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I. INTRODUÇÃO
Atualmente o número de cidades brasileiras com
disponibilidade do sinal de TV no padrão digital ISDB-Tb
(Serviços Integrados de Radiodifusão Digital Terrestre do
Brasil), inspirado no padrão de TV digital japonês ISDB-T
(Serviço Integrado de Transmissão Digital Terrestre), ainda é Fig. 1. Diagrama simplificado e os elementos básicos de um sistema de
relativamente reduzido. comunicação digital.
A transmissão digital se utiliza de ondas Hertzianas, A camada de transporte é composta pelas seguintes
conhecidas como ondas eletromagnéticas, para se propagar, etapas:
porém seus dados são codificados em sequências binárias • Codificador de canal – inclui de forma sistemática e
(compostas de 0 e 1), os quais obedecem um conjunto de controlada informações redundantes no feixe de
normas que serão abordadas neste artigo, cujo enfoque será transporte que permitem aumentar a robustez do sinal
uma análise básica da evolução dos padrões DVB-T para transmitido. Esta robustez é alcançada, pois, as
DVB-T2 (europeu), ATSC para ATSC3.0 (norte-americano) e informações adicionadas permitem que, na recepção,
o ISDB-T para ISDB-Tb (nipo-brasileiro). Portanto, faz-se sejam realizadas detecção e correção dos erros
necessário esclarecer, de forma breve, alguns conceitos e introduzidos pelos transientes do canal de transmissão.
elementos básicos de comunicação digital. • Modulador Digital - Processa o sinal codificado para
que seja possível sua transmissão em radiofrequência
II. COMUNICAÇÃO DIGITAL (RF), com ocupação espectral limitada e com
adversidades dos canais de transmissão.
A Figura 1 ilustra o diagrama simplificado e os elementos
• Up-converter- realiza a conversão do sinal modulado de
básicos de um sistema de comunicação digital.
uma frequência intermediaria (FI) para o canal de
O transmissor é formado pelos seguintes módulos:
radiofrequência (RF) desejado, dentro da faixa de VHF
codificador de canal, modulador digital, up converter e
ou UHF.
amplificador de potência. Este conjunto é chamado de difusão
de acesso (DA). O receptor é formado pelos seguintes • Amplificador de Potência - eleva a potência do sinal RF
TABELA IV REFERÊNCIAS
NOMA BRASILEIRO – ABNT NBR
[1] Padrão de televisão digital – (ATSC A / 53).
Referência Título [2] Anúncio de Serviço do Padrão ATSC 3,0 – (A/332: 2017. Pdf) -
https://www.atsc.org/standards/atsc-standards.
ABNT NBR Televisão digital terrestre - Sistema de transmissão [3] ARIB STD-B31:2005, Transmission system for digital terrestrial
15601 television; ITU BT.1306:2006, Error correction, data framing,
modulation and emission methods for digital, modulation and emission
Codificação de Vídeo, Áudio e Multiplexação. methods for digital terrestrial television broadcasting;
ABNT NBR http://teleco.com.br/pdfs/tutorialtvdnorm.pdf.
[4] Padrão ATSC 3.0.Disponível em:
15602 https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
ABNT NBR Multiplexação e Serviços de Informação (SI) BR&sl=en&u=http://atsc.org/newsletter/atsc-3-0-where- we-
stand/&prev=search
15603 http://atsc.org/
ABNT NBR Receptores http://atsc.org/wp-content/uploads/2016/03/A321-2016-System-Discovery-
and-Signaling-1.pdf.
15604 [5] BAE, S.-H. et al. Assessments of Subjective Video Quality on HEVC-
Tópicos de Segurança (parcialmente em Encoded 4K-UHD Video for Beyond-HDTV Broadcasting Services. 2013.
[6] DE PAIVA, M. C.; MENDES, L. L. Uma implementação em software do
ABNT NBR elaboração) subsistema de transmissão do padrão ISDB-TB. 2010. Dissertação de
15605 Mestrado, Instituto Nacional de Telecomunicações.
[7] Padrão DTV. Disponível em: http://www.dtv.org.br/
Codificação de Dados e Especificações de D. A. Guimarães; R. A. A. Souza, Transmissão Digital: Princípios e
ABNT NBR Transmissão para Radiodifusão Digital Aplicações, 1. ed. São Paulo: Érica, 2012.
Normas. Disponível em:
15606 (parcialmente em elaboração) http://www.dibeg.org/techp/aribstd/harmonization/090918_Harmonization_v
ABNT NBR Canal de Interatividade olume6_Basic%20SI.pdf
https://www.htforum.com/forum/threads/abnt-normas-tecnicas-da-tv-digital-
15607 brasileira-sbtv.59768/.
www.abntcolecao.com.br/viewer/colecao20.exe.
