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Serviços de

Teledifusão de Alta
Definição

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1. TV Digital
 O que muda?
 Cenários
 Transmissão
 Infra-Estrutura

2. Padrões
 Abertos
 Proprietários

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 TELEVISÃO DIGITAL
• Porquê TV Digital ?
 Uso mais eficiente do espectro
 Mais canais e serviços
 Interactividade
 Personalização
 Robustez a erros
 Qualidade da imagem e som
 Fácil processamento
 Mais próximo do computador
 Fácil multiplexagem e encriptação
 Possibilidade de regeneração 3
 A TV do Futuro (?)

 Set top box + TV analógica

 TV digital

 PC Card

 Terminal móvel

 Qualquer tipo de aparelho digital


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 Televisão: Afinal qual é a sua utilidade (?)

 Informação

 Entretenimento

 Jogos

 Divulgação

 Educação

 Compras

… 5
 Afinal, que argumentos convencem o utente (?)

 Satisfação de necessidades / valor


acrescentado / funcionalidades.
 Interoperabilidade ao nível de
aplicação - não lhes interessa a
solução técnica
 Qualidade e fiabilidade aceitáveis
 Facilidade de uso
 Baixo custo do uso e do equipamento
 Variedade e qualidade do conteúdo
 Interactividade
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 A Interactividade,…!
A representação digital da informação facilita enormemente a
explosão das capacidades interactivas (capacidade do utente
escolher ou alterar algo, personalizando a experiência
televisiva) associadas à televisão e logo à capacidade de cada
utente:

 Aceder a informação temática


 Obter informação complementar
 Controlar a sequência da visualização
 Exprimir opiniões, votações,……
 Escolher o ângulo de visualização
 Usar vários serviços, e.g. Tele-shopping,
Tele-banking 7
 A Interactividade,…!

A interactividade nem sempre requerer a disponibilidade


de um canal de retorno …

• Baixa Interactividade – Zapping, controlo do áudio.


• Média Interactividade – Define o programa mas não
altera o programa, e.g.VoD, teletext.
• Alta Interactividade – Altera o programa, e.g.
personalização do programa, escolha do fim, mistura
com Internet.
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 A Interactividade,…!
 Local: O conteúdo é transmitido para o receptor de
uma só vez. O usuário interage com os dados
armazenados no seu receptor.

 Com canal de retorno não-dedicado: A troca de


informações se dá à parte do sistema de TV, como uma
linha telefónica. A recepção das informações se dá via
ar, mas o retorno à central se dá pelo telefone.

 Com canal de retorno dedicado: Se dá através de


redes de banda larga. O usuário necessita não apenas
antenas receptoras, mas também transmissão
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 Televisão: Afinal como está a Mudar ?

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 Televisão: Afinal como está a Mudar ?

1. Som e imagem de melhor qualidade, com alta


definição - ADTV; (de 400x400 pixels poderá ser de até
1920x1080 pixels).

2. Interactividade; (acesso a Internet, o usuário poderá


interagir com a programação, haverá também a inclusão
digital, pois todos terão acesso, havendo canal de retorno o
usuário poderá fazer compras, votar, serviços de saúde,
jogos, serviços educacionais, serviços bancários,...

3. Mais imune a interferências e ruídos; (Eliminação de


Chuviscos e Fantasmas)
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 Televisão: Afinal como está a Mudar ?

4. Mais canais na mesma faixa de frequência de um canal


analógico; (onde se tinha a recepção de 1 canal analógico se pode ter
agora até 4 canais digitais)

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 Cenários da TV Digital

Compras

Marketing

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 Cenários da TV Digital

T-Commerce

Multi - Câmera

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Tecnologias Digitais em Radiodifusão
Aspectos Tecnológicos e
Potencialidades do Uso

15
 TV Digital: Aspectos Técnicos
1. Três grandes segmentos de um sistema de televisão:
 O da produção de conteúdos (estúdio)
 O da transmissão (entre a emissora/ Geradora e o usuário)
 E o receptor de Televisão do usuário.
A maioria das grandes emissoras já é digital usando formatos como p.ex:
D-1, D-5, DVCAM, etc. (D-1 é um Standard SMPTE de gravação digital de vídeo;
SMPTE = Society of Motion Picture and Television Engineers; Panasonic's D-5
format has similar specifications, but was introduced much later)
No receptor, também se tem funções digitais como p.ex: o controlo
remoto.
O segmento de transmissão que liga estes dois extremos ainda é
analógica, limitando deste modo o aproveitamento dos recursos
existentes nos dois extremos.
Assim, a “TV Digital” é a digitalização desse elo de ligação,
consequentemente abrindo um imenso leque de possibilidades para se
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aproveitar os recursos da tecnologia digital.
 TV Digital: Aspectos Técnicos

