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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Distribuição da População em África

Estudante: Nélia Fernando Ezerane

Código: 708204502

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Geografia da População e Povoamentos

Ano de Frequência: 3º Ano

Turma: E / 9

Docente: Trindade Chapare

Tete, Julho de 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação do Subtotal
máxima
tutor

 Índice 0.5

Estrutura  Introdução 0.5


Aspectos  Discussão 0.5
organizacio
nais  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (Indicação
2.0
clara do problema)
Introdução  Descrição dos objectivos 1.0
 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico (expressão
3.0
escrita cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão bibliográfica nacional e
Conteúdo discussão internacional relevante na área 2.0
de estudo

 Exploração dos dados 2.5

Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos Formataçã
letra, parágrafo, espaçamento 1.0
gerais o
entre linhas

Normas
 Rigor e coerência das
APA 6ª
Referências citações/referências
edição em 2.0
Bibliográficas bibliográficas
citações e
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchido pelo tutor
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 3

1.1. Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1. Objectivo geral .................................................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos específicos ................................................................................................... 4

1.2. Metodologias..................................................................................................................... 4

2. Caracterização do continente africano ..................................................................................... 5

2.1. Diversidade Regional ........................................................................................................ 6

2.1.1. Regionalização de acordo com os critérios geográficos ............................................... 6

3. A Distribuição da População em África ................................................................................... 8

3.1. Etnias africanas ................................................................................................................. 8

3.2. Factores que influenciam a distribuição da População em África...................................... 10

3.2.1. Factores Físicos – Naturais ............................................................................................. 10

i. Clima desértico ....................................................................................................................... 10

ii. Vegetação estepe .................................................................................................................... 11

iii. Solos ................................................................................................................................... 11

3.2.2. Factores Humanos ....................................................................................................... 12

i. Económicos ............................................................................................................................ 12

ii. Históricos ............................................................................................................................ 12

iii. Transporte ....................................................................................................................... 12

iv. Políticos........................................................................................................................... 13

3.3. Lista de países da África por população ............................................................................. 13

4. Conclusão ............................................................................................................................... 17

5. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 18


1. Introdução

O presente trabalho referente a cadeira de Geografia da População e Povoamento, visa abordar


sobre a Distribuição da População em África.

Os habitantes do continente africano apresentam grande variedade de características raciais. Desde


o paleolítico inferior, ali viveram grupos étnicos muito diferenciados: negróides, caucasóides,
etíopes, bosquímanos, pigmeus e, em épocas mais recentes mas ainda pré- históricas, mongolóides.
É difícil e até arriscado descrever pormenorizadamente as etnias africanas, já que nem sempre as
características antropométricas coincidem com as línguas e dialetos falados pelos diferentes grupos
étnicos ou com outros traços culturais diferenciadores.

As diversas regiões do continente africano se mantiveram primitivamente e, até certo ponto, em


comunicação entre si. O aparecimento do deserto do Saara, ocorrido em época relativamente
recente (12000-8000 a.C.) e que coincidiu com o fim do último período glacial, dividiu o continente
em duas zonas, do ponto de vista cultural: enquanto a faixa norte continuou a relacionar-se com o
Oriente Médio, berço de civilizações, a África subsaariana transformou-se numa área isolada, sobre
a qual as culturas históricas do Mediterrâneo e da Mesopotâmia quase não exerceram influência

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1.1. Objectivos

O presente trabalho será norteado por 1 objectivo geral e 4 específicos que sustentam o principal.

1.1.1. Objectivo geral


Conhecer a população de África.

1.1.2. Objectivos específicos


Caracterizar o continente africano;
Apresentar a diversidade regional do continente africano;
Apresentar a distribuição da população em Africana;
Indicar os factores que influenciam a distribuição da população em África.

1.2. Metodologias

De acordo com Demo (1987), a metodologia é uma preocupação instrumental, que trata do caminho
para a ciência tratar a realidade teórica e prática e centra-se, geralmente, no esforço de transmitir
uma iniciação aos procedimentos lógicos voltados para questões da causalidade, dos princípios
formais da identidade, da dedução e da indução, da objetividade, etc.

Portanto, a metodologia utilizada na pesquisa foi uma abordagem teórica metodológica, onde a
mesma foi pautada em uma pesquisa qualitativa, com carácter bibliográfico, assim, diversos
autores puderam prestar suas contribuições para esse trabalho.

