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Índice
1. Intodução .................................................................................................................................. 3
2. Os Princípios geográficos......................................................................................................... 5
i. Geoestatística ........................................................................................................................ 7
i. Etnogeografia........................................................................................................................ 8
4. Conclusão ............................................................................................................................... 13
O presente trabalho visa debruçar sobre os princípios , técnicas e métodos em Geografia Humana
com enfoque no diagnóstico rural.
Método é uma maneira de obter os resultados, utilizando-se de uma teoria para fundamentar,
citando, por exemplo, método dialéctico, positivista, fenomenológico, hermenêutico, entre outros.
Dessa forma, o método deve estar associado à teoria havendo uma coerência teórico-metodológica,
ou seja, o uso adequado de certos autores e conceitos com o referido método de análise.
É uma técnica que pode ajudar o pesquisador porque para além de estar em contacto com o terreno
ele próprio participa em certas actividades ligadas a sua amostra assim como as populações alvos
da pesquisa têm a oportunidade de decidir sobre o que pretendem do seu desenvolvimento ou o que
se passa com a sua própria vida do dia-a-dia.
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1.1. Objectivos
O presente trabalho será norteado por 1 objectivo geral e 3 específicos que sustentam o principal.
1.2. Metodologias
De acordo com Lakatos & Marconi (2003), metodologia científica é um conjunto de abordagens,
técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição
objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.
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2. Os Princípios geográficos
Para que o estudo da geografia não se resuma apenas a um conjunto de conhecimentos aleatórios
sobre a superfície terrestre, devemos utilizar os princípios geográficos.
Os princípios são enunciados que podem ser entendidos como fundamentos nunca últimos nem
primeiros, mas que se vinculam com os campos do conhecimento e são por eles assumidos de modo
específico em acordo com a “lógica” desse campo.
Os pesquisadores espanhóis argumentam que os princípios têm um sentido não apenas científico,
mas também didático, porque são sustentados epistemologicamente e inerentes aos processos de
mediação no ensinar e no aprender na escola. Para eles, os princípios “ajudam, portanto, a estruturar
com rigor científico os temas, a alinhavar os programas, ao mesmo tempo em que oferecem maior
clareza e compreensão aos alunos(as)” (García Ruiz; Jiménez; Rodríguez, 2009, p. 38).
O primeiro princípio é o da extensão criado pelo geografo alemão Ratzel, na qual consiste em
delimitar o espaço a ser usado, ou seja, que todo fenômeno ocorre em um espaço delimitado (García
Ruiz; Jiménez; Rodríguez, 2009).
Podemos observar este princípio na prática em sala de aula, por exemplo quando ocorre o estudo
de algum país, continente, região, cidade, na qual fala-se primeiramente dos aspectos de extensão
territorial, população, aspectos físicos e políticos, associando também algumas vezes, estes, aos
aspectos históricos.
O segundo princípio é o da analogia foi criado pelo geógrafo Carl Ritter em parceria com Vidal de
La Blache autor do paradigma do possibilíssimo geográfico. Este princípio consiste em fazer
comparações espaciais, levando em consideração diferenças e semelhanças (García Ruiz; Jiménez;
Rodríguez, 2009).
Um exemplo de como podemos associar este conceito na prática em sala de aula seria comparar o
clima semiárido do nordeste brasileiro com o da África, a similaridade seria as temperaturas
elevadas e escassez de chuva, e diferenças seria a amplitude térmica, que é baixa no nordeste, mas
elevada no norte da África.
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Este princípio é muito útil para trazer o conceito da geografia para a realidade mais próxima do
aluno. Comparar o determinado fenômeno espacial em um nível aproximado pode facilitar a
compreensão.
O terceiro princípio é da causalidade, foi criado por Alexander von Humbold, na qual foi poeta,
biólogo, geografo, acostumado a viajar bastante, e em uma dessas viagens observou a distribuição
dos seres vivos associado a questões ambientais (García Ruiz; Jiménez; Rodríguez, 2009).
Os fenômenos espaciais tem uma causa. Como exemplo de aplicabilidade deste princípio na
geografia escolar, poderíamos citar os furacões, utilizando a dinâmica dos climas pois eles ocorrem
em determinadas partes da terra e outras não.
