TELEFONIA IP

Everton José Vieira

tomvieira2007@gmail.com

Data: 20/10/2020

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 Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo mostrar como

funciona a Telefonia IP (seus componentes,
protocolos, aplicações, etc...) apresentando as
vantagens em relação à Telefonia Convencional.

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 Introdução

Há muito tempo, a telefonia é um mecanismo de

comunicação utilizado para conectar pessoas e
instituições. Com o avanço da convergência de
serviços e mídias sobre a rede IP, a telefonia também
foi integrada, passando de comutação de circuitos
dedicados para transporte sobre a rede.

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 TELEFONIA IP
A telefonia IP é conhecida como VoIP (Voz sobre IP) do
inglês Voice over Internet Protocol.

Consiste em uma tecnologia de comunicação onde a voz

trafega em pacotes de dados de redes IP.

Esse sistema possibilita que a voz seja transmitida através

de uma rede de computadores, realizada através do
protocolo TCP/IP, tornando-a assim em sinal digital.

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 TELEFONIA CONVENCIONAL
A sigla RPTC (Rede Pública de Telefonia Comutada) (do
inglês, public switched telephone network ou PSTN) é o
termo utilizado para definir a rede telefônica mundial
comutada do serviço telefônico convencional. Sendo
gerenciada normalmente pelas operadoras de serviços
telefônicos.

No início foi planejada para prestar seus serviços como uma

rede de linhas fixas analógicas, porém atualmente
compreendem também as linhas digitais e os dispositivos
móveis conhecidos como telefones celulares.
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 COMUTAÇÃO DE CIRCUITOS

Em uma rede de Comutação de circuito, quando

uma ligação é feita entre dois pontos, a conexão
entre esses dois pontos é fisicamente mantida
durante toda a chamada.

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Fonte: www.estudioaulas.com.br.
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 COMUTAÇÃO BASEADA EM PACOTES

Em uma rede de comutação de pacotes quando

uma ligação é feita entre dois pontos, a conexão
entre esses dois pontos não é mantida durante
todo o tempo da chamada. Não é estabelecido
um circuito entre os pontos, a voz é enviada em
pacotes.

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Fonte: www.estudioaulas.com.br.
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 SISTEMA VoIP BÁSICO

Fonte: SILVA, 2017.

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 VANTAGENS DO VoIP
Compatibilidade: A telefonia IP movimenta o tráfego
multimídia por qualquer rede que usa IP. Flexibilidade.

Redução de custos: Custo de uma ligação telefônica é

reduzido. A instalação dos ramais pode ser descentralizada.

Serviços inteligentes: Para realizar uma chamada são

necessários protocolos de controle e sinalização.

Qualidade de voz: A voz é digitalizada e transmitida por

pacotes de dados usando o protocolo IP dentro de uma rede
que, em geral, há garantia do serviço oferecido.
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Integração: Utiliza a mesma infraestrutura, tanto para voz
quanto para dados. Permite economia de investimento,
suporte e manutenção.

Aplicações: Permitem a navegação por intermédio de

aplicações específicas.

Mobilidade: A telefonia IP pode utilizar a Internet como meio

de comunicação e, com uma conexão banda larga.

Convergência: Convergência de outras aplicações, como

videoconferência e voz, simultaneamente.

Transição: Para quem deseja testar os benefícios da

telefonia IP antes de optar pela conversão completa.
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 APLICAÇÕES DO VoIP
Teletrabalho
Telemedicina
Ensino à distância
Serviços ao cliente
Justiça
Laboratórios virtuais/remotos

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 COMPONENTES VoIP
Telefones VoIP:
 Telefones Hardware
 Telefones Software
 Adaptador de telefone analógico

Servidores
Responsáveis pela autenticação de registos, autorização dos
participantes nas chamadas e elaboração de contabilização.

Gateway
Conectividade e mapeamento da sinalização.
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Fonte: www.google.com.br.
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 CODECs
Codificam e descodificam dados analógicos para transporte
sobre redes digitais (independe/ do tipo de rede).