ABNT NBR Guia de Operação
http://www.set.org.br/revistaderadiodifusao/pdf/revista10.pdf.
15608 http://www.teleco.com.br/tvdigital.asp.
[8] ETSI EN 300 744 V1.6.2 (2015-10) : Digital Video Broadcasting (DVB);
ABNT NBR Suíte de Testes (em elaboração)
Framing structure, channel coding and modulation for digital terrestrial
15609 television.
[9] ETSI, T. S. 302 755 v1. 3.1 (2012-04): Digital Video Broadcasting. (DVB).
Acessibilidade – Parte 3: Língua de Sinais Frame structure channel coding and modulation for a second generation digital
ABNT NBR
(LIBRAS), elaborada pela Comissão de Estudo terrestrial television broadcasting system (DVB-T2), 2012,
15610-3:2016 https://www.dvb.org/standards,
Especial de Televisão Digital (ABNT/CEE-085) https://www.dvb.org/resources/public/factsheets/dvb-t2_factsheet.pdf
[10] Eugene R. Bartlett: Cable Television Technology and Operations -
McGraw-Hill, 1990.
Além das normas relativas ao sistema de TV digital [11] LDM (Layered Division Multiplexing). http://www.ldm-tech.com/. ,
propriamente dito, os equipamentos utilizados para a http://www.transmitter.com/RF251/LDM.pdf. ,
transmissão de TV Digital no Brasil devem ser homologados http://ieeexplore.ieee.org/document/6746098/?reload=true&arnumber=67460
98.
pela Anatel atendendo aos requisitos da Norma para [12] MONTEZ, C.; BECKER, V. TV Digital Interativa: conceitos, desafios
Certificação e Homologação de Transmissores e e perspectivas
Retransmissores para o SBTVDT, Anexo à Resolução Anatel [13] Mapa de Distribuição de TV Digital no Mundo -
https://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o_digital#/media/File:Digital_
Nº 498, de 27/03/2008 [19]. broadcast_standards.svg ( Data de Acesso 24/08/2017 às 23h51mn.
Em uma análise comparativa entre os padrões DVB-T, [14] Protocolo de Camada Física ATSC 3.0 – (A/322: 2016. pdf) -
DVB-T2 e o ATSC 3.0, feito através das tabelas I, II, III e IV, https://www.atsc.org/standards/atsc-standards/
[15] Primeira transmissão 4k UHD - http://lumensul.com.br/2015/07/14/lg-
o padrão ISDB-T/Tb, no que diz respeito ao sistema de incia-testes-com-a-tecnologia-atsc-3-0-para-transmissao-4k/,
transmissão, codificação de vídeo, áudio, multiplexação dentre http://www.gatesair.com/pt/media-center/news/field-tests-of-futurecast-next-
outros parâmetros normatizados e em fase de normatização gen-tv-broadcast-system-first-to-demonstrate, http://www.lg.com/us/tv-
necessitará passar por um processo de atualização que, aliás, já audio-video.
[16] Protocolo ALP (Link-Layer) – (A/330: 2016. pdf) -
está acontecendo. https://www.atsc.org/standards/atsc-standards/
[17] TECH, E. B. U. 3348,“. Frequency and Network Planning Aspects of
X. CONCLUSÃO DVBT2”, EBU, 2011.
[18] W. FISCHER. Digital Television - A Practical Guide for Engineers.
No que diz respeito a evolução dos três principais padrões Springer, 2004.
de TV digital difundidos no mundo: o europeu DVB-T, o [19] ANATEL , http://www.anatel.gov.br/legislacao/resolucoes/2008/180-
resolucao-498.
norte-americano ATSC e o nipo-brasileiro ISDB-Tb, pode-se
perceber um aumento importante nas taxas de transmissões e
sobretudo na robustez do sinal que possibilitaram um melhor
Hamilton Alves Fernandes nasceu em Alagoinhas, BA, em 02 de abril de
1966. Possui os títulos: Técnico em Eletrônica (Escola Técnica Eletromecânica
da Bahia, Salvador, BA, 1994). Graduado em Matemática (Faculdade de São
Paulo, 2008). De 1994 a 1998 trabalhou na área operação e manutenção de
sistemas de transmissão de telecomunicações na Vence Engenharia. De 1998
a 2012 atuou na transmissão e gerencia de rede de telecomunicações na
Telefônica. Em 2007 ingressou na Rede Estadual de São Paulo, Professor de
Matemática/Física. Atualmente trabalha na EBC – Empresa Brasil de
Comunicação, no cargo Manutenção e Suporte de Televisão, na Rede Estadual
de São Paulo, Professor efetivo de Física, no SET – Sociedade Brasileira de
Engenharia de Televisão (www.set.org.br) participa de Grupo SET de Estudos
IP – GEIP, cujo objetivo é desenvolver solução de Infraestruturas e topologias
de migração SDI/IP.