seguinte que
é a da execução do plano, com a testagem propriamente dita das hipóteses, com o experimento ou
a colecta de dados. Se a pesquisa utilizar entrevistadores há necessidade de treiná-los previamente
visando uniformizar os procedimentos de acção neutralizando ao máximo a interferência de
factores estranhos no resultado da pesquisa.

Executada a fase de colecta, inicia-se o processo de tabulação, com a digitação dos dados, aplicação
dos testes e análise estatística e avaliação das hipóteses. A análise estatística deve servir para
afirmar se as hipóteses são ou não rejeitadas. Através dela pode-se estabelecer uma apreciação com
juízos de valor sobre as relações entre as variáveis (Wilson, s/d, p.96).

Quarta Etapa: Construção do Relatório de Pesquisa

Esta etapa é dedicada à construção do relatório de pesquisa que serve para relatar a comunidade
científica, ou ao destinatário de sua pesquisa, o resultado, procedimentos utilizados, dificuldades e
limitações de sua pesquisa.

Em suma, uma das actividades que terá que realizar em qualquer pesquisa científica é a revisão da
literatura que é feita buscando-se nas fontes primárias e na bibliografia secundária as informações
relevantes que foram produzidas e que têm relação com o problema investigado. Pode-se usar como
fontes livros, obras publicadas, monografias, periódicos especializados, documentos e registos
existentes em institutos de pesquisa.

2.5. Unidade XVI - Estrutura e Apresentação dos Relatórios de uma Pesquisa Científica

A finalidade de um relatório de pesquisa é a de comunicar os processos desenvolvidos e os


resultados obtidos em uma investigação. Os relatórios podem ser feitos de diversas formas: através
de um artigo sintético para ser publicado em um algum periódico, através de uma monografia com
objectivos académicos ou na forma de uma obra para ser publicada (Wilson, s/d, p.99).
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Tipos de Relatório de Pesquisa Científica

Os relatórios de pesquisa são tratados na literatura específica com sentidos diversos, gerando,
muitas vezes, ambiguidade de interpretações. Há relatórios elaborados com fins académicos e com
fins de divulgação científica. Costuma-se incluir como "trabalho científico" diferentes tipos de
trabalho: resumos, resenhas, ensaios, artigos, relatórios de pesquisa, monografias, etc.

Estrutura dos Relatórios de Pesquisa Científica

Um relatório de pesquisa compreende as seguintes partes:

 Elementos pré-textuais: Capa, Folha de Rosto, Dedicatória, Agradecimentos, Abstract;


Sumário, Lista de Tabelas, Gráficos e Quadros.
 Elementos Textuais: Introdução, Problema, Objectivos, Justificativa, Definições,
Metodologia, Marco Teórico, Hipóteses, Dificuldades ou Limitações, Desenvolvimento,
Conclusão, Notas, Citações, Fontes Bibliográficas.
 Elementos Pós-textuais: Apêndice e Anexo.

Foram detalhados nesta Unidade os elementos que se devem ter em conta no processo de
elaboração de um plano de pesquisa científica.

Chama-se a atenção na observância dos tipos de relatórios a apresentar em diferentes trabalhos


científicos, os quais foram neste trabalho detalhados de forma a que sejam claramente utilizados.

2.6. Unidade XVII - Normas Complementares e Gerais de Apresentação de um Relatório


 Pontuação - deve-se usar uma forma consistente de pontuação para todas as referências
incluídas numa lista de publicação. Os vários elementos da referência bibliográfica devem
ser separados entre si por uma pontuação uniforme. Emprega-se vírgula entre o sobrenome
e o nome do autor (pessoa física) quando invertido.
 Tipos e Corpos - deve-se usar uma forma consistente de destaque tipográfico para todas as
referências incluídas numa lista ou publicação.
 Autor - indicam-se ou autor físico geralmente com a entrada pelo último sobrenome e
seguido do prenome. Em caso de excepção, consultar as fontes adequadas. Quando a obra
tem até três autores, mencionam-se todos na entrada, na ordem em que aparecem na
publicação. Se há mais de três, após os três primeiros segue-se a expressão et all.

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 Título - é reproduzido tal como figura na obra ou trabalho referenciado, transliterado, se
necessário.
 Edição - indica-se a edição em algarismos arábicos, seguidos de ponto e abreviatura da
palavra edição no idioma da publicação.
 Imprenta - indica-se o local (cidade) da publicação, nome do editor e a data da publicação
da obra.
 Descrição Física - define-se o número de páginas ou volumes, material especial,
ilustrações, dimensões, séries e colecções.
 Notas Especiais - são informações complementares que podem ser acrescentadas ao final
da referência bibliográfica.
2.7. Unidade XVIII - A teoria fundamentada nos dados como abordagem da pesquisa
interpretativa

A pesquisa interpretativa tem sido utilizada nominando os estudos da linha qualitativa e as


pesquisas indutivas. O termo "pesquisa interpretativa" deriva do reconhecimento básico dos
processos interpretativos e cognitivos inerentes à vida social e enfatizados nessas abordagens.