2. O sinal de TV pode ser transmitido ao usuário de diversas


formas:
 Via ondas electromagnéticas nas faixas de VHF/UHF (54-
806 MHz, ou canais 2 a 69),
 Via microondas (MMDS, 2.500-2686 MHz) = (Multi-
channel Multi-point Distribution System and wireless
cable),
 via cabo ou via satélite (banda C, em 3,7-4,2 GHz e banda
Ku, 11-12 GHz),
 Pode ainda ser transmitido em banda-base via rede
telefónica (utilizando equipamentos ADSL),
 Ou ainda via Internet (desde que o acesso tenha uma
banda de 2Mbit/s). 17
 TV Digital: Aspectos Técnicos
3. Para a transmissão em VHF/UHF, existem três padrões de transmissão:
 O norte-americano ATSC (Advanced Television Systems Committee),
 O europeu DVB-T (Digital Video Broadcasting, Terrestrial)
 O japonês ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting, Terrestrial).

3.1 Todos eles possuem uma estrutura similar (padronizado pela


UIT):
 Os sinais de áudio e vídeo são digitalizados, sendo a seguir
multiplexados para formarem um fluxo (de bits) de programa.
 A seguir, um ou mais fluxos de programa são multiplexados para formar
um feixe de transporte (Transport Stream). Essa multiplexação é feita no
padrão MPEG-2: Sistemas.
 O feixe de transporte (que pode variar de 4 a 24 Mbit/s) é então
colocado num codificador de canal (equivalente, no mundo analógico,
ao modulador de RF). É aqui que o ATSC, o DVB e o ISDB diferem. 18
Transmissão & Componentes de 1 sistema de TV
Digital

19
Transmissão & Componentes de 1 sistema de TV
Digital

20
 Tecnologias e Modelos para TV Digital

 MPEG2 BC : MPEG2 Backards Cmpatible AAC : Advanced Audio Coding


 MPH: Mmultimedia Home Platform AC3: Audio Compression - 3 21
 DASE: DTV Application Software Environment
 Tecnologias e Modelos para TV Digital
• O modelo de TV Digital é desenvolvido em camadas, sendo no
total cinco e cujas funções são descritas abaixo:

 Camada de aplicação: executa os aplicativos desenvolvidos;

 Camada de middleware: permite que as aplicações sejam


executadas independentes do hardware existente;

 Camada de compressão: executa a compressão e


descompressão dos sinais de áudio e vídeo;

 Camada de transporte: realiza as operações de multiplexação e


demultiplexação dos programas de TV; e

 Camada de transmissão: executa as actividades de


modulação/demodulação e codificação/decodificação do sinal.
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 Inovações Técnicas e Tecnológicas na TV Digital

 Resolução da imagem: Um bom monitor


analógico possui entre 525 e 625 linhas. Em
HDTV chega-se a 1080 linhas.

 Formato da imagem: Passou do formato 4:3,


típico da TV analógica para 16:9, próximo ao
formato panorámico de uma tela de cinema.

 Qualidade do som: De dois canais (estéreo)


para seis canais (utilizado em Home
Theaters). 23
 Tecnologias e Tipos de Resolução de Imagem para
TV Digital

1. LDTV (Low Definition TV - 4:3) - de 240 a 288


linhas.

2. SDTV (Standard Definition TV - 4.3 & 16:9) - de


480 (NTSC/PAL-M) até 576 (PAL, SECAM) linhas.

3. EDTV (Enhanced Definition TV - 16:9) – de 480 a


576 linhas c/ progressive scan);

4. HDTV (High Definition TV - 16:9) - de 720 a 1080


linhas) 24
 Tecnologias e Modelos para TV Digital

Analógico Digital

Definição Até 525 linhas no Écran Até 1080 linhas no écran (Alta
Definição)
Aspecto 4:3 16:9
Conteúdo Passivo Interactivo
Programas Um por emissora Seis por emissora
simultaneamente
Acesso TV (Antena, Cabo ou Satélite) TV (Antena, Cabo ou Satélite),
Celular, Computador
Som Mono ou Stereo (dois canais) Dolby Digital (Seis Canais)
25
 Infra-estrutura