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2. Caracterização do continente africano

A imagem que muitos têm do continente africano é de guerras, de conflitos étnicos, de pobreza e
de paisagens peculiares, como as florestas, savanas e grandes desertos. A complexidade das
paisagens e dos territórios mostra que a África não deve ser vista como um conjunto único. A
diversidade de povos, os contrastes naturais e culturais mostram que a influencia externa foi
marcante nesse continente. (Barsa, 2002)

A África é uma massa de terra emersa contínua, com cerca de 30,2 milhões de km², o que
corresponde a 22% das terras emersas do planeta. O território africano tem 8.050 km no sentido
norte-sul e 7.560 km no sentido leste-oeste. Possui uma população de mais de 1 bilhão de
habitantes, correspondente a 14% da população mundial (National Geographic, 2008, p. 6).

De acordo com o mapa abaixo, ao norte, o continente africano é atravessado pelo Trópico de Câncer
e ao sul pelo Trópico de Capricórnio. A Linha do Equador corta o centro do continente, e o
Meridiano de Greenwich atravessa-o a oeste. Dessa forma, a África é o único continente que possui
terras nos quatro hemisférios.

Localização do Continente Africano (Barsa, 2002)

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Limita-se ao norte com o mar Mediterrâneo; os golfos de Gabes (Tunísia) e Sirte (Líbia) e os cabos
Espartel (Marrocos) e Bon (Tunísia) são os acidentes litorêos mais importantes nessa zona. A leste,
o canal de Suez, o mar Vermelho, o golfo de Adem e o Oceano Índico assinalam o limite com o
continente asiático; nesse litoral retilíneo e rochoso em sua maior parte, destacam-se os cabos
Guardafui (península da Somália) e Delgado (Moçambique). A costa atlântica, que se estende do
cabo Espartel até o das Agulhas (extremo sul). (Barsa, 2002, p.112-113. v.01).

2.1. Diversidade Regional

Na África, há regiões em que as condições naturais contribuíram para maior ocupação e


desenvolvimento econômico, em prejuízo de extensas áreas que não apresentavam inicialmente
condições favoráveis a um maior povoamento, o que explica em parte as diferentes ocupações.

Existem diferenças tanto nos aspectos naturais quanto nos sociais. No tocante à natureza,
existem na África países situados quase totalmente em paisagens desérticas (Líbia, Egito,
Argélia, Sudão etc.) e outros em paisagens tropicais variadas (Nigéria, África do Sul,
Angola, Zâmbia, etc.). Quanto às diferenças sociais e culturais, existem povos islâmicos,
em espacial no norte do continente, e povos com religiões animistas, além de minorias
cristãs. (Tamdjian & Mendes, 2012)

Os países africanos são muito diferentes uns dos outros, daí a variedade e, às vezes, a dificuldade
de se regionalizar este continente. Na África nos deparamos, além de sua inusitada diversidade
socioeconômica, com a diversidade geográfica e climática, que é formada por imensos desertos ao
lado de extensos e férteis vales.

2.1.1. Regionalização de acordo com os critérios geográficos

É possível regionalizar esse imenso continente, diferenciando-o pelas características físicas e/ou
humanas distintas que valoriza cada conjunto de países pela "localização no espaço." Essa divisão
foi feita de acordo com (Vesentini & Vlach, 2009, p.198).

Por este critério, identifica-se cinco grandes conjuntos regionais, como mostra o mapa abaixo.

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Divisão regional pela localização no espaço (Barsa, 2002)

África Meridional ou Austral: como o nome meridional indica, fica na parte sul do continente e
compreende os seguintes países: Angola, Zâmbia, Malauí, Zimbábue, Moçambique, Botsuana,
Lesoto, Suazilândia, África do Sul, Namíbia, além das ilhas Comores, Maurício, Seychelles e
Madagascar.

África Ocidental: localizada nas vizinhanças com o oceano Atlântico, que abrange os seguintes
países independentes: Mauritânia, Mali, Senegal, Guiné, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim,
Gana, Togo, Benin, Burkina Fasso, Níger, Gâmbia, Nigéria e Cabo Verde. Pode-se incluir também
nesse conjunto o território do Saara Ocidental, atualmente sob o domínio do Marrocos.