Lowenberg (1993), classifica as pesquisas interpretativas, segundo o esquema apresentado abaixo:

Fonte: Lowenberg, 1993, adaptado

Analisando esta classificação, a teoria fundamentada nos dados estaria localizada como uma
variante dentro do interaccionismo simbólico que também incluiria a etnografia. Ficam claras,
pois, as raízes da teoria fundamentada nos dados, voltada, segundo a perspectiva interaccionista,
para o conhecimento da percepção ou do "significado" que determinada situação ou objecto tem
para o outro.

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Segundo Lowenberg (1993), a pesquisa interpretativa reuniria, pois, estudos que utilizam a
fenomenologia e o interaccionismo simbólico.

A relação entre as duas abordagens estaria no fato de ambas se relacionarem ao estudo dos aspectos
experenciais do comportamento humano, ou seja, a maneira como as pessoas definem os eventos
ou a realidade e como agem em relação a suas crenças.

2.8. Unidade XIX - A teoria fundamentada nos dados Aplicada na Pesquisa

Conhecida como abordagem ou como método, trata-se do modo de construir indutivamente uma
teoria assentada nos dados, através da análise qualitativa destes e que, agregada ou relacionada a
outras teorias, poderá acrescentar ou trazer novos conhecimentos à área do fenómeno (Wilson, s/d).

Seguindo-se aos princípios da metodologia qualitativa, a teoria fundamentada nos dados é uma
metodologia de campo que objectiva gerar construções teóricas que explicam acção no contexto
social sob estudo. O investigador procura processos que estão acontecendo na cena social, partindo
de uma série de hipóteses, que, unidas umas às outras, podem explicar o fenómeno, combinando
abordagens indutivas e dedutivas.

Passos para a realização da Teoria Baseada em Dados

 Colecta dos dados empíricos – a entrevista é uma das opções de colecta de dados
qualitativos, apresentando as vantagens de: propiciar oportunidades para motivar e
esclarecer o respondente; permitir flexibilidade ao questionar o respondente, ao determinar
a sequência e ao escolher as palavras apropriadas; permitir maior controlo sobre a situação
e finalmente permitir maior avaliação da validade das respostas mediante a observação do
comportamento não verbal do respondente.
 Procedimentos de codificação ou análise dos dados - a codificação ou análise é o
procedimento através do qual os dados são divididos, conceptualizados e se estabelece suas
relações. Todo o processo analítico que neste momento se inicia, tem por objectivos:
construir a teoria, dar ao processo científico o rigor metodológico necessário, auxiliar o
pesquisador a detectar os viesses, desenvolver o fundamento, a densidade, a sensibilidade
e a integração necessária para gerar uma teoria.

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2.9. Unidade XX - Codificação Selectiva - modificação e integração do conceito

A codificação selectiva dos dados é empregada de maneira não tão diferente da codificação axial,
porém em nível mais abstracto. Há alguns passos a serem tomados como: relacionar as categorias
subsidiárias em torno da categoria central através do modelo do paradigma, validar essas relações
com os modelos e finalmente complementar com dados adicionais as categorias que necessitarem
de refinamento e/ou desenvolvimento. Esses passos não são, entretanto, lineares.

As condições causais, o contexto, as condições intervenientes, as estratégias e consequências


formam as relações teóricas pelas quais as categorias são relacionadas uma a outra e à categoria
central. Esse procedimento força o investigador a desenvolver alguma estrutura teórica e é
denominando paradigma de análise.

Delimitação da teoria

A redução das categorias é o meio de se delimitar a teoria emergente, momento em que o


investigador pode descobrir uniformidades no grupo original de categorias ou suas propriedades e
pode, então, formular a teoria com um grupo pequeno de conceitos de alta abstracção, delimitando
a terminologia e texto.

2.10. Unidade XXI - Critérios científicos que devem cumprir Ambos Métodos

 Confiabilidade - De acordo com Richardson (2008), a “confiabilidade extrema refere-se a


possibilidade de outros pesquisadores, utilizando instrumentos semelhantes, observem
factos idênticos e a confiabilidade interna à possibilidade de outros pesquisadores fazerem
as mesmas relações entre os conceitos e os dados colectados com iguais instrumentos”.
(p.87)
 Validade - indica a capacidade de um instrumento produzir medições adequadas e precisas
para chegar a conclusões correctas, assim como a possibilidade de aplicar as descobertas a
grupos semelhantes não incluídos em determinadas pesquisas.

Importa salientar que, no método qualitativo, o pesquisador obtém medições que apresentam maior
validade interna, pois as observações não estruturadas permitem conhecer detalhes que os
instrumentos estruturados (questionários) não podem obter.

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Além disso, por exemplo, na observação participante, o pesquisador ocupa física e emocionalmente
um lugar no grupo de observação.

Em relação a validade externa o método quantitativo baseia seu poder de generalização na escolha
de uma amostra aleatória representativa de determinada população.