1. Transmissão:
 Cabo
 Satélite
 Terrestre
2. Terminais:
 Set Top Box
 Televisores digitais
 Telefones Celulares
 PDAs (Personal Digital Assistant)
 Computadores Pessoais
3. Canais de Retorno:
 xDSL
 Telefone Normal
 Telefones Celulares (GPRS, EDGE, Bluetooth...) 26
 Principais Sistemas de TV Digital

1. No ATSC, o feixe de transporte – de 19,39 Mbit/s – modula


uma sequência contínua de pulsos, que podem assumir um
entre 8 valores possíveis de potência (8-PAM – Pulse
Amplitude Modulation).
O sinal digital ocuparia cerca de 10 MHz de largura. Para
caber num canal de 6 MHz, parte da banda lateral inferior é
cortada fora, da mesma forma que é feita no sinal analógico
(AM-VSB). Esse tipo de sinal é conhecido como VSB (Vestigial
Side-Band) ou 8-VSB.
 Para melhorar a robustez do sinal, são acrescentados
alguns códigos correctores de erro ao trem de bits. Esses
códigos (Reed Solomon, FEC, etc.) estão presentes também
no DVB e no ISDB.
27
 Principais Sistemas de TV Digital
2. No DVB e no ISDB, o feixe de transporte é encaixado num grande número
de pequenas portadoras. Esse número pode variar de 1.400 a 6.800 mini-
portadoras. Cada mini-portadora leva um fragmento da informação. Esse
método de transmissão é conhecido como COFDM (Coded Orthogonal
Frequency Division Multiplex).

 Nos sistemas analógicos, as reflexões (ecos) que o sinal sofre


(ao bater contra edifícios ou murros) provocam fantasmas na
imagem. Em sistemas digitais, acima de um determinado limiar,
eles detonam o sinal.
 Para melhorar a robustez contra os ecos, no DVB-T e no ISDB-T,
os fragmentos de informação não são transmitidos de forma
contínua: existe um intervalo de guarda entre um fragmento e
outro. Com isso, o DVB e o ISDB têm maior robustez para ser
recebido, por exemplo, por meio de uma antena interna
28
 Principais Sistemas de TV Digital
 Os bits, ao serem encaixados nas mini-portadoras, são espalhados
aleatoriamente (espalhamento espacial). Assim, se alguma mini-portadora
“desvanecer no caminho” (por exemplo, por causa de uma interferência
electromagnética numa frequência específica), a informação remanescente
nas demais mini-portadoras é em geral suficiente para se recuperar a
informação original.
 No caso do ISDB, além do espalhamento espacial, existe também um
espalhamento temporal – ou seja, um conjunto de bits pode ser colocado
num fragmento mais à frente ou mais atrás. Com isso, o ISDB consegue
obter maior robustez para ser recebido em veículos em movimento (o DVB
também pode ser captado por veículos em movimento; já o ATSC é mais
difícil).
 No DVB e no ISDB, ao contrário do ATSC, os diversos parâmetros envolvidos
na modulação – robustez do código corrector de erros (FEC), intervalo de
guarda, tipo de modulação de cada fragmento (64-QAM, 16-QAM ou QPSK),
e número de mini-portadoras – pode ser ajustado pela emissora. Com isso,
pode-se obter uma alta robustez, embora com uma baixa taxa de bits, por
exemplo, 4 Mbit/s – ou uma alta taxa de bits, como 24 Mbit/s, mas com 29
baixa robustez contra as interferências.
 Principais Sistemas de TV Digital

3. Outra diferença entre os 3 sistemas é o tipo de codificação


utilizado para o áudio:
 No ATSC, é empregado o Dolby AC-3 (sistema proprietário)
(Audio Codec 3, Advanced Codec 3, Acoustic Coder 3).

 No DVB, é utilizado o MPEG-2:BC (Backwards-Compatible),


embora, outros países tenham optado por DVB com Dolby
AC-3
 No ISDB, a codificação utilizada é o MPEG-2:AAC (Advanced
Audio Coding).

 Para a codificação de vídeo, todos empregam o MPEG-2.


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 Padrões Abertos no Mundo
 DVB (Digital Video Broadcasting) - Padrão Europeu.
1. Prioriza o conteúdo (interactividade e diversidade de canais);
2. Mobilidade com DVB – H ( Digital Video Broadcasting - Handheld )
3. Middleware: MHP (Multimedia Home Platform)
4. DVD-S, DVB-C, DVB-T e DVB-SC

 ATSC (Advanced Television System Commitee) – P. Americano.


1. Prioriza qualidade de som e imagem,
2. Sem mobilidade;
3. Middleware: DASE (Digital Television Application Software Environment)

 ISDB (Integrated System of Digital Broadcasting) – P. Japonês


1. Prioriza mobilidade.
2. Middleware: ARIB (Association Of Radio Industries & Businesses)

• GEM: Como tentativa de unificar os Middleware: Globally


Executable MHP
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 Aplicações, Serviços e TV Interactiva
 Um conjunto importante de aplicações é a TV Interactiva. Usa-se a capacidade
de processamento da TV, conjugado ao armazenamento de bits na memória
local, para que a TV tenha funcionalidades semelhantes ao de um PC. A
Interacção é feita com o controlo remoto ou com um teclado sem fio.
 Do ponto de vista técnico, existem 3 grandes categorias de programas
Interactivos.
 No primeiro grupo, todas as informações são transmitidas ao usuário,
sendo então armazenadas no receptor. O usuário, ao interagir com o
programa, estará na verdade “navegando” dentro dos dados localmente
armazenados. Chamamos a isso de “Interactividade local”, ou Enhanced
Broadcasting.
 No segundo tipo, utiliza-se um canal de retorno, geralmente via rede
telefónica, existindo ainda dados localmente armazenados com os quais o
usuário faz parte da interacção, mas sempre que necessário, o receptor
envia mensagens ou requisições para algum servidor localizado algures.
Isso é conhecido como Interactive Broadcasting.
 O terceiro tipo junta esses dois, para formar o chamado Internet Access
Profile. Ou seja, a TV passaria a actuar com todas as funcionalidades de 32
um
PC com acesso Internet.
 Principais Sistemas de TV Digital
Depois do satélite e do cabo, a possibilidade de libertar banda
levou a que a televisão digital tenha também sido adoptada para
a difusão terrestre (hertziana). Principais soluções de TV digital
actualmente existentes são:

 Digital Video Broadcasting (DVB) - Patrocínio


Europeu.
 Advanced Television Systems Committee (ATSC) -
Patrocínio EUA.
 Integrated Services Digital Broadcasting (ISDB) –
Patrocínio Japonês (muito semelhante ao DVB;
melhor em termos de mobilidade).
33
 Principais Sistemas de TV Digital - Resumo

Características do padrão ATSC Características do padrão DVB


Fonte: Aplicações de TV Digital sensíveis a Fonte: Aplicações de TV Digital sensíveis a
contexto para dispositivos móveis (2010) contexto para dispositivos móveis (2010)

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 Principais Sistemas de TV Digital - Resumo

Características do padrão ISDB Características do padrão SBTVD


Fonte: Aplicações de TV Digital sensíveis a Fonte: Wikipedia 2009
contexto para dispositivos móveis (2010)

BST-OFDM: Band-Segmented Transmission Orthogonal Frequency Division Multiplexing


MPEG TS: MPEG Transport Stream 35
 Principais Sistemas de TV Digital

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 O que é o DVB ?
 Consórcio com 220 membros de 30 países (no início
essencialmente Europeias), formado em Setembro
de 1993:

 Produtores de conteúdo
 Fabricantes de equipamento
 Operadores de telecomunicações
 Organismos de regulamentação

 Com o objectivo de definir normas para a difusão


digital de televisão em vários meios de transmissão

 Joint Technical Committee do ETSI / CENELEC / EBU37


 DVB – Objectivos Iniciais
• Difusão digital de vídeo de alta qualidade (até HDTV).
• Difusão com boa qualidade de programas através de
canais de banda estreita e/ou aumentar o número de
programas nos canais actuais.
• Recepção em terminais de bolso equipados com
pequenas antenas de recepção (portátil).
• Recepção móvel de programas de televisão com boa
qualidade.
• Possibilidade de transmissão simples através de
várias redes de telecomunicações e integração com o
mundo dos PC. 38
• Principais Sistemas de TV Digital
• Da SDTV à HDTV

39
 Os Cenários – Normas de Transmissão DVB

 Satélite: DVB - S, DVB - S2

 Cabo: DVB - C, DVB - C2

 Terrestre: DVB - T, DVB - T2

 DVB - MHP (Multimedia Home Platform) – Ferramentas


(middleware) que permitem usar uma única set-top box para
todos os serviços e aplicações.

 Portátil: DVB-H

 ...

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A Nova Visão DVB: Combinando Mundos …

“ DVB’s vision is to build a content environment


that combines the stability and interoperability of
the world of broadcast with the vigor, innovation,
and multiplicity of services of the world of the
Internet.”

DVB, 2000

41
 DVB - T: Adopção pelo Mundo ……

42

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