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África Setentrional ou do Norte: que compreende os seguintes Estados: Marrocos, Argélia,
Tunísia, Líbia, Egito, Sudão, Eritreia e Etiópia. Essa região Africana localiza-se ao norte do
continente, próxima aos mares Vermelho e Mediterrâneo.

África Oriental: nas proximidades do oceano Índico, abrange Djibuti, Somália, Uganda, Quênia,
Ruanda, Burundi e Tanzânia.

África Central: que compreende os seguintes Estados: Nações Chade, Congo, Camarões, Guiné
Equatorial, Gabão, República Centro-Africana, São Tomé e Príncipe, e República Democrática do
Congo.

3. A Distribuição da População em África

Os habitantes do continente africano apresentam grande variedade de características raciais. Desde


o paleolítico inferior, ali viveram grupos étnicos muito diferenciados: negróides, caucasóides,
etíopes, bosquímanos, pigmeus e, em épocas mais recentes mas ainda pré- históricas, mongolóides.
É difícil e até arriscado descrever pormenorizadamente as etnias africanas, já que nem sempre as
características antropométricas coincidem com as línguas e dialetos falados pelos diferentes grupos
étnicos ou com outros traços culturais diferenciadores. (Pires, s/a)

Grandes espaços culturais: as diversas regiões do continente africano se mantiveram


primitivamente e, até certo ponto, em comunicação entre si. O aparecimento do deserto do Saara,
ocorrido em época relativamente recente (12000-8000 a.C.) e que coincidiu com o fim do último
período glacial, dividiu o continente em duas zonas, do ponto de vista cultural: enquanto a faixa
norte continuou a relacionar-se com o Oriente Médio, berço de civilizações, a África subsaariana
transformou-se numa área isolada, sobre a qual as culturas históricas do Mediterrâneo e da
Mesopotâmia quase não exerceram influência. (idem)

3.1. Etnias africanas

De modo geral a raça caucasóide se espalhou pelo norte, enquanto a propriamente negróide
conquistou a maior parte do continente ao sul do Saara (área que hoje é chamada de África negra),
em detrimento dos grupos raciais mais primitivos, pigmeus e bosquímanos. Tendo antes ocupado
a maior parte da África, esses grupos acabaram reduzidos a alguns encraves na selva e na savana
(pigmeus) e a zonas desérticas ou subdesérticas do sudoeste do continente (hotentotes). (Pires, s/a)

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Por outro lado, no planalto etíope e no chamado Chifre da África fixou-se um tipo étnico muito
peculiar, que reúne características caucásicas e negróides.

A fixação em Madagascar, poucos séculos antes da era cristã, de navegadores procedentes do


Sudoeste Asiático iria misturar sangue mongolóide ao da população da ilha. Por fim, já em épocas
históricas, vários fatores modificaram consideravelmente o mapa étnico do continente: a expansão
árabe para o ocidente (ao longo da faixa mediterrânea) e até Zanzibar (pela costa oriental), o
comércio de escravos e a colonização européia. (Pires, s/a)

Povos paleoafricanos - reduzidos a bandos dispersos que, na segunda metade do século XX não
ultrapassavam 200.000 indivíduos, os pigmeus são povos caçadores e coletores, embora em alguns
casos tenham na pesca seu principal meio de subsistência. Encontram-se principalmente no
Camarão, no Gabão e na bacia do Congo. São de baixa estatura, que raramente ultrapassa um metro
e meio. A pele, pardo-amarelada, é brilhante e pilosa. O cabelo é negro e encarapinhado; o nariz,
largo; e o rosto, ovalado. (Pires, s/a)

Os bosquímanos são de baixa estatura, pele pardacenta com pouca pilosidade e cabelo curto, negro
e muito encarapinhado. Sua área de distribuição chegou a ser bem extensa, já que compreendia
toda a África austral e oriental. A partir do século X a.C. foram sendo progressivamente deslocados
pelos povos bantos, num processo ininterrupto até o século XVIII. (Pires, s/a)

Os hotentotes, provavelmente originários da união entre bosquímanos e povos negros, são um


pouco mais altos que os primeiros, mas têm características raciais muito semelhantes. Junto com
os bosquímanos, constituem os chamados povos khoi-san. (Pires, s/a)

Povo caucasóides - na África mediterrâneo, a contribuição cultural árabe não teve equivalente no
contingente humano: o tipo físico predominante continua sendo o primitivo berbere, de raça
caucasóide, sub-raça mediterrânea, de estatura superior à dos povos do sul da Europa. Essa raça
tem pele moreno-clara, cabelos castanho-escuros ou negros, lisos ou ondulados, nariz pequeno,
olhos castanhos, lábios finos ou medianos e abundante pilosidade facial e corporal. (Pires, s/a)

Povos etíopes - a raça etíope é de estatura média, tez moreno-escura, crânio e nariz pequenos,
lábios finos e pouca pilosidade corporal. Ainda se discute se ela resultou da união entre as raças
caucasóide e negróide ou de uma raça primitiva na qual não teria ocorrido a diferenciação de traços.