2.11. Unidade XXII - Formulação de Hipóteses

As hipóteses podem ser definidas como soluções tentativas, previamente seleccionadas, do


problema de pesquisa. Permitirão orientar a análise dos dados no sentido de aceitar ou rejeitar
soluções tentativas (Wilson, s/d, p.127).

Por considerar de extrema importância a formulação de hipóteses e pela experiência que temos de
trabalhos de estudantes nesta matéria julgamos importante abordar este tema com alguma
profundidade de modo a auxiliar os estudantes no processo de pesquisa e produção dos relatórios
de pesquisa.

Em termos gerais, a formulação de hipóteses é o passo seguinte á delimitação do problema em


estudo. Logicamente, a delimitação não antecipa nada sobre a resposta do problema se antecipasse,
não seria um problema de pesquisa. Mas, uma vez determinado o problema, o pesquisador enfrenta
uma variedade de possíveis respostas, desconhecendo qual é a mais adequada.

2.12. Unidade XXIII - Requisitos das Hipóteses

De acordo com Wilson (s/d), as hipóteses devem ser conceitualmente claras e compreensíveis, isto
é, não devem incluir conceitos complexos ou rebuscados que dificultem compreensão. Além disso,
só conceitos empregados devem ser preciosos, rigorosos e previamente definidos para evitar
ambiguidades:

 Os conceitos utilizados devem ter base empírica. Assim, não se devem incluir
conhecimentos mortais e transcendentes, pois seus elementos não podem ser observados
empiricamente.
 As hipóteses devem ser verificadas por meio de técnicas disponíveis. Assim, em sua
formulação, devem se considerar as técnicas utilizadas para comprar as variáveis incluídas.
 As hipóteses devem ser específicas ou possíveis de especificação. No caso de serem muito
gerais ou amplas, devem possibilitar a formulação de subhipóteses.
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 As hipóteses devem estar relacionadas ás técnicas existentes. Assim, as hipóteses devem
procurar confirmar, revisar, precisar, etc. As actuais teorias. Cabe lembrar que o
conhecimento científico é cumulativo.
 As hipóteses devem possuir alcance geral. Não devem referir-se a um ou poucos factos,
mas a aspectos gerais da área ou sector analisados.

2.13. Unidade XXIV - Tipos de Hipóteses

Existem duas classificações de hipóteses utilizadas nas ciências sociais.

Segundo o número de variáveis e a relação entre elas

 Hipótese com uma variável - postula a existência de determinadas uniformidades em uma


população ou universo. Essas uniformidades podem ser quantitativas ou qualitativas. As
primeiras quantificam a proporção da variável no universo. As segundas especificam
alguma qualidade ou atributo do universe (Wilson, s/d, p.135).
 Hipótese com duas ou mais variáveis e uma relação de associação - Refere-se a todas
aquelas hipóteses que implicam diversos tipos de relações entre as variáveis, sem incluir
relações de causalidade (influência): relações de reciprocidade, igualdade, superioridade,
inferioridade, precedência etc.
 Hipóteses com duas ou mais variáveis e uma relação de dependência - Postula a
influência de duas ou mais variáveis independentes sobre uma variável dependente (Idem,
p.136).

Cabe destacar que na determinação dos fenómenos sociais intervêm muitos factores,
frequentemente interdependentes, o que leva a estudar as relações de dependência apenas em
termos limitados, supondo que as variáveis escolhidas são as mais importantes para explicar o
fenómeno em questão.

Assim temos que existem as hipóteses de uma variável, de duas e de mais variáveis que tomam
diferentes formas no processo da sua elaboração.

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3. Conclusão

Feito o trabalho, pode-se concluir que as hipóteses são com soluções tentativas, previamente
seleccionadas, do problema de pesquisa. Permitirão orientar a análise dos dados no sentido de
aceitar ou rejeitar soluções tentativas.

Assim, a formulação de hipóteses é o passo seguinte á delimitação do problema em estudo.


Logicamente, a delimitação não antecipa nada sobre a resposta do problema se antecipasse, não
seria um problema de pesquisa. Mas, uma vez determinado o problema, o pesquisador enfrenta
uma variedade de possíveis respostas, desconhecendo qual é a mais adequada.

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4. Referências bibliográficas

Andrade, M. M. (1997). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação. São Paulo:
Atlas.

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas.

Lakatos, E. M.; Marconi, M. (2007). Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. 5. reimp.


São Paulo: Atlas.

Lakatos, E.M.; Marconi, M. (1986). Metodologia científica. São Paulo: Atlas

Lowenberg, J. S. (1993). Interpretative reseach methodology. Broadening the dialogue. Advance


in Nursing Science. V.16, n.2, p. 57-69

Richardson, R. J. (2008). Pesquisa Social, Métodos e Técnicas. 3ª edição São Paulo.

Ferrari, T. A. (1974). Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro: Kennedy.

Wilson, F. (s/d). Técnicas e Metodologias em Geografia Humana. Manual de Curso de


Licenciatura em Ensino de Geografia. G0156 Módulo II, Universidade Católica de
Moçambique Centro de Ensino a Distância (CED). Beira

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