Jean Bruens formulou os dois últimos princípios, conexidade e atividade, no final do século XIX
início do século XX.
No princípio da conexidade os fatos não acontecem sozinhos, sempre há uma ligação. Ela necessita
de outras disciplinas para se completar e além disso estão sempre se transformando e alterando
(García Ruiz; Jiménez; Rodríguez, 2009).
Exemplo de como realizar este princípio nas aulas de geografia, seria explicando por exemplo que
em um determinado local, ocorreu uma enchente próximo a um rio, o que se pode proporcionar a
refletir é de que quando tem aumento das precipitações nos rios, a tendência é que com o aumento
do rio vai extrapolar as margens e se tiver casas, ou construções nestas margens ocorrerá de ser
arrastado ou danificado pela correnteza.
As similaridades que ocorrem nesta situação comparando se ela ocorrer em outros lugares, seria os
impactos que ocorrem nas habitações das pessoas. A causa é um fenômeno natural o processo de
precipitação mas que tem consequências na sociedade e está conectado a questões ambientais, a
questões históricas de ocupação deste espaço (idem).
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3. Técnicas e métodos em Geografia humana
Método: é um instrumento organizado que procura atingir resultados estando ligados directamente
ligado a teoria que o fundamenta, conforme o Japiassu & Mercondes (1990), é um conjunto de
procedimentos racionais, baseados em regras, que visam atingir objectivos determinados.
O método é o “caminho pelo qual se chegou a determinado resultado” (Lalande, 1999, p.678).
Buscando caracterizar o método, Bachelard (1983), diz que “O método é verdadeiramente uma
astúcia de aquisição, um estratagema novo, útil na fronteira do saber” onde o método científico é
“aquele que procura o perigo (...) e a dúvida está na frente, e não atrás”, dessa maneira “não é o
objecto que designa o rigor, mas o método” (p.122).
Portanto, o método é uma maneira de obter os resultados, utilizando-se de uma teoria para
fundamentar, citando, por exemplo, método dialéctico, positivista, fenomenológico, hermenêutico,
entre outros.
Dessa forma, o método deve estar associado à teoria havendo uma coerência teórico metodológica,
ou seja, o uso adequado de certos autores e conceitos com o referido método de análise.
Segundo Lalande (1999),”é subdivisão da lógica, que tem por objecto o estudo a posteriori dos
métodos, e mais especialmente, vulgarmente o dos métodos científicos” (p.680).
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3.1.2. Métodos geográficos qualitativos
i. Etnogeografia
Nesse contexto existem várias técnicas que o pesquisador pode utilizar em suas investigações, as
entrevistas são técnicas adequadas para colectar dados para as pesquisas qualitativas na Geografia
humana.
Através da influência das ciências biológicas e naturais, o Funcionalismo vem alcançar uma
positividade prática e metodológica na Geografia (Bray, 1980). A relação entre organismo das
ciências naturais e a organização do espaço da Geografia é fundamental para entender o Método
funcionalista. Sobre este assunto Bray (1980), ressalta:
Na obra Princípios de Geografia Humana La Blache faz a relação dos diferentes géneros de vida,
nas quais habitam de forma harmónica e Coerente, com a natureza, em uma organização sistémica
onde cada Género ou modo de vida têm uma “função” (Bray, 1980).
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Com relação à ideia de elemento e função, o método sistémico vem de encontro ao pensamento
harmónico do espaço geográfico. A Teoria Geral de Sistemas dá sustentação a essa metodologia,
segundo Vicente & Perez Filho (2003):
Enquadram-se nesse tipo de sistema a totalidade das relações que compõem a realidade
como um todo, desde uma célula, passando por bacias Hidrográficas, as cidades, a
economia, a sociedade, etc, numa relação simbiótica no tempo e no espaço, sendo
diversas as concepções teóricas e conceitos desenvolvidos a partir da ideia de sistemas
abertos, dando base à abordagem sistémica, principalmente a partir de meados do século
XX (Vicente & Perez Filho, 2003, p. 331).
A abordagem sistémica têm sua utilização mais frequente na Geografia Física, porém há estudos
em Geografia Humana com essa base teórico - metodológico, mas sua aplicação é muito mais
difícil, pois envolve as relações sociais e as dinâmicas da sociedade, nas quais não estão em um
sistema harmónico e hierarquizado.