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No planalto etíope e em sua periferia habitam numerosos povos distintos entre si. Os afars são
caucasóides com grande proporção de sangue árabe. Nos somalis, de cor mais clara, também se
notam traços negróides.

Povos mongolóides - entre os povos malgaxes, os merinas são os que reúnem maior número de
características mongolóides. São de baixa estatura, cor moreno-amarelada, cabelo negro e liso,
pouca pilosidade facial e corporal e olhos escuros. Conservam o epicanto (dobra da pele no ângulo
interno do olho) característico da raça amarela. (Pires, s/a)

Povos negróides - os povos negróides constituem a raça negra propriamente dita. Ocupam a África
subsaariana, à exceção do extreme oriental, habitado por povos etíopes, e dos encraves de pigmeus
(na África central), bosquímanos, hotentotes e brancos (no sul). Sua característica distintiva
fundamental é a cor da pele, que no entanto pode variar do moreno-escuro ao negro-retinto. (idem)

Os povos nilóticos - ocupam o alto vale do Nilo, do lago Vitória à confluência com o Nilo Azul.
Nos últimos séculos, penetraram bastante em direção ao sul, até as margens do lago Tanganica. Os
nilóticos se destacam pela alta estatura, corpo pequeno e membros longos. A cabeça é também
pequena e os lábios um pouco grossos. (idem)

Os povos guineenses e congoleses - ocupam a costa da Guiné e a região de selva equatorial e


savana ao sul desta, na África central. Geralmente mais baixos que os sudaneses e com membros
mais curtos, têm lábios grossos e forte prognatismo. (idem)

Os povos bantos do leste e do sul da África - ocupam a extensa região que vai dos grandes lagos
até o extremo meridional do continente. Em geral, têm estatura alta, pele relativamente clara e
prognatismo menos acentuado que o dos povos sudaneses, guineenses e congoleses. (idem)

3.2. Factores que influenciam a distribuição da População em África

A distribuição da População em África, é influenciada por factores Físicos e Humanos. (Pires, s/a)

3.2.1. Factores Físicos – Naturais


i. Clima desértico

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África possui sete diferentes formações climáticas, através das quais podemos perceber a influência
de diferentes fatores como a latitude, relevo, correntes marítimas e zonas de alta e baixa pressão.
A latitude determina o nível de insolação. (Christopherson, 2012)

Os climas secos dominam grande parte do norte da África, indo do Oceano Atlântico ao Oceano
Índico, e uma porção considerável ao sul. O clima desértico tropical e subtropical quente é
detectado no norte e sudoeste do continente, no Saara e Kalahari/Namíbia, respectivamente. As
temperaturas são altíssimas durante o dia, chegando a 50°C, e frias durante a noite, alcançando
temperaturas negativas. A média anual de precipitação não passa dos 300mm.

ii. Vegetação estepe

O clima é um dos principais factores de formação dos diferentes tipos de vegetação, e a África é
um dos maiores continentes da Terra, possuindo uma orientação latitudinal (no sentido sul-
norte). (Townsend, 2010)

Os climas secos (desértico e semidesértico) ocupam grande parte do norte e uma faixa no litoral
sudoeste da África. Sendo assim, as vegetações associadas a esses climas também ocupam essas
faixas. A vegetação dos desertos varia de quase nenhuma, nas áreas de climas árido, aos numerosos
arbustos xerófitos adaptados ao clima seco e quente, nas áreas de transição para climas mais
úmidos. (idem)

As vegetações de climas tropicais dominam as regiões central e sul da África. A savana tropical é
a formação vegetal que cobre a maior parte do continente africano, indo do sul do deserto do
Saara até o sul da África do Sul, além do oeste de Madagascar, e fazem a transição entre a floresta
tropical e os desertos africanos. (idem)