Série G para áudio; Série H para vídeo.

Pulse Code Modulation (PCM)
Amostragem -> Quantização -> Codificação
G.711: 8000 Hz x 256 Níveis Q= 64 kbit/s

Codecs podem oferecer compressão e detecção de silêncios.

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 CODECs
O processo para a criação de um pacote de voz ocorre da seguinte
forma:
1. A voz é convertida em sinal digital. Modulação de Código de
Pulso linear (PCM).
2. Retira-se o eco da linha para o fluxo do PCM. É verificado o
silêncio supressão e detecção de tons.
3. Os resultantes dos PCM serão convertidos em quadros de voz e
um vocoder reduz o tamanho dos quadros.
(Por exemplo: G.729A gera um quadro maior de 10 ms de 10 bytes
de voz. Reprimindo o fluxo de PCM linear de 128 Kbps para 8
Kbps.)

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 CODECs
4. Os quadros são incorporados em pacotes de dados com voz.
Começa a se criar um pacote RTP o próximo passo, um pacote
UDP com o endereço de origem e destino é criado. Por fim é
criado um cabeçalho IP contendo o IP do gateway de origem e de
destino é criado.
5. O pacote é transmitido através da internet, a partir desse
momento os pacotes podem passar por vários Switch e
roteadores, em muitos dos casos cada pacote passa por
equipamentos diferentes até chegar ao mesmo destino
6. Assim que os pacotes chegam ao destino, é realizado o processo
inverso para possibilitar a sua reprodução. Quando os pacotes são
enviados pelo remetente, eles são numerados.
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 PADRÃO H.323
O padrão H.323 foi desenvolvido pela International
Telecomunications Union - Telecomunications (ITU-T) em
1996.

Surgiu perante a necessidade dos serviços de comunicação

que utilizam a comutação por pacotes em seu meio de
transporte.

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 PADRÃO H.323
Os principais protocolos que fazem parte do H.323 são:
H.225: Exerce funções de sincronização dos dados,
estabelecimento e controle de chamadas através do RAS (Registro,
Autenticação e Status).
Q.931: Trata dos aspectos de sinalização, estabelecimento e
encerramento de conexões, geração de tons de chamada e de
discagem para a interoperabilidade com o sistema de telefonia
padrão PSTN.
H.245: Responsável pela negociação dos sistemas de codificação
utilizados e da taxa de transmissão da comunicação.
G.7xx: Responsável pela codificação utilizada na mídia.

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 COMPONENTES DO H.323
1. Terminal: responsável por realizar interface com o
usuário de forma bidirecional, podendo ser um computador
equipado com microfone e caixas de som ou um telefone IP.

2. Gateway H.323: é o dispositivo responsável por demarcar

o limite da rede H.323 de seus terminais. Com ele é possível
realizar serviço de interface de forma bidirecional com outros
gateways, até mesmo com uma rede que pertença a
comutação por circuitos.

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 COMPONENTES DO H.323
3. Gatekeeper H.323: realiza o controle de acesso para os
terminais, gateways, MCUs e a resolução de endereço de
forma centralizada.

4. Unidade de Controle Multiponto H.323: (MCU –

Multipoint Control Unit) é composto por dois elementos, o
controlador de multiponto, incumbido de controlar toda a
sinalização multiponto da conferencia e o processador
multiponto responsável por processar todos os dados da
conferencia (áudio, vídeos e demais informações)

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 PADRÃO SIP
Protocolo de controle de nível de aplicação que pode
estabelecer, modificar e terminar sessões multimídia
entre máquinas na Internet.

SIP é um protocolo cliente-servidor, orientado à Web,

possuindo uma arquitetura similar à do protocolo HTTP.

O protocolo foi padronizado pela IETF através da RFC

2543

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 ELEMENTOS DO SIP
1. Agente Usuário SIP: É o dispositivo responsável pela
interface com o utilizador. O dispositivo pode ser um
aparelho IP, computador, tablete ou celular que esteja
conectado a uma rede.