O Diagnóstico Rural Participativo (DRP) é um conjunto de técnicas e ferramentas que permite que
as comunidades façam o seu próprio diagnóstico e a partir daí comecem a autogerir o seu
planeamento e desenvolvimento (Wilson, s/d, p.54).
O DRP pretende desenvolver processos de pesquisa a partir das condições e possibilidades dos
participantes, baseando-se nos seus próprios conceitos e critérios de explicação. Em vez de
confrontar as pessoas com uma lista de perguntas previamente formuladas, a ideias é que os
próprios participantes analisem a sua situação e valorizem diferentes opções para melhorá-la.
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A intervenção das pessoas que compõem a equipe que intermédia o DRP deve ser mínima; de
forma ideal se reduz a colocar à disposição as ferramentas para a autoanálise dos/as participantes.
Não se pretende unicamente colher dados dos participantes, mas, sim, que estes iniciem um
processo de auto-reflexão sobre os seus próprios problemas e as possibilidades para solucioná-los
(idem).
No final da década de 70, o fracasso da "transferência tecnológica" causou uma mudança radical
de estratégias: o conhecimento das condições locais, dos grupos beneficiários e de suas tradições
se transformou no enfoque principal da identificação e planeamento de projectos de
desenvolvimento rural. Utilizando métodos tradicionais de pesquisa, como questionários e análises
de dados regionais, foram geradas enormes quantidades de dados que acabaram não tendo como
ser geridos e se transformaram em "cemitérios de dados".
Nos anos 80, a estratégia mudou de novo: o levantamento de informação foi reduzido ao necessário,
levando em consideração as opiniões e o ponto de vista dos grupos beneficiários. Os instrumentos
clássicos de pesquisa deram lugar a novos conceitos, mais participativos, muitos deles baseados
nas teorias e metodologias da educação popular. Esta foi a hora do nascimento do "Diagnóstico
Rural Rápido" (DRR).
Mas, mesmo com estas mudanças, as medidas tomadas pelos projectos acabaram sendo pouco
sustentáveis. Como consequência, o processo de identificação participativa se estendeu à execução
participativa de projectos.
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Então se deu voz e voto aos grupos em todos os passos de um projecto, criando, assim, o
Diagnóstico Rural Participativo (DRP).
O Diagnóstico Rápido Rural não foi o único fundamento para o desenvolvimento do DRP, além
disso, “a educação popular”, inspirada no livro "A pedagogia do oprimido", de Paulo Freire (1968),
foi outro movimento iniciado nos anos 60, que teve grande importância para os conceitos.
Esta é conseguida por meio de grupos representativos de seus membros, até chegar a um
autodiagnóstico sobre o estado dos seus recursos naturais, sua situação económica e social e outros
aspectos importantes para a comunidade (Wilson, s/d, p.56).
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3.4.4. Algumas técnicas usadas no DRP
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4. Conclusão
Feito o trabalho, podemos concluir que o estudo de técnicas e métodos em geografia humana
constitui a base que vai municiar o Estudante a ter instrumentos de base para a pesquisa científica
e auxiliar se destes para contribuir com inteligência na busca de soluções científicas para os
diferentes problemas da sociedade humana.
A Técnica de DRP, que acabamos de estudar constitui uma das ferramentas no campo da
investigação e pesquisa de fenómenos geográficos para além de que este é mais um instrumento
que o pesquisador pode usar para por um lado desenvolver a sua pesquisa em contacto com o
objecto de estudo e por outro permitir a participação directa das populações envolvidas no
desenvolvimento local.
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5. Referências bibliográficas
García, R. A. L.; Jiménez, J. A.; Rodríguez, E. (2009). Bases teóricas do modelo de princípios
científico-didáticos para o ensino de Geografia e História. Revista Paradigma, v. XXX, n. 1, jun.
Japiassú, H. & Marcondes, D. (1990). Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lalande, A. (1999). Vocabulário técnico e crítico da filosofia. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes.
Vicente, L. E. & Perez Filho, A. (2003). Abordagem sistêmica e Geografia. Geografia (Rio Claro)
vol. 28, n.3, p. 323-344, set-dez.
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