As vegetações de climas frios (microtérmicos e de altitude) são encontradas nas partes mais altas
do relevo africano. A floresta de coníferas domina o planalto da Etiópia, a cordilheira do Atlas, no
norte africano, e enclaves de grandes altitudes estão presentes no centro do continente e na parte
central de Madagascar. (idem)

iii. Solos

O solo é um recurso natural renovável que, de uma forma simplificada, se pode definir como a
camada superficial da crosta terrestre, formada por partículas minerais de vários tamanhos e
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composição química diversa e matéria orgânica em diferentes fases de decomposição. As diferentes
proporções destes componentes, o modo como se distribuem no solo e a composição da rocha mãe
determinam a sua natureza. (Mateus, 2008),

3.2.2. Factores Humanos


i. Económicos

A principal actividade econômica praticada na África é o extrativismo mineral. Países como


Angola, Nigéria, Mauritânia, Líbia, África do Sul, Republica Democrática do Congo (RPC) e
Zâmbia têm nessa atividade mais da metade de suas exportações. Os principais minérios explorados
são: urânio, em Níger e Namíbia, cobre, na África do Sul, Zâmbia, Zimbábue e RPC, diamantes,
em Lesoto, Botsuana e Serra Leoa, ferro, na Mauritânia e África do Sul, bauxita, no Moçambique,
além de petróleo na Líbia e Nigéria. (Townsend, 2010),

A atividade de extração em superfície muitas vezes é feita de forma primitiva, por garimpeiros com
equipamentos simples, já a exploração em profundidade é feita por empresas transnacionais. Os
dois tipos de exploração têm por objetivo abastecer o mercado externo. A exploração de diamantes,
em alguns casos, utiliza mão de obra escrava de jovens e crianças, associando-se ao tráfico das
pedras e de armas.

ii. Históricos

Um enorme continente banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano
Índico, a África é conhecida como o berço da humanidade. Os mais antigos fósseis de hominídeos
foram encontrados nesse continente e têm cerca de cinco milhões de anos. Esse tipo de hominídeo,
lentamente, evoluiu para formas mais avançadas, tais como o Homo habilis e o Homo erectus.
Finalmente, por volta de 200.000 anos, surge o Homo sapiens, última espécie da linhagem homo e
a única restante. (Lourenço, 2006)

Os factores históricos representados pela escravatura por exemplo deixaram fortes evidências sobre
distribuição da população nas diferentes partes do continente.

iii. Transporte

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Um sistema de transportes é constituído pelo modo (via de transporte), pela forma (relacionamento
entre os vários modos de transporte), pelo meio (elemento transportador) e pelas instalações
complementares (terminais de carga). (Rodrigues, 2007, p.25)

O transporte é, no fundo, o conjunto formado pelos meios e vias de comunicação bem como os
diversos aparelhos técnicos e instalações que permitem a sua efectivação.

As vias de comunicação são aquelas especialmente adaptadas e equipadas para o movimento da


matéria circulante. Portanto, em África, as zonas costeiras tornaram-se áreas de forte concentração
demográfica, pois aí se localiza a maior parte das cidades e se concentra grande parte da actividade
industrial, não só pelos recursos oferecidos pelo mar (pesca) como também pelas facilidades que
as águas do mar permitem nas comunicações internas e externas (internacionais).

iv. Políticos

O campo político é, pois, um lugar concorrencial pela dominação que se efectiva por intermédio
de uma disputa para a aquisição do monopólio do direito de falar e de agir, em nome de um partido,
ou da totalidade dos profanos.

Com efeito, cada país da África subsaariana, tal como Moçambique, conhece uma evolução
particular no que se refere à disposição das instituições, das práticas, dos agentes, e das relações
políticas da mudança, em função das estratégias conjunturais e dos contextos histórico, económico,
social e político, que lhe são específicos (Lourenço, 2006).

Por outro lado, esta vaga de transições democráticas, ou se quisermos, de democratização política
em curso, tem lugar dentro dos quadros políticos particulares que constituem as trajectórias sociais
e históricas dos diferentes Estados africanos. (Mbembe, 1999).

3.3. Lista de países da África por população

POS País População

---------- África 1,216,345,029

1 Nigéria 190,886,311

13
2 Etiópia 104,957439

3 Egito 97,553,151

4 Congo-Kinshasa 81,339,998

5 Tanzânia 57,310,019

6, África do Sul 56,717,151

7 Quênia 49,699,862

8 Uganda 42,862,958

9 Argélia 41,319,142

10 Sudão 40,553,330

11 Marrocos 35,739,534

12 Angola 29,784,194

13 Moçambique 29,668,834

14 Gana 28,833,629

15 Madagáscar 25,570,895

16 Costa do Marfim 24,294,750

17 Camarões 24,053,727

18 Níger 21,477,348

19 Burquina Fasso 19,193,382

20 Malawi 18,622,104

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21 Mali 18,541,980

22 Zâmbia 17,094,130

23 Zimbabwe 16,529,904

24 Senegal 15,850,567

25 Chade 14,899,994

26 Somália 14,742,523

27 Guiné 12,717,176

28 Ruanda 12,208,407

29 Tunísia 11,532,127

30 Benim 11,175,692

31 Burundi 10,864,245

32 Togo 7,797,694

33 Serra Leoa 7,557,212

34 Líbia 6,374,616

35 Congo-Brazzaville 5,260,750

36 Eritreia 5,068,831

37 República Centro-Africana 4,659,080

38 Libéria 4,731,906

39 Mauritânia 4,420,184

15
40 Lesoto 2,125,262

41 Namíbia 2,055,080

42 Botswana 1,815,508

43 Gâmbia 1,688,359

44 Guiné-Bissau 1,472,780

45 Gabão 1,454,867

46 Maurícia 1,250,882

47 Essuatíni 1,133,066

48 Comores 711,417

49 Guiné Equatorial 551,201

50 Djibouti 496,374

51 Cabo Verde 423,613

52 Saara Ocidental 382,617

53 São Tomé e Príncipe 199,579

54 Seicheles 81,895

Fonte: Wikipedia, 2022

3.4. Cidades mais populosas da África (estimativa 2020)


 Lagos na Nigéria - 10,9 milhões de habitantes
 Kinshasa na República Democrática do Congo – 9,4 milhões de habitantes
 Cairo no Egito – 8,7 milhões de habitantes

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 Ibadan na Nigéria – 6,1 milhões de habitantes
 Alexandria no Egito – 5,02 milhões de habitantes

4. Conclusão
Perante a esta pesquisa terminada, que tinha como foco a distribuição da população em África,
podemos concluir que a África é um continente pouco povoado comparativamente a Europa, Ásia,
América latina. A sua distribuição é muito irregular. O litoral da Guine, as encostas da cadeia do
Atlas, o litoral sudeste africano é as regiões mais populosas. A região desértica, da vegetação da
estepe é as menos populosas.

Os habitantes do continente africano apresentam grande variedade de características raciais. Desde


o paleolítico inferior, ali viveram grupos étnicos muito diferenciados: negróides, caucasóides,
etíopes, bosquímanos, pigmeus e, em épocas mais recentes mas ainda pré- históricas, mongolóides.

As diversas regiões do continente africano se mantiveram primitivamente e, até certo ponto, em


comunicação entre si. O aparecimento do deserto do Saara, ocorrido em época relativamente
recente e que coincidiu com o fim do último período glacial, dividiu o continente em duas zonas,
do ponto de vista cultural: enquanto a faixa norte continuou a relacionar-se com o Oriente Médio,
berço de civilizações, a África subsaariana transformou-se numa área isolada, sobre a qual as
culturas históricas do Mediterrâneo e da Mesopotâmia quase não exerceram influência.

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5. Referências bibliográficas

Barsa (2002). Planeta Internacional. São Paulo: Barsa, Ltda, Enciclopédia. v. 01

Christopherson, Robert W. (2012). Geossistemas: Uma introdução a. 7. ed. Porto Alegre:


Bookman.

Demo, P. (1987). Introdução ao ensino da metodologia da ciência. 2.ed. São Paulo: Atlas.

Lourenço, Vítor (2006). O Campo Político em África. As relações de (inter)dependência entre


Estado e Autoridades Tradicionais», Occasional Papers Series, Lisboa, CEA-ISCTE, 16.

Mateus, A. (2008). O Solo: A pele da Terra. Departamento de Geologia da FCUL, Lisboa, 45 pp.
Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/ documents/163.pdf

Mbembe, Achille (1999). Une économie de prédation. Les rapports entre la rareté matérielle et la
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