2. Servidor de Rede SIP: A principal função do servidor de

rede SIP é realizar a sinalização das chamadas vinculadas a
ele identificar o local que os clientes se encontram rede.

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 SINALIZAÇÃO SIP
Sinalização SIP para registro de usuário

Fonte: SILVA, 2017.

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 Sinalização SIP para estabelecimento de sessão

Fonte: SILVA, 2017.

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 REAL-TIME TRANSPORT PROTOCOL
(RTP)
O RTP (Real-Time Transport Protocol) é um protocolo
padronizado pela RFC 3550 projetado para realização do
transporte de mídias de tempo real através da rede, como
VoIP e videoconferências.

Como o RTP não possui controle sobre qualidade de serviço,

geralmente é utilizado em paralelo o RTCP (Real-Time
Transport Control Protocol), protocolo que envia e recebe
informações sobre a qualidade da sessão.

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 OUTROS PROTOCOLOS
O SDP (Session Description Protocol) é um protocolo padronizado
pela IETF através da RFC 4566 utilizado para descrição e
negociação de atributos durante o estabelecimento de sessões
multimídias entre dois ou mais participantes, como chamadas de
voz ou vídeo sobre IP.

Por ainda necessitar por melhorias, a IETF (Internet Engineering

Task Force), entidade responsável pelo RTP e pelo RTCP, sugeriu a
aplicação do protocolo RSVP (Resource Reservation Protocol), que
tem como principal função alocar parte da banda disponível para a
transmissão de voz.

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 QUALIDADE DE SERVIÇO (QoS)

Qualidade de serviço (Quality of service - QoS)

é a capacidade de melhorar os serviços
trafegados na rede sobre tecnologias de
comunicação de redes de dados.

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Fonte: www.google.com.br.
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Fonte: SILVA, 2017.
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 GATEWAY ASTERISK
Um software completo de PABX software para
plataformas Linux desenvolvido pela Digium.

Faz a comutação de chamadas num PBX, tradução de

CODECs, e várias aplicações.

Software Open Source sob licença GNU

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 GATEWAY ASTERISK
Tem a função de uma central telefônica IP que
contempla todas as funcionalidades de uma central
telefônica convencional.

Por se tratar de um software de código aberto, é uma

das principais opções para as empresas que buscam
modernizar seu meio de comunicação por um custo
baixo.

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 Conclusão
O mundo atual está totalmente influenciado pela
internet com suas redes de computadores,
tecnologias e facilidades. Por isso, a telefonia
também é influenciada pela rede TCP/IP.

A Telefonia IP é o resultado dessa convergência de

redes que integra serviços de dados, áudios, vídeos
dentro de uma mesma realidade.

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 Bibliografias
ABREU, Marcelo Pereira. Implantação de um sistema de
telefonia IP em uma rede sem fio – VoIP móvel.
(Dissertação de Mestrado). Niterói: Universidade Federal
Fluminense, 2016.

MATOS, Léo. VoIP – Voz sobre IP. Disponível em:

www.estudioaulas.com.br. Acesso em: 14 out. 2020.

HERSENT, Olivier. Telefonia IP. Tradução: Adriano

Vilela Barbosa e Hugo Bastos de Paula. Revisão Técnica:
Luciano de Errico e Hani Camile Yehia. São Paulo: Prentice
Hall, 2002.

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 Bibliografias
SCHWEITZER, Vitor Augusto. Propostas de segurança para o
ambiente de telefonia IP da Universidade Federal de Santa
Catarina. (Monografia de Conclusão de Curso). Florianópolis:
Universidade Federal de Santa Catarina, 2017.

SILVA, Jackson Barreto. Implementação e gerenciamento da

telefonia no IFBA no campus de Jequié usando voz sobre IP e
software livre. (Dissertação de mestrado). Recife:
Universidade Federal de Pernambuco, 2017.

SILVA, João Paulo. VoIP (Voz sobre IP): vantagens em relação a

telefonia convencional no Brasil. (Monografia de
Especialização). Curitiba: Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, 2